sexta-feira, agosto 26, 2022

Porque os Poetas nunca morrem (enquanto são recordados...)

(imagem daqui)

 

Sonhar

Quero mais do que nunca
Sonhar
Habitar um espaço que existe
Entre presença e ausência
Ausência
Serenamente exaltante
Presença
Nao minha
Quase nada

Quero regressar ao sonho
Espaço
Que se me abre apenas
Quando sei abrir-me
Abandonar-me

À circular
Linha extasiada do horizonte


in
Átrio (1997) - Alberto de Lacerda

Sem comentários: