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sexta-feira, janeiro 27, 2023

Trajano tornou-se Imperador de Roma (sucedendo a Nerva) há 1925 anos

     
Marco Coceio Nerva (em latim: Marcus Cocceius Nerva, 8 de novembro de 30 - 27 de janeiro de 98), foi imperador romano de 96 até à sua morte em 98.
Este reputado senador esteve ao serviço do Império durante os reinados de Nero, Vespasiano, Tito e Domiciano. Com Nero foi membro do séquito imperial e desempenhou um papel de destaque na descoberta de uma conspiração contra o imperador, orquestrada pelo senador Caio Calpúrnio Pisão (65). Foi recompensado com dois consulados, com Vespasiano em 71 e com Domiciano em 90. Sendo este assassinado, a 18 de setembro de 96, o senado ao dia seguinte elegeu e aclamou um de seus membros, Nerva, imperador. Como novo monarca jurou restaurar os direitos que foram abolidos ou simplesmente obviados durante o reinado de Domiciano. Contudo, a sua administração foi pontuada por problemas financeiros e pela sua falta de habilidade para tratar com as tropas. Uma rebelião da guarda pretoriana em 97 quase o forçou a adotar o popular Trajano como herdeiro e sucessor. Nerva faleceu, de morte natural, a 27 de janeiro de 98, sendo sucedido pelo seu filho adotivo, Trajano.
Embora se desconheça grande parte da vida de Nerva, é considerado pelos historiadores antigos como um imperador sábio e moderado, interessado no bem-estar económico, procurando reduzir as despesas do governo. Esta opinião foi confirmada pelos historiadores modernos, um dos quais, Edward Gibbon, chama a Nerva e aos seus quatro sucessores, os "cinco bons imperadores". A adoção de Trajano como herdeiro finalizou com a tradição dos anteriores imperadores, que nomeavam algum dos seus parentes como filho adotivo, caso não lhe sucedessem os seus próprios filhos.
    
    
  
     
  
Marco Úlpio Nerva Trajano (em latim: Marcus Ulpius Traianus; 18 de setembro de 53 - 9 de agosto de 117) nasceu em Itálica (atual Santiponce), na Bética, no sul da Hispânia, perto de Híspalis (a atual Sevilha) em 53 d.C. Foi imperador romano de 98 a 117. Durante a sua administração, o Império Romano atingiu a sua maior extensão territorial graças às conquistas de leste. Trajano também é notado pelos seus extensos programas de obras públicas e as políticas sociais implementadas durante o seu reinado.
     
   

terça-feira, janeiro 24, 2023

O Imperador Adriano nasceu há 1947 anos

      
Públio Élio Trajano Adriano (em latim: Publius Aelius Traianus Hadrianus; Itálica, Hispânia, 24 de janeiro de 76 - Roma, 10 de julho de 138), mais conhecido apenas como Adriano, foi imperador romano de 117 a 138. Pertence à dinastia dos Antoninos, sendo considerado um dos chamados "cinco bons imperadores". Em Roma, ele re-construiu o Panteão e construiu o Templo de Vénus e Roma. Além de ser imperador, Adriano era um humanista e foi philhellene em todos os seus gostos. Durante o seu reinado, Adriano viajou para quase todas as províncias do Império. Um ardente admirador da Grécia, ele procurou fazer de Atenas a capital cultural do império e ordenou a construção de muitos templos opulentos na cidade. Adriano foi educado em vários assuntos específicos para jovens aristocratas do dia, e gostava tanto de aprender a literatura grega que ele foi apelidado de Gréculo (Graeculus; "Pequeno Grego").
Adriano entrou para expedição de Trajano contra Pártia como um legado na tropa de Trajano. Nem durante a primeira fase, vitoriosa, nem durante a segunda fase da guerra, quando a rebelião foi arrastado até à Mesopotâmia, Adriano nada faz de digno. No entanto, quando o governador da Síria teve que ser enviado para resolver problemas renovados na Dácia, Adriano foi apontado como um substituto, dando-lhe um comando independente.
  

    
      

Morte e sucessão 
Adriano morreu em 138, em Roma. O seu corpo foi depositado num mausoléu, que veio a ser o castelo de Santo Ângelo, em Roma. A sucessão de Adriano foi complicada: a princípio ele havia pensado em adotar como filho e sucessor um dos seus muitos antigos favoritos (tal como o adolescente grego Antínoo), Lúcio Élio Vero - e efetivamente fê-lo, mas, tendo Élio falecido prematuramente, Adriano acabou por adotar o senador T. Aurélio Fúlvio Boiónio Antonino - que tornou-se depois o imperador Antonino Pio - sob a condição, no entanto, de que este adotasse como seu filho e sucessor o parente distante de Adriano, o jovem Marco Ânio Vero, o futuro imperador Marco Aurélio, assim como o filho do falecido Lúcio Ceiônio, Lúcio Vero, que viria a ser co-imperador junto com Marco Aurélio. Entrementes, Adriano acabou por ordenar o suicídio de outro dos seus parentes, o nonagenário senador Lúcio Júlio Urso Serviano - ou Serviano Urso - de quem ele desconfiava que buscaria a sucessão imperial para o seu neto (que também foi obrigado a suicidar-se). Tal decisão fez muito para confirmar a alienação mútua entre Adriano e o senado romano, que levaria, após sua morte, a uma tentativa fracassada do senado de invalidar seus atos, o que foi impedido por Antonino Pio. A hostilidade duradoura entre o senado e Adriano seria reconhecida pelo seu contemporâneo mais jovem, o senador, orador e correspondente de Marco Aurélio, Frontão, que comparava Adriano ao deus da guerra Marte e ao deus dos mortos Dis Pater - ambos deuses que se deve tentar apaziguar, mas sem poder realmente amá-los.
Como prova das políticas autoritárias de Adriano, deve ser assinalado que credita-se a ele a criação de um corpo de polícia política no Império Romano, os frumentários, cujos agentes foram destacados do corpo de funcionários imperiais dedicados à supervisão do abastecimento de trigo da cidade de Roma, daí seu nome em latim.
      
    

O Imperador Calígula foi assassinado há 1982 anos

   
Caio Júlio César Augusto Germânico (em latim Gaius Julius Caesar Augustus Germanicus; 31 de agosto de 12 d.C. - 24 de janeiro de 41), também conhecido como Caio César ou Calígula (Caligula), foi imperador romano de 16 de março de 37 até ao seu assassinato, em 24 de janeiro de 41. Foi o terceiro imperador romano e membro da dinastia júlio-claudiana, instituída por Augusto. Ficou conhecido pela sua natureza extravagante e cruel. Foi assassinado pela guarda pretoriana, em 41, aos 28 anos. A sua alcunha Calígula, que significa "botinhas" em português, foi posta pelos soldados das legiões comandadas pelo pai, que achavam graça em vê-lo mascarado de legionário, com pequenas caligae (sandálias militares) nos pés.
   
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A 24 de janeiro de 41, foi assassinado pelos executores de uma conspiração integrada por pretorianos e senadores, e liderados pelo seu prefeito do pretório, Cássio Quereia. O desejo de alguns conspiradores de restaurar a república viu-se frustrado quando, no mesmo dia do assassinato de Calígula, o seu tio Cláudio foi declarado Imperador pelos pretorianos. Uma das primeiras ações de Cláudio, como imperador, foi ordenar a execução dos assassinos do seu sobrinho. 
    

sexta-feira, novembro 11, 2022

Hoje é dia de São Martinho...!

Escultura de São Martinho no Mosteiro de Tibães

 

Martinho de Tours (em latim: Martinus Turonensis; Sabaria, Panónia, 316 - Condate, Gália, 397), foi um militar, monge e, mais tarde, bispo de Turonum (Tours), sendo considerado santo pela Igreja Católica.

 
São Martinho de Tours era filho de um tribuno e soldado do exército romano. Nasceu e cresceu na cidade de Sabaria, Panónia (atual Hungria), em 316, sob uma educação da religião dos seus antepassados, deuses mitológicos venerados no Império Romano. Aos 10 anos de idade, entrou para o grupo dos catecúmenos (aqueles que estão se preparando para receber o batismo). Aos 15 anos de idade, e contra a própria vontade, teve de ingressar no exército romano e dirigir-se para a Gália (região na atual França). Aos 18 anos abandonou o exército pois o cristianismo não era compatível com as suas funções militares. Foi batizado por Santo Hilário, bispo da cidade de Poitiers.
    
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Por curiosidade começou a frequentar uma Igreja cristã, ainda criança, sendo instruído na doutrina cristã, porem sem receber o batismo. Ao atingir a adolescência, para tê-lo mais perto de si, o seu pai alistou-o na cavalaria do exército imperial. Mas se o intuito do pai era afasta-lo da Igreja, o resultado foi o inverso, pois Martinho, continuava praticando os ensinamentos cristãos, principalmente a caridade. Depois, foi destinado a prestar serviço na Gália, hoje França.
Foi nessa época que ocorreu o famoso episódio do manto. Um dia um mendigo que tiritava de frio pediu-lhe esmola e, como não tinha, o cavaleiro cortou o seu próprio manto com a espada, dando metade ao pedinte. Durante a noite o próprio Jesus apareceu-lhe em sonho, usando o pedaço de manto que dera ao mendigo e agradeceu a Martinho por tê-lo aquecido no frio. Dessa noite em diante, ele decidiu que deixaria as fileiras militares para dedicar-se à religião.
Com vinte e dois anos já estava batizado, provavelmente pelo Bispo de Amiens, afastado da vida da corte e do exercito. Tornou-se monge e discípulo do famoso Bispo de Poitiers, Santo Hilário que o ordenou diácono. Mais tarde, quando voltou do exílio em 360, doou a Martinho um terreno em Ligugé, a doze quilómetros de Poitiers. Ali ele fundou uma comunidade de monges. Mas logo eram tantos jovens religiosos que buscavam sua orientação, que Martinho construiu o primeiro mosteiro da França e da Europa ocidental.
No ocidente, ao contrário do oriente, os monges podiam exercer o sacerdócio para que se tornassem apóstolos na evangelização. Martinho liderou então a conversão de muitos e muitos habitantes da região rural. Com seus monges visitava as aldeias pagãs, pregava o evangelho, derrubava templos e ídolos e construía igrejas. Onde encontrava resistência fundava um mosteiro com os monges evangelizando pelo exemplo da caridade cristã, logo todo o povo se convertia. Dizem os escritos que, nesta época, havia recebido dons místicos, operando muitos prodígios em beneficio dos pobres e doentes que tanto amparava.
Quando ficou vaga a diocese de Tours, em 371 o povo o aclamou por unanimidade para ser o Bispo. Martinho aceitou, apesar de resistir no início. Mas não abandonou a sua peregrinação apostólica, visitava todas as paróquias, zelava pelo culto e não desistiu de converter pagãos e exercer exemplarmente a caridade. Nas proximidades da cidade fundou outro mosteiro, chamado de Marmoutier. E a sua influência não se limitou a Tours, mas se expandiu por toda a França, tornando-o querido e amado por todo o povo.
Martinho exerceu o bispado por vinte e cinco anos e, aos oitenta e um, estava na cidade de Candes, quando morreu, no dia 8 de novembro de 397. A sua festa é comemorada no dia 11, data em que foi sepultado, na cidade de Tours.
Venerado como São Martinho de Tours, tornou-se o primeiro Santo não mártir a receber culto oficial da Igreja e tornou-se um dos santos mais populares da Europa medieval.
      

sexta-feira, outubro 28, 2022

A Batalha da Ponte Mílvia foi há 1710 anos

A batalha da Ponte Mílvia por Pieter Lastman, 1613
  
A Batalha da Ponte Mílvia ou Batalha da Ponte Mílvio (em latim: Pons Milvius; em italiano: Ponte Milvio) foi o último confronto travado no verão de 312, durante a Guerra Civil entre os imperadores romanos Constantino, o Grande (r. 306–337) e Magêncio (r. 306–312) próximo da ponte Mílvia, uma das várias sobre o rio Tibre, em Roma, a 28 de outubro. Constantino seria o vencedor da batalha e passaria desde então a trilhar o caminho que o levou a extinguir a Tetrarquia vigente e tornar-se o governante único do Império Romano. Magêncio, por outro lado, morreria afogado no Tibre durante o combate.
Num claro intento de apagar a memória de Magêncio (damnatio memoriae), Constantino revogou a sua legislação e deliberadamente apropriou-se dos projetos de construção realizados por ele, nomeadamente a Basílica de Magêncio e o Templo de Rómulo, que fora dedicado a seu filho Valério Rómulo. Constantino adotou uma postura de conciliação e não perseguiu os apoiantes de Magêncio que pertenciam ao senado; os senadores, por sua vez, concederam-lhe um título especial de "título do primeiro nome" e erigiram um arco triunfal com o seu nome. Além disso desmantelou a guarda pretoriana e a cavalaria imperial e estabeleceu as escolas palatinas.
Segundo os cronistas do século IV Eusébio de Cesareia e Lactâncio, a batalha marcou o começo da conversão de Constantino ao Cristianismo. Eusébio de Cesareia relata que Constantino e os seus soldados tiveram uma visão do Deus cristão prometendo-lhes a vitória caso eles exibissem o sinal do Qui-Ró, as duas primeiras letras do nome de Cristo em grego, nos seus escudos. O Arco de Constantino, erigido para celebrar esta vitória, atribui nos seus relevos e inscrições esta à intervenção divina.
  
  

quarta-feira, agosto 24, 2022

Pompeia foi destruida pelo Vesúvio há 1943 anos

 
Pompeia foi outrora uma antiga cidade do Império Romano situada a 22 quilómetros da cidade de Nápoles, na Itália, no território do atual município de Pompeia. A antiga cidade foi destruída durante uma grande erupção do vulcão Vesúvio em 24 de agosto do ano 79 d.C.
     
    
A antiga cidade foi destruída durante uma grande erupção do vulcão Vesúvio no ano 79, que provocou uma intensa chuva de cinzas que sepultou completamente a cidade. Ela manteve-se oculta durante cerca de dezasseis séculos, até ser reencontrada, por acaso, em 1748. Cinzas e lama protegeram as construções e objetos dos efeitos do tempo, moldando também os corpos das vítimas, o que fez com que fossem encontradas do modo exato como foram atingidas pela erupção. Desde então, as escavações proporcionaram um sítio arqueológico extraordinário, que possibilita uma visão detalhada na vida de uma cidade dos tempos da Roma Antiga.
Classificada como Património Mundial pela UNESCO, juntamente com Herculano e Torre Annunziata, Pompeia é uma das atrações turísticas mais populares da Itália, com aproximadamente 2.500.000 visitantes por ano.
    
   
A erupção do Vesúvio em 79 foi uma das mais conhecidas e catastróficas erupções vulcânicas de todos os tempos. Nas cercanias as cidades romanas de Pompeia, Herculano, Estábia e Oplontis foram afetadas, com Pompeia e Herculano sendo completamente destruídas. O Vesúvio espalhou uma nuvem mortal de rochas, cinzas e gases que chegou a uma altura de mais de 30 quilómetros, cuspindo lava e pedra-pomes a uma proporção de 1.5 milhão de toneladas por segundo e libertando no total uma energia térmica centenas de milhares de vezes maior do que a do bombardeamento de Hiroshima.
Estima-se que 16.000 cidadãos de Pompeia e Herculano morreram devido ao fluxo piroclástico hidrotermal de temperaturas superiores a 700 °C. Desde 1860, quando escavações sistemáticas passaram a ser realizadas em Pompeia, os arqueólogos descobriram nos limites da cidade as cascas petrificadas dos corpos decompostos de 1.044 vítimas.
 

sexta-feira, agosto 19, 2022

César Augusto, o primeiro Imperador Romano, morreu há 2008 anos

  
Caio Júlio César Otaviano Augusto (em latim Gaius Iulius Caesar Octavianus Augustus; 23 de setembro de 63 a.C. - 19 de agosto de 14 d.C.) foi um patrício e o primeiro imperador romano.
Herdeiro e filho adotivo de Júlio César, chegou ao poder através do segundo triunvirato, formado com Marco António e Lépido. Após a deterioração da relação entre os três homens e a batalha de Áccio, onde Marcos Vipsânio Agripa, seu general e amigo pessoal, derrotou António, Augusto tornou-se o único governante de Roma. Foi o Imperador com maior tempo de mandato de Roma, com 44 anos.
 
Nascido em Roma, com o nome de Caio Octaviano Júlio Turino (Gaius Octavianus Iulius Thurinus), pertencia a uma das famílias mais abastadas da aristocracia romana, tendo parentesco somente e com diversas famílias patrícias, e portanto, nobres. O seu avô tinha sido banqueiro e o pai, Caio Octaviano Turino, em latim: Gaius Octavianus Thurinus, foi edil, pretor e senador em Roma e, mais tarde, procônsul na Macedónia. Átia, sua mãe e sobrinha de Júlio César, casou com o nobre Felipe, senador de certo reconhecimento no senado romano. Apesar do reconhecimento, Felipe era pouco influente e sua família estava fora dos círculos aristocráticos de Roma, e a única hipótese de progressão política era o tio-avô, Júlio César, então o homem mais poderoso de Roma. Este, interessando-se pela carreira do sobrinho-neto, deu-lhe educação aprimorada. Júlio César orgulhava-se do jovem, apresentando-o no Colégio de Pontífices, principal sacerdócio romano, quando tinha apenas 16 anos. Quando César, que adotara Otaviano como filho em testamento, foi assassinado por um grupo de senadores, em 15 de março de 44 a.C., Otaviano estava na Ilíria, servindo no exército. Ao retornar a Itália, foi informado de que era o herdeiro adotivo de César.
Começa então a busca de Otaviano pelo poder. Nessa época, adotou a efige de Filho de Deus (Divi filius, em latim). O termo aparece daí para frente em moedas com a efígie de Otávio (ele queria que o seu pai adoptivo, Júlio César fosse glorificado como um deus e ele próprio fosse considerado uma figura divina). O assassinato de César havia deixado Roma em uma situação caótica. Otaviano decidiu vingar o seu pai adotivo e assegurar a sua própria posição. Otaviano então parte para Roma. Ao chegar em Brundisium (atual Brindisi), a Décima Segunda Legião jura lealdade a Otaviano e, em discurso às tropas, ele declara ser filho adotivo de Júlio César. Em Roma, Marco António, ambicioso companheiro de César, pede o controle das tropas de Otaviano em troca de proteção e privilégios políticos, mas ele recusa. Otaviano reivindicara a sua herança, apesar do perigo que corria, e lutou por ela contra António, que se apropriara do dinheiro e dos papéis de César. Pagou com uma parte da fortuna de sua família, os legados do testamento e presidiu aos jogos em memória de César. Alia-se com Cícero, o qual começa a elogiar Otaviano no senado e atacar Marco António.
Revoltado com a aliança, Marco António acusa publicamente Otaviano de planear o seu assassinato. Otaviano publica então uma resposta ridicularizando a acusação. Otaviano une-se a Bruto dos Júnios contra António, que simplesmente junta todas as tropas que pode e fecha o cerco sobre Décimo Bruto em Modena.
Enquanto Marco António se ocupava com a guerra, Otaviano marcou uma audiência no Templo de Castor. O tribuno Tito Canúcio falou primeiro, atacando Marco António. Logo depois, Otaviano começou seu discurso, que foi muito mal-aceito. Otaviano, que derrotara António em Modena, exige o consulado (a que não tinha direito, dada sua pouca idade). Agripa contornou a situação, mas os senadores romanos deixaram de apoiar Otaviano. Na mesma noite, Otaviano foi obrigado a fugir de Roma.
Temporariamente estabeleceu-se na Sabina, onde reuniu o seu estado-maior e logo depois foi para Arezzo, onde recrutou tropas para invadir Roma pela força das armas.
Otaviano marchou sobre Roma e impôs a própria investidura como cônsul (19 de agosto de 43 a.C.). Fez a Corte sancionar a sua adoção (ver adopção em Roma) por Júlio César, tornando-se Caio Júlio César Otaviano (Gaius Julius Caesar Octavianus) e passou a ser conhecido como Otaviano. António, entrementes, aliara-se ao general Marco Emílio Lépido, governador da Gália.

O segundo triunvirato
Otaviano sela a paz com António e Lépido e formaram, no final de 43 a.C. o segundo triunvirato para governar as províncias romanas, que o senado reconheceu (por cinco anos). Seguiu-se a repressão: os trezentos senadores e dois mil cavaleiros, oponentes dos triúnviros, foram proscritos e numerosas propriedades confiscadas. Entre eles, estava o orador Cícero.
Otaviano e Marco António começaram uma campanha contra os líderes do assassinato de César, os republicanos Marco Júnio Bruto e Caio Cássio Longino, que culminou com o suicídio de ambos em 42 a.C., depois da sua derrota na Macedónia (batalha de Filipos). Para recompensar as legiões, Otávio confiscou as terras de 18 cidades italianas. O descontentamento resultante foi explorado pelos amigos de António. Ajudado por Agripa, grande chefe militar, Otaviano tomou Perugia (40 a.C.) e silenciou os seus adversários.
Aproximadamente no ano 40 a.C., o controle do mundo romano foi dividido entre os triúnviros com os os acordos de Brindisi. Otaviano assumiu a maior parte das províncias ocidentais, Marco António as orientais e Lépido, a África. Marco António e Otávio, que disputavam o controle da Itália, resolveram suas diferenças e, para selar o acordo, no ano 37 a.C., o segundo entregou sua irmã Otávia em matrimónio ao primeiro. Inaugurou-se, então, uma era de paz e em 37 a.C., o triunvirato foi renovado por mais cinco anos. Restava a ameaça de Sexto Pompeu, filho de Cneu Pompeu Magno e o último opositor importante do triunvirato. Com uma esquadra fornecida por António, Otávio derrotou-o em Nauloque, na Sicília (36 a.C.). Pouco depois, sem consultar António, que estava no Oriente lutando contra o Império Parta, Otaviano afasta Lépido do poder, deixando-lhe apenas a dignidade pontifícia.
Finalmente, o triunvirato foi dissolvido quando Marco António devolveu Otávia a Roma e pouco depois desposou Cleópatra, a quem Júlio César tinha nomeado rainha do Egito. Mediante o reconhecimento de Cesarión - Ptolomeu XV - filho de Cleópatra e César, como seu co-dirigente, Marco António, que permanecera no Egito e se instalara como potentado oriental, ameaçou a posição de Otaviano como único sucessor de César e a guerra tornou-se inevitável. Otaviano consolidou a sua situação, pacificou a Ilíria e contribuiu para a prosperidade romana, com o desenvolvimento da agricultura. As campanhas orientais de António serviram de pretexto para que Otávio proclamasse a traição do adversário e sua intenção de formar um reino independente de Roma. Esta declarou guerra ao Egito e Otaviano foi nomeado cônsul para combater António e Cleópatra, cujos exércitos foram vencidos na batalha de Áccio (31 a.C.). Depois da derrota, o território egípcio foi incorporado por Roma. No ano seguinte, Marco António e Cleópatra suicidaram-se e Cesarión foi assassinado. No ano 29 a.C., Otaviano voltou para Roma triunfalmente como senhor único do poder e recebeu, com o nome de Augusto (27 a.C.), os poderes repartidos até então entre os magistrados.

O primeiro cidadão
Apesar de assumir o poder, Otaviano não aceitou a ditadura. Temendo ser vítima da mesma sorte de Júlio César, abdicou solenemente de todos os poderes extraordinários (exceto o consulado) e propôs um novo regime, de compromisso - o principado - que centralizava o poder em torno de si mas mantinha as formas tradicionais da república romana. Longe de destruir as antigas magistraturas, assumiu-as quase todas e fez-se reeleger cônsul, sem interrupção, até o ano 23 a.C.. Na aparência, não passava, então, de um magistrado como os outros. Era apenas o primeiro, isto é, princeps, em autoridade.
O senado concedeu-lhe muitos títulos e poderes de que já tinham desfrutado diferentes funcionários da república. No ano 36 a.C., recebeu a concessão de inviolabilidade de um tribuno plebeu e, em 30 a.C., recebeu os poderes de um tribuno, com o qual passou a ter o poder de veto e controle sobre as assembleias. O senado também lhe concedeu a máxima autoridade nas províncias.
Em 29 a.C., recebeu o título de imperator (comandante-em-chefe das forças armadas). Em 28 a.C., recebeu o título de princeps senatus. No ano 27 a.C., o senado romano deu a Otaviano o título de augusto - "consagrado" ou "santo" - que mais tarde se converteu em sinónimo de imperador. O título passou desde então a identificar seu próprio nome e como "augusto" tem sido reconhecido pela história. A partir do ano 23 a.C., Augusto renunciou também ao consulado, guardando apenas a qualidade tribunícia, que lhe foi conferida em caráter vitalício. Morto Lépido, tornou-se máximo pontífice, com controle sobre a religião, a pedido do povo. O seu poder era, assim, fundado de certo modo no consentimento geral. Apesar da sua preeminência, como bem o mostram os títulos de príncipe ou primeiro cidadão e imperador, Augusto teve o cuidado de não levar demasiado longe as prebendas da monarquia, porém a sua autoridade era de facto a de um monarca absoluto.
Após a batalha de Filipos, Otaviano conheceu o poeta Virgílio e passou a financiar sua arte. Além de Virgílio, o historiador Tito Lívio, o arquiteto Vitrúvio, os poetas Horácio e Ovídio foram protegidos por Augusto e pelo seu ministro Mecenas. Por isso, no plano cultural o século de Augusto foi muito produtivo e cheio de promessas criadoras, inaugurando uma época clássica para a arte europeia, um classicismo latino que, ainda na Renascença, mil anos depois, estava dando frutos. Augusto fundou bibliotecas públicas; a literatura latina, primitivamente, influenciada pelos gregos, adquiriu independência e se tornou uma das mais brilhantes do mundo ocidental.
Conservador e austero, Augusto fez um governo de ordem e hierarquia. Lutou contra a decadência dos costumes, reorganizou a administração e as forças armadas, tornando-as permanentes e fixando-as nas fronteiras. Como adepto das virtudes romanas em tempos em que era cada vez maior a tolerância, tentou controlar a moral pública mediante a aprovação da lei suntuária e do casamento. Criou organismos governamentais (conselho do príncipe, prefeitos), dividiu Roma em 14 regiões, para facilitar o censo e a cobrança de impostos, reorganizou a administração das províncias, dividindo-as em províncias senatoriais e províncias imperiais, medidas que tiveram como resultado o aumento da centralização. Em Roma e na Itália esforçou-se para fazer reviver as virtudes esquecidas das antigas tradições e religião. Deu privilégios aos pais de família e combateu o celibato. Construiu o fórum de Augusto que leva seu nome e, no campo de Marte, ergueu as primeiras termas, o Panteão de Roma e outros templos. O seu amor pela arquitetura foi revelado pelo seu orgulho em "ter encontrado Roma com tijolos e a ter deixado coberta de mármore". Elevaram-se templos à deusa Roma e a Augusto em todo o império. No âmbito económico, fomentou o desenvolvimento da agricultura na Itália e saneou as finanças do Estado.
Ordenou expedições militares, geralmente bem sucedidas, à Hispania, à Récia, à Panónia, à Germânia (onde, entretanto, seu lugar-tenente Varo foi derrotado), à Arábia, à Arménia, à África. Pacificou a Hispânia e os Alpes, conseguiu a anexação da Galácia e da Judeia e conquistou, graças a Tibério, as terras austríacas do Danúbio, que formaram as províncias de Récia e Vindelícia, mas a sua campanha na Germânia fracassou. Tibério debelou uma insurreição na Ilíria e os germanos, liderados por Armínio, aniquilaram Varo e três legiões, na Batalha da Floresta de Teutoburgo.
Augusto casou três vezes. A sua terceira esposa foi Lívia Drusilla, que já tinha dois filhos, Tibério e Druso, de um matrimónio anterior. Augusto, por sua vez, tinha uma filha, Júlia, também de um matrimónio anterior.
A tentativa de Augusto de conseguir um grande sucessor fracassou, pois o seu sobrinho Marcelo morreu jovem. Agripa, cujo casamento com sua filha Júlia ele tinha forçado, morreu em 12 a.C. Os filhos menores de Agripa morreram em 2 e 4 da era cristã. Druso e Júlia também faleceram. Restava Tibério. Adotando-o, Augusto deu-lhe participação cada dia mais ativa nos negócios do Estado. A partir de 13 d.C., Tibério tinha poderes quase iguais aos do imperador. Quando Augusto morreu, em Nola, na Campânia, em 19 de agosto do ano 14, já era o enteado quem de facto governava Roma.
A obra de Augusto foi imensa, tanto na paz como na guerra. Os quarenta anos do principado de Augusto marcaram uma das épocas mais brilhantes da história romana ("século de Augusto"). O mês Agosto foi baptizado como Augustus em sua homenagem; até então designava-se Sextilis. Após a morte de Augusto, o senado romano decretou a sua divinização, passando a ser adorado como "Divus Augustus" ("Divino Augusto"), e abrindo um precedente em Roma que seria seguido pela maioria dos seus sucessores.
Tanto os escritores antigos como os mais recentes discordam quanto à importância de Augusto. Alguns condenaram a sua cruel luta pelo poder. Outros, dentre os quais se inclui o fiel partidário da república, Públio Cornélio Tácito, reconhecem as suas boas ações como dirigente. Às vezes, os pesquisadores atuais criticam os seus métodos pouco escrupulosos e o seu estilo autoritário, mas normalmente reconhecem suas realizações no estabelecimento de uma administração eficiente e um governo estável, bem como na obtenção de segurança e prosperidade para o Império Romano.
          

quarta-feira, julho 13, 2022

Júlio César nasceu há 2122 anos

       
Caio Júlio César (em latim: Caius ou Gaius Iulius Caesar ou IMP•C•IVLIVS•CÆSAR•DIVVS; Roma, 13 de julho, 100 a.C. – Roma, 15 de março de 44 a.C.), foi um patrício, líder militar e político romano. Desempenhou um papel crítico na transformação da República Romana no Império Romano.
As suas conquistas na Gália estenderam o domínio romano até o oceano Atlântico: um feito de consequências dramáticas na história da Europa. No fim da vida, lutou numa guerra civil com a fação conservadora do senado romano, cujo líder era Pompeu. Depois da derrota dos optimates, tornou-se ditador (no conceito romano do termo) vitalício e iniciou uma série de reformas administrativas e económicas em Roma.
O seu assassinato, nos idos de março de 44 a.C. por um grupo de senadores, travou o seu trabalho e abriu caminho a uma instabilidade política que viria a culminar no fim da República e início do Império Romano. Os feitos militares de César são conhecidos através do seu próprio punho e de relatos de autores como Suetónio e Plutarco.
     
       

quarta-feira, março 16, 2022

Tibério, o segundo Imperador romano, morreu há 1985 anos

    
Tibério Cláudio Nero César (em latim Tiberius Claudius Nero Cæsar; 16 de novembro de 42 a.C.16 de março de 37 d.C.), foi imperador romano 18 de setembro de 14 até à sua morte, a 16 de março de 37. Era filho de Tibério Cláudio Nero e Lívia Drusa. Foi o segundo imperador de Roma pertencente à dinastia júlio-claudiana, sucedendo ao padrasto Augusto. Foi durante o seu reinado que, na província romana da Palestina, Jesus foi crucificado.
  
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O assassinato de Sejano e os julgamentos por traição prejudicaram a reputação de Tibério. Após a queda de Sejano, a retirada de Tibério foi completa; o Império continuar a funcionar através da inércia burocrática estabelecida por Augusto, em vez de ser dirigido pelo princeps. Tibério tornou-se completamente paranoico e passou cada vez mais tempo isolado após a morte do seu filho. Enquanto Tibério estava retirado, segundo Suetónio, os partos iniciaram uma breve invasão, e as tribos dácias e as tribos germânicas do rio Reno realizavam incursões em território romano.
Tibério não fez disposições para garantir uma sucessão pacífica. Após a morte de muitos dos Júlios, dos seus partidários e do seu próprio filho, os únicos candidatos sérios para o suceder eram o seu neto Tibério Gemelo e o filho de Germânico, Calígula. Apesar de tudo, Tibério continuou sem fazer nenhuma disposição sucessória e somente há notícias de uma tentativa no final da sua vida para nomear Calígula questor honorário.
Tibério faleceu em Miseno a 16 de março de 37 d.C. aos 77 anos. Segundo Tácito, a morte do imperador foi recebida com entusiasmo entre o povo romano, para somente silenciar-se repentinamente quando teve notícias da sua recuperação e voltar a regozijar-se quando Calígula e Macro o assassinaram.
    
A morte de Tibério - Jean-Paul Laurens, 1864
   

terça-feira, março 15, 2022

Júlio César foi assassinado há 2066 anos - ditadores acautelai-vos com os idos de março...

  
Caio Júlio César
(em latim: Caius ou Gaius Iulius Caesar ou IMP•C•IVLIVS•CÆSAR•DIVVS; Roma, 13 de julho, 100 a.C. – Roma, 15 de março de 44 a.C.), foi um patrício, líder militar e político romano. Desempenhou um papel crítico na transformação da República Romana no Império Romano.
As suas conquistas na Gália estenderam o domínio romano até o oceano Atlântico: um feito de consequências dramáticas na história da Europa. No fim da vida, lutou numa guerra civil com a fação conservadora do senado romano, cujo líder era Pompeu. Depois da derrota dos optimates, tornou-se ditador (no conceito romano do termo) vitalício e iniciou uma série de reformas administrativas e económicas em Roma.
O seu assassinato, nos idos de março de 44 a.C. por um grupo de senadores, travou o seu trabalho e abriu caminho a uma instabilidade política que viria a culminar no fim da República e início do Império Romano. Os feitos militares de César são conhecidos através do seu próprio punho e de relatos de autores como Suetónio e Plutarco.
     
      

segunda-feira, março 07, 2022

O domingo passou a ser oficialmente dia de descanso há 1701 anos

Cabeça de bronze de Constantino, de uma estátua colossal (século IV)
  
O chamado Édito de Constantino foi uma legislação do imperador romano Constantino I, proclamada em 7 de março de 321. O seu texto reza:
"Que todos os juízes, e todos os habitantes da Cidade, e todos os mercadores e artífices descansem no venerável dia do Sol. Não obstante, atendam os lavradores com plena liberdade ao cultivo dos campos; visto acontecer amiúde que nenhum outro dia é tão adequado à semeadura do grão ou ao plantio da vinha; daí o não se dever deixar passar o tempo favorável concedido pelo céu." (in Codex Justinianus, lib. 13, it. 12, par. 2.)
O decreto apoiou à adoração do Deus-Sol (Sol Invictus) no Império Romano. As religiões dominantes nas regiões do império eram pagãs, e em Roma, era notável o Mitraísmo, especificamente o culto do Sol Invictus. Os adeptos do Mitraísmo reuniam-se ao domingo. Os judeus, que guardavam o sábado, estavam sendo perseguidos sistematicamente nesse momento, por causa das guerras judaico-romanas e, por essa razão, o édito de Constantino, é considerado muitas vezes anti-semita.
Embora alguns cristãos usassem o decreto como apoio à guarda do domingo, para tentar solucionar a polémica de guardar o sábado ou o domingo na Igreja Cristã, na realidade, o decreto não se aplica aos cristãos ou judeus. Por uma questão estreitamente relacionada, Eusébio afirma que: "Por sorte não temos nada em comum com a multidão de detestáveis judeus, por que recebemos de nosso Salvador, uma dia de guarda diferente." Embora isso não indique uma mudança do dia de guarda no cristianismo, pois na prática o édito não favorece um dia diferente para o descanso religioso, inclusive o sábado judaico. Este édito fazia parte do direito civil romano e na sua religião pagã, e não era um decreto da Igreja Cristã ou se estendia as religiões abraâmicas. Somente no ano de 325, no Primeiro Concílio de Nicéia, o domingo seria confirmado como dia de descanso cristão, e a guarda do sábado abolida no Concílio de Laodicéia.
   

quinta-feira, janeiro 27, 2022

Trajano tornou-se Imperador, sucedendo a Nerva, há 1924 anos

     
Marco Coceio Nerva (em latim: Marcus Cocceius Nerva, 8 de novembro de 30 - 27 de janeiro de 98), foi imperador romano de 96 até à sua morte em 98.
Este reputado senador esteve ao serviço do Império durante os reinados de Nero, Vespasiano, Tito e Domiciano. Com Nero foi membro do séquito imperial e desempenhou um papel de destaque na descoberta de uma conspiração contra o imperador, orquestrada pelo senador Caio Calpúrnio Pisão (65). Foi recompensado com dois consulados, com Vespasiano em 71 e com Domiciano em 90. Sendo este assassinado, a 18 de setembro de 96, o senado ao dia seguinte elegeu e aclamou um de seus membros, Nerva, imperador. Como novo monarca jurou restaurar os direitos que foram abolidos ou simplesmente obviados durante o reinado de Domiciano. Contudo, a sua administração foi pontuada por problemas financeiros e pela sua falta de habilidade para tratar com as tropas. Uma rebelião da guarda pretoriana em 97 quase o forçou a adotar o popular Trajano como herdeiro e sucessor. Nerva faleceu de morte natural a 27 de janeiro de 98. À sua morte foi sucedido pelo seu filho adotivo, Trajano.
Embora se desconheça grande parte da vida de Nerva, é considerado pelos historiadores antigos como um imperador sábio e moderado, interessado no bem-estar económico, procurando reduzir as despesas do governo. Esta opinião foi confirmada pelos historiadores modernos, um dos quais, Edward Gibbon, chama a Nerva e aos seus quatro sucessores, os "cinco bons imperadores". A adoção de Trajano como herdeiro finalizou com a tradição dos anteriores imperadores, que nomeavam algum dos seus parentes como filho adotivo, caso não lhe sucedessem os seus próprios filhos.
    
    
  
     
  
Marco Úlpio Nerva Trajano (em latim: Marcus Ulpius Traianus; 18 de setembro de 53 - 9 de agosto de 117) nasceu em Itálica (atual Santiponce), na Bética, no sul da Hispânia, perto de Híspalis (a atual Sevilha) em 53 d.C. Foi imperador romano de 98 a 117. Durante a sua administração, o Império Romano atingiu a sua maior extensão territorial graças às conquistas de leste. Trajano também é notado pelos seus extensos programas de obras públicas e as políticas sociais implementadas durante o seu reinado.