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sábado, novembro 13, 2021

O Monumento dos Veteranos do Vietname foi inaugurado há 39 anos

  
O Monumento dos Veteranos do Vietname (em inglês: Vietnam Veterans Memorial) é um monumento dedicado aos veteranos da guerra do Vietname.
O monumento foi edificado em 1982 em Washington, D.C. e é constituído por três partes distintas:
- Three Soldiers Statue - escultura criada por Frederick Hart, representando três soldados: um branco, um negro e um hispânico.
- Vietnam Women's Memorial - monumento às mulheres falecidas na guerra.
- Vietnam Veterans Memorial Wall - muro-memorial aos veteranos da guerra.
O Muro do Memorial aos Veteranos do Vietname estende-se por 18 metros de comprimento de mármore negro, no qual estão inscritos os nomes de todos os soldados norte-americanos mortos nesta guerra. Localiza-se no Constitution Gardens, próximo do Monumento a Washington, e foi projetado pela arquiteta Maya Lin.
Foi adicionado à lista do Registo Nacional de Lugares Históricos americano em 13 de novembro de 1982, no mesmo dia de sua inauguração.
  

sexta-feira, setembro 24, 2021

Shaka Zulu morreu há 193 anos

 

 

Shaka kaSenzangakhona (c. July 1787 – 24 September 1828), also known as Shaka Zulu and Sigidi kaSenzangakhona, was the founder of the Zulu Kingdom from 1816 to 1828. He was one of the most influential monarchs of the Zulu, responsible for re-organizing the military into a formidable force via a series of wide-reaching and influential reforms. 

 

in Wikipédia

sexta-feira, junho 18, 2021

A última guerra entre Estados Unidos e Reino Unido começou há 209 anos

O Capitólio dos Estados Unidos após Washington, DC ter sido queimada pelo exército britânico
  
A Guerra de 1812, ou a Guerra Anglo-Americana, foi a guerra entre os Estados Unidos da América, e o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda e suas colónias, incluindo o Canada Superior (Ontario), o Canadá Inferior (Quebec), Nova Escócia, Bermuda e a ilha da Terra Nova.
A Guerra decorreu entre 18 de junho de 1812 e 23 de março de 1815, embora o seu tratado de paz tenha sido assinado em 1814. O Massacre do Fort Dearborn, Indiana, em 15 de agosto de 1812, foi a "gota d'água" que levou os americanos à guerra contra os britânicos ao que é, hoje, reconhecida nos EUA como War of 1812 ("A Guerra de 1812," em português). A guerra terminou em status quo.
A Revolução Francesa trouxe problemas para os Estados Unidos, devido às diferenças entre as facções federalistas (admiradores da Inglaterra) e os republicanos (admiradores da França revolucionária), e a acentuação da rivalidade da França com a Inglaterra, que não tolerava a independência da ex-colónia. Além disso, os britânicos ainda tinham ligações comerciais com os sulistas.
Eles tentaram de todas as maneiras impedir os acordos entre franceses e nortistas, utilizando-se da força: apresamento de navios da ex-colónia, desafiando a soberania nacional e prejudicando as indústrias; recrutamento forçado de norte-americanos por ingleses; problemas com índios no oeste, instigados por britânicos do Canadá; e, em relação aos Estados Unidos, a tentativa de conquista da mesma, facto esse almejado por eles.
Entre 1812 e 1814 ocorreu o conflito, durante o governo do presidente James Madison. Apesar dos desastres sofridos, o Tratado de Gand, que acabou com a guerra, não promoveu modificações no mapa dos Estados Unidos. Mais, reforçou o sentimento nacionalista da população e consolidou a União.

James Madison venceu as eleições presidenciais americanas de 1808, primariamente por causa de suas habilidades em relações internacionais, em uma época onde tanto a França quanto o Reino Unido estavam à beira da declaração de guerra contra os Estados Unidos. Madison, uma vez na presidência do país, rapidamente removeu o Ato do Embargo de 1807. A França logo se propôs a terminar todos seus ataques contra navios mercantes americanos e não interferir com o comércio internacional americano. Porém, o Reino Unido continuou ativamente os ataques contra a frota mercante americana. Além disso, os britânicos passaram a fornecer grandes quantidades de suprimentos militares a nativos indígenas do sul dos Grandes Lagos, e incentivavam estes indígenas a atacarem comunidades americanas e grupos de colonos americanos que viajavam em direção ao oeste.
Em resposta a estes problemas, os Estados Unidos da América declararam guerra contra o Reino Unido em 1812. Os habitantes do sul e do oeste do país eram em sua grande maioria a favor da guerra, uma vez que se preocupavam em defender o direito da expansão americana em direção ao oeste e o direito de ter acesso a mercados internacionais para seus produtos de exportação. Já os federalistas da Nova Inglaterra opuseram-se à guerra, e sua reputação sofreria muito ao final do conflito, causando a desintegração do partido político.
No início da guerra, os Estados Unidos rapidamente invadiram o Canadá, então colónia britânica, e capturaram diversas cidades daquele país. Os americanos incentivaram os canadianos a rebelar-se contra o Reino Unido e a juntar-se aos Estados Unidos. Porém, devido ao pouco apoio da população canadense aos ideais americanos e à mobilização de grandes quantidades de tropas britânicas no Canadá, os americanos foram obrigados a recuar. Os britânicos invadiram então os Estados Unidos, tendo ocupado diversas cidades do nordeste americano, entre elas, Washington, DC, a capital americana.
A invasão britânica da capital americana fez com que, subitamente, um grande número de pessoas passassem a querer se alistar nas forças armadas. A soberania do país estava em risco e a independência deveria ser mantida a todo custo, o governo proclamou. O avanço britânico foi parado em Baltimore, em 1814. As cenas da batalha de defesa da cidade por parte dos americanos fizeram com que Francis Scott Key, que testemunhara a batalha, escrevesse The Star-Spangled Banner, que acabaria por se tornar o hino oficial dos Estados Unidos.
A guerra terminou oficialmente em 8 de janeiro de 1815, sob os termos do Tratado de Ghent. A Batalha de Nova Orleães, porém, ocorreu após a assinatura do tratado. Esta batalha resultou em vitória para os Estados Unidos. Um dos principais comandantes americanos durante a guerra, Andrew Jackson, o General das forças americanas durante a Batalha de Nova Orleães, tornou-se imensamente popular nos Estados Unidos.
A Guerra de 1812 causou um drástico crescimento do nacionalismo e do orgulho americano. O país então acabara de resistir militarmente contra a segunda maior potência militar do mundo à época (a maior era a França napoleónica). A guerra causou um súbito aumento da moral americana - especialmente na Batalha de Nova Orleães. Os britânicos, segundo o tratado de paz, comprometeram-se a parar com seus ataques contra navios mercantes americanos, e um período de paz, de expansão territorial, de isolacionismo e do fortalecimento da economia do país, seguiu-se-lhe. Este período ficaria conhecido como Era do Bem Sentir.
  

quinta-feira, fevereiro 04, 2021

A Guerra - Colonial, do Ultramar ou de Libertação... - começou há sessenta anos

Embarque de tropas portuguesas durante a guerra colonial
     
Designa-se por Guerra Colonial, Guerra do Ultramar (designação oficial portuguesa do conflito até ao 25 de abril), ou Guerra de Libertação (designação mais utilizada pelos africanos independentistas), o período de confrontos entre as Forças Armadas Portuguesas e as forças organizadas pelos movimentos de libertação das antigas províncias ultramarinas de Angola, Guiné-Bissau e Moçambique, entre 1961 e 1975. Na época, era também referida vulgarmente em Portugal como Guerra de África.
O início deste episódio da história militar portuguesa ocorreu em Angola, a 4 de fevereiro de 1961, na zona que viria a designar-se por Zona Sublevada do Norte, que corresponde aos distritos do Zaire, Uíje e Quanza-Norte. A Revolução dos Cravos em Portugal, a 25 de abril de 1974, determinou o seu fim. Com a mudança do rumo político do país, o empenhamento militar das forças armadas portuguesas deixou de fazer sentido. Os novos dirigentes anunciavam a democratização do país e predispunham-se a aceitar as reivindicações de independência das colónias — pelo que se passaram a negociar as fases de transição com os movimentos de libertação empenhados na luta armada.
  

segunda-feira, novembro 30, 2020

Estaline mandou invadir a Finlândia há 85 anos

 

Soldado finlandês com um cocktail molotov durante a Guerra de Inverno

A Guerra de Inverno, também conhecida como a Guerra Soviético-Finlandesa ou Guerra Russo-Finlandesa, começou quando a União Soviética atacou a Finlândia a 30 de novembro de 1939, três meses após o início da Segunda Guerra Mundial. O conflito arrastou-se até 12 de março de 1940, quando um tratado de paz foi assinado, cedendo 10% do território finlandês, e 20% da sua capacidade industrial, à União Soviética.
O motivo dos soviéticos não terem vencido tão facilmente como previam deve-se, por um lado, às purgas de 1937 no comando do Exército Vermelho e à falta de espírito de luta dos atacantes, e, por outro lado, ao êxito da resistência finlandesa, liderada pelo marechal Mannerheim.
Como consequência, a União Soviética foi banida da Liga das Nações a 14 de dezembro de 1939. Estaline tinha esperado conquistar todo o país até ao final de 1939, mas a resistência finlandesa frustrou as forças soviéticas, que eram em maior número (mais de 3 soviéticos para 1 finlandês).
O resultado da guerra foi misto. Embora as forças soviéticas finalmente tivessem conseguido atravessar a defesa finlandesa, nenhum lado, quer a União Soviética ou a Finlândia, emergiu do conflito vitorioso. As perdas soviéticas na frente de combate foram tremendas, e a posição internacional do país sofreu.
E ainda pior, as habilidades de combate do Exército Vermelho foram postas em questão, um facto que contribuiu com um grande impacto para a decisão de Hitler de lançar a Operação Barbarossa. Finalmente, as forças soviéticas não alcançaram o seu objectivo primário de conquistar a Finlândia, mas ganharam apenas uma secessão de território ao longo do Lago Ladoga. Os finlandeses asseguraram a sua soberania e ganharam uma posição internacional considerável.
O tratado de paz de 12 de março de 1940 impediu os preparativos franco-britânicas de envio de apoio à Finlândia através da Escandinávia do Norte (a campanha Aliada na Noruega) que impediria também o acesso alemão às minas de ferro no norte da Suécia. A invasão pela Alemanha nazi da Dinamarca e da Noruega, a 9 de abril de 1940 - Operação Weserübung - desviou então a atenção do mundo para a luta pelo controlo da Noruega.
A Guerra de Inverno foi um desastre militar para a União Soviética. Contudo, Estaline aprendeu com este fiasco e compreendeu que o controlo sobre o Exército Vermelho já não era possível. Após a Guerra de Inverno, o Kremlin iniciou o processo de reinstaurar oficiais qualificados e de modernizar as suas forças, uma decisão que viria a permitir que os soviéticos resistissem à invasão alemã.
   
Precedentes
A Finlândia tinha uma longa história como parte do reino sueco quando fora conquistada, em 1808, pela Rússia, tornando-se num estado estabilizante para proteger a então capital russa. Após a revolução que trouxe um governo soviético ao poder na Rússia, a Finlândia declarou-se independente a 6 de dezembro de 1917. Fortes relações entre a Finlândia e a Alemanha foram criadas quando o movimento de independência da Finlândia era apoiado pela Alemanha Imperial durante a Primeira Guerra Mundial. Numa subsequente Guerra Civil tropas Jäger finlandesas treinadas pelos alemães e tropas regulares alemãs tiveram um papel crucial. Apenas a derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial dificultou o estabelecimento de uma monarquia dependente da Alemanha, sob o poder de Frederico Carlos de Hesse como Rei da Finlândia. Após a guerra, as relações entre a Alemanha e a Finlândia foram mantidas, embora a simpatia finlandesa com os Nacionais Socialistas (nazis) não fosse a melhor.
Com as relações entre a União Soviética e a Finlândia tensas e congeladas - tanto os dois períodos de russificação forçada, ao virar do século, como o legado da rebelião socialista na Finlândia, contribuíram para uma forte desconfiança mútua. Estaline temia que a Alemanha nazi atacasse mais cedo ou mais tarde, e, que com a fronteira Soviético-Finlandesa, apenas a 32 quilómetros de distância de Leninegrado, o território finlandês providenciaria uma excelente base para o ataque alemão - algo que Estaline tentava evitar. Em 1932, a União Soviética assinou um pacto de não-agressão com a Finlândia. O acordo foi reafirmado em 1934 para os 10 anos seguintes.
Em abril de 1938 ou possivelmente mais cedo, a União Soviética encetou negociações diplomáticas com a Finlândia, tentando melhorar as defesas mútuas contra a Alemanha. A principal preocupação da União Soviética era que a Alemanha utilizaria a Finlândia como uma ponte para o ataque a Leninegrado, e começou a fazer exigências ao governo finlandês de grandes áreas. Mais de um ano passou sem progresso significante e a situação política na Europa piorou.
A Alemanha nazi e a União Soviética assinaram um pacto mútuo de não-agressão, o pacto Ribbentrop-Molotov, a 23 de agosto de 1939. O pacto também incluía uma cláusula secreta incluindo a divisão dos países da Europa de Leste e bálticos entre os dois países. Foi concordado que a Finlândia estaria na "esfera de influência" soviética. O ataque alemão à Polónia, a 1 de setembro, foi seguido 16 dias depois pela Invasão Soviética da Polónia, a leste. Em apenas algumas semanas tinham dividido o país entre si.
No outono de 1939, após o ataque alemão na Polónia, a União Soviética finalmente exigiu que a Finlândia concordasse em mover a fronteira mais 25 km para além de Leninegrado, que nesta altura estava apenas a 32 quilómetros da Finlândia. E também exigiu que a Finlândia emprestasse a Peninsula de Hanko à União Soviética por 30 anos para a criação de uma base naval lá. Em troca, a União Soviética oferecia uma grande parte da Carélia (duas vezes tão grande, mas menos desenvolvida).
Mas o governo finlandês recusou-se a seguir as exigências soviéticas. A 26 de novembro os soviéticos simularam um bombardeamento finlandês contra Mainila, um incidente no qual artilharia soviética bombardeou áreas perto da vila russa de Mainila, procedendo ao anúncio que um ataque de artilharia finlandesa tinha matado tropas soviéticas. A União Soviética exigiu que os finlandeses pedissem desculpas pelo incidente e movessem as suas forças 20 a 25 quilómetros da fronteira. Os finlandeses negaram qualquer responsabilidade pelo ataque e recusaram-se a seguir as indicações soviéticas. A União Soviética utilizou isto como uma desculpa para quebrar o pacto de não-agressão. A 30 de novembro as forças soviéticas atacaram, com 23 divisões, totalizando 450.000 homens, que rapidamente alcançaram a Linha de Mannerheim.
Um regime fantoche foi criado na vila fronteiriça finlandesa ocupada de Terijoki (hoje Zelenogorsk) a 1 de dezembro de 1939, sob a protecção da República Democrática Finlandesa e liderada por Otto Ville Kuusinen, ambas por causas diplomáticas (imediatamente tornou-se o único governo da Finlândia reconhecido pela União Soviética) e por militares (esperavam que levasse os socialistas e comunistas existentes no Exército Finlandês a abandonarem a luta) mas não foi particularmente bem-sucedido. Esta república existiu até 12 de março de 1940, quando foi eventualmente incorporada na República Socialista Karelo-Finlandesa Russa.
  
Armistício
No final do inverno tinha-se tornado claro que os russos já estavam suficientemente fartos da situação, e os representantes alemães sugeriram que a Finlândia deveria negociar com a União Soviética. As baixas russas tinham sido enormes e a situação era fonte de um embaraço político para o regime soviético. Com a Primavera a chegar, as forças russas viam-se a ficar paralisadas nas florestas, e um esboço de termos de paz foi apresentado à Finlândia a 12 de fevereiro. Não apenas os alemães estavam à espera do fim da guerra, mas também os suecos, que temiam o colapso da Finlândia. Enquanto o gabinete finlandês hesitava em face às condições duras soviéticas, o rei sueco Gustaf V fez um anúncio público, no qual confirmava que tinha recusado o pedido finlandês de apoio de tropas regulares suecas.
No final de fevereiro, os finlandeses tinham consumido os seus fornecimentos de munições. Também, a União Soviética tinha finalmente sido bem-sucedida em avançar através da Linha Mannerheim, anteriormente impenetrável.
Finalmente a 29 de fevereiro de 1940, o governo finlandês tinha concordado em começar as negociações. A 5 de março, o exército soviético tinha avançado de 10 a 15 quilómetros de lá da Linha Mannerheim e tinha entrado nos subúrbios de Viipuri.

Tratado de Paz
No Tratado de Paz de Moscovo de 12 de março a Finlândia foi forçada a ceder a parte finlandesa de Carélia. O território incluía a cidade de Viipuri (a segunda maior cidade do país), muito do território industrializado da Finlândia, e partes significantes ainda protegidas pelo exército finlandês: quase 10% do pré-guerra finlandês. Alguns 442.000 carelianos, 12% da população da Finlândia, perderam as suas casas. Militares e civis foram rapidamente evacuados, devido aos termos do tratado, e apenas alguns civis escolheram ficar sob a governação soviética.
A Finlândia teve também de ceder uma parte da área de Salla, península de Kalastajansaarento no mar de Barents e quatro ilhas no golfo da Finlândia. A península de Hanko foi também emprestada à União Soviética como uma base militar por 30 anos.
Os termos de paz foram duros para a Finlândia, ainda mais porque os soviéticos receberam a cidade de Viipuri, além das suas exigências pré-guerra. Nem a simpatia por parte da Liga das Nações, Aliados Ocidentais, e dos suecos em particular, parece ter sido de grande ajuda aos finlandeses.
Apenas um ano mais tarde as hostilidades continuaram na Guerra da Continuação.
 
Perdas territoriais iniciais da Finlândia
   

sexta-feira, novembro 13, 2020

O Monumento dos Veteranos do Vietname foi inaugurado há 38 anos

  
O Monumento dos Veteranos do Vietname (em inglês: Vietnam Veterans Memorial) é um monumento dedicado aos veteranos da guerra do Vietname.
O monumento foi edificado em 1982 em Washington, D.C. e é constituído por três partes distintas:
- Three Soldiers Statue - escultura criada por Frederick Hart, representando três soldados: um branco, um negro e um hispânico.
- Vietnam Women's Memorial - monumento às mulheres falecidas na guerra.
- Vietnam Veterans Memorial Wall - muro-memorial aos veteranos da guerra.
O Muro do Memorial aos Veteranos do Vietname estende-se por 18 metros de comprimento de mármore negro, no qual estão inscritos os nomes de todos os soldados norte-americanos mortos nesta guerra. Localiza-se no Constitution Gardens, próximo do Monumento a Washington, e foi projetado pela arquiteta Maya Lin.
Foi adicionado à lista do Registo Nacional de Lugares Históricos americano em 13 de novembro de 1982, no mesmo dia de sua inauguração.

sábado, novembro 30, 2019

A Guerra Soviético-Finlandesa começou há 80 anos


Soldado finlandês com um cocktail molotov durante a Guerra de Inverno

A Guerra de Inverno, também conhecida como a Guerra Soviético-Finlandesa ou Guerra Russo-Finlandesa, começou quando a União Soviética atacou a Finlândia a 30 de novembro de 1939, três meses após o início da Segunda Guerra Mundial. O conflito arrastou-se até 12 de março de 1940, quando um tratado de paz foi assinado, cedendo 10% do território finlandês, e 20% da sua capacidade industrial, à União Soviética.
O motivo dos soviéticos não terem vencido tão facilmente como previam deve-se, por um lado, às purgas de 1937 no comando do Exército Vermelho e à falta de espírito de luta dos atacantes, e, por outro lado, ao êxito da resistência finlandesa, liderada pelo marechal Mannerheim.
Como consequência, a União Soviética foi banida da Liga das Nações a 14 de dezembro de 1939. Estaline tinha esperado conquistar todo o país até ao final de 1939, mas a resistência finlandesa frustrou as forças soviéticas, que eram em maior número (mais de 3 soviéticos para 1 finlandês).
O resultado da guerra foi misto. Embora as forças soviéticas finalmente tivessem conseguido atravessar a defesa finlandesa, nenhum lado, quer a União Soviética ou a Finlândia, emergiu do conflito vitorioso. As perdas soviéticas na frente de combate foram tremendas, e a posição internacional do país sofreu.
E ainda pior, as habilidades de combate do Exército Vermelho foram postas em questão, um facto que contribuiu com um grande impacto para a decisão de Hitler de lançar a Operação Barbarossa. Finalmente, as forças soviéticas não alcançaram o seu objectivo primário de conquistar a Finlândia, mas ganharam apenas uma secessão de território ao longo do Lago Ladoga. Os finlandeses asseguraram a sua soberania e ganharam uma posição internacional considerável.
O tratado de paz de 12 de março de 1940 impediu os preparativoss franco-britânicas de envio de apoio à Finlândia através da Escandinávia do Norte (a campanha Aliada na Noruega) que impediria também o acesso alemão às minas de ferro no norte da Suécia. A invasão pela Alemanha Nazi da Dinamarca e da Noruega, a 9 de abril de 1940 - Operação Weserübung - desviou então a atenção do mundo para a luta pela controlo da Noruega.
A Guerra de Inverno foi um desastre militar para a União Soviética. Contudo, Estaline aprendeu com este fiasco e compreendeu que o controlo sobre o Exército Vermelho já não era possível. Após a Guerra de Inverno, o Kremlin iniciou o processo de reinstaurar oficiais qualificados e de modernizar as suas forças, uma decisão que viria a permitir que os soviéticos resistissem à invasão alemã.
   
Precedentes
A Finlândia tinha uma longa história como parte do reino sueco quando fora conquistada, em 1808, pela Rússia, tornando-se num estado estabilizante para proteger a então capital russa. Após a revolução que trouxe um governo soviético ao poder na Rússia, a Finlândia declarou-se independente a 6 de dezembro de 1917. Fortes relações entre a Finlândia e a Alemanha foram criadas quando o movimento de independência da Finlândia era apoiado pela Alemanha Imperial durante a Primeira Guerra Mundial. Numa subsequente Guerra Civil tropas Jäger finlandesas treinadas pelos alemães e tropas regulares alemãs tiveram um papel crucial. Apenas a derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial dificultou o estabelecimento de uma monarquia dependente da Alemanha, sob o poder de Frederico Carlos de Hesse como Rei da Finlândia. Após a guerra, as relações entre a Alemanha e a Finlândia foram mantidas, embora a simpatia finlandesa com os Nacionais Socialistas (nazis) não fosse a melhor.
Com as relações entre a União Soviética e a Finlândia tensas e congeladas - tanto os dois períodos de russificação forçada, ao virar do século, como o legado da rebelião socialista na Finlândia, contribuíram para uma forte desconfiança mútua. Estaline temia que a Alemanha nazi atacasse mais cedo ou mais tarde, e, que com a fronteira Soviético-Finlandesa, apenas a 32 quilómetros de distância de Leninegrado, o território finlandês providenciaria uma excelente base para o ataque alemão - algo que Estaline tentava evitar. Em 1932, a União Soviética assinou um pacto de não-agressão com a Finlândia. O acordo foi reafirmado em 1934 para os 10 anos seguintes.
Em abril de 1938 ou possivelmente mais cedo, a União Soviética encetou negociações diplomáticas com a Finlândia, tentando melhorar as defesas mútuas contra a Alemanha. A principal preocupação da União Soviética era que a Alemanha utilizaria a Finlândia como uma ponte para o ataque a Leninegrado, e começou a fazer exigências ao governo finlandês de grandes áreas. Mais de um ano passou sem progresso significante e a situação política na Europa piorou.
A Alemanha nazi e a União Soviética assinaram um pacto mútuo de não-agressão, o pacto Ribbentrop-Molotov, a 23 de agosto de 1939. O pacto também incluía uma cláusula secreta incluindo a divisão dos países da Europa de Leste e bálticos entre os dois países. Foi concordado que a Finlândia estaria na "esfera de influência" soviética. O ataque alemão à Polónia, a 1 de setembro, foi seguido 16 dias depois pela Invasão Soviética da Polónia, a leste. Em apenas algumas semanas tinham dividido o país entre si.
No outono de 1939, após o ataque alemão na Polónia, a União Soviética finalmente exigiu que a Finlândia concordasse em mover a fronteira mais 25 km para além de Leninegrado, que nesta altura estava apenas a 32 quilómetros da Finlândia. E também exigiu que a Finlândia emprestasse a Peninsula de Hanko à União Soviética por 30 anos para a criação de uma base naval lá. Em troca, a União Soviética oferecia uma grande parte da Carélia (duas vezes tão grande, mas menos desenvolvida).
Mas o governo finlandês recusou-se a seguir as exigências soviéticas. A 26 de novembro os soviéticos simularam um bombardeamento finlandês contra Mainila, um incidente no qual artilharia soviética bombardeou áreas perto da vila russa de Mainila, procedendo ao anúncio que um ataque de artilharia finlandesa tinha matado tropas soviéticas. A União Soviética exigiu que os finlandeses pedissem desculpas pelo incidente e movessem as suas forças 20 a 25 quilómetros da fronteira. Os finlandeses negaram qualquer responsabilidade pelo ataque e recusaram-se a seguir as indicações soviéticas. A União Soviética utilizou isto como uma desculpa para quebrar o pacto de não-agressão. A 30 de novembro as forças soviéticas atacaram, com 23 divisões, totalizando 450.000 homens, que rapidamente alcançaram a Linha de Mannerheim.
Um regime fantoche foi criado na vila fronteiriça finlandesa ocupada de Terijoki (hoje Zelenogorsk) a 1 de dezembro de 1939, sob a protecção da República Democrática Finlandesa e liderada por Otto Ville Kuusinen, ambas por causas diplomáticas (imediatamente tornou-se o único governo da Finlândia reconhecido pela União Soviética) e por militares (esperavam que levasse os socialistas e comunistas existentes no Exército Finlandês a abandonarem a luta) mas não foi particularmente bem-sucedido. Esta república existiu até 12 de março de 1940, quando foi eventualmente incorporada na República Socialista Karelo-Finlandesa Russa.
  
Armistício
No final do inverno tinha-se tornado claro que os russos já estavam suficientemente fartos da situação, e os representantes alemães sugeriram que a Finlândia deveria negociar com a União Soviética. As baixas russas tinham sido enormes e a situação era fonte de um embaraço político para o regime soviético. Com a Primavera a chegar, as forças russas viam-se a ficar paralisadas nas florestas, e um esboço de termos de paz foi apresentado à Finlândia a 12 de fevereiro. Não apenas os alemães estavam à espera do fim da guerra, mas também os suecos, que temiam o colapso da Finlândia. Enquanto o gabinete finlandês hesitava em face às condições duras soviéticas, o rei sueco Gustaf V fez um anúncio público, no qual confirmava que tinha recusado o pedido finlandês de apoio de tropas regulares suecas.
No final de fevereiro, os finlandeses tinham consumido os seus fornecimentos de munições. Também, a União Soviética tinha finalmente sido bem-sucedida em avançar através da Linha Mannerheim, anteriormente impenetrável.
Finalmente a 29 de fevereiro de 1940, o governo finlandês tinha concordado em começar as negociações. A 5 de março, o exército soviético tinha avançado de 10 a 15 quilómetros de lá da Linha Mannerheim e tinha entrado nos subúrbios de Viipuri.

Tratado de Paz
No Tratado de Paz de Moscovo de 12 de março a Finlândia foi forçada a ceder a parte finlandesa de Carélia. O território incluía a cidade de Viipuri (a segunda maior cidade do país), muito do território industrializado da Finlândia, e partes significantes ainda protegidas pelo exército finlandês: quase 10% do pré-guerra finlandês. Alguns 442.000 carelianos, 12% da população da Finlândia, perderam as suas casas. Militares e civis foram rapidamente evacuados, devido aos termos do tratado, e apenas alguns civis escolheram ficar sob a governação soviética.
A Finlândia teve também de ceder uma parte da área de Salla, península de Kalastajansaarento no mar de Barents e quatro ilhas no golfo da Finlândia. A península de Hanko foi também emprestada à União Soviética como uma base militar por 30 anos.
Os termos de paz foram duros para a Finlândia, ainda mais porque os soviéticos receberam a cidade de Viipuri, além das suas exigências pré-guerra. Nem a simpatia por parte da Liga das Nações, Aliados Ocidentais, e dos suecos em particular, parece ter sido de grande ajuda aos finlandeses.
Apenas um ano mais tarde as hostilidades continuaram na Guerra da Continuação.


sábado, setembro 22, 2018

Shaka Zulu morreu há 190 anos

O único desenho conhecido de Shaka com a azagaia e o escudo pesado em 1824, quatro anos antes da sua morte

Shaka Zulu (às vezes escrito como Tshaka, Tchaka ou Chaka, KwaZulu-Natal, 1773? - 22 de setembro de 1828) foi um chefe tribal zulu e estratega militar, que elevou os zulus de uma etnia com pouca expressão territorial para um império que ensombrou os desígnios coloniais britânicos.
Filho órfão e ilegítimo de Senzanganakhona, chefe do clã zulu dos nguni, Shaka e a mãe foram banidos da sua umuzi (aldeia), e forçados a viver no exílio entre os mtetwa, na altura do reinado de Dingiswayo.
Ao atingir a puberdade, Shaka seguiu os costumes dos Mtetwa, e juntamente com os outros rapazes da sua idade (intanga), integrou o regimento isiCwe do exército de Dingiswayo. Shaka integrou-se bem na vida militar, e à medida que a sua fama pessoal e autoridade aumentava, introduziu alterações às tácticas anteriormente utilizadas.
Uma das mudanças mais importantes foi o abandono das tácticas de combate "atacar e retirar", pelo combate corpo a corpo, perseguição do inimigo, e da aniquilação total do inimigo. Estas tácticas foram sendo adoptadas por outros clã dos Nguni. No início da década de 1810, contra os Buthelezi em 1810, e posteriormente contra os Nongoma em 1812, Shaka havia aperfeiçoado a implementação dos seus homens no campo de batalha numa formação de ataque em forma de lua, com as pontas denominadas izimpondo (cornos), e o centro de isifuba (peito), com a qual obteve grandes êxitos, e seria a formação de combate padrão dos zulus nos próximos noventa anos.
Em 1816 foi enviado por Dingiswayo, chefe dos mtetwa, e regressa do exílio, e rapidamente se afirma rei dos zulus, eliminando todos que se lhe opunham. Um dos seus primeiros actos é constituir quatro regimentos, que são a origem do impi, nome pelo qual os exércitos zulus ficariam conhecidos. Os impis estavam armados com uma pequena lança, a assegai (uma azagaia), um escudo de couro de boi, uma espécie de bastão que podia ser arremessado ao inimigo com grande precisão e ainda o "cuspo de veneno", substância tóxica encontrada numa erva que era mastigada pelos guerreiros de Shaka, que a cuspiam no rosto dos inimigos durante os combates, causando grande irritação nos olhos. Apoiado neste impi, parte para, nesse mesmo ano, atacar novamente os Buthelezi.
Em 1818 a sua atenção vira-se para os ndwandwe, que vence na batalha de Gqokli, de forma decisiva, apesar de a vantagem à partida não estar do seu lado. A mesma sorte tiveram outros clãs e tribos, contra quem os Zulus apontaram a sua máquina de guerra, numa expansão territorial que iria aumentar o território sob o seu controlo em cerca de doze vezes.
1824 seria um ano marcante na história dos Zulus: Shaka autorizou o estabelecimento de europeus (H.F. Fynn e Lt. Farewell, fundadores da Natal Trading Company) no seu território. Estes fundaram Port Natal, a actual cidade de Durban.
Shaka foi assassinado em 1828 pelos seus meio-irmãos Dingane e Mhalangana, sucedendo-lhe Dingane.

domingo, setembro 22, 2013

Shaka Zulu morreu provavelmente há 185 anos

O único desenho conhecido de Shaka com a azagaia e o escudo pesado em 1824, quatro anos antes de sua morte.

Shaka Zulu (às vezes escrito como Tshaka, Tchaka ou Chaka, KwaZulu-Natal, 1773? - 22 de setembro de 1828) foi um chefe tribal zulu e estratega militar, que elevou os zulus de uma etnia com pouca expressão territorial para um império que ensombrou os desígnios coloniais britânicos.

Filho órfão e ilegítimo de Senzanganakhona, chefe do clã zulu dos nguni, Shaka e a mãe foram banidos da sua umuzi (aldeia), e forçados a viver no exílio entre os mtetwa, na altura do reinado de Dingiswayo.
Ao atingir a puberdade, Shaka seguiu os costumes dos Mtetwa, e juntamente com os outros rapazes da sua idade (intanga), integrou o regimento isiCwe do exército de Dingiswayo. Shaka integrou-se bem na vida militar, e à medida que a sua fama pessoal e autoridade aumentava, introduziu alterações às tácticas anteriormente utilizadas.
Uma das mudanças mais importantes foi o abandono das tácticas de combate "atacar e retirar", pelo combate corpo a corpo, perseguição do inimigo, e da aniquilação total do inimigo. Estas tácticas foram sendo adoptadas por outros clã dos Nguni. No início da década de 1810, contra os Buthelezi em 1810, e posteriormente contra os Nongoma em 1812, Shaka havia aperfeiçoado a implementação dos seus homens no campo de batalha numa formação de ataque em forma de lua, com as pontas denominadas izimpondo (cornos), e o centro de isifuba (peito), com a qual obteve grandes êxitos, e seria a formação de combate padrão dos zulus nos próximos noventa anos.
Em 1816 foi enviado por Dingiswayo, chefe dos mtetwa, e regressa do exílio, e rapidamente se afirma rei dos zulus, eliminando todos que se lhe opunham. Um dos seus primeiros actos é constituir quatro regimentos, que são a origem do impi, nome pelo qual os exércitos zulus ficariam conhecidos. Os impis estavam armados com uma pequena lança, a assegai (uma azagaia), um escudo de couro de boi, uma espécie de bastão que podia ser arremessado ao inimigo com grande precisão e ainda o "cuspo de veneno", substância tóxica encontrada numa erva que era mastigada pelos guerreiros de Shaka, que a cuspiam no rosto dos inimigos durante os combates, causando grande irritação nos olhos. Apoiado neste impi, parte para, nesse mesmo ano, atacar novamente os Buthelezi.
Em 1818 a sua atenção vira-se para os ndwandwe, que vence na batalha de Gqokli, de forma decisiva, apesar de a vantagem à partida não estar do seu lado. A mesma sorte tiveram outros clãs e tribos, contra quem os Zulus apontaram a sua máquina de guerra, numa expansão territorial que iria aumentar o território sob o seu controlo em cerca de 12 vezes.
1824 seria um ano marcante na História dos Zulus: Shaka autorizou o estabelecimento de europeus (H.F. Fynn e Lt. Farewell, fundadores da Natal Trading Company) no seu território. Estes fundaram Port Natal, a actual cidade de Durban.
Shaka foi assassinado em 1828 pelos seus meio-irmãos Dingane e Mhalangana, sucedendo-lhe Dingane.

terça-feira, junho 18, 2013

A Batalha de Waterloo foi há 198 anos

A Batalha de Waterloo foi um confronto militar ocorrido a 18 de junho de 1815, perto de Waterloo, na atual Bélgica, (então parte integrante do Reino Unido dos Países Baixos). Um exército do Primeiro Império Francês, sob o comando do Imperador Napoleão (72.000 homens), foi derrotado pelos exércitos da Sétima Coligação que incluíam uma força britânica liderada pelo Duque de Wellington, e uma força prussiana comandada por Gebhard Leberecht von Blücher (118.000 homens). Este confronto marcou o fim dos Cem Dias e foi a última batalha de Napoleão; a sua derrota terminou com o seu governo como Imperador.
Depois do regresso de Napoleão ao poder em 1815, muitos dos Estados que se tinham oposto ao Imperador formaram a Sétima Coligação, dando início à mobilização dos seus exércitos. Duas forças de grande dimensão sob o comando de Wellington e de Blücher concentraram-se perto da fronteira nordeste da França. Napoleão decidiu atacar na esperança de as destruir antes que dessem início a uma invasão coordenada da França, juntamente com outros membros da coligação. O confronto decisivo da campanha de três dias de Waterloo - 16 a 19 de junho de 1815 -, teve lugar em Waterloo. De acordo com Wellington, a batalha foi a "mais renhida que assistiu na minha vida"."
Napoleão atrasou o início da batalha até ao meio-dia, esperando que o terreno secasse. O exército de Wellington, posicionado ao longo da estrada para Bruxelas, na escarpa de Mont-Saint-Jean, resistiu a múltiplos ataques franceses até que, no final do dia, os prussianos chegaram em força e penetraram no flanco direito de Napoleão. Naquele momento, o exército de Wellington contra-atacou provocando a desordem das tropas francesas no campo-de-batalha. Posteriormente, as forças da coligação entraram em França, repondo Luís XVIII no trono francês. Napoleão abdicou, rendeu-se aos britânicos e foi exilado na ilha de Santa Helena, onde morreu em 1821.
O campo de- batalha fica actualmente em território belga, a cerca de treze quilómetros a sudeste de Bruxelas, e a 1,6 km da cidade de Waterloo. No local da batalha existe hoje um enorme monumento designado por Monte do Leão (em francês Butte du Lion), construido por terra trazida do próprio terreno da batalha

terça-feira, dezembro 18, 2012

A Índia invadiu Goa, Damão e Diu há 51 anos

O comandante de exército indiano, General Pran Thapar (mais à direita) com o deposto Governador da Índia Portuguesa, General Manuel António Vassalo e Silva (sentado ao centro) nas instalações dos Prisioneiros de Guerra portugueses, na cidade de Vasco da Gama, Goa

A Invasão de Goa (cognominada Operação Vijay pela Índia e também chamada de Libertação de Goa) foi uma intervenção militar das forças armadas da Índia que resultou na anexação do Estado Português da Índia em 1961 por parte da União Indiana. A ação armada - feita por terra, ar e mar, durou cerca de 36 horas e acabou com o domínio português de mais de 451 anos em Goa, Damão, Diu, Gogolá, Simbor e na ilha de Anjediva.



terça-feira, novembro 13, 2012

O Monumento dos Veteranos do Vietname foi inaugurado há 30 anos

O Monumento dos Veteranos do Vietname (em inglês: Vietnam Veterans Memorial) é um monumento dedicado aos veteranos da guerra do Vietname.
O monumento foi edificado em 1982 em Washington, D.C. e é constituído por três partes distintas:
- Three Soldiers Statue - escultura criada por Frederick Hart, representando três soldados: um branco, um negro e um hispânico.
- Vietnam Women's Memorial - monumento às mulheres falecidas na guerra.
- Vietnam Veterans Memorial Wall - muro-memorial aos veteranos da guerra.
O Muro do Memorial aos Veteranos do Vietname estende-se por 18 metros de comprimento de mármore negro, no qual estão inscritos os nomes de todos os soldados norteamericanos mortos nesta guerra. Localiza-se no Constitution Gardens, próximo do Monumento a Washington, e foi projetado pela arquiteta Maya Lin.
Foi adicionado à lista do Registo Nacional de Lugares Históricos americano em 13 de novembro de 1982, no mesmo dia de sua inauguração.

sábado, outubro 20, 2012

A China e a Índia entraram em guerra há 50 anos

(imagem daqui)

A guerra sino-indiana, também conhecida como conflito fronteiriço sino-indiano, foi uma guerra entre a República Popular da China (RPC) e a Índia. A causa inicial do conflito foi uma região litigiosa no Himalaia, em Arunachal Pradesh, conhecida na China como Tibete do Sul.
Os combates começaram em 20 de outubro de 1962 entre o Exército Chinês de Liberação Popular e as Forças Armadas Indianas. O primeiro confronto pesado foi um ataque chinês desfechado contra uma força indiana que avançava sobre posições chinesas ao norte da Linha McMahon, após um combate em Tagla. O conflito ampliou-se de modo a incluir a região de Aksai Chin, que a RPC considerava uma ligação estratégica entre os territórios chineses do Tibete e de Xinjiang. A guerra terminou quando os chineses capturaram ambas as áreas litigiosas e declararam um cessar-fogo unilateral em 20 de novembro de 1962, vigente à meia-noite.
A guerra sino-indiana destaca-se pelo ambiente de combate de montanha, em altitudes de mais de 4267 metros, o que apresentava problemas logísticos para ambos os beligerantes.
Os resultados da guerra provocaram mudanças generalizadas nas Forças Armadas Indianas, com o objetivo de prepará-las para conflitos semelhantes no futuro, e colocou em posição politicamente difícil o primeiro-ministro da Índia, Jawaharlal Nehru, acusado de não haver previsto a invasão chinesa.

Data 20 de outubro – 21 de novembro de 1962
Local Sul de Xinjiang (Aksai Chin) e Arunachal Pradesh (Tibete do Sul)
Desfecho Vitória militar chinesa
Mudanças
territoriais
Nenhuma mudança territorial significativa em comparação com anterior à guerra. China controla Tibete excluindo área de Tawang e sul da Linha McMahon (Tibete do Sul) e retém a área de Aksai Chin (de facto); Índia controla (Tibete do Sul, área de Arunachal) (de facto).

segunda-feira, junho 18, 2012

A última Guerra entre Estados Unidos e Reino Unido começou há dois séculos

O Capitólio dos Estados Unidos após Washington, DC ter sido queimada pelo exército britânico

A Guerra de 1812, ou a Guerra Anglo-Americana, foi a guerra entre os Estados Unidos da América, e o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda e suas colónias, incluindo o Canada Superior (Ontario), o Canadá Inferior (Quebec), Nova Escócia, Bermuda e a ilha da Terra Nova.
A Guerra decorreu entre 18 de junho de 1812 e 23 de março de 1815, embora o seu tratado de paz tenha sido assinado em 1814. O Massacre do Fort Dearborn, Indiana, em 15 de agosto de 1812, foi a "gota d'água" que levou os americanos à guerra contra os britânicos ao que é, hoje, reconhecida nos EUA como War of 1812 ("A Guerra de 1812," em português). A guerra terminou em status quo.
A Revolução Francesa trouxe problemas para os Estados Unidos, devido às diferenças entre as facções federalistas (admiradores da Inglaterra) e os republicanos (admiradores da França revolucionária), e a acentuação da rivalidade da França com a Inglaterra, que não tolerava a independência da ex-colónia. Além disso, os britânicos ainda tinham ligações comerciais com os sulistas.
Eles tentaram de todas as maneiras impedir os acordos entre franceses e nortistas, utilizando-se da força: apresamento de navios da ex-colónia, desafiando a soberania nacional e prejudicando as indústrias; recrutamento forçado de norte-americanos por ingleses; problemas com índios no oeste, instigados por britânicos do Canadá; e, em relação aos Estados Unidos, a tentativa de conquista da mesma, facto esse almejado por eles.
Entre 1812 e 1814 ocorreu o conflito, durante o governo do presidente James Madison. Apesar dos desastres sofridos, o Tratado de Gand, que acabou com a guerra, não promoveu modificações no mapa dos Estados Unidos. Mais, reforçou o sentimento nacionalista da população e consolidou a União.

James Madison venceu as eleições presidenciais americanas de 1808, primariamente por causa de suas habilidades em relações internacionais, em uma época onde tanto a França quanto o Reino Unido estavam à beira da declaração de guerra contra os Estados Unidos. Madison, uma vez na presidência do país, rapidamente removeu o Ato do Embargo de 1807. A França logo se propôs a terminar todos seus ataques contra navios mercantes americanos e não interferir com o comércio internacional americano. Porém, o Reino Unido continuou ativamente os ataques contra a frota mercante americana. Além disso, os britânicos passaram a fornecer grandes quantidades de suprimentos militares a nativos indígenas do sul dos Grandes Lagos, e incentivavam estes indígenas a atacarem comunidades americanas e grupos de colonos americanos que viajavam em direção ao oeste.
Em resposta a estes problemas, os Estados Unidos da América declararam guerra contra o Reino Unido em 1812. Os habitantes do sul e do oeste do país eram em sua grande maioria a favor da guerra, uma vez que se preocupavam em defender o direito da expansão americana em direção ao oeste e o direito de ter acesso a mercados internacionais para seus produtos de exportação. Já os federalistas da Nova Inglaterra opuseram-se à guerra, e sua reputação sofreria muito ao final do conflito, causando a desintegração do partido político.
No início da guerra, os Estados Unidos rapidamente invadiram o Canadá, então colónia britânica, e capturaram diversas cidades daquele país. Os americanos incentivaram os canadianos a rebelar-se contra o Reino Unido e a juntar-se aos Estados Unidos. Porém, devido ao pouco apoio da população canadense aos ideais americanos e à mobilização de grandes quantidades de tropas britânicas no Canadá, os americanos foram obrigados a recuar. Os britânicos invadiram então os Estados Unidos, tendo ocupado diversas cidades do nordeste americano, entre elas, Washington, DC, a capital americana.
A invasão britânica da capital americana fez com que, subitamente, um grande número de pessoas passassem a querer se alistar nas forças armadas. A soberania do país estava em risco e a independência deveria ser mantida a todo custo, o governo proclamou. O avanço britânico foi parado em Baltimore, em 1814. As cenas da batalha de defesa da cidade por parte dos americanos fizeram com que Francis Scott Key, que testemunhara a batalha, escrevesse The Star-Spangled Banner, que acabaria por se tornar o hino oficial dos Estados Unidos.
A guerra terminou oficialmente em 8 de janeiro de 1815, sob os termos do Tratado de Ghent. A Batalha de Nova Orleães, porém, ocorreu após a assinatura do tratado. Esta batalha resultou em vitória para os Estados Unidos. Um dos principais comandantes americanos durante a guerra, Andrew Jackson, o General das forças americanas durante a Batalha de Nova Orleães, tornou-se imensamente popular nos Estados Unidos.
A Guerra de 1812 causou um drástico crescimento do nacionalismo e do orgulho americano. O país então acabara de resistir militarmente contra a segunda maior potência militar do mundo à época (a maior era a França napoleónica). A guerra causou um súbito aumento da moral americana - especialmente na Batalha de Nova Orleães. Os britânicos, segundo o tratado de paz, comprometeram-se a parar com seus ataques contra navios mercantes americanos, e um período de paz, de expansão territorial, de isolacionismo e do fortalecimento da economia do país, seguiu-se-lhe. Este período ficaria conhecido como Era do Bem Sentir.