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sábado, outubro 13, 2012

A mais iníqua Sexta Feira Treze foi há 705 anos

A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão (em latim "Ordo Pauperum Commilitonum Christi Templique Salominici"), mais conhecida como Ordem dos Templários, Ordem do Templo (em francês "Ordre du Temple" ou "Les Templiers") ou Cavaleiros Templários (algumas vezes chamados de: Cavaleiros de Cristo, Cavaleiros do Templo, Pobres Cavaleiros, etc), foi uma das mais famosas Ordens Militares de Cavalaria. A organização existiu por cerca de dois séculos na Idade Média, fundada no rescaldo da Primeira Cruzada de 1096, com o propósito original de proteger os cristãos que voltaram a fazer a peregrinação a Jerusalém após a sua conquista.
Os seus membros fizeram voto de pobreza e castidade para se tornarem monges, usavam mantos brancos com a característica cruz vermelha, e o seu símbolo passou a ser um cavalo montado por dois cavaleiros. Por causa do local onde originalmente se estabeleceram (o Monte do Templo em Jerusalém, onde existira o Templo de Salomão, e onde se ergue a atual Mesquita de Al-Aqsa) e do voto de pobreza e da fé em Cristo denominaram-se "Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão".
O sucesso dos Templários esteve vinculado ao das Cruzadas. Quando a Terra Santa foi perdida, o apoio à Ordem reduziu-se. Rumores acerca da cerimónia de iniciação secreta dos Templários criaram desconfianças, e o rei Filipe IV de França profundamente endividado com a Ordem, começou a pressionar o Papa Clemente V a tomar medidas contra eles. Em 1307, muitos dos membros da Ordem em França foram detidos e queimados publicamente. Em 1312, o Papa Clemente dissolveu a Ordem. O súbito desaparecimento da maior parte da infra-estrutura europeia da Ordem deu origem a especulações e lendas, que mantêm o nome dos Templários vivo até aos dias atuais.

(...)

Filipe IV de França pensou em apropriar-se dos bens dos Templários, e por isso havia posto em andamento uma estratégia de descrédito, acusando-os de heresia.
A ordem de prisão foi redigida em 14 de setembro de 1307 no dia da exaltação da Santa Cruz, e no dia 13 de outubro de 1307 (uma sexta-feira) o rei obrigou o comparecimento de todos os templários da França. Os templários foram encarcerados em masmorras e submetidos a torturas para se declararem culpados de heresia, no pergaminho redigido após a investigação dos interrogatórios, no Castelo de Chinon, no qual Filipe IV de França (Felipe, o Belo), influenciado por Guilherme de Nogaret havia prendido ilicitamente o último grão-mestre do Templo e alguns altos dignitários da Ordem.
O Pergaminho de Chinon atesta que o Papa Clemente V esteve para absolver os templários das acusações de heresia, evidenciando, assim, que a queda histórica da Ordem deu-se por causa da perda dessa sua vontade e de razões de oportunismo político que a ultrapassaram.
Dela se aproveitou Filipe, o Belo, para se apoderar dos bens da Ordem, acusando-a de ter se corrompido. Ele encarcerou os Superiores dos Templários, e, depois de um processo iníquo, os fez queimar vivos, pois obtivera deles confissões sob tortura, que eram consideradas nulas pelas leis da Igreja e da Inquisição, bem como pelos Concílio de Vienne (França) em 1311 e Concílio regional de Narbona (França) em 1243.



O ano de 1307 viu o começo da perseguição aos cavaleiros. Apesar de possuir um exército com cerca de 15 mil homens, Jacques de Molay havia ido a França para o funeral de um membro feminino da Casa Real Francesa e havia levado consigo poucos cavaleiros. Na madrugada de 13 de outubro, ele e os seus homens foram capturados e lançados nas masmorras por um homem de confiança do rei Filipe IV, Guilherme de Nogaret.
Durante sete anos, Jacques de Molay e os cavaleiros aprisionados sofreram torturas e viveram em condições subumanas. Enquanto isso, Filipe IV usava as forças do papa Clemente V para condenar os templários. Suas riquezas e propriedades foram confiscadas e dadas a proteção de Filipe.
Após três julgamentos, Jacques de Molay continuou sendo leal para com os seus amigos e cavaleiros. Ele recusou a revelar o local das riquezas da Ordem, e recusou denunciar os seus companheiros. Em 18 de março de 1314, foi levado à Corte Especial. Como evidências, a Corte dependia de confissões forjadas, supostamente assinadas por de Molay. Desmentiu, então, as mesmas confissões. Sob as leis da época, a pena por desmentir uma confissão era a morte. Foi julgado pelo Papa Clemente V, e assim como Jacques de Molay, outro cavaleiro, Guy d'Auvergne, desmentiu a sua confissão e ambos foram condenados. O rei Filipe IV, o Belo, ordenou que ambos fossem queimados naquele mesmo dia, e deste modo a história de Jacques de Molay se tornou um testemunho de lealdade e companheirismo. De Molay veio a falecer aos seus 70 anos de idade, no dia 18 de março de 1314.
Durante sua morte na fogueira intimou aos seus três algozes, a comparecer diante do tribunal de Deus, amaldiçoando os descendentes do então rei de França, Filipe IV, o Belo. O primeiro a morrer foi o Papa Clemente V, logo em seguida o chefe da guarda e conselheiro real, Guilherme de Nogaret, e, no dia 27 de novembro de 1314, morreu o rei Filipe IV com 46 anos de idade.

terça-feira, outubro 02, 2012

Após 63 gloriosos dias, a Insurreição de Varsóvia terminou há 68 anos

Vítimas de massacres conduzidos por tropas do Eixo

A Revolta, Levantamento ou Insurreição de Varsóvia (em polaco Powstanie warszawskie) foi uma luta armada durante a Segunda Guerra Mundial na qual o Armia Krajowa (Exército Clandestino Polaco) tentou libertar Varsóvia do controle da Alemanha Nazi.
Teve início a 1 de agosto de 1944, às 17.00 horas, como parte de uma revolta nacional, a "Operação Tempestade", e deveria durar apenas alguns dias, até que o Exército Soviético chegasse à cidade. O avanço soviético no entanto foi interrompido, mas a resistência polaca continuou por 63 dias, até sua rendição às forças alemãs, em 2 de outubro.
A ofensiva começou quando o Exército Soviético aproximou-se de Varsóvia. Os principais objetivos dos polacos eram manter os alemães ocupados e ajudar nos esforços de guerra contra a Alemanha e as Forças do Eixo. Entre os objetivos políticos secundários estava a libertação da cidade antes da chegada dos soviéticos, conquistando assim seu direito de soberania e desfazendo a divisão da Europa Central em esferas de influência sob os poderes aliados. Os insurgentes esperavam reinstalar as autoridades de seu país antes que o Polski Komitet Wyzwolenia Narodowego (Comité de Liberação Nacional Soviético Polaco) assumisse o controle.
Inicialmente os polacos isolaram áreas substanciais da cidade, mas os soviéticos não se aproximaram de suas cercanias até meados de setembro. Em seu interior, uma luta aguerrida entre alemães e polacos continuava. Em 16 de setembro, as forças soviéticas conquistaram território a poucos metros das posições polacas nas margens do Rio Vístula, não avançando mais durante o restante da duração da Revolta. Isso levou a acusações de que o líder soviético Estaline esperava pelo fracasso da insurreição para que pudesse assim ocupar a Polónia de forma incontestável.
Embora o número exato de baixas permaneça desconhecido, estima-se que aproximadamente 16.000 integrantes da resistência polaca foram mortos e 6.000 gravemente feridos. Entre 150.000 e 200.000 civis morreram, a maioria vítima de massacres conduzidos por tropas do Eixo. As perdas alemãs totalizaram aproximadamente 16.000 soldados mortos e 9.000 feridos. Durante o combate urbano, perto de 25% dos prédios de Varsóvia foram destruídos. Após a rendição das forças polacas, as tropas alemãs destruíram sistematicamente, quarteirão a quarteirão, 35% da cidade. Juntamente com os danos provocados pela Invasão da Polónia, em 1939, e o Levantamento do Gueto de Varsóvia, em 1943, mais de 85% da cidade estava destruída em 1945, quando os soviéticos finalmente ultrapassaram suas fronteiras.

sábado, setembro 29, 2012

O infame Acordo de Munique foi assinado há 74 anos

Chamberlain mostra, à chegada ao Reino Unido, o papel assinado por ele e por Hitler em  Munique

O Acordo de Munique foi um tratado datado de 29 de setembro de 1938, na cidade de Munique, na Alemanha, entre os líderes das maiores potências da Europa à época. O tratado foi a conclusão de uma conferência organizada por Adolf Hitler, o líder do governo nazi da Alemanha.
O objectivo da conferência era a discussão do futuro da Checoslováquia e terminou com a capitulação das nações democráticas perante a Alemanha nazi de Adolf Hitler. Este episódio ilustra melhor do que outros o significado da "política de apaziguamento".
A Checoslováquia não foi convidada para a conferência, sendo esta vulgarmente conhecida na República Checa como a "Sentença de Munique". A frase "traição de Munique" também é usada frequentemente, uma vez que as alianças militares em vigor entre a Checoslováquia, Reino Unido e França foram ignoradas.
Foi alcançado um acordo, assinado a 30 de setembro mas datado de 29 de setembro de 1938. Adolf Hitler, Neville Chamberlain, Edouard Daladier e Benito Mussolini foram os políticos que assinaram o Acordo de Munique. O ajuste dava à Alemanha os Sudetas (Sudetenland), começando em 10 de outubro, e o controle efetivo do resto da Checoslováquia, desde que Hitler prometesse que esta seria a última reivindicação territorial da Alemanha.
Chamberlain foi recebido como um herói à sua chegada ao Reino Unido. No aeroporto de Heston, ele fez o famoso discurso, agora inglório, "peace in our time" (paz para o nosso tempo) e acenou com a folha de papel branca para uma multidão em delírio.
A ocupação alemã dos quatro distritos seria feita faseadamente entre 1 de outubro e 7 de outubro. Outros territórios de predominância de população germânica seriam especificados por uma comissão internacional composta por delegados de França, Reino Unido, Itália, Alemanha e Checoslováquia. A comissão internacional conduziria também eleições nos territórios em disputa.
Winston Churchill teria dito sobre Chamberlain, quanto a este acordo: "Entre a desonra e a guerra, escolheste a desonra, e terás a guerra".
A 10 de março de 1939, Hitler, desrespeitando o tratado, ordena a invasão do resto da Checoslováquia e as tropas alemãs ocupam Praga.


Sequence of events following the Munich Agreement:
1. Germany occupies the Sudetenland (October 1938).
2. Poland annexes Zaolzie, an area with a Polish plurality, over which the two countries had fought a war in 1919 (October 1938).
3. Hungary occupies border areas (southern third of Slovakia and southern Carpathian Ruthenia) with Hungarian minorities in accordance with the First Vienna Award (November 1938).
4. In March 1939, Hungary annexes Carpathian Ruthenia (which had been autonomous since October 1938).
5. The remaining Czech territories become the German satellite Protectorate of Bohemia and Moravia.
6. The remainder of Czechoslovakia becomes Slovakia, another German satellite.


A deal was reached on 29 September, and at about 1:30am on 30 September 1938, Adolf Hitler, Neville Chamberlain, Benito Mussolini and Édouard Daladier signed the Munich Agreement. The agreement was officially introduced by Mussolini although in fact the so-called Italian plan had been prepared in the German Foreign Office. It was nearly identical to the Godesberg proposal: the German army was to complete the occupation of the Sudetenland by 10 October, and an international commission would decide the future of other disputed areas.
Czechoslovakia was informed by Britain and France that it could either resist Nazi Germany alone or submit to the prescribed annexations. The Czechoslovak government, realizing the hopelessness of fighting the Nazis alone, reluctantly capitulated (30 September) and agreed to abide by the agreement. The settlement gave Germany the Sudetenland starting 10 October, and de facto control over the rest of Czechoslovakia as long as Hitler promised to go no further. On September 30 after some rest, Chamberlain went to Hitler and asked him to sign a peace treaty between the United Kingdom and Germany. After Hitler's interpreter translated it for him, he happily agreed.
On 30 September, upon his return to Britain, Chamberlain delivered his famous "peace for our time" speech to delighted crowds in London.

From left to right: Chamberlain, Daladier, Hitler, Mussolini, and Ciano pictured before signing the Munich Agreement, which gave the Sudetenland to Germany