(imagem daqui)
D. Afonso de Portugal, depois D. Afonso I de Bragança (Veiros - Estremoz, 10 de agosto de 1377 - Chaves, 15 de dezembro de 1461) foi o 8º conde de Barcelos, 2º conde de Neiva e o 1º Duque de Bragança. Supõe-se ter nascido em Veiros, no Alentejo, como filho natural do Rei D. João I e de Inês Pires.
Biografia
«Nas suas cavalarias alentejanas, à volta de alguma montaria aos
lobos ou aos castelhanos», se perdera (o rei), em Veiros, pela filha de
Berbadão, Inês Pires Esteves, que amara, seduzira, trouxera para o
convento de Santos, e de quem houvera um filho, Conde de Barcelos, depois Duque de Bragança, nascido aos 20 anos do pai: foi D. Afonso I de Bragança ou Afonso de Portugal (nascido em Veiros em 10 de agosto de 1377 e morto em 15 de dezembro de 1461 em Chaves, ali sepultado). Foi feito em 30 de dezembro de 1442 Duque de Bragança, 8° Conde de Barcelos, Conde de Ourém.
O primitivo Estado e património dos Bragança se formou com bens e
terras com que dotou a filha o condestável D. Nuno Álvares Pereira (1360-1431)
7° Conde de Barcelos. Foi o fundador da casa de Bragança. O senhorio e o
ducado de Bragança solicitou-os ao regente D. Pedro, por ocasião de
breve reconciliação entre ambos, que lhos concedeu no ano de 1442. Os descendentes foram Duques de Guimarães em 23 de novembro de 1470 e de Barcelos em 5 de agosto de 1562.
Na armada de Ceuta foi encarregado dos aprestos nas províncias de Estremadura e Entre Douro e Minho
e capitão da capitania real. Do regresso de Ceuta, e pelos serviços,
recebeu novas mercês de seu pai D. João I. Durante o reinado de D. Duarte teve excelentes relações com o meio-irmão, mas não o conseguiu demover da trágica expedição a Tânger.
Depois da morte de D. Duarte e durante a regência da sua viúva D. Leonor e D. Pedro, irmão do falecido rei, não foram boas as relações entre D. Afonso e D. Pedro, chegando quase ao campo de batalha em Mesão Frio nas margens do rio Douro, luta que foi evitada pelo conde de Ourém, filho de D. Afonso. Em 1442 este obteve do regente o senhorio e ducado de Bragança. Era o terceiro ducado de Portugal (os dois primeiros foram criados por D. João I para seus dois filhos: o de Coimbra para D. Pedro e o de Viseu para D. Henrique)
Depois da batalha de Alfarrobeira (1449), D. Afonso V concedeu ao Duque de Bragança outras importantísssimas mercês, e nove anos depois, quando partiu para África, deixou entregue ao duque o governo do reino na sua ausência.
Casamentos e descendência
Casou em Frielas em 1 de novembro de 1401 com D. Brites ou D. Beatriz Pereira de Alvim (1380-1412) condessa de Barcelos e condessa de Arraiolos, filha única do condestável D. Nuno Álvares Pereira e de Leonor de Alvim, a herdeira da casa mais opulenta do reino.
Casou em 1420 com D. Constança de Noronha (morta em 1480 e sepultada em Guimarães), chamada a Pia ou a Condessa Santa, filha de Afonso, conde de Gijón e Noronha, Conde de Gijon e de Noronha, filho do rei Henrique II de Castela.
Seu neto na sexta geração, D. João II, 8° Duque de Bragança, se tornará D. João IV de Portugal, 21° Rei. Recorde-se que este título de Bragança foi criado em 1442 por Afonso V, sobrinho do 1º duque de Bragança.
Do primeiro matrimónio, com D. Beatriz Pereira de Alvim, teve três filhos;
- D. Afonso, 4º conde de Ourém e 1º marquês de Valença (mercê de Afonso V) que faleceu ainda em vida de seu pai em 1460;
- D. Fernando que sucedeu no ducado de Bragança;
- D. Isabel que casou com o seu tio, o infante D. João, filho de D. João I.
De D. Constança de Noronha não houve descendência.
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