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terça-feira, agosto 25, 2020

Carlos Seixas morreu há 278 anos

(imagem daqui)
    
José António Carlos de Seixas (Coimbra, 11 de junho de 1704 - Lisboa, 25 de agosto de 1742), compositor e organista português.
     
Vida
Filho de Francisco Vaz e de Marcelina Nunes, Carlos Seixas estudou com o pai e cedo o substituiu como organista da Sé de Coimbra, cargo de grande responsabilidade que exerceu durante dois anos. Aos 16 anos partiu para Lisboa, altura em que a corte portuguesa era das mais dispendiosas da Europa. Foi muito solicitado como professor de música de famílias nobres da corte, nomeado organista da Sé Patriarcal e da Capela Real (sendo o Mestre desta Domenico Scarlatti, estabeleceram certamente colaborações proveitosas). Carlos Seixas gozava da fama de ser músico e professor excelente. Na capital impôs-se como organista, cravista e compositor. Com o seu trabalho sustentou a mulher, que desposara aos 28 anos, e os cinco filhos, dois filhos e três filhas, e adquiriu algumas casas nas vizinhanças da Sé. Carlos Seixas morreu a 25 de agosto de 1742, de febre reumática, já sendo Mestre da Capela Real.
    
Obras
No que diz respeito à composição, Carlos Seixas foi um dos maiores compositores portugueses para a música de tecla. Fez escola em Portugal criando um estilo seu (apesar da influência italiana e francesa que se constatam em algumas das suas obras) que foi imitado durante algum tempo após a sua morte.
No século XVIII era exigido aos compositores que a sua música fosse fiel aos pensamentos e ideais estéticos do meio. A composição era, de certa forma, limitada a um rol de características previamente definidas, facto que devemos levar em conta quando analisamos a obra dos compositores.
A obra de Seixas é, em grande parte, resultado dos ambientes em que compôs. Como organista da Capela da Sé Patriarcal tinha a possibilidade de tocar, antes e depois da missa, um trecho a solo que poderia ser uma tocata ou uma sonata (ritual comum em todas as catedrais de prática católica). Para este efeito, havia uma preferência pelas peças de carácter vistoso e brilhante. Noutras partes da cerimónia, o organista podia ainda tocar em alturas que admitissem um solo instrumental. Desta forma, os compositores aproveitavam para dar a conhecer as suas composições ou improvisações. Por certo que as sonatas de Seixas foram tocadas na Igreja, pelo menos as de carácter religioso. Carlos Seixas acompanhava ao cravo os saraus de música nos paços reais ou no solar de algumas casas nobres. Nestes eventos tinha também a oportunidade de tocar como solista, aproveitando, provavelmente, para tocar as suas sonatas compostas com o objetivo de ser reconhecido como concertista e compositor.
Para além da Capela Real e da Corte, apenas se dedicava ao ensino de música. Esta faceta obrigava-o a ter material didático diversificado, variando de aluno para aluno, consoante o grau e as capacidades de cada um, dos cravos ou clavicórdios que possuíam. Apesar de fortemente sujeita a um vasto rol de condicionantes, a obra de Seixas não deixa de parte a qualidade e a originalidade do seu estilo pessoal.
Nunca se deixou levar pelos estilos importados em Portugal, nem deixou que a sua obra se confundisse com a dos seus contemporâneos estrangeiros. A presença do temperamento lusitano é uma constante das suas composições. A evolução da estrutura bipartida da sonata para tecla, para a estrutura tripartida está presente nas sonatas de Carlos Seixas, sendo uma antecipação da forma da sonata clássica.
Até agora não são conhecidos versos de Seixas. O mais provável é terem-se perdido uma vez que é pouco credível que Seixas tenha usado sempre versos alheios nas suas composições.
      
  

terça-feira, julho 28, 2020

Johann Sebastian Bach morreu há 270 anos

Nascido numa família de longa tradição musical, cedo mostrou possuir talento e logo se tornou um músico completo. Estudante incansável, adquiriu um vasto conhecimento da música europeia da sua época e das gerações anteriores. Desempenhou vários cargos em cortes e igrejas alemãs, mas as suas funções mais destacadas foram a de Kantor da Igreja de São Tomás e Diretor Musical da cidade de Leipzig, onde desenvolveu a parte final e mais importante da sua carreira. Absorvendo inicialmente o grande reportório de música contrapontística germânica como base de seu estilo, recebeu mais tarde a influência italiana e francesa, através das quais sua obra se enriqueceu e transformou, realizando uma síntese original de uma multiplicidade de tendências. Praticou quase todos os géneros musicais conhecidos em seu tempo, com a notável excepção da ópera, embora as suas cantatas mais maduras revelem bastante influência deste género artístico teatral que foi uma das formas musicais mais populares do período Barroco.
A sua habilidade no órgão e cravo foi amplamente reconhecida enquanto viveu e tornou-se lendária, sendo considerado o maior virtuoso da sua geração e um especialista na construção de órgãos. Também tinha grandes qualidades como maestro, cantor, professor e violinista, mas como compositor o seu mérito só recebeu aprovação limitada e nunca foi exatamente popular, ainda que vários críticos que o conheceram o louvassem como grande músico. A maior parte da sua música caiu no esquecimento após a sua morte, mas a sua recuperação iniciou-se no século XIX e, desde então, o seu prestígio não cessou de crescer. Numa visão contemporânea Bach é tido como o maior nome da música barroca, e muitos o vêem como o maior compositor de todos os tempos, deixando muitas obras que constituem a consumação de seu género. Entre as suas peças mais conhecidas e importantes estão os Concertos de Brandenburgo, o Cravo Bem-Temperado, as Sonatas e Partitas para violino solo, a Missa em Si Menor, a Tocata e Fuga em Ré Menor, a Paixão segundo São Mateus, a Oferenda Musical, a Arte da Fuga e várias das suas cantatas.
     
  

quinta-feira, julho 23, 2020

Domenico Scarlatti morreu há 263 anos

  
Giuseppe Domenico Scarlatti (Nápoles, 26 de outubro de 1685 - Madrid, 23 de julho de 1757) foi um compositor italiano
Filho do também músico e compositor Alessandro Scarlatti, suas maiores contribuições para a música foram suas sonatas para teclado em um único movimento, em que empreendeu abordagens harmónicas bastante inovadoras, apesar de ter composto também obras para orquestra e voz. Embora tenha vivido no período que corresponde ao auge da música barroca europeia, suas composições, mais leves e homofónicas, têm estilo mais próximo daquele do início do período clássico.
Domenico Scarlatti nasceu no mesmo ano em que nasceram dois outros grandes mestres do barroco, Johann Sebastian Bach e Georg Friedrich Händel. Foi o sexto de dez filhos e o irmão mais novo de Pietro Filippo Scarlatti, também músico. O mais provável é que tenha recebido as primeiras lições de música com seu pai. Outros compositores que também podem ter sido seus professores foram: Gaetano Greco, Francesco Gasparini e Bernardo Pasquini, que parecem ter influenciado seu estilo musical.
Scarlatti se tornou compositor e organista na capela real de Nápoles em 1701. Em 1704, ele fez uma revisão à ópera Irene de Carlo Francesco Pollarolo para ser apresentada em Nápoles. Pouco depois seu pai o mandou para Veneza. Não existem registos a seu respeito nos próximos quatro anos. Em 1709, ele foi a Roma a serviço da rainha polaca, então no exílio, Marie Casimire, onde ele encontrou Thomas Roseingrave que liderou em Londres uma entusiástica recepção às sonatas do compositor. Já um cravista renomado, há uma história de que numa competição com Georg Friedrich Händel, no palácio do cardeal Ottoboni, em Roma, ele talvez tenha sido julgado superior a Händel naquele instrumento, embora inferior com relação ao órgão. Mais tarde, Scarlatti ficou conhecido pela veneração com que se referia às habilidades de Händel.
Também, enquanto em Roma, Scarlatti compôs várias óperas para o teatro particular da Rainha Casimire. Ele foi maestro di cappella em São Pedro, de 1715 a 1719 e, neste último ano, foi a Londres para dirigir sua ópera Narciso no King's Theatre.
Em 1720, ou 1721, Scarlatti foi a Lisboa, onde ensinou música à princesa portuguesa Maria Magdalena Bárbara (Maria Bárbara de Bragança). Esteve novamente em Nápoles, em 1725. Durante uma visita a Roma, em 1728, casou-se com Maria Caterina Gentili. Em 1729 mudou-se para Sevilha onde permaneceu por quatro anos. Ali veio a conhecer o flamenco. Em 1733, foi a Madrid para assumir o cargo de maestro de música da princesa Maria Bárbara, que se casara com o Príncipe Herdeiro de Espanha. D. Maria Bárbara tornou-se rainha da Espanha e ele permaneceu no país por cerca de vinte e cinco anos, tendo, ali, sido pai de cinco filhos. Depois da morte de sua esposa, em 1742, desposou uma espanhola, Anastasia Maxarti Ximenes. Durante o período que permaneceu na Espanha, Scarlatti compôs mais de quinhentas sonatas para teclado e é por esses trabalhos que ele hoje é lembrado.
Scarlatti foi amigo do cantor castrato Farinelli, um napolitano que estava sendo patrocinado pela casa real, em Madrid. O musicólogo Ralph Kirkpatrick reconhece que a correspondência de Scarlatti com Farinelli fornece "a informação mais direta sobre [o compositor] que foi deixada para os nossos dias".
Domenico Scarlatti faleceu em Madrid, com 71 anos. A sua casa na Calle Leganitos é identificada com uma placa histórica e seus descendentes ainda vivem naquela cidade.
   

segunda-feira, junho 15, 2020

Louis-Claude Daquin morreu há 248 anos

     
Louis-Claude Daquin (Paris, 4 de julho de 1694 - Paris, 15 de junho de 1772) foi um compositor, organista e cravista francês do período barroco.
Aos seis anos, Daquin tocou diante do Rei Luís XVI e, aos oito, regeu a sua própria obra coral Beatus Vir. Criança prodígio, prosseguiu uma brilhante carreira na sociedade parisiense culta como improvisador no cravo e órgão. Algumas das suas improvisações faziam parte de seu Nouveau livre de noels, mas as poucas outras obras remanescentes apenas sugerem talento. Às vezes a sua música mostra ecos de Couperin, mas em geral é bastante original, como em Trois Cadences, em que usa em trinado triplo. A sua obra mais conhecida é a animada Le Coucou, do seu livro para cravo de 1735, Livre de pieces de clavecin. Em 1739 tornou-se o organista da Chapelle Royale. Em 1755 passou a ser o organista da catedral de Notre-Dame, em Paris.
   
  

quinta-feira, junho 11, 2020

Carlos Seixas nasceu há 316 anos

    
José António Carlos de Seixas (Coimbra, 11 de junho de 1704 - Lisboa, 25 de agosto de 1742), compositor e organista português.
Filho de Francisco Vaz e de Marcelina Nunes, Carlos Seixas estudou com o pai e cedo o substituiu como organista da Sé de Coimbra, cargo de grande responsabilidade que exerceu durante dois anos. Aos 16 anos partiu para Lisboa, altura em que a corte portuguesa era das mais dispendiosas da Europa. Foi muito solicitado como professor de música de famílias nobres da corte, nomeado organista da Sé Patriarcal e da Capela Real (sendo o Mestre desta Domenico Scarlatti, estabeleceram certamente colaborações proveitosas). Carlos Seixas gozava da fama de ser músico e professor excelente. Na capital impôs-se como organista, cravista e compositor. Com o seu trabalho sustentou a mulher, que desposara aos 28 anos, e os cinco filhos, dois filhos e três filhas, e adquiriu algumas casas nas vizinhanças da Sé. Carlos Seixas morreu a 25 de agosto de 1742, de febre reumática, já sendo Mestre da Capela Real.
    
  

sábado, abril 18, 2020

José Maurício Nunes Garcia morreu há 190 anos

   
José Maurício Nunes Garcia (Rio de Janeiro, 22 de setembro de 1767 - 18 de abril de 1830) foi um padre compositor brasileiro de música sacra que viveu a transição entre o Brasil Colónia e o Brasil Império. É considerado um dos maiores compositores das Américas de seu tempo.
    
 

terça-feira, dezembro 03, 2019

O músico Antonio Soler nasceu há 290 anos

(imagem daqui)
     
Antonio Soler y Ramos (Olot, 3 de diciembre de 1729San Lorenzo de El Escorial, 20 de diciembre de 1783) fue un compositor y clavecinista español, representante de la escuela española de música para teclado del siglo XVIII, y seguidor de la corriente musical introducida en España por el italiano Domenico Scarlatti.
    
   

quarta-feira, setembro 25, 2019

Jean-Philippe Rameau nasceu há 337 anos

Jean-Philippe Rameau (Dijon, 25 de setembro de 1682 - Paris, 12 de setembro de 1764), foi um dos maiores compositores do período Barroco-Rococó. Na França, porém, é tido com a maior expressão do Classicismo musical.
Filho de organista Da catedral de Dijon, seguiu a carreira do pai, na qual se distinguiu desde cedo, trabalhando em várias catedrais. Não foi apenas um dos compositores franceses mais importantes do século XVIII, como também influenciou a teoria musical. O seu estilo de composição lírica pôs fim ao reinado póstumo de Jean-Baptiste Lully, cujo modelo dominara a França por meio século.
Até 1722 Rameau compusera apenas poucas e curtas peças para teclado e obras sacras, mas a publicação do seu tratado sobre harmonia daquele ano marcou o começo de um período muito produtivo, conhecendo a fama. As suas Pièces de Clavecin foram publicadas em 1724, seguidas por um novo livro de teoria, em 1726, e de obras para teclado e cantatas, em 1729. Somente aos cinquenta anos ingressou no terreno da música cénica, compondo a sua primeira ópera, Hippolyte et Aricie, um grande sucesso que lhe valeu a posição de principal compositor de Ópera francês do seu tempo. Escreveu várias óperas de vários géneros, sempre acolhidas com entusiasmo, e mesmo desencadeando grandes polémicas pela sua ousadia, inventividade e pelas novidades que introduziu. A sua música caracteriza-se por um dinamismo que contrasta com o estilo mais estático de Lully.
Era também professor de cravo, bastante na moda em Paris na sua época. A técnica do dedilhado dos instrumentos de teclado deve muito a Rameau. Foi "Compositor de Câmara do Rei", sendo agraciado, poucos meses antes de morrer, com o título de Cavaleiro. O seu funeral foi cercado de pompa, recebendo também homenagens de muitas cidades como um compositor excepcional de que se orgulhava a nação francesa.

   

sábado, junho 15, 2019

Louis-Claude Daquin morreu há 247 anos

Louis-Claude Daquin (Paris, 4 de julho de 1694 - Paris, 15 de junho de 1772) foi um compositor, organista e cravista francês do período barroco.
Aos seis anos, Daquin tocou diante do Rei Luís XVI e, aos oito, regeu a sua própria obra coral Beatus Vir. Criança prodígio, prosseguiu uma brilhante carreira na sociedade parisiense culta como improvisador, no cravo e órgão. Algumas das suas improvisações faziam parte de seu Nouveau livre de noels, mas as poucas outras obras remanescentes apenas sugerem talento. Às vezes a sua música mostra ecos de Couperin, mas em geral é bastante original, como em Trois Cadences, em que usa em trinado triplo. A sua obra mais conhecida é a animada Le Coucou, do seu livro para cravo, de 1735, Livre de pieces de clavecin. Em 1739, tornou-de o organista da Chapelle Royale e, em 1755, da catedral de Notre-Dame, em Paris.
    
 

terça-feira, junho 11, 2019

Carlos Seixas nasceu há 315 anos

(imagem daqui)
José António Carlos de Seixas (Coimbra, 11 de junho de 1704 - Lisboa, 25 de agosto de 1742), compositor e organista português.
  
Vida
Filho de Francisco Vaz e de Marcelina Nunes, Carlos Seixas estudou com o pai e cedo o substituiu como organista da Sé de Coimbra, cargo de grande responsabilidade que exerceu durante dois anos. Aos 16 anos partiu para Lisboa, altura em que a corte portuguesa era das mais dispendiosas da Europa. Foi muito solicitado como professor de música de famílias nobres da corte, nomeado organista da Sé Patriarcal e da Capela Real (sendo o Mestre desta Domenico Scarlatti, estabeleceram certamente colaborações proveitosas). Carlos Seixas gozava da fama de ser músico e professor excelente. Na capital impôs-se como organista, cravista e compositor. Com o seu trabalho sustentou a mulher, que desposara aos 28 anos, e os cinco filhos, dois filhos e três filhas, e adquiriu algumas casas nas vizinhanças da Sé. Carlos Seixas morreu a 25 de agosto de 1742, de febre reumática, já sendo Mestre da Capela Real.
  
Obras
No que diz respeito à composição, Carlos Seixas foi um dos maiores compositores portugueses para a música de tecla. Fez escola em Portugal criando um estilo seu (apesar da influência italiana e francesa que se constatam em algumas das suas obras) que foi imitado durante algum tempo após a sua morte.
No século XVIII era exigido aos compositores que a sua música fosse fiel aos pensamentos e ideais estéticos do meio. A composição era, de certa forma, limitada a um rol de características previamente definidas, facto que devemos levar em conta quando analisamos a obra dos compositores.
A obra de Seixas é, em grande parte, resultado dos ambientes em que compôs. Como organista da Capela da Sé Patriarcal tinha a possibilidade de tocar, antes e depois da missa, um trecho a solo que poderia ser uma tocata ou uma sonata (ritual comum em todas as catedrais de prática católica). Para este efeito, havia uma preferência pelas peças de carácter vistoso e brilhante. Noutras partes da cerimónia, o organista podia ainda tocar em alturas que admitissem um solo instrumental. Desta forma, os compositores aproveitavam para dar a conhecer as suas composições ou improvisações. Por certo que as sonatas de Seixas foram tocadas na Igreja, pelo menos as de carácter religioso. Carlos Seixas acompanhava ao cravo os saraus de música nos paços reais ou no solar de algumas casas nobres. Nestes eventos tinha também a oportunidade de tocar como solista, aproveitando, provavelmente, para tocar as suas sonatas compostas com o objetivo de ser reconhecido como concertista e compositor.
Para além da Capela Real e da Corte, apenas se dedicava ao ensino de música. Esta faceta obrigava-o a ter material didático diversificado, variando de aluno para aluno, consoante o grau e as capacidades de cada um, dos cravos ou clavicórdios que possuíam. Apesar de fortemente sujeita a um vasto rol de condicionantes, a obra de Seixas não deixa de parte a qualidade e a originalidade do seu estilo pessoal.
Nunca se deixou levar pelos estilos importados em Portugal, nem deixou que a sua obra se confundisse com a dos seus contemporâneos estrangeiros. A presença do temperamento lusitano é uma constante das suas composições. A evolução da estrutura bipartida da sonata para tecla, para a estrutura tripartida está presente nas sonatas de Carlos Seixas, sendo uma antecipação da forma da sonata clássica.
Até agora não são conhecidos versos de Seixas. O mais provável é terem-se perdido uma vez que é pouco credível que Seixas tenha usado sempre versos alheios nas suas composições.
  
 

domingo, março 31, 2019

Johann Sebastian Bach nasceu há 334 anos

Nascido em uma família de longa tradição musical, cedo mostrou possuir talento e logo tornou-se um músico completo. Estudante incansável, adquiriu um vasto conhecimento da música europeia de sua época e das gerações anteriores. Desempenhou vários cargos em cortes e igrejas alemãs, mas suas funções mais destacadas foram a de Kantor da Igreja de São Tomás e Diretor Musical da cidade de Leipzig, onde desenvolveu a parte final e mais importante de sua carreira. Absorvendo inicialmente o grande repertório de música contrapontística germânica como base de seu estilo, recebeu mais tarde a influência italiana e francesa, através das quais sua obra se enriqueceu e transformou, realizando uma síntese original de uma multiplicidade de tendências. Praticou quase todos os géneros musicais conhecidos em seu tempo, com a notável exceção da ópera, embora as suas cantatas maduras revelem bastante influência desta que foi uma das formas mais populares do período barroco.
A sua habilidade no órgão e cravo foi amplamente reconhecida enquanto viveu e tornou-se lendária, sendo considerado o maior virtuoso da sua geração e um especialista na construção de órgãos. Também tinha grandes qualidades como maestro, cantor, professor e violinista, mas como compositor o seu mérito só recebeu aprovação limitada e nunca foi exatamente popular, ainda que vários críticos que o conheceram o louvassem como grande. A maior parte de sua música caiu no esquecimento após a sua morte, mas a sua recuperação iniciou-se no século XIX e desde então o seu prestígio não cessou de crescer. Na apreciação contemporânea Bach é tido como o maior nome da música barroca, e muitos vêem-no como o maior compositor de todos os tempos, deixando muitas obras que constituem a consumação de seu género. Entre as suas peças mais conhecidas e importantes estão os Concertos de Brandenburgo, o Cravo Bem-Temperado, as Sonatas e Partitas para violino solo, a Missa em Si Menor, a Tocata e Fuga em Ré Menor, a Paixão segundo São Mateus, a Oferenda Musical, a Arte da Fuga e várias das suas cantatas.
  
  

quinta-feira, março 21, 2019

Bach nasceu há 334 anos

Nascido numa família de longa tradição musical, cedo mostrou possuir talento e logo se tornou um músico completo. Estudante incansável, adquiriu um vasto conhecimento da música europeia da sua época e das gerações anteriores. Desempenhou vários cargos em cortes e igrejas alemãs, mas as suas funções mais destacadas foram a de Kantor da Igreja de São Tomás e Diretor Musical da cidade de Leipzig, onde desenvolveu a parte final e mais importante da sua carreira. Absorvendo inicialmente o grande reportório de música contrapontística germânica como base de seu estilo, recebeu mais tarde a influência italiana e francesa, através das quais sua obra se enriqueceu e transformou, realizando uma síntese original de uma multiplicidade de tendências. Praticou quase todos os géneros musicais conhecidos em seu tempo, com a notável excepção da ópera, embora as suas cantatas mais maduras revelem bastante influência deste género artístico teatral que foi uma das formas musicais mais populares do período Barroco.
A sua técnica no órgão e cravo foi amplamente reconhecida enquanto viveu e tornou-se lendária, sendo considerado o maior virtuoso da sua geração e um especialista na construção de órgãos. Também tinha grandes qualidades como maestro, cantor, professor e violinista, mas como compositor o seu mérito só recebeu aprovação limitada e nunca foi muito popular, ainda que vários críticos que o conheceram o louvassem como grande músico. A maior parte da sua música caiu no esquecimento após a sua morte, mas a sua recuperação iniciou-se no século XIX e, desde então, o seu prestígio não cessou de crescer. Numa visão contemporânea Bach é tido como o maior nome da música barroca, e muitos o vêem como o maior compositor de todos os tempos, deixando muitas obras que constituem a consumação de seu género. Entre as suas peças mais conhecidas e importantes estão os Concertos de Brandenburgo, o Cravo Bem-Temperado, as Sonatas e Partitas para violino solo, a Missa em Si Menor, a Tocata e Fuga em Ré Menor, a Paixão segundo São Mateus, a Oferenda Musical, a Arte da Fuga e várias das suas cantatas.
  
 

sábado, novembro 10, 2018

François Couperin, dito o Grande, nasceu há 350 anos

François Couperin (Paris, 10 de novembro de 1668Paris, 11 de setembro de 1733) foi um apreciado compositor, organista e cravista barroco francês. François Couperin era conhecido como Couperin le Grand (Couperin o Grande) para diferenciá-lo de outros membros da talentosa família Couperin.
  
Couperin nasceu em Paris. Foi ensinado por seu pai, Charles Couperin, que morreu quando François tinha 10 anos, e por Jacques Thomelin. Em 1685 tornou-se organista da igreja de Saint-Gervais, Paris, uma colocação que ele herdou de seu pai e que ele passaria para seu primo, Nicolas Couperin. Mais tarde, outros membros da família ocupariam a mesma função. Em 1663, Couperin sucedeu seu professor, Thomelin, como organista da Chapelle Royale (Capela Real) com o título de organiste du Roi, organista indicado pelo Rei, o Rei Sol, Luís XIV.
Em 1717, Couperin tornou-se organista e compositor da corte, com o título ordinaire de la musique de la chambre du Roi. Com seus colegas, a cada domingo, Couperin dava um concerto. Muitos desses concertos eram na forma de suítes para violino, viola da gamba, oboé, fagote e cravo, do qual era um virtuoso.
Couperin reconheceu sua dívida para com o compositor italiano Corelli. Ele introduziu na França a forma trio sonata, criada por Corelli. A grande trio sonata de Couperin intitulava-se Le Parnasse, ou l'Apothéose de Corelli. Nessa obra ele misturou os estilos francês e italiano, num conjunto de peças que chamou de Les Goûts réunis (Estilos Reunidos).
O seu livro mais famoso, L'Art de toucher le clavecin (A Arte de Tocar o Cravo, publicado em 1716), continha sugestões para dedilhado, toque, ornamentação e outros aspectos da técnica para teclado. Ele influenciou J.S. Bach. Bach adotou para tocar o cravo o sistema de dedilhado, inclusive o uso do polegar, criado por Couperin.
Os quatro volumes de música para cravo composta por Couperin contêm mais de 230 obras que podem tanto ser executadas no instrumento como podem ser interpretadas como pequenas obras para orquestra de câmara. Estas obras eram bastante apreciadas por J. S. Bach e, muito depois, por Richard Strauss e Maurice Ravel, que homenageou o compositor com Le Tombeau de Couperin (O Túmulo de Couperin).
Muitas das obras para teclado de François Couperin têm títulos descritivos e evocativos que, pelo uso da tonalidade, expressam uma atmosfera, possuem harmonias ousadas e discordâncias resolvidas. Funcionam como miniaturas de poemas tonais. Este aspecto chamou a atenção de Richard Strauss, que chegou a orquestrar algumas dessas peças.
A música para piano de Johannes Brahms foi influenciada pela música para teclado de Couperin. Brahms interpretou-a publicamente e contribuiu, em 1880, para a primeira edição completa das Pièces de clavecin organizada por Friedrich Chrysander.
Jordi Savall, especialista em música do Renascimento e do Barroco, afirmou que Couperin era o "músico poeta par excellence". Ele acreditava na "habilidade da Música (com M maiúsculo) expressar-se em sa prose et ses vers " (prosa e poesia). Ele acreditava que se entrássemos na poesia da música, descobriríamos que ela é "plus belle encore que la beauté" (mais bela que a beleza).
Couperin morreu em Paris em 1733.
  
in Wikipédia 
 

sexta-feira, outubro 26, 2018

Domenico Scarlatti nasceu há 333 anos

Giuseppe Domenico Scarlatti (Nápoles, 26 de outubro de 1685 - Madrid, 23 de julho de 1757) foi um compositor italiano.
Filho do também músico e compositor Alessandro Scarlatti, as suas maiores contribuições para a música foram as suas sonatas para teclado num único movimento, em que empreendeu abordagens harmónicas bastante inovadoras, apesar de ter composto também obras para orquestra e voz. Embora tenha vivido no período que corresponde ao auge da música barroca europeia, as suas composições, mais leves e homofónicas, têm um estilo mais próximo daquele do início do período clássico.
Domenico Scarlatti nasceu no mesmo ano em que nasceram dois outros grandes mestres do barroco, Johann Sebastian Bach e Georg Friedrich Händel. Foi o sexto de dez filhos e o irmão mais novo de Pietro Filippo Scarlatti, também músico. O mais provável é que tenha recebido as primeiras lições de música com o seu pai. Outros compositores que também podem ter sido seus professores foram Gaetano Greco, Francesco Gasparini e Bernardo Pasquini, que parecem ter influenciado o seu estilo musical.
Scarlatti tornou-se compositor e organista na capela real de Nápoles em 1701. Em 1704, ele reviu a ópera Irene de Carlo Francesco Pollarolo para ser apresentada em Nápoles. Pouco depois o seu pai mandou-o para Veneza, embora não existam registos a seu respeito nos quatro anos seguintes. Em 1709, ele foi para Roma, a serviço da rainha polaca, então no exílio, Marie Casimire, onde encontrou Thomas Roseingrave que liderou em Londres uma entusiástica recepção às sonatas do compositor. Já um cravista de renome, há uma história de que, numa competição com Georg Friedrich Händel, no palácio do cardeal Ottoboni, em Roma, talvez tenha sido julgado superior a Händel naquele instrumento, embora inferior com relação ao órgão. Mais tarde, Scarlatti ficou conhecido pela veneração com que se referia às habilidades de Händel.
Também, enquanto em Roma, Scarlatti compôs várias óperas para o teatro particular da Rainha Casimire. Ele foi maestro di cappella em São Pedro, de 1715 a 1719 e, neste último ano, foi a Londres para dirigir a sua ópera Narciso no King's Theatre.
Em 1720, ou 1721, Scarlatti foi a Lisboa, onde ensinou música à princesa portuguesa Maria Madalena Bárbara (Maria Bárbara de Bragança). Esteve novamente em Nápoles em 1725. Durante uma visita a Roma, em 1728, casou-se com Maria Caterina Gentili. Em 1729, fixou-se em Sevilha onde permaneceu quatro anos. Ali veio a conhecer o flamenco. Em 1733, foi a Madrid para assumir o cargo de maestro de música da princesa Maria Bárbara, que se casara com o Príncipe Herdeiro de Espanha, Fernando. D. Maria Bárbara tornou-se rainha da Espanha e ele permaneceu no país por cerca de vinte e cinco anos, tendo, ali, sido pai de cinco filhos. Depois da morte de sua esposa, em 1742, desposou uma espanhola, Anastasia Maxarti Ximenes. Durante o período que permaneceu na Espanha, Scarlatti compôs mais de quinhentas sonatas para teclado e é por esses trabalhos que ele hoje é lembrado.
Scarlatti foi amigo do cantor castrato Farinelli, um napolitano que estava sendo patrocinado pela casa real, em Madrid. O musicólogo Ralph Kirkpatrick reconhece que a correspondência de Scarlatti com Farinelli fornece "a informação mais direta sobre [o compositor] que foi deixada para os nossos dias".
    
   

terça-feira, setembro 25, 2018

Jean-Philippe Rameau nasceu há 335 anos


Busto de Rameau de Jean-Jacques Caffieri, 1760
  
Jean-Philippe Rameau (Dijon, 25 de setembro de 1683 - Paris, 12 de setembro de 1764), foi um dos maiores compositores do período Barroco-Rococó. Na França, porém, é tido com a maior expressão do classicismo musical.
Filho de organista na catedral de Dijon, seguiu a carreira do pai, na qual se distinguiu desde cedo, trabalhando em várias catedrais. Não foi apenas um dos compositores franceses mais importantes do século XVIII, como também influenciou a teoria musical. O seu estilo de composição lírica pôs fim ao reinado póstumo de Jean-Baptiste Lully, cujo modelo dominara a França por meio século.
Até 1722 Rameau compusera apenas poucas e curtas peças para teclado e obras sacras, mas a publicação do seu tratado sobre harmonia naquele ano marcou o começo de um período muito produtivo, conhecendo a fama. As suas Pièces de Clavecin foram publicadas em 1724, seguidas por um novo livro de teoria, em 1726, e de obras para teclado e cantatas, em 1729. Somente aos cinquenta anos ingressou no terreno da música cénica, compondo a sua primeira ópera, Hippolyte et Aricie, um grande sucesso que lhe valeu a posição de principal criador de óperas francês do seu tempo. Escreveu várias óperas em vários géneros, sempre acolhidas com entusiasmo, e mesmo desencadeando grandes polémicas pela sua ousadia, inventividade e pelas novidades que introduziu. A sua música caracteriza-se por um dinamismo que contrasta com o estilo mais estático de Lully.
Era também professor de cravo, bastante na moda em Paris na sua época. A técnica do dedilhado dos instrumentos de teclado deve muito a Rameau. Foi "Compositor da Câmara do Rei", sendo agraciado poucos meses antes de morrer com o título de Cavaleiro. O seu funeral foi cercado de pompa, recebendo também homenagens em muitas cidades como um compositor excepcional que orgulhava a nação.
 
 

quinta-feira, março 01, 2018

Frescobaldi morreu há 375 anos

Girolamo Frescobaldi (Ferrara, 9 de setembro de 1583 - Roma, 1 de março de 1643) é considerado um dos maiores compositores de música para cravo do século XVII. Foi também um organista reconhecido.
Foi cantor e virtuoso de diversos instrumentos, entre os quais o órgão. São famosos os seus livros de tocatas publicados entre 1615 e 1627, em cujo prefácio antecipa a maneira de tocar com efeitos cantáveis que será, depois, típica do subsequente melodrama.


sexta-feira, dezembro 15, 2017

O músico barroco Michel-Richard Delalande nasceu há 360 anos

Michel Richard Delalande (também Lalande ou de Lalande, Paris, 15 de dezembro de 1657 - Versalhes, 18 de junho de 1726) foi um prolífico compositor, organista, cravista e violinista francês do período barroco.
Nasceu em Paris, foi contemporâneo de Jean-Baptiste Lully e François Couperin.
Foi agraciado pelo rei Luís XV com a Ordem de Saint-Michel.
 
in Wikipédia
 

sexta-feira, agosto 25, 2017

Carlos Seixas morreu há 275 anos

José António Carlos de Seixas (Coimbra, 11 de junho de 1704 - Lisboa, 25 de agosto de 1742), compositor e organista português.
Filho de Francisco Vaz e de Marcelina Nunes, Carlos Seixas estudou com o pai e cedo o substituiu como organista da Sé de Coimbra, cargo de grande responsabilidade que exerceu durante dois anos. Aos 16 anos partiu para Lisboa, altura em que a corte portuguesa era das mais dispendiosas da Europa. Foi muito solicitado como professor de música de famílias nobres da corte, nomeado organista da Sé Patriarcal e da Capela Real (sendo o Mestre desta Domenico Scarlatti, estabeleceram certamente colaborações proveitosas). Carlos Seixas gozava da fama de ser músico e professor excelente. Na capital impôs-se como organista, cravista e compositor. Com o seu trabalho sustentou a mulher, que desposara aos 28 anos, e os cinco filhos, dois filhos e três filhas, e adquiriu algumas casas nas vizinhanças da Sé. Carlos Seixas morreu a 25 de agosto de 1742, de febre reumática, já sendo Mestre da Capela Real.
  

quinta-feira, junho 15, 2017

Louis-Claude Daquin morreu há 245 anos

Louis-Claude Daquin (Paris, 4 de julho de 1694 - Paris, 15 de junho de 1772) foi um compositor, organista e cravista francês do período barroco.
Aos seis anos, Daquin tocou diante de Luís XVI e, aos oito, regeu a sua própria obra coral Beatus Vir. Crianca prodígio, prosseguiu brilhante carreira na sociedade parisiense culta como improvisador no cravo e órgão. Algumas das suas improvisações faziam parte do seu Nouveau livre de noels, mas as poucas outras obras remanescentes apenas sugerem talento. Às vezes a sua música mostra ecos de Couperin, mas em geral é bastante original, como em Trois Cadences, em que usa um trinado triplo. A sua obra mais conhecida é a animada Le Coucou, do seu livro para cravo de 1735, Livre de pieces de clavecin. Em 1739 tornou-se organista da Chapelle Royale e, em 1755, tornou-se organista na catedral de Notre-Dame, em Paris.