Além disso, o pai do Paulinho era diretor de uma das mais badaladas casas noturnas do Rio, o que fez com que ele passasse a infância assistindo shows de Hermeto Paschoal, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Ney Matogrosso, Gal Costa, Paralamas do Sucesso, Kid Abelha e muitos outros, fomentando assim suas influências musicais.
Em 1983 decidiu ser ator, e, um ano mais tarde, graduou-se em teatro e cinema pela Casa das Artes de Laranjeiras (CAL), no Rio de Janeiro.
Como músico, as primeiras gravações profissionais aconteceram no álbum A Orquestra de Vozes (1986), que foi o disco de estreia do grupo vocal Garganta Profunda que, no seu repertório, cantava desde Beatles e Tom Jobim a óperas medievais. Em 1987, Luiz Nicolau, Luis Guilherme e o próprio Moska, dissidentes do Garganta Profunda, formaram o grupo de pop-rock Inimigos do Rei. Com a banda, lançou dois discos, obteve nacionalmente os hits Uma Barata Chamada Kafka e Adelaide e correu país por dois anos.
Cinco anos mais tarde, em 1992, decidiu sair do grupo porque não gostava da obrigação de criar músicas com trocadilhos e temas cómicos ou, em suas próprias palavras, “de ser ’engraçadinho’” e iniciou carreira solo.
Desde então, Moska já teve 13 temas em bandas sonoras da TV Globo – 11 deles na sua própria voz. Destas, destacam-se 'O Último Dia (presente em O Fim do Mundo), A Seta e o Alvo (presente em Zazá), Pensando em Você (presente em Agora É que São Elas) e Tudo Novo de Novo (tema de abertura da minissérie homónima).
Também se tornou um compositor muito requisitado por outras vozes. A primeira foi Marina Lima que, em 1995, abriu o álbum Abrigo com Admito que Perdi. Depois, vieram inúmeras outras gravações, por artistas como Maria Bethania (Saudade), Elba Ramalho (Relampiano), Ney Matogrosso (O Último Dia e Gotas do Tempo Puro), os GNR (uma versão de Canadádá), Maria Rita (Muito Pouco), Mart'nália (Soneto do Teu Corpo, Sem Dizer Adeus e Namora Comigo), Lenine (Relampiano e Saudade), Francis Hime (Há Controvérsias) e Zélia Duncan (Carne e Osso, Não e Sinto Encanto), entre tantas.
Em 2001 passou a utilizar o nome artístico de "Moska". "É mais sonoro, mais instigante. Afinal, já era a marca registada do meu nome mesmo", justificou.
“ | "Em 2001, no disco Eu Falso da Minha Vida o Que Eu Quiser, eu trabalhava a ideia de falso sem ser oposição ao verdadeiro. O falso era a libertação do verdadeiro. Porque não existe uma verdade. Existem verdades. A vida é explicada de maneiras diferentes e que fazem sentido de acordo com seu olhar. O mundo falso é cheio de verdades possíveis. Moska não é meu nome verdadeiro, é meu nome falso. Então, nesse disco eu assumi o Moska. Não é coisa de numerologia. Pode me chamar de Paulinho. Só nos discos resolvi assinar Moska. Eu sou os dois." | ” |
Em 2003 passou a ter total controle sobre sua obra, sendo o terceiro artista de uma gravadora multinacional (depois de Roberto Carlos e Marisa Monte) a tornar-se dono de seus próprios fonogramas.
Foi neste ano também que Moska deu partida numa relação, hoje bem próxima, com artistas da América do Sul. Tudo começou no álbum Tudo Novo de Novo, onde ele gravou “A Idade do Céu”, versão sua para "La Edad del Cielo", sucesso do uruguaio Jorge Drexler. Depois de Drexler, que participou de alguns shows do Moska no Brasill, e devolveu a gentileza convidando Moska para uma série de apresentações no Uruguai e na Argentina, Moska se aproximou do argentino Kevin Johansen, que participaria do álbum ao vivo “Muito Pouco Para Todos”. Essa relação do Moska com a Américas do Sul fez com que ele organizasse e dirigisse dois festivais de música: o "Mercosul Musical", em 2008, e o "Soy Loco Por Ti America", em 2011. Por fim, em 2015, Moska lançaria o álbum Fito Paez & Moska: Locura Total, em parceria com o roqueiro de renome argentino Fito Paez.
Em 2006, ele foi escolhido para ser o apresentador do programa “Zoombido”, no Canal Brasil.
Em 2014 participou do programa de televisão Encuentros en Brasil, uma série produzida pela Santa Rita Filmes e transmitida pela HBO em que Moska era o anfitrião brasileiro de cantores latino-americanos convidados a conhecer as doze cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 e a compor uma canção sobre essa experiência.
Em 2015, a escola de samba carioca Mocidade Independente de Padre Miguel aproveitou o hit O Último Dia para desenvolver o enredo Se o mundo fosse acabar, me diz o que você faria se só te restasse um dia?, criado pelo carnavalesco Paulo Barros. O enredo foi uma homenagem ao cantor, que fez questão de desfilar.
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