domingo, junho 07, 2020

Paulo Leminski morreu há 31 anos...

Paulo Leminski homenageado na parede de um bar de Curitiba
    
Paulo Leminski Filho (Curitiba, 24 de agosto de 1944 - Curitiba, 7 de junho de 1989) foi um escritor, poeta, crítico literário, tradutor e professor brasileiro. Era, também, cinturão-preto de judo.
  
Biografia
Filho de Paulo Leminski II e Áurea Pereira Mendes, mestiço de pai polaco e sua mãe filha de pai português e mãe brasileira de origem negra e indígena,, Paulo Leminski foi um filho que sempre chamou a atenção pela sua intelectualidade, cultura e genialidade. Estava sempre à beira de uma explosão e assim produziu muito. É dono de uma extensa e relevante obra. Desde muito cedo, Leminski inventou um jeito próprio de escrever poesia, preferindo poemas breves, muitas vezes fazendo haicais, trocadilhos, ou brincando com ditados franceses.
Em 1958, aos catorze anos, foi para o Mosteiro de São Bento em São Paulo e ficou lá o ano inteiro. Participou do I Congresso Brasileiro de Poesia de Vanguarda, em Belo Horizonte, onde conheceu Haroldo de Campos, amigo e parceiro em várias obras. Leminski casou-se, aos dezassete anos, com a desenhista e artista plástica Neiva Maria de Sousa (da qual se separou em 1968). Estreou em 1964 com cinco poemas na revista Invenção, dirigida por Décio Pignatari, em São Paulo, porta-voz da poesia concreta paulista. Em 1965 tornou-se professor de História e de Redação em cursos pré-vestibulares, e também era professor de judo. Classificado em 1966 em primeiro lugar no II Concurso Popular de Poesia Moderna.
Casou-se em 1968 com a também poetisa Alice Ruiz, com quem viveu durante vinte anos. Algum tempo depois de começarem a namorar, Leminski e Alice foram morar com a primeira mulher do poeta e seu namorado, em uma espécie de comunidade hippie. Ficaram lá por mais de um ano, e só saíram com a chegada do primeiro de seus três filhos: Miguel Ângelo (que morreu com dez anos de idade, vítima de um linfoma). Eles também tiveram duas meninas, Áurea (homenagem à sua mãe) e Estrela Ruiz Leminski. De 1969 a 1970 decidiu morar no Rio de Janeiro, retornando a Curitiba para se tornar diretor de criação e redator publicitário.
Dentre suas atividades, criou habilidade de letrista e músico. Verdura, de 1981, foi gravada por Caetano Veloso no disco Outras Palavras. A própria bossa nova resulta, em partes iguais, da evolução normal da MPB e do feliz acidente de ter o modernismo criado uma linguagem poética, capaz de se associar com suas letras mais maleáveis e enganadoramente ingênuas às tendências de então da música popular internacional. A jovem guarda e o tropicalismo, à sua maneira, atualizariam esse processo ao operar com outras correntes musicais e poéticas. Por sua formação intelectual, Leminski é visto por muitos como um poeta de vanguarda, todavia por ter aderido à contracultura e ter publicado em revistas alternativas, muitos o aproximam da geração de poetas marginais, embora ele jamais tenha sido próximo de poetas como Francisco Alvim, Ana Cristina César ou Cacaso. Por sua vez, em muitas ocasiões declarou sua admiração por Torquato Neto, poeta tropicalista e que antecipou muito da estética da década de 1970.
Na década de 1970, teve poemas e textos publicados em diversas revistas - como Corpo Estranho, Muda Código (editadas por Régis Bonvicino) e Raposa. Em 1975 - e lançou o seu ousado Catatau, que denominou "prosa experimental", em edição particular. Além de poeta e prosista, Leminski era também tradutor (traduziu para o castelhano e o inglês alguns trechos de sua obra Catatau, a qual foi traduzida na íntegra para o castelhano).
Na poesia de Paulo Leminski, por exemplo, a influência da MPB é tão clara que o poeta paranaense só poderia mesmo tê-la reconhecido escrevendo belas letras de música, como Verdura.
Músico e letrista, Leminski fez parcerias com Caetano Veloso, o grupo A Cor do Som e o a banda de punk rock Beijo AA Força, entre 1970 e 1989. Teve influência da poesia de Augusto de Campos, Décio Pignatari, Haroldo de Campos, convivência com Régis Bonvicino, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Moraes Moreira, Itamar Assumpção, José Miguel Wisnik, Arnaldo Antunes, Wally Salomão, Antônio Cícero, Antonio Risério, Julio Plaza, Reinaldo Jardim, Regina Silveira, Helena Kolody, Turiba e Ivo Rodrigues, entre outros.
A música estava ligada às obras de Paulo Leminski, uma de suas paixões, proporcionando uma discografia rica e variada.
Entre 1984 e 1986, em Curitiba, foi tradutor de Petrônio, Alfred Jarry, James Joyce, John Fante, John Lennon, Samuel Beckett e Yukio Mishima, pois falava 6 línguas estrangeiras (inglês, francês, latim, grego, japonês, espanhol). Publicou o livro infanto-juvenil ‘’Guerra dentro da gente’’, em 1986, em São Paulo.
Entre 1987 e 1989 foi colunista do Jornal de Vanguarda que era apresentado por Doris Giesse, na Rede Bandeirantes.
Paulo Leminski foi um estudioso da língua e cultura japonesas e publicou, em 1983, uma biografia do poeta nipónico Bashô. Além de escritor, Leminski era também cinturão-preto de judo. A sua obra literária tem exercido marcante influência em todos os movimentos poéticos dos últimos 20 anos.
Morreu em 7 de junho de 1989, em consequência do agravamento de uma cirrose hepática que o acompanhou durante vários anos.
  
 
Sintonia para pressa e presságio

Escrevia no espaço.
Hoje, grafo no tempo,
na pele, na palma, na pétala,
luz do momento.
Soo na dúvida que separa
o silêncio de quem grita
do escândalo que cala,
no tempo, distância, praça,
que a pausa, asa, leva
para ir do percalço ao espasmo.

Eis a voz, eis o deus, eis a fala,
eis que a luz se acendeu na casa
e não cabe mais na sala.


Paulo Leminski

Livramento morreu há 21 anos

(imagem daqui)
      
António José Parreira do Livramento, (São Manços, 28 de fevereiro de 1943Lisboa, 7 de junho de 1999), mais conhecido como António Livramento, foi um jogador de hóquei em patins português, considerado por muitos o melhor jogador do Mundo de todos os tempos. Conquistou incontáveis títulos durante a sua longa carreira, tanto de jogador, como de treinador. Entre esses troféus, destacam-se os 3 Mundiais e 7 Europeus, ganhos pela selecção portuguesa, e a Taça dos Campeões Europeus, ganha ao serviço do Sporting CP.
(...)
  
Falecimento
É-lhe feita uma última homenagem em vida, com o seu nome a ser atribuído à Supertaça de Portugal em hóquei em patins, troféu disputado entre o campeão nacional e o vencedor da Taça de Portugal. Morre repentinamente a 7 de junho de 1999, com apenas 55 anos, vítima de uma trombose, deixando o País em choque e comoção, pela perda de uma das suas grandes estrelas.
Troféus conquistados
Jogador
Benfica
Sporting
Selecção Nacional
   
(imagem daqui)
   
Treinador 
Sporting
FC Porto
Selecção Nacional
   
   

Tom Jones nasceu há oitenta anos...!

   
Sir Tom Jones, nascido Thomas Jones Woodward, (Pontypridd, 7 de junho de 1940) é um cantor de música pop do País de Gales.
Aos dezasseis anos casou e teve um filho, muito antes de se tornar um ídolo pop. Apesar das suas frequentes e bem divulgadas relações extra-conjugais (incluindo um romance com a ex-Miss Mundo de 1973 Marjorie Wallace), permaneceu casado, e é tido como um homem de família. Jones mora nos Estados Unidos, mas visita frequentemente a sua terra natal, no País de Gales, no Reino Unido.
   
      
  

sábado, junho 06, 2020

O poeta António Gomes Leal nasceu há 172 anos

Gomes Leal, caricaturado por Rafael Bordalo Pinheiro
António Duarte Gomes Leal (Lisboa, 6 de junho de 1848 - Lisboa, 29 de janeiro de 1921) foi um poeta e crítico literário português.
Nasceu na praça do Rossio, freguesia da Pena, em Lisboa, filho natural de João António Gomes Leal (m. 1876), funcionário da Alfândega, e de Henriqueta Fernandina Monteiro Alves Cabral Leal.
Frequentou o Curso Superior de Letras, mas não o concluiu, empregando-se como escrevente de um notário de Lisboa. Durante a sua juventude assumiu pose de poeta boémio e janota, mas, com a morte da sua mãe, em 1910, caiu na pobreza e reconverteu-se ao catolicismo. Vivia da caridade alheia, chegando a passar fome e a dormir ao relento, em bancos de jardim, como um vagabundo, tendo uma vez sido brutalmente agredido pela canalha da rua. No final da vida, Teixeira de Pascoaes e outros escritores lançaram um apelo público para que o Estado lhe atribuísse uma pensão, o que foi conseguido, apesar de diminuta.
Foi um dos fundadores do jornal "O Espectro de Juvenal" (1872) e do jornal "O Século" (1881), tendo colaborado também na Gazeta de Portugal, Revolução de Setembro e Diário de notícias. Tem ainda colaboração na revista ilustrada Nova Silva (1907) e outras publicações periódicas, nomeadamente: O berro (1896), Branco e Negro (1896-1898), Brasil-Portugal (1899-1914), A corja (1898), A galeria republicana (1882-1883), A imprensa (1885-1891), Jornal de domingo (1881-1888) A leitura (1894-1896), A mulher (1879), As quadras do povo (1909), Ribaltas e gambiarras (1881), O Thalassa (1913-1915) e o Xuão (1908-1910). A sua obra insere-se nas correntes ultra-romântica, parnasiana, simbolista e decadentista.
   
    
    
Carta ao Mar
 
Deixa escrever-te, verde mar antigo,
Largo Oceano, velho deus limoso,
Coração sempre lírico, choroso,
E terno visionário, meu amigo!

Das bandas do poente lamentoso
Quando o vermelho sol vai ter contigo,
- Nada é mais grande, nobre e doloroso,
Do que tu, - vasto e húmido jazigo!

Nada é mais triste, trágico e profundo!
Ninguém te vence ou te venceu no mundo!...
Mas tambem, quem te pode consolar?!

Tu és Força, Arte, Amor, por excelência! -
E, contudo, ouve-o aqui, em confidência;
- A Música é mais triste inda que o Mar!

 

in Claridades do Sul (1875) - António Gomes Leal

Velázquez nasceu há 421 anos

Auto retrato de Diego Velázquez
    
Diego Rodrigues da Silva y Velázquez (Sevilha, 6 de junho de 1599 - Madrid, 6 de agosto de 1660) foi um pintor espanhol e principal artista da corte do Rei Filipe IV de Espanha. Era um artista individualista do período barroco contemporâneo, importante como um retratista. Além de inúmeras interpretações de cenas de significado histórico e cultural, pintou inúmeros retratos da família real espanhola, outras notáveis figuras europeias e plebeus, culminando na produção de sua obra-prima, Las Meninas (1656).
Desde o primeiro quarto do século XIX, a obra de Velázquez foi um modelo para os pintores realistas e impressionistas, em especial Édouard Manet que chegou a afirmar que Velázquez era o "pintor dos pintores". Desde essa época, os artistas mais modernos, incluindo os espanhóis Pablo Picasso e Salvador Dalí, bem como o pintor anglo-irlandês Francis Bacon, que homenageou Velázquez recriando várias de suas obras mais famosas.
A grande maioria dos seus quadros estão no Museu do Prado.

Filho de um advogado nobre de ascendência portuguesa (os seus avós paternos eram do Porto, João Rodrigues da Silva, Velázquez ficou com o prenome do avô paterno que, em 1581, deixou Portugal (era originário do Porto) para instalar-se com a sua esposa em Sevilha, onde Diego nasceu a 6 de junho de 1599 e foi batizado. Eventualmente nasceu no dia anterior ao do seu batismo, ou seja, 5 de junho de 1599. A sua mãe era de origem sevilhana e ele era o mais velho de oito irmãos, pertencendo a sua família à pequena fidalguia da cidade. Foi um artista tecnicamente formidável, e na opinião de muitos críticos de arte, insuperável pintor de retratos.
   
  
As Meninas - 1656
    

O Dia D foi há 76 anos


O Dia D
1944 NormandyLST.jpg
Desembarque na praia de Omaha, na Normandia, 6 de junho de 1944, durante a Operação Neptuno
Data 6 de Junho, 1944
Local Normandia,  França
Resultado Vitória Aliada. A França é liberta dos Nazistas.
Combatentes
 Estados Unidos
 Reino Unido
 Canadá
 França Livre
Polónia
 Noruega
 Austrália
 Nova Zelândia
 Luxemburgo
 Dinamarca
 Bélgica
 Grécia
 Checoslováquia
Flag of the NSDAP (1920–1945).svg Alemanha nazi
Comandantes
Estados Unidos Dwight D. Eisenhower
Reino Unido Bernard Montgomery
Estados Unidos Omar Bradley
Reino Unido Trafford Leigh-Mallory
Reino Unido Arthur Tedder
Reino Unido Miles Dempsey
Reino Unido Bertram Ramsay
Flag of the NSDAP (1920–1945).svg Gerd von Rundstedt
Flag of the NSDAP (1920–1945).svg Erwin Rommel
Flag of the NSDAP (1920–1945).svg Friedrich Dollmann
Flag of the NSDAP (1920–1945).svg Hans von Salmuth
Flag of the NSDAP (1920–1945).svg Wilhelm Falley  
Forças
326.000 (em 11 de junho) 200.000 (até 6 de junho)
Baixas
37.000 mortos, 172.000 feridos/desaparecidos 200.000 mortos/feridos, 200.000 capturados
  
Os desembarques da Normandia foram operações durante a invasão da Normandia pelos Aliados, também conhecida como Operação Overlord e Operação Neptuno, durante a Segunda Guerra Mundial. O desembarque começou na terça-feira, 6 de junho de 1944 (Dia D), com início às 00.15 horas (UTC+2). No planeamento, o Dia D foi o termo usado para o dia de desembarque real, que era dependente de aprovação final.
O assalto foi realizado em duas fases: uma aterragem de assalto aéreo de 24 mil britânicos, norte-americanos, canadianos e tropas livres de franceses aerotransportados pouco depois da meia-noite e um desembarque anfíbio da infantaria aliada e divisões blindadas na costa da França, com início às 06.30 da manhã. Havia também as operações de engodo montado sob os nomes de código Operação Glimmer e Operação Tributável, para distrair as forças da Alemanha nazi das áreas de pouso real.
A operação foi a maior invasão anfíbia de todos os tempos, com o desembarque de mais de 160 mil tropas em 6 de junho de 1944. 195.700 pessoas das marinhas navais e mercantes aliadas em mais de 5.000 navios foram envolvidos na operação. Soldados e material foram transportados a partir do Reino Unido por aviões carregados de tropas e navios, desembarques de assalto, suporte aéreo, interdição naval do Canal Inglês e fogo naval e de apoio. Os desembarques ocorreram ao longo de um trecho de 80 km na costa da Normandia dividida em cinco setores: Utah, Omaha, Gold, Juno e Sword.