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terça-feira, novembro 20, 2012

O último príncipe herdeiro do Império Austro-Húngaro nasceu há um século

Otto de Habsburgo, Otão de Habsburgo ou Otto von Habsburg, também referido como Arquiduque Otto da Áustria (Reichenau an der Rax, 20 de novembro de 1912 - Pöcking, 4 de julho de 2011) foi o último príncipe herdeiro do Império Austro-Húngaro, de 1916 até à sua dissolução, em 1918 - um império que compreendia os atuais territórios da Áustria, Hungria, Bósnia e Herzegovina, Croácia, República Checa, Eslováquia, Eslovénia, partes do Montenegro, da Polónia, da Romênia, da Sérvia, da Ucrânia e da Itália. Até 1921, era o príncipe herdeiro da Hungria. Chefe da casa dinástica de Habsburgo e pretendente aos antigos tronos da sua dinastia, Otto era o filho mais velho de Carlos I, último Imperador da Áustria e último Rei da Hungria, e de sua esposa, Zita de Bourbon-Parma. Otto também ostentou o título de soberano da Ordem do Tosão de Ouro entre 1922 e 2007. Era membro do Parlamento Europeu pelo partido União Social Cristã da Baviera (CSU) e presidente da União Internacional Pan-Europeia.
Foi batizado Francisco José Otto Roberto Maria António Carlos Max Henrique Sexto Xavier Félix Renato Luís Caetano Pio Inácio da Áustria (em alemão, Franz Joseph Otto Robert Maria Anton Karl Max Heinrich Sixtus Xaver Felix Renatus Ludwig Gaetan Pius Ignatius von Österreich).
Otto morava na Baviera, Alemanha, e tinha nacionalidades alemã, austríaca, húngara e croata. Apesar de seu nome oficial ser Otto de Habsburgo, as autoridades austríacas se referiam a ele como Otto de Habsburgo-Lorena (Habsburg-Lothringen em alemão). Ele às vezes era chamado de Arquiduque Otto da Áustria, Príncipe-Herdeiro Otto da Áustria e, na Hungria, simplesmente como Habsburg Ottó.

(...)

O parlamento austríaco oficialmente expulsou a dinastia Habsburgo e confiscou todas as propriedades da Coroa Imperial pelo ato Habsburgergesetz, de 3 de abril de 1919.
A família de Otto passou os anos seguintes na Suíça e, mais tarde, mudou-se para a ilha da Madeira, onde Carlos veio a falecer prematuramente, em 1922. Aos dez anos de idade, Otto passou a ser o pretendente ao trono, situação em que permaneceu até 1961, quando renunciou formalmente aos seus direitos dinásticos, "por razões puramente práticas".
Em 1935, Otto graduou-se em Ciência Política e Ciências Sociais pela Universidade Católica de Leuven.
Em 1940, Otto é uma das dezenas de milhares de pessoas a quem o cônsul português Aristides de Sousa Mendes salva a vida ao conceder um visto de saída da França, no momento da invasão nazi.

quinta-feira, julho 19, 2012

Aristides de Sousa Mendes nasceu há 127 anos

Aristides de Sousa Mendes (Cabanas de Viriato, Carregal do Sal, 19 de julho de 1885 - Lisboa, 3 de abril de 1954) foi um diplomata português. Cônsul de Portugal em Bordéus no ano da invasão da França pela Alemanha Nazi na Segunda Guerra Mundial, Sousa Mendes desafiou ordens expressas do seu ministro dos Negócios Estrangeiros, António de Oliveira Salazar, cargo que tinha em acumulação com a chefia do Governo, e concedeu 30 mil vistos de entrada em Portugal a refugiados de todas as nacionalidades que desejavam fugir da França em 1940.
Aristides Sousa Mendes salvou dezenas de milhares de pessoas do Holocausto. Chamado de "o Schindler português", Sousa Mendes também teve a sua lista e salvou a vida de milhares de pessoas, das quais cerca de 10 mil judeus.
Antes de 1940
Foi batizado Aristides de Sousa Mendes do Amaral e Abranches numa pequena aldeia do concelho do Carregal do Sal, no sul do distrito de Viseu. Aristides pertenceu a uma família aristocrática rural, católica, conservadora e monárquica (ele também católico e monárquico). Seu pai era membro do supremo tribunal. Pelo lado materno era descendente de D. Fernando de Almada (2º Conde de Avranches). Pelo lado familiar "Sousa", descendente de Madragana Ben-Bekar (de quem houve filhos El-Rei D.Afonso III). Esta Senhora pertencia à Comunidade Judaica de Faro, cuja ascendência provinha do próprio Rei David de Israel.
Aristides instala-se em Lisboa em 1907 após a licenciatura em Direito pela Universidade de Coimbra, tal como o seu irmão gémeo. Ambos enveredaram pela carreira diplomática. Em 1909 nasceu seu primogénito, tendo ao todo 14 filhos com a sua mulher Angelina.
Aristides ocupou diversas delegações consulares portuguesas pelo mundo fora, entre elas: Zanzibar, Brasil, Estados Unidos, Guiana, entre outras.
Em 1929 é nomeado Cônsul-geral em Antuérpia, cargo que ocupa até 1938. O seu empenho na promoção da imagem de Portugal não passa despercebido. É condecorado por duas vezes por Leopoldo III, rei da Bélgica, tendo-o feito oficial da Ordem de Leopoldo e comendador da Ordem da Coroa, a mais alta condecoração belga. Durante o período em que viveu na Bélgica, conviveu com personalidades ilustres, como o escritor Maurice Maeterlinck, Prémio Nobel da Literatura, e o cientista Albert Einstein, Prémio Nobel da Física.
Depois de quase dez anos de serviço na Bélgica, Salazar, presidente do Conselho de Ministros e ministro dos negócios estrangeiros, nomeia Sousa Mendes cônsul em Bordéus, França.

A II Guerra Mundial
Aristides de Sousa Mendes permanece ainda cônsul de Bordéus quando tem início a Segunda Guerra Mundial, e as tropas de Adolf Hitler avançam rapidamente sobre a França. Salazar manteve a neutralidade de Portugal.
Pela Circular 14, Salazar ordena aos cônsules portugueses espalhados pelo mundo que recusem conferir vistos às seguintes categorias de pessoas: "estrangeiros de nacionalidade indefinida, contestada ou em litígio; os apátridas; os judeus, quer tenham sido expulsos do seu país de origem ou do país de onde são cidadãos".
Entretanto, em 1940, o governo francês refugiou-se temporariamente na cidade de Vichy, fugindo de Paris antes da chegada das tropas alemãs. Milhares de refugiados que fogem do avanço Nazi dirigiram-se a Bordéus. Muitos deles afluem ao consulado português desejando obter um visto de entrada para Portugal ou para os Estados Unidos, onde Sousa Mendes, o cônsul, caso seguisse as instruções do seu governo, distribuiria vistos com parcimónia.
Já no final de 1939, Sousa Mendes tinha desobedecido às instruções do seu governo e emitido alguns vistos. Entre as pessoas que ele tinha então decidido ajudar encontra-se o Rabino de Antuérpia, Jacob Kruger, que lhe faz compreender que há que salvar os refugiados judeus.
A 16 de junho de 1940, Aristides decide conceder visto a todos os que o pedissem: "A partir de agora, darei vistos a toda a gente, já não há nacionalidades, raça ou religião". Com a ajuda dos seus filhos e sobrinhos e do rabino Kruger, ele carimba passaportes, assina vistos, usando todas as folhas de papel disponíveis.
Confrontado com os primeiros avisos de Lisboa, ele terá dito: "Se há que desobedecer, prefiro que seja a uma ordem dos homens do que a uma ordem de Deus".
Uma vez que Salazar tomara medidas contra o cônsul, Aristides continuou a sua actividade de 20 a 23 de junho, em Baiona (França), no escritório de um vice-cônsul estupefato, e mesmo na presença de dois outros funcionários de Salazar. A 22 de junho de 1940, a França pediu um armistício à Alemanha Nazi. Mesmo a caminho de Hendaye, Aristides continua a emitir vistos para os refugiados que cruzam com ele a caminho da fronteira, uma vez que a 23 de junho, Salazar demitira-o de suas funções de cônsul.
Apesar de terem sido enviados funcionários para trazer Aristides, este lidera, com a sua viatura, uma coluna de veículos de refugiados e guia-os em direção à fronteira, onde, do lado espanhol, não existem telefones. Por isso mesmo, os guardas fronteiriços não tinham sido ainda avisados da decisão de Madrid de fechar as fronteiras com a França. Sousa Mendes impressiona os guardas aduaneiros, que acabariam por deixar passar todos os refugiados, que, com os seus vistos, puderam continuar viagem até Portugal.
O castigo em Portugal
A 8 de julho de 1940, Aristides, de volta a Portugal, é punido pelo governo de Salazar, que priva o diplomata de suas funções por um ano, diminuindo em metade o seu salário, antes de o enviar para a reforma. Para além disso, Sousa Mendes perde o direito de exercer a profissão de advogado. A sua licença de condução, emitida no estrangeiro, também lhe é retirada.
O cônsul demitido e sua família, bastante numerosa, sobrevivem graças à solidariedade da comunidade judaica de Lisboa, que facilitou a alguns dos seus filhos os estudos nos Estados Unidos. Dois dos seus filhos participaram no Desembarque da Normandia.
Frequentou, juntamente com os seus familiares, a cantina da assistência judaica internacional, onde causou impressão pelas suas ricas vestimentas e sua presença. Certo dia, teve de confirmar: "Nós também, nós somos refugiados".
Em 1945, Salazar felicitou-o por Portugal ter ajudado os refugiados, recusando-se no entanto a reintegrar Sousa Mendes no corpo diplomático.
A sua miséria será ainda maior: venda dos bens, morte de sua esposa em 1948, emigração dos seus filhos, com uma excepção. Após a morte da mulher, Aristides de Sousa Mendes viveu com uma amante francesa que, segundo testemunhos da época, muito contribuiu para a sua miséria.
Aristides de Sousa Mendes faleceu muito pobre, a 3 de abril de 1954, no hospital dos franciscanos em Lisboa. Não possuindo um fato próprio, foi enterrado com um hábito franciscano.

domingo, novembro 20, 2011

O último príncipe herdeiro imperial da Áustria-Hungria nasceu há 99 anos

Otto de Habsburgo, Otão de Habsburgo ou Otto von Habsburg, também referido como Arquiduque Otto da Áustria, (Reichenau an der Rax, 20 de novembro de 1912 - 4 de julho de 2011) foi o último príncipe herdeiro da Áustria-Hungria, de 1916 até a dissolução do império, em 1918 - um império que compreendia os atuais territórios da Áustria, Hungria, Bósnia e Herzegovina, Croácia, República Checa, Eslováquia, Eslovénia, partes do Montenegro, da Polónia, da Roménia, da Sérvia, da Ucrânia e da Itália. Até 1921, era o príncipe herdeiro da Hungria. Chefe da casa dinástica de Habsburgo e pretendente aos antigos tronos da sua dinastia, Otto era o filho mais velho de Carlos I, último Imperador da Áustria e último Rei da Hungria, e de sua esposa, Zita de Bourbon-Parma. Otto também ostentou o título de soberano da Ordem do Tosão de Ouro entre 1922 e 2007. Era membro do Parlamento Europeu pelo partido União Social Cristã da Baviera (CSU) e presidente da União Internacional Pan-Europeia.
Foi batizado Francisco José Otto Roberto Maria António Carlos Max Henrique Sexto Xavier Félix Renato Luís Caetano Pio Inácio da Áustria (em alemão, Franz Joseph Otto Robert Maria Anton Karl Max Heinrich Sixtus Xaver Felix Renatus Ludwig Gaetan Pius Ignatius von Österreich).
Otto morava na Baviera, Alemanha, e tinha nacionalidades alemã, austríaca, húngara e croata. Apesar de seu nome oficial ser Otto de Habsburgo, as autoridades austríacas se referiam a ele como Otto de Habsburgo-Lorena (Habsburg-Lothringen em alemão). Ele às vezes era chamado de Arquiduque Otto da Áustria, Príncipe-Herdeiro Otto da Áustria e, na Hungria, simplesmente como Habsburg Ottó.
Otto nasceu perto de Viena, em Reichenau an der Rax, na Baixa Áustria.
Em novembro de 1916, Otto tornou-se o príncipe-herdeiro do Império Austro-Húngaro quando seu pai, o arquiduque Carlos, ascendeu ao trono. Entretanto, em 1918, no final da Primeira Guerra Mundial, ambas as monarquias foram abolidas e substituídas pelas repúblicas da Áustria e da Hungria. A família imperial foi forçada ao exílio, apesar de Carlos nunca ter abdicado do trono. Note-se que a Hungria voltou a ser uma monarquia, mas Carlos foi impedido de reinar. Em seu lugar, o trono foi mantido vago e criou-se uma regência permanente sob o almirante Miklós Horthy, até 1944.

O parlamento austríaco oficialmente expulsou a dinastia Habsburgo e confiscou todas as propriedades da Coroa Imperial pelo ato Habsburgergesetz, de 3 de abril de 1919.
A família de Otto passou os anos seguintes na Suíça e, mais tarde, mudou-se para a ilha da Madeira, onde Carlos veio a falecer prematuramente, em 1922. Aos dez anos de idade, Otto passou a ser o pretendente ao trono, situação em que permaneceu até 1961, quando renunciou formalmente aos seus direitos dinásticos, "por razões puramente práticas".
Em 1935, Otto graduou-se em Ciência Política e Ciências Sociais pela Universidade Católica de Leuven.
Em 1940, Otto é uma das dezenas de milhares de pessoas a quem o cônsul português Aristides de Sousa Mendes concede o visto de saída da França, no momento da invasão nazis.

Desde 1951 (em Nancy) até 2010, Otto foi casado com a princesa Regina de Saxe-Meiningen, filha de Jorge III, Duque de Saxe-Meiningen. O casal teve sete filhos e 22 netos.

O Arquiduque Otto morreu em Pöcking, em 4 de julho de 2011, aos 98 anos de idade. Seu corpo foi sepultado na Cripta Imperial de Viena juntamente com sua esposa, que teve seus restos trasladados do Veste Heldburg. Seu coração foi enviado para a Abadia Beneditina de Pannonhalma, na Hungria.

segunda-feira, julho 04, 2011

Morreu Otto de Habsburgo, o último príncipe herdeiro do Império Austro-Húngaro


O Arquiduque Otto de Habsburgo (Reichenau an der Rax, em 20 de Novembro de 1912 - 4 de Julho de 2011) foi chefe da casa dinástica de Habsburgo e filho mais velho de Carlos da Áustria, último Imperador da Áustria e último Rei da Hungria, e de sua esposa, Zita de Bourbon-Parma. Era membro do Parlamento Europeu pelo partido União Social Cristã da Baviera (CSU) e presidente da União Internacional Pan-Europeia.
Foi baptizado Francisco José Otto Roberto Maria Antônio Carlos Max Henrique Sexto Xavier Félix Renato Luís Caetano Pio Inácio da Áustria (em alemão, Franz Joseph Otto Robert Maria Anton Karl Max Heinrich Sixtus Xaver Felix Renatus Ludwig Gaetan Pius Ignatius von Österreich).
Otto morava na Baviera, na Alemanha, e tinha nacionalidades alemã, austríaca, húngara e croata. Apesar de seu nome oficial ser Otto de Habsburgo, as autoridades austríacas se referiam a ele como Otto de Habsburgo-Lorena (Habsburg-Lothringen em alemão). Ele às vezes era chamado de Arquiduque Otto da Áustria, Príncipe-Herdeiro Otto da Áustria e, na Hungria, simplesmente como Habsburg Ottó. Era também um pretendente em potencial ao título de Rei de Jerusalém.

(...)
Em 1940, Otto é uma das dezenas de milhares de pessoas a quem o cônsul português Aristides de Sousa Mendes concede o visto de saída da França, no momento da invasão nazis.

NOTA: era um primo próximo do Duque de Bragança, D. Duarte e um europeísta convicto. Lutou contra os nazis e foi por eles perseguido, tendo sido salvo por Aristides de Sousa Mendes. Abdicou dos seus direitos para servir a Europa e os países que amava - vamos sentir muito a sua falta...