Mostrar mensagens com a etiqueta Andaluzia. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Andaluzia. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, junho 05, 2018

Federico nasceu há 120 anos...

Federico García Lorca (Fuente Vaqueros, 5 de junho de 1898 - Granada, 19 de agosto de 1936) foi um poeta e dramaturgo espanhol, e uma das primeiras vítimas da Guerra Civil Espanhola devido ao seus alinhamentos políticos com a República Espanhola e por ser abertamente homossexual.
  
Biografia
Nascido numa pequena localidade da Andaluzia, García Lorca ingressou na Faculdade de Direito de Granada em 1914 e, cinco anos depois, transferiu-se para Madrid, onde ficou amigo de artistas como Luis Buñuel e Salvador Dali e publicou os seus primeiros poemas.
Grande parte dos seus primeiros trabalhos baseiam-se em temas relativos à Andaluzia (Impressões e Paisagens, 1918), à música e ao folclore regionais (Poemas do Canto Fundo, 1921-1922) e aos ciganos (Romancero Gitano, 1928).
Concluído o curso, foi para os Estados Unidos e para Cuba, período de seus poemas surrealistas, manifestando seu desprezo pelo modus vivendi americano. Expressou o seu horror com a brutalidade da civilização mecanizada nas chocantes imagens de Poeta em Nova Iorque, publicado em 1940.
Voltando à Espanha, criou um grupo de teatro chamado La Barraca. Não ocultava as suas ideias socialistas e, com fortes tendências homossexuais, foi certamente um dos alvos mais visados pelo conservadorismo espanhol, que ensaiava a tomada do poder, dando início a uma das mais sangrentas guerras fratricidas do século XX.
Intimidado, Lorca regressou a Granada, na Andaluzia, na esperança de encontrar ali um refúgio. Contudo, teve a sua prisão determinada por um deputado, sob o argumento (que se tornou célebre...) de que ele seria "mais perigoso com a caneta do que outros com o revólver".
Assim, num dia de agosto de 1936, sem julgamento, o grande poeta foi executado com um tiro na nuca pelos nacionalistas, e seu corpo foi enterrado num local desconhecido da Serra Nevada. Segundo algumas versões, ele teria sido fuzilado de costas, em alusão à sua homossexualidade. A sua caneta e voz calava-se, mas a Poesia nascia para a eternidade - e o crime teve repercussão em todo o mundo, despertando por todas as partes um sentimento de que o que ocorria na Espanha dizia respeito a todo o planeta. Foi um prenúncio da Segunda Guerra Mundial.
  
Federico depois da morte
Assim como muitos artistas - e a obra Guernica, de Pablo Picasso -, durante o longo regime ditatorial do Generalíssimo Franco, as suas obras foram proibidas na Espanha.
Com o fim do regime, e o regresso do país à democracia, finalmente  sua terra natal veio a render-lhe homenagens, sendo hoje considerado o maior autor espanhol desde Miguel de Cervantes. Lorca tornou-se o mais notável numa constelação de poetas surgidos durante a guerra, conhecida como "geração de 27", alinhando-se entre os maiores poetas do século XX. Foi ainda um excelente pintor, compositor precoce e pianista. A sua música reflete-se no ritmo e sonoridade da sua obra poética. Como dramaturgo, Lorca fez incursões no drama histórico e na farsa antes de obter sucesso com a tragédia. As três tragédias rurais que localizou na sua Andaluzia, as Bodas de Sangue (1933), Yerma (1934) e A Casa de Bernarda Alba (1936) asseguraram-lhe a sua posição como grande dramaturgo.
  

domingo, janeiro 21, 2018

Lola Flores nasceu há 95 anos

Maria de Los Dolores Flores Ruiz (Jerez de la Frontera, Espanha, 21 de janeiro de 1923 - Madrid, 16 de maio de 1995), foi atriz, bailarina de flamenco e cantora espanhola, conhecida por Lola Flores, La Faraona.
Nascida em 21 de janeiro de 1923, em San Miguel, província de Cádiz, em Jerez de la Frontera, Lola Flores (ou La Faraona, como era conhecida no meio artístico) foi uma das figuras mais queridas da Espanha no século XX, famosa cantora folclórica, bailarina e atriz. A sua mãe tinha ascendência cigana por parte do pai.
Em 1939, com 16 anos, estreou no Teatro Villamarta com o espetáculo Luces de España. Um de seus maiores êxitos foi como parceira artística de Manolo Caracol, com quem trabalhou até 1951.
Casou-se com o guitarrista Antonio González Batista (El Pescaílla), em 1958, com quem teve três filhos: Dolores Flores (conhecida como Lolita Flores), Antonio Flores e Rosário Flores, todos eles também cantores.
Faleceu aos 72 anos de cancro da mama, diagnosticado em 1972. Foi sepultada no Cemitério de la Almudena, em Madrid. Catorze dias após sua morte, seu filho Antonio, de 34 anos, foi encontrado em casa, morto supostamente por overdose de narcóticos. Foi enterrado junto à mãe.
 
 

domingo, dezembro 21, 2014

Paco de Lucía nasceu há 67 anos

Paco de Lucía, nome artístico de Francisco Sánchez Gomes (Algeciras, 21 de dezembro de 1947Cancún, 25 de fevereiro de 2014) foi um guitarrista espanhol de flamenco reconhecido internacionalmente. Fez carreira como compositor, produtor e guitarrista.
Em 2004, foi distinguido com o Prémio Príncipe das Astúrias, como "um músico que transcendeu fronteiras e estilos".
As suas principais influências, para além do seu pai, foram os guitarristas de flamenco Nino Ricardo, Miguel Borrull, Mario Escudero e Sabicas.
Em 20 de novembro de 2014, a viúva de Paco recebeu um prémio póstumo do marido, com os dois filhos do casal, em Las Vegas, nos Estados Unidos, na 15ª edição do Grammy Latino; o prémio foi de melhor álbum do ano, pelo seu disco "Canción Andaluza".

Paco era o mais novo de cinco irmãos, filhos do também guitarrista de flamenco Antonio Sánchez com quem primeiro aprendeu a tocar guitarra.
Os seus irmãos Pepe de Lucía e Ramón de Algeciras também são músicos de flamenco; Pepe é cantor e Ramón é também guitarrista.
Em Algeciras, e de uma forma geral na maior parte da Andaluzia, é costume os rapazes adoptarem o nome da mãe por forma a serem corretamente identificados como por exemplo "Paco de (la) Carmen," ou "Paco de (la) María," deste modo, o seu nome artístico foi adotado em honra de sua mãe Lúcia, de origem portuguesa e nascida em Castro Marim.



quarta-feira, junho 05, 2013

Hoje é dia de recordar Federico...

(imagem daqui)

Memória de Granada

Pairam repuxos gorgolejam estuques
dourados arrayanes e os leões
tão delicados alvo de ciprestes
Generalife no alto silencioso
– que te pierdas tú y el reino
y que se acabe Granada –
e João da Cruz aqui escreveu Joana
Filipe o Belo a Louca dele os Reis
Católicos de mármore e na cripta em terra
sic transiit gloria mundi. Sacromonte
ciganos de flamengo. Desce o Darro
murado em fundas pedras águas não
mas gatos que os garotos apedrejam.
Serra Nevada ao longe.
.....................Pingo a pingo
goteja da montanha o poeta em sangue
– con qué trabajo tan grande
deja la luz a Granada! –
sobre a cidade moura e hispanamente burra
(Federico dixit e maricón mataram-no).

(8/12/1972)


in
Conheço o Sal... e outros poemas (1974) - Jorge de Sena

Saudades de Federico...

20071022191804-foto-firma-federico-garcia-lorca-expediente-universitario1.jpg 
(imagem daqui)

El crimen fue en Granada

Se le vio, caminando entre fusiles,
por una calle larga,
salir al campo frío,
aún con estrellas, de la madrugada.
Mataron a Federico
cuando la luz asomaba.
El pelotón de verdugos
no osó mirarle la cara.
Todos cerraron los ojos;
rezaron: ¡ni Dios te salva!
Muerto cayó Federico.
-sangre en la frente y plomo en las entrañas-.
…Que fue en Granada el crimen
sabed -¡pobre Granada!-, en su Granada…
Se le vio caminar solo con Ella,
sin miedo a su guadaña.
Ya el sol en torre y torre; los martillos
en yunque – yunque y yunque de las fraguas.
Hablaba Federico,
requebrando a la muerte. Ella escuchaba.

“Porque ayer en mi verso, compañera,
sonaba el golpe de tus secas palmas,
y diste el hielo a mi cantar, y el filo
a mi tragedia de tu hoz de plata,
te cantaré la carne que no tienes,
los ojos que te faltan,
tus cabellos que el viento sacudía,
los rojos labios donde te besaban…
Hoy como ayer, gitana, muerte mía,
qué bien contigo a solas,
por estos aires de Granada, ¡mi Granada!”
Se le vio caminar…
Labrad, amigos,
de piedra y sueño, en el Alhambra,
un túmulo al poeta,
sobre una fuente donde llore el agua,
y eternamente diga:
el crimen fue en Granada, ¡en su Granada!


Antonio Machado

Federico García Lorca nasceu há 115 anos

Federico García Lorca (Fuente Vaqueros, 5 de junho de 1898 - Granada, 19 de agosto de 1936) foi um poeta e dramaturgo espanhol, e uma das primeiras vítimas da Guerra Civil Espanhola devido ao seus alinhamentos políticos com a República Espanhola e por ser abertamente homossexual.

Biografia
Nascido numa pequena localidade da Andaluzia, García Lorca ingressou na Faculdade de Direito de Granada em 1914 e, cinco anos depois, transferiu-se para Madrid, onde ficou amigo de artistas como Luis Buñuel e Salvador Dali e publicou os seus primeiros poemas.
Grande parte dos seus primeiros trabalhos baseiam-se em temas relativos à Andaluzia (Impressões e Paisagens, 1918), à música e ao folclore regionais (Poemas do Canto Fundo, 1921-1922) e aos ciganos (Romancero Gitano, 1928).
Concluído o curso, foi para os Estados Unidos e para Cuba, período de seus poemas surrealistas, manifestando seu desprezo pelo modus vivendi americano. Expressou o seu horror com a brutalidade da civilização mecanizada nas chocantes imagens de Poeta em Nova Iorque, publicado em 1940.
Voltando à Espanha, criou um grupo de teatro chamado La Barraca. Não ocultava as suas ideias socialistas e, com fortes tendências homossexuais, foi certamente um dos alvos mais visados pelo conservadorismo espanhol, que ensaiava a tomada do poder, dando início a uma das mais sangrentas guerras fratricidas do século XX.
Intimidado, Lorca regressou a Granada, na Andaluzia, na esperança de encontrar ali um refúgio. Contudo, teve a sua prisão determinada por um deputado, sob o argumento (que se tornou célebre...) de que ele seria "mais perigoso com a caneta do que outros com o revólver".
Assim, num dia de agosto de 1936, sem julgamento, o grande poeta foi executado com um tiro na nuca pelos nacionalistas, e seu corpo foi enterrado num local desconhecido da Serra Nevada. Segundo algumas versões, ele teria sido fuzilado de costas, em alusão à sua homossexualidade. A sua caneta e voz calava-se, mas a Poesia nascia para a eternidade - e o crime teve repercussão em todo o mundo, despertando por todas as partes um sentimento de que o que ocorria na Espanha dizia respeito a todo o planeta. Foi um prenúncio da Segunda Guerra Mundial.

Federico depois da morte
Assim como muitos artistas - e a obra Guernica, de Pablo Picasso -, durante o longo regime ditatorial do Generalíssimo Franco, as suas obras foram proibidas na Espanha.
Com o fim do regime, e o regresso do país à democracia, finalmente  sua terra natal veio a render-lhe homenagens, sendo hoje considerado o maior autor espanhol desde Miguel de Cervantes. Lorca tornou-se o mais notável numa constelação de poetas surgidos durante a guerra, conhecida como "geração de 27", alinhando-se entre os maiores poetas do século XX. Foi ainda um excelente pintor, compositor precoce e pianista. A sua música reflete-se no ritmo e sonoridade da sua obra poética. Como dramaturgo, Lorca fez incursões no drama histórico e na farsa antes de obter sucesso com a tragédia. As três tragédias rurais que localizou na sua Andaluzia, as Bodas de Sangue (1933), Yerma (1934) e A Casa de Bernarda Alba (1936) asseguraram-lhe a sua posição como grande dramaturgo.



Gacela del amor desesperado

La noche no quiere venir
para que tú no vengas
ni yo pueda ir.

Pero yo iré
aunque un sol de alacranes me coma la sien.
Pero tú vendrás
con la lengua quemada por la lluvia de sal.

El día no quiere venir
para que tú no vengas
ni yo pueda ir.

Pero yo iré
entregando a los sapos mi mordido clavel.
Pero tú vendrás
por las turbias cloacas de la oscuridad.

Ni la noche ni el día quieren venir
para que por ti muera
y tú mueras por mí.


in Diván del Tamarit (1936) - Federico Garcia Lorca

terça-feira, junho 05, 2012

Federico nasceu há 113 anos

Federico García Lorca (Fuente Vaqueros, 5 de junho de 1898 - Granada, 19 de agosto de 1936) foi um poeta e dramaturgo espanhol, e uma das primeiras vítimas da Guerra Civil Espanhola devido ao seus alinhamentos políticos com a República Espanhola e por ser abertamente homossexual.



Romance de la Luna, Luna

La luna vino a la fragua
con su polisón de nardos.
El niño la mira mira.
El niño la está mirando.
En el aire conmovido
mueve la luna sus brazos
y enseña, lúbrica y pura,
sus senos de duro estaño.
Huye luna, luna, luna.
Si vinieran los gitanos,
harían con tu corazón
collares y anillos blancos.
Niño, déjame que baile.
Cuando vengan los gitanos,
te encontrarán sobre el yunque
con los ojillos cerrados.

Huye luna, luna, luna,
que ya siento sus caballos.
Níno, déjame, no pises
mi blancor almidonado.

...El jinete se acercaba
tocando el tambor del llano
Dentro de la fragua el niño,
tiene los ojos cerrados.

...Por el olivar venían,
bronce y sueño, los gitanos.
Las cabezas levantadas
y los ojos entornados.

...¡Cómo canta la zumaya,
ay cómo canta en el árbol!
Por el cielo va la luna
con un niño de la mano.

Dentro de la fragua lloran,
dando gritos, los gitanos.
El aire la vela, vela.
El aire la está velando.


Federico Garcia Lorca

quarta-feira, dezembro 21, 2011

Paco de Lucía - 64 anos

Paco de Lucía, nome artístico de Francisco Sánchez Gomes (Algeciras, 21 de dezembro de 1947) é um guitarrista espanhol de flamenco reconhecido internacionalmente.
Em 2004 foi distinguido com o Prémio Príncipe das Astúrias, como "um músico que transcendeu fronteiras e estilos".
As suas principais influências, para além do seu pai, foram os guitarristas de flamenco Nino Ricardo, Miguel Borrull, Mario Escudero e Sabicas.


Tanto su madre, Lucía Gomes "La Portuguesa", como su padre, Antonio Sánchez, influyeron mucho en su vocación. De su padre y de su hermano Ramón recibió las primeras clases de guitarra. Su padre hacía que Paco practicase muchas horas de guitarra diarias durante su niñez. El nombre "De Lucía" quedó ligado a él durante su niñez, ya que, como él mismo cuenta, en su barrio había muchos Pepes, Pacos, etc., y entonces se los identificaba por el nombre de la madre, por lo que él era conocido como "Paco, el de Lucía" en su barrio de Algeciras.
Es hermano de artistas flamencos: de Pepe de Lucía, cantaor profesional ya de niño, y del fallecido Ramón de Algeciras, guitarrista también profesional. Ambos han sido miembros de su banda. Durante muchos años le han acompañado en grabaciones y giras, han tenido ellos sus propias carreras en solitario y han trabajado con otros artistas.
A finales de los años 60, conoce a Camarón de la Isla, con quien crea una mítica unión musical, fruto de la cual son los primeros discos de ambos. Se muestran como excelentes intérpretes del flamenco más ortodoxo. Grabaron diez discos entre 1968 y 1977. Después, juntos y por separado, fueron precursores de un flamenco más popular y mestizo entrando en el terreno del pop, el rock y el jazz.

Influencias y características de su toque
Paco de Lucía ha recibido principalmente la influencia de dos escuelas: la del Niño Ricardo, considerado como una de las figuras más destacadas de la guitarra flamenca y el precursor más directo de Paco de Lucía, y la de Sabicas, a quien se considera como el máximo influyente en el desarrollo y perfeccionamiento de la guitarra flamenca como instrumento de concierto (antes, la guitarra era un instrumento de acompañamiento al cantaor).
La contribución de Sabicas en el flamenco es doble: Por un lado, amplía la técnica de la guitarra flamenca (inventó, por ejemplo, la alzapúa en una cuerda y el rasgueo de tres dedos), y por otro destaca como un compositor de categoría, ya que sus obras se caracterizan no por unir falsetas —frases líricas que toca el guitarrista cuando el cantaor deja de cantar—, sino por crear una estructura melódica, rítmica y armónica perfectamente coherente de principio a fin, como en cualquier obra clásica, cosa que en el flamenco nunca se había hecho a excepción de algunas figuras coetáneas (Esteban de Sanlúcar, por ejemplo, en magníficas creaciones como "Mantilla de feria" o "Panaderos flamencos"). Pocas cosas cabe objetar al toque de Sabicas, que gozaba de una extraordinaria técnica con una amplia sonoridad - muchas veces tocaba en los escenarios sin micrófono - debida a su fuerte pulsación y a la enorme calidad de sus composiciones.
La mejor contribución de Paco de Lucía al flamenco es la de haber conseguido popularizarlo e internacionalizarlo, aunque ello haya supuesto muchas veces una merma de la pureza en el toque. Está considerado como un espléndido intérprete por su virtuosismo y su personalísimo estilo, que se puede definir como vigoroso y rítmico. Este estilo se manifiesta en la calidad de numerosas obras del artista. Entre ellas, "Entre dos aguas" (rumba), "La Barrosa" (alegrías), "Barrio la Viña", "Homenaje al Niño Ricardo" (soleá), "Almoraima" (bulerías), "Guajiras de Lucía" y "Río Ancho" (rumba).
Es meritorio además el esfuerzo que ha realizado este artista por dar a conocer el flamenco al público de fuera de España y el haberse atrevido a "darle otro aire" mezclándolo con otros estilos, que, aunque de estructuras melódicas y rítmicas diferentes, pueden congeniar bien con él. Paco de Lucía ha abierto el camino para este tipo de experimentaciones y fusiones del flamenco con diversas músicas, lo cual es sin duda encomiable.
A todo esto, no hay que olvidar que su padre Antonio recibió clases de guitarra de la mano del primo hermano de Melchor de Marchena: Manuel Fernández "Titi de Marchena", un guitarrista que llegó a Algeciras en la década de los años 20, creó afición y escuela, y tal vez influyera en los principios de Paco.
Otro aporte de Paco de Lucía al arte Flamenco contemporáneo ha sido la inclusión del cajón. Este instrumento de la música afroperuana es conocido por Paco de Lucía en Perú a fines de los años 70, de manos de Carlos "Caitro" Soto de la Colina, cajonero y compositor peruano. Paco de Lucía intuye y entiende, al conocer este instrumento peruano, que puede ser una solución a la permanente necesidad de percusión que requiere el flamenco, y lo añade, en complicidad con Rubem Dantas, a los elementos percusivos utilizados en su sexteto de entonces, convirtiéndose el cajón desde ese momento y con el paso del tiempo en un instrumento imprescindible del arte flamenco contemporáneo y,luego, de otras corrientes musicales internacionale.


quarta-feira, novembro 23, 2011

Manuel de Falla nasceu há 135 anos

Manuel de Falla y Matheu (Cádis, 23 de novembro de 1876 - Alta Gracia, 14 de novembro de 1946) foi um compositor espanhol.
Filho dum comerciante e duma pianista, recebeu suas primeiras aulas de sua mãe, María Jesús Matheu. A partir dos fins da década de 1890, estudou piano em Madrid, com José Trago, e composição, com Felipe Pedrell. Em 1899, por votação unânime, foi-lhe conferido o primeiro prémio na competição de piano do seu conservatório e, por volta dessa mesma época, começou a usar o "de" com seu primeiro sobrenome, fazendo "de Falla" ser o nome com o qual se tornaria famoso.
Foi por influência de Pedrell que de Falla tornou-se interessado na música espanhola, particularmente no flamenco andaluz (em especial o cante jonde), que se mostraria marcante em muitas de suas composições. Dentre as obras iniciais há algumas zarzuelas, mas a primeira grande composição foi a ópera em um ato La Vida Breve, escrita em 1905, embora revisada antes da estréia em 1913.
De Falla tentou em vão impedir o assassinato de seu amigo Frederico García Lorca em 1936. Após a vitória de Franco na Guerra Civil Espanhola, de Falla emigrou para Argentina, onde viria a morrer. Em 1947, seus restos mortais foram levados para a Espanha e depositados na catedral de Cádis. Uma das homenagens à sua memória é a Cátedra de Música Manuel de Falla na Faculdade de Filosofia e Letras na Universidade Complutense de Madrid.


Soneto de homenaje a Manuel de Falla ofreciéndole unas flores


Lira cordial de plata refulgente
de duro acento y nervio desatado,
voces y frondas de la España ardiente
con tus manos de amor has dibujado.


En nuestra propia sangre está la fuente
que tu razón y sueños ha brotado.
Álgebra limpia de serena frente.
Disciplina y pasión de lo soñado.


Ocho provincias de la Andalucía,
olivo al aire y a la mar los remos,
cantan, Manuel de Falla, tu alegría.


Con el laurel y flores que ponemos,
amigos de tu casa, en este día,
pura amistad sencilla te ofrecemos.


in Sonetos del amor oscuro - Federico García Lorca