Galopim de Carvalho nasceu em 1931, em Évora.
Licenciou-se em Ciências Geológicas pela
Universidade de Lisboa (1959), doutorou-se em Geologia (1969) na mesma universidade e viria a ensinar na sua
alma mater no Departamento de Geologia da
Faculdade de Ciências até 2001.
Responsável pelo carinho do público pelos dinossáurios, fez “lobby” da questão das esquecidas pegadas da Pedreira de Carenque,
Sesimbra - Espichel, um dos trilhos mais longos do
Cretácico
e conseguiu salvar as pegadas. É um símbolo nacional da defesa e
preservação do património cultural e científico, nomeadamente de sinais
marcantes da riquíssima evolução da
história natural.
Dirigiu inúmeros projetos de investigação, de que são exemplo a
"Paleontologia dos vertebrados fósseis do Jurássico superior da Lourinhã
e Pombal" e "Icnofósseis de dinossáurios do Jurássico e do Cretácico
Português". Dirige e integra diversos organismos nacionais e
internacionais, nomeadamente a comissão Oceanográfica Intergovernamental
da
UNESCO.
Foi colaborador dos Serviços Geológicos de Portugal e trabalhou no
Centro de Estudos Geográficos, do Instituto de Geografia da Faculdade de
Letras de Lisboa e no Centro de Estudos Ambientais.
Foi consultor científico da
RTP para as séries televisivas de divulgação científica na área das
Ciências da Terra.
Participou e dirigiu várias exposições. Contudo, devido ao enorme
impacto causado, sobressai a famosa "Dinossáurios regressam a Lisboa",
que contou com 347 mil visitantes em apenas 11 semanas.
Publicou diversos trabalhos e artigos científicos em revistas nacionais
e internacionais das diversas especialidades em que desenvolveu
investigação.
É responsável por livros didáticos e de divulgação, como "Morfogénese e
Sedimentogénese" (1996), "Petrogénese e Orogénese" (1997) e
"Introdução à Cristalografia e Mineralogia" (1997). Publicou também
alguns livros na área da literatura de ficção: "O Cheiro da Madeira"
(1994), "O Preço da Borrega" (1995) e "Os Homens não tapam as orelhas"
(1997).
Foi Diretor do Museu Nacional de História Natural durante vários anos e é Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
É irmão do cantor Francisco José e pai do jornalista Nuno Galopim.
Distinções
- Em 1994 António Marcos Galopim de Carvalho foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, em 9 de junho.
- Prémio Bordalo (1994) Ciências, na categoria "Ciências". No mesmo ano a Casa da Imprensa também distinguiu nomes como João Cutileiro (Artes plásticas), Maria de Medeiros (Cinema), Luís Figo (Desporto) ou Rui de Carvalho (Consagração de Carreira).
- Patrono da Escola C+S de Queluz, em Sintra, rebaptizada "Escola
Básica dos 2.º e 3.º Ciclos Professor Galopim de Carvalho" em maio de
1999.
- Patrono da Escola EB1/JI do Bacelo, em Évora, rebaptizada "Escola Básica Galopim de Carvalho" em 2014.
- Medalha Municipal de Mérito Científico atribuída pela Câmara Municipal de Lisboa em 2016.
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