Novos mundos descobertos a 5000 mil anos-luz da Terra
Dois planetas conseguem sobreviver à volta de dois sóis
Ilustração científica dos dois sóis ao centro, que se encontram entre os dois planetas (NASA/JPL-Caltech/T. Pyle)
A 5000 anos-luz de nós, qualquer coisa como 300 milhões de vezes a
distância da Terra ao Sol, foram descobertos dois planetas que orbitam
um par de estrelas. Apesar do caos que isso provoca nos movimentos dos
corpos celestes, conseguem sobreviver entre esses dois sóis.
A descoberta, anunciada na reunião anual da União Astronómica Internacional, em Pequim, e publicada esta semana na revista Science,
releva a existência do primeiro sistema multi-planetário que tem duas
estrelas. “Mostra que se podem formar e sobreviver sistemas planetários
até em ambientes caóticos, como o que existe à volta de um sistema
binário de estrelas”, diz o principal autor do trabalho, Jerome Orosz,
Universidade Estadual de San Diego, nos EUA, citado num comunicado desta
instituição.
Esta descoberta estabelece que os planetas circumbinários – que orbitam um sistema binário de estrelas – podem existir, e existem, em zonas habitáveis, refere a nota de imprensa. “Aprendemos que os planetas circumbinários podem ser como os do nosso sistema solar, só que têm dois sóis”, sublinha outro autor da descoberta, Joshua Carter, do Centro de Astrofísica de Harvard-Smithsonian.
Conhecido como Kepler-47, devido ao nome do telescópio que o detectou, o sistema encontra-se na constelação de Cisne. O planeta interior tem um diâmetro que ultrapassa os 38 mil quilómetros, o que é três vezes superior ao da Terra. O período de translação, em torno das duas estrelas, é de 49 dias. Este planeta, em que um ano dura assim pouco mais de um mês e meio, é o mais pequeno detectado em órbita de um sistema binário e os cientistas não descartam a hipótese de ser rochoso como a Terra. “Como a massa do planeta é desconhecida, a sua densidade também é, por isso não é possível distinguir entre uma composição rochosa e uma composição mais volátil”, lê-se no artigo científico.
Já o planeta exterior, com um diâmetro de 4,6 vezes o da Terra, o que o torna ligeiramente maior do que Úrano, demora 303 dias completar uma volta aos dois sóis. Provavelmente, é gasoso, tal como os “nossos” Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno, não reunindo, em princípio, condições para a existência de vida tal como a conhecemos. Apesar disso, a sua órbita coloca-o na “zona habitável”, a região à volta de uma estrela onde um planeta com características terrestres podia ter água líquida, considerada essencial para à existência da vida.
Em relação às estrelas, uma é semelhante ao Sol e a outra tem apenas um terço do seu tamanho e demoram 7,45 dias a dar uma volta completa uma à outra.
Como estes planetas estão demasiado distantes para serem vistos, a sua descoberta só foi possível quando passaram à frente das estrelas, causando-lhes uma ligeira perda de brilho. Foram detectados pelo telescópio espacial Kepler, lançado pela NASA em 2009, com a missão de procurar planetas com características terrestres e com até duas vezes o tamanho da Terra. O primeiro planeta descoberto noutro sistema solar, por uma equipa suíça, remonta a 1995.
Esta descoberta estabelece que os planetas circumbinários – que orbitam um sistema binário de estrelas – podem existir, e existem, em zonas habitáveis, refere a nota de imprensa. “Aprendemos que os planetas circumbinários podem ser como os do nosso sistema solar, só que têm dois sóis”, sublinha outro autor da descoberta, Joshua Carter, do Centro de Astrofísica de Harvard-Smithsonian.
Conhecido como Kepler-47, devido ao nome do telescópio que o detectou, o sistema encontra-se na constelação de Cisne. O planeta interior tem um diâmetro que ultrapassa os 38 mil quilómetros, o que é três vezes superior ao da Terra. O período de translação, em torno das duas estrelas, é de 49 dias. Este planeta, em que um ano dura assim pouco mais de um mês e meio, é o mais pequeno detectado em órbita de um sistema binário e os cientistas não descartam a hipótese de ser rochoso como a Terra. “Como a massa do planeta é desconhecida, a sua densidade também é, por isso não é possível distinguir entre uma composição rochosa e uma composição mais volátil”, lê-se no artigo científico.
Já o planeta exterior, com um diâmetro de 4,6 vezes o da Terra, o que o torna ligeiramente maior do que Úrano, demora 303 dias completar uma volta aos dois sóis. Provavelmente, é gasoso, tal como os “nossos” Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno, não reunindo, em princípio, condições para a existência de vida tal como a conhecemos. Apesar disso, a sua órbita coloca-o na “zona habitável”, a região à volta de uma estrela onde um planeta com características terrestres podia ter água líquida, considerada essencial para à existência da vida.
Em relação às estrelas, uma é semelhante ao Sol e a outra tem apenas um terço do seu tamanho e demoram 7,45 dias a dar uma volta completa uma à outra.
Como estes planetas estão demasiado distantes para serem vistos, a sua descoberta só foi possível quando passaram à frente das estrelas, causando-lhes uma ligeira perda de brilho. Foram detectados pelo telescópio espacial Kepler, lançado pela NASA em 2009, com a missão de procurar planetas com características terrestres e com até duas vezes o tamanho da Terra. O primeiro planeta descoberto noutro sistema solar, por uma equipa suíça, remonta a 1995.
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