sábado, agosto 06, 2022

Jorge Amado morreu há vinte e um anos...

  
Jorge Leal Amado de Faria (Itabuna, 10 de agosto de 1912 - Salvador, 6 de agosto de 2001) foi um dos mais famosos e traduzidos escritores brasileiros de todos os tempos. Integrou os quadros da intelectualidade comunista brasileira desde o final da primeira metade do século XX - ideologia presente em várias obras, como a retratação dos moradores do trapiche baiano em Capitães da Areia, de 1937.
Jorge é o autor mais adaptado do cinema, do teatro e da televisão. Verdadeiros sucessos como Dona Flor e Seus Dois Maridos, Tenda dos Milagres, Tieta do Agreste, Gabriela, Cravo e Canela e Teresa Batista Cansada de Guerra foram criações suas. A obra literária de Jorge Amado – 49 livros, ao todo – também já foi tema de escolas de samba por todo o País. Os seus livros foram traduzidos em 55 países, em 49 idiomas, bem como em braille e em fitas gravadas para cegos.
Jorge foi superado, em número de vendas, apenas por Paulo Coelho. Mas no seu estilo - o romance ficcional -, não há paralelo no Brasil. Em 1994, a sua obra foi reconhecida com o Prémio Camões.
   
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Mesmo dizendo-se materialista, Amado era um praticante da Umbanda e do Candomblé – religião esta última na qual exercia o posto de honra de Obá de Xangô no Ilê Opó Afonjá, do qual muito se orgulhava. Amigos que Amado prezava no Candomblé eram as mães-de-santo Mãe Aninha, Mãe Senhora, Mãe Menininha do Gantois, Mãe Stella de Oxóssi, Olga de Alaketu, Mãe Mirinha do Portão, Mãe Cleusa Millet, Mãe Carmem e o pai-de-santo Luís da Muriçoca.
Como Érico Veríssimo,Rachel de Queiroz e Graciliano Ramos, Amado representava o modernismo regionalista (segunda geração do modernismo).
   
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Em 1951 recebeu o Prémio Estaline da Paz, depois renomeado para Prémio Lenine da Paz. Recebeu também títulos de Comendador e de Grande Oficial, nas ordens da Argentina, Chile, Espanha, França, Portugal e Venezuela, além de ter sido feito Doutor Honoris Causa em dez universidades no Brasil, Itália, Israel, França e Portugal. O título de Doutor pela francesa Sorbonne foi o último que recebeu em pessoa, durante a sua derradeira viagem a Paris em 1998, quando já estava doente.
No Brasil, foi agraciado com o Prémio Nacional de Romance do Instituto Nacional do Livro (1959); Prémio Graça Aranha (1959); Prémio Paula Brito (1959); Prémio Jabuti (1959 e 1995); Prémio Luísa Cláudio de Sousa, do Pen Club do Brasil (1959); Prémio Carmen Dolores Barbosa (1959); Troféu Intelectual do Ano (1970); Prémio Fernando Chinaglia, Rio de Janeiro (1982); Prémio Nestlé de Literatura, São Paulo (1982); Prémio Brasília de Literatura - conjunto de obras (1982); Prémio  Moinho Santista de Literatura (1984); Prémio BNB de Literatura (1985).
Em 2012, o Correio do Brasil lançou o Selo Jorge Amado 100 anos, em homenagem ao centenário do nascimento do escritor.
   

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