quinta-feira, setembro 12, 2024
A gruta de Lascaux foi descoberta há 84 anos
Postado por Fernando Martins às 08:40 0 bocas
Marcadores: espeleologia, França, grutas, Lascaux, Paleolítico, pinturas rupestres, Pré-História
quinta-feira, julho 11, 2024
A arte rupestre é mais antiga do que se pensava...
Arte rupestre mais antiga do mundo descoberta em caverna na Indonésia
A mais antiga arte rupestre figurativa foi descoberta na ilha indonésia de Sulawesi por cientistas australianos e indonésios. A fascinante descoberta reescreve a linha do tempo da expressão artística humana.
Uma equipa de arqueólogos australianos e indonésios anunciou a descoberta da mais antiga arte rupestre narrativa conhecida, datada de há pelo menos 51.200 anos.
A descoberta, que foi apresentada num artigo publicado esta semana na revista Nature, não só reescreve a linha do tempo da expressão artística humana, como também mostra as capacidades avançadas de contar histórias dos nossos antepassados.
pinturas agora encontradas, um porco parado com a boca parcialmente aberta e pelo menos três figuras humanas, são mais de 5.000 anos mais antigas do que a anterior arte rupestre mais antiga.
“A descoberta faz recuar no tempo o ponto em que os humanos modernos mostraram pela primeira vez capacidade de pensamento criativo e muda as nossas ideias sobre a evolução humana”, explicou à BBC News a arqueóloga Maxime Aubert, investigadora da Universidade de Griffith, na Austrália, e autora principal do artigo.
“A pintura conta uma história complexa. É a prova mais antiga que temos de humanos a contar histórias. Mostra que os humanos da época tinham a capacidade de pensar em termos abstratos”, afirmou.
As pinturas foram encontradas na caverna de Karampuang, na península do sul da ilha indonésia de Sulawesi, ou ilha das Celebes.
A maior figura humana tem os dois braços estendidos e parece estar a segurar uma vara. A segunda está imediatamente à frente do porco, com a cabeça junto ao focinho. Parece também estar a segurar um pau, uma das extremidades do qual pode estar em contacto com a garganta do porco.
A última figura humana parece estar de cabeça para baixo, com as pernas viradas para cima e estendidas para fora. Tem uma mão que parece estar a tocar na cabeça do porco.
A equipa de cientistas foi liderada por Adhi Agus Oktaviana, especialista indonésio em arte rupestre da Agência Nacional de Investigação e Inovação da Indonésia, em Jacarta.
“A narração de histórias foi uma parte crucial da cultura humana primitiva na Indonésia desde muito cedo”, diz Oktaviana.
“Os seres humanos provavelmente contam histórias há muito mais de 51.200 anos, mas como as palavras não fossilizam, só nos podemos basear em indicadores indiretos, como representações de cenas na arte — e a arte de Sulawesi é agora, de longe, a prova mais antiga que a arqueologia conhece”, acrescentou.
Os primeiros vestígios de desenhos feitos por humanos, que foram encontrados na caverna de Blombos, na África do Sul, datam de há 75.000 a 100.000 anos, e consistem em padrões geométricos.
As pinturas agora encontradas são a mais antiga representação de arte figurativa, a expressão abstrata do mundo à volta da pessoa ou pessoas que a pintaram, representando uma evolução nos processos de pensamento da nossa espécie - que deram origem à arte e à ciência.
A questão é saber o que desencadeou este despertar da mente humana, diz o editor sénior da Nature, Henry Gee. “Algo parece ter acontecido há cerca de 50.000 anos, pouco depois do que todas as outras espécies humanas, como os Neandertais e o chamado Hobbit das Flores, que se extinguiram.
“É muito romântico pensar que, a dada altura, algo aconteceu no cérebro humano, mas penso que é provável que existam exemplos ainda mais antigos de arte representacional”, acrescenta Gee.
Chris Stringer, antropólogo do Museu de História Natural de Londres, acredita que podem existir exemplos mais antigos de arte representacional em África, onde os humanos modernos evoluíram pela primeira vez - mas ainda não encontrámos nenhum.
“Esta descoberta reforça a ideia de que a arte representacional foi produzida pela primeira vez em África, há mais de 50.000 anos, e que o conceito se espalhou à medida que a nossa espécie se expandiu”, considera o antropólogo.
in ZAP
Postado por Fernando Martins às 14:41 0 bocas
Marcadores: arte, arte rupestre, Homo sapiens, Indonésia, pinturas rupestres, Sulawesi
terça-feira, setembro 12, 2023
A gruta de Lascaux foi descoberta há 83 anos...!
Postado por Fernando Martins às 08:30 0 bocas
Marcadores: espeleologia, França, grutas, Lascaux, Paleolítico, pinturas rupestres, Pré-História
segunda-feira, setembro 12, 2022
A gruta de Lascaux foi descoberta há 82 anos
Postado por Fernando Martins às 08:20 0 bocas
Marcadores: espeleologia, França, grutas, Lascaux, Paleolítico, pinturas rupestres, Pré-História
domingo, setembro 12, 2021
A gruta de Lascaux foi descoberta 81 anos
- a primeira sala é a "Sala dos Touros" ou "Rotonda", de 17 m por 6 m de largura e 7 de altura;
- prolonga-se pelo "Divertículo axial", uma galeria mais estreita na mesma direção, mais ou menos do mesmo tamanho;
- depois da Sala dos Touros, à direita do Divertículo axial, acede-se à "Passagem", um corredor de dez metros;
- na prolongação da Passagem abre-se a "Nave", outro corredor mais elevado, com cerca de vinte metros;
- a Nave prossegue com uma parte não decorada, pois as paredes são pouco apropriadas, seguindo logo até ao "Divertículo dos Felinos", um estreito corredor com cerca de vinte metros;
- A "Abside" é uma sala redonda que se abre para Oeste, na confluência da Passagem e a Nave;
- O "Poço" abre-se no fundo da Abside. Seu acesso supõe uma baixada de 4 a 5 metros até ao começo do nível inferior.
Postado por Fernando Martins às 08:10 0 bocas
Marcadores: espeleologia, França, grutas, Lascaux, Paleolítico, pinturas rupestres, Pré-História
sábado, setembro 12, 2020
A gruta de Lascaux foi descoberta oitenta anos
- a primeira sala é a "Sala dos Touros" ou "Rotonda", de 17 m por 6 m de largura e 7 de altura;
- prolonga-se pelo "Divertículo axial", uma galeria mais estreita na mesma direção, mais ou menos do mesmo tamanho;
- depois da Sala dos Touros, à direita do Divertículo axial, acede-se à "Passagem", um corredor de dez metros;
- na prolongação da Passagem abre-se a "Nave", outro corredor mais elevado, com cerca de vinte metros;
- a Nave prossegue com uma parte não decorada, pois as paredes são pouco apropriadas, seguindo logo até ao "Divertículo dos Felinos", um estreito corredor com cerca de vinte metros;
- A "Abside" é uma sala redonda que se abre para Oeste, na confluência da Passagem e a Nave;
- O "Poço" abre-se no fundo da Abside. Seu acesso supõe uma baixada de 4 a 5 metros até ao começo do nível inferior.
Postado por Fernando Martins às 08:00 0 bocas
Marcadores: espeleologia, França, grutas, Lascaux, Paleolítico, pinturas rupestres, Pré-História
terça-feira, julho 19, 2011
Os portugueses são um bocadinho trogloditas, diz a ciência
O presidente da Associação Portuguesa de Genealogia (APG) fala das grutas francesas, recheadas de desenhos nas paredes. Ao referir-se a Helena, mergulha naquilo que foram os últimos dez anos de estudos genéticos sobre ancestralidade. Em 2001, o cientista de Oxford Bryan Sykes explicou num livro que era possível alargar as tradicionais árvores genealógicas ao início do Homo sapiens (na região da Etiópia, há 200 mil anos). O público gostou da ideia e os centros de investigação com especialistas em genética começaram a disponibilizar-se para fazer o trabalho. Em Portugal, o Instituto de Medicina Molecular de Lisboa já fez 200 perfis.
Expliquemos a história da avó Helena, caso queira incluir Lascaux nos destinos de férias. Metade dos europeus, e também dos portugueses, descenderão das mulheres que habitaram as quentinhas grutas do Sul europeu (Lascaux mas também Altamira em Espanha e Vila Nova de Foz Côa) durante a última glaciação, há 12 mil anos. Se a mulher que desencadeou toda esta vasta descendência se chamava de facto Helena não se sabe, e talvez seja pouco provável, mas o nome surge no livro de Sykes "As Sete Filhas de Eva", onde o investigador explica os diferentes perfis genéticos que descenderam da chamada "Eva mitocondrial", a primeira mulher que passou sequências de ADN às suas filhas através das mitocôndrias dos óvulos.
Das cerca de 30 linhagens maternas já descobertas pelos investigados nas populações mundiais, há duas que parecem ter habitados as grutas do Sul da Europa. Em termos genéticos, chama-se a estes grupos de descendência "haplogrupos" e pode dizer-se que a maioria dos portugueses, como os europeus, descende do H e do U (em Portugal são 41% e 17% respectivamente). Sykes, que queria tornar a história fácil para os leigos em ciência, disse que os portadores da marca genética H eram netos da avó Helena e explicou no seu livro como a senhora era adepta das pinturas rupestres. Resta dizer que entre os famosos netos de Helena se encontra a rainha Maria Antonieta, factóide a que talvez nunca chegasse se se dedicasse a construir a sua árvore genealógica.
Do lado do pai, Soares Machado tem um legado viquingue (bastante comum na Escandinávia), mas mais de metade dos portugueses (55%) descende também dos celtas, que por sua vez descendiam dos homens que chegaram à Europa vindos do Sul da Sibéria, actual Cazaquistão e Usbequistão, antes de se enfiarem nas grutas do Sul. A segunda ascendência mais comum é a dos descendentes das populações que não deixaram África na altura das primeiras migrações, há 80 mil anos (Paleolítico Médio). Estes clãs que se mantiveram pelo Corno de África enquanto a maioria se dedicava a colonizar a Península Arábica parece ter começado a ganhar diferenças genéticas há 53 mil anos. Em Portugal representam 14% das linhagens paternas, mas são um ascendente muito mais comum na região do Magrebe, onde representam 33% a 80% do fundo genético das populações.
Como se faz Maria do Carmo Fonseca, directora do Instituto de Medicina Molecular onde a spin-off GenoMed começou a fazer estes testes há três anos (a pedido da APG), ajuda a compreender a análise que permite conhecer os antepassados. A matéria-prima é o genoma humano, a sequência de ADN onde estão contidas todas as informações genéticas para as células funcionarem e o organismo cumprir as funções vitais. "À medida que o nosso conhecimento sobre o genoma humano tem evoluído percebemos cada vez mais como funciona e que informação podemos encontrar sobre o nosso passado, o nosso presente e eventualmente o nosso futuro", diz a investigadora Prémio Pessoa em 2010.
Os estudos mais comuns têm a ver com o diagnóstico ou a susceptibilidade a doenças - quando os investigadores procuram mutações ou genes já associados a patologias como o cancro ou a doença de Alzheimer. Mas cedo se percebeu que, além das instruções genéticas, inscritas em zonas que codificam proteínas, havia zonas do genoma que podiam querer dizer algo mais (as mesmas onde se procura informação sobre parentalidade ou maternidade). "O teste é o mesmo mas olhamos para zonas diferentes do ADN, a que chamamos silenciosas porque não codificam proteínas." Restava um problema: se recebemos informação genética do nosso pai e da nossa mãe, que se mistura, era preciso olhar para regiões que viessem inequivocamente de um ou de outra. A aposta recaiu assim no cromossoma Y (transmitido dos pais para os filhos) e no ADN mitocondrial (contido no óvulo da mãe).
O processo de identificação do haplogrupo acaba por parecer um jogo. Sobretudo desde que passou a haver grandes estudos genéticos para diferentes populações. Confrontando sequências de ADN (a forma como as letras que compõem o código genético estão dispostas), os cientistas acabaram por perceber que a simples troca de letras em posições específicas permite identificar a ancestralidade. Depois de terem a sequência de ADN, folhas onde as letras A, C, G e T se dispõem em partes, os investigadores verificam manualmente as posições utilizadas para definir cada grupo. Assim, imagine-se, se no marcador x (entre seis e nove que é necessário observar até chegar ao veredicto possível mediante o conhecimento actual) há um C em vez de um G, é possível dizer se a pessoa descende por via paterna dos mercadores fenícios que passaram pela Península Ibérica há 3 mil anos ou dos viquingues que invadiram a Escandinávia há 7 mil.
Para ver a ascendência materna repete--se a análise, e as letras, consoante o sítio, podem revelar pegadas históricas mais comuns, ligadas aos refúgios nas grutas francesas e espanholas, ou então (como só acontece com 5% dos portugueses), uma linhagem materna ligada a refúgios da mesma época no Nordeste da Itália. Neste caso, em vez de se partilhar a família alargada com Maria Antonieta poderá chamar primo afastado a Ötzi, o homem do gelo, uma das múmias mais antigas conhecidas, de um homem que terá vivido há 5300 anos.
Apesar de para já ainda não serem muitos os grupos conhecidos, a expectativa dos investigadores é continuarem a aumentar os subgrupos dentro de cada população. A GenoMed tem ainda uma parceria com um grupo de investigação de Santiago de Compostela que permite quantificar o grau de mistura: ou seja, com fundo paterno celta e linhagem materna fenícia, poderá perceber o que pesa mais no seu código genético. Um mapa-múndi com a divisão de populações por haplogrupos permite perceber que entre os nativos da Península Ibérica existe uma grande mistura, enquanto nos americanos e africanos se mantém maior homogeneidade.
Para Maria do Carmo Fonseca, os factos curiosos não se ficam por aqui. Um estudo publicado em 2003 conclui, por exemplo, que 0,5% da população mundial parece ser descendente do imperador mongol Gengiscão, ilustre famoso a quem é atribuído um dos subgrupos do haplogrupo C (dominante no Norte da Ásia). "Na região ocupada pelos mongóis há um padrão que parece tão frequente que, por ter sido datado de há mil anos, permite pensar que 8% dos homens locais descendem de Gengiscão. Ele não podia ter tido mais que umas dezenas de filhos, mas deviam ser tão tortos que dominavam os outros." Outra verificação que tem gerado polémica, assinada por Sykes, é que metade dos ingleses têm a mesma ascendência que alemães e dinamarqueses. E que não teriam sobrevivido ao frio glaciar sem os abrigos ibéricos.
Postado por Fernando Martins às 22:02 0 bocas
Marcadores: ADN, DNA, DNA mitocondrial, Eva mitocondrial, Homo sapiens, pinturas rupestres
sábado, junho 18, 2011
Gruta do Escoural - Visita Virtual
O novo levantamento tinha 3 objectivos principais:
1.disponibilizar um registo tridimensional da gruta de grande rigor, para efeitos técnicos e científicos;
2. permitir futuramente, se necessário, a construção de uma "réplica" em tamanho natural, através da reprodução ainda que parcial de partes da cavidade;
3. produzir de imediato uma aplicação multimédia simulando uma visita virtual à Gruta, aplicação entretanto disponibilizada no Centro de Interpretação da Gruta do Escoural e no "Site" da DRCALEN.
Postado por Fernando Martins às 00:11 0 bocas
Marcadores: Alentejo, Arqueologia, espeleologia, Gruta do Escoral, pinturas rupestres
sábado, março 27, 2010
Descoberta de mais pinturas rupestres alentejanas
Uma equipa da Licenciatura e do Mestrado de Arqueologia da Universidade de Évora (UE) descobriu um conjunto de pinturas rupestres numa gruta situada sob o altar de uma Igreja na vila de Alegrete, no concelho de Portalegre. "Do ponto de vista patrimonial (igreja, gruta e pinturas rupestres) é de uma importância extrema este achado", disse hoje à Lusa Jorge Oliveira, professor responsável pelos trabalhos de arqueologia da UE.
"Este achado é importante porque traz consigo uma memória de cinco mil anos de história e de devoção naquele espaço", sublinhou. O acesso à gruta, onde foram descobertas as pinturas rupestres esquemáticas de cor avermelhada, faz-se através de uma pequena porta oculta sob o altar da Ermida de Nossa Senhora da Lapa, espaço de culto erguido nos campos circundantes à vila de Alegrete.
De acordo com Jorge Oliveira, as pinturas rupestres, com mais de cinco mil anos, pertencem ao período do Neolítico e Calcolítico.
Ainda que parcialmente cobertas por cal, estas pinturas revelam, segundo os especialistas, uma continuada sacralização do espaço, ao qual está associada uma antiquíssima lenda relacionada com um cavaleiro medieval.
"As pessoas visitam aquele espaço todos os anos, principalmente quando se realiza a romaria em honra de Nossa Senhora da Lapa, mas a comunidade não sabia bem o que ia visitar, nem tinha conhecimento daquelas pinturas", relatou.
Jorge Oliveira, que considera aquela ermida construída entre os séculos XVI e XVII de "elevado interesse religioso", apelidou também de "elevado interesse etnográfico" o culto desenvolvido pelos populares em redor de uma lenda relacionada com um cavaleiro medieval.
A equipa da Licenciatura e do Mestrado de Arqueologia da UE vai iniciar, na segunda-feira, os primeiros trabalhos de estudo daquele sítio histórico, no âmbito de um protocolo estabelecido entre a Junta de Freguesia de Alegrete e a universidade.
Numa primeira fase, além da elaboração do levantamento topográfico do local proceder-se-á à fotografia e decalque das pinturas já visíveis e a prospecções arqueológicas na área envolvente da ermida.
A continuação dos trabalhos está prevista para o próximo Verão, prevendo-se a limpeza da cal que cobre grande parte das pinturas. "Vai ser complicado trabalhar naquele espaço pela ausência de luz e a cal que cobre algumas das pinturas também não vai facilitar o nosso trabalho", disse.
A equipa de trabalho da UE está ainda a equacionar a possibilidade de sondagens arqueológicas no interior da gruta.
Os trabalhos arqueológicos foram recentemente aprovados pelo Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) e autorizados pela Diocese de Portalegre e Castelo Branco, que tutela aquela ermida.
"A gruta tem um potencial arqueológico interessante que nos vai possibilitar uma escavação que nos poderá levar à identificação de que tipo de vivências ou depósitos arqueológicos é que estão no chão desta gruta", concluiu.
Postado por Fernando Martins às 00:45 0 bocas
Marcadores: Alegrete, Alentejo, Arqueologia, espeleologia, grutas, pinturas rupestres