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terça-feira, setembro 21, 2010

Reflexão interessante sobre a Escola Pública e as reais possibilidades de escolha do estabelecimento de ensino

As famílias a escolher a escola ou as escolas a escolher os alunos?


A minha mãe faleceu há cerca de 2 meses. Dedicou parte substancial da sua vida a educar-me e ao meu irmão e ao ensino, actividade em que atravessou as décadas de 60, 70, 80 e 90.

Nestas últimas semanas dei por mim, muitas vezes a pensar nela, como é compreensível. Tenho a certeza de que se me visse deprimido e a patinar nos rumos que ajudou a traçar para a minha vida eu já estaria a sentir comichões intensas nas orelhas ou no nariz ou outros qualquer sintoma para contrariar isso. A minha mãe tinha, além de tudo, um sentido de humor discreto mas uma ironia mordaz (que, sem o seu equilíbrio feminino, eu potenciei, na mordacidade, que não na ironia). E, por isso, lembrá-la passa por lembrar como pensava e como agia.

Estava a ver o Prós & Contras na RTP sobre a revisão constitucional e a lembrar-me de como ela reagiria ao ver o debate sobre a “liberdade de educação” e “livre escolha de escola”. De Miguel Macedo registaria a hipocrisia de falar dos contratos de associação de escola (que existem nos sítios onde não há escolas públicas e o Estado paga tudo) e de Jorge Lacão a ignorância sobre a realidade do sistema. (Como ela diria, e eu repito desde que a ouvi dizer, toda a gente acha que percebe de escola só porque andou numa, mas eu não percebo de blocos cirúrgicos só porque fui operada….).

A minha escola escolhida

Para perceberem como o tema me toca, conto-vos a história da minha chegada à escola. Cresci na periferia em alargamento de Viana do Castelo, nos anos 70/80, numa zona em que durante a minha infância se passou dos castanheiros e juntas de bois (ainda as vi a circular na estrada) aos prédios e cafés de bairro. A escola da minha área de residência era a escola primária da Abelheira (hoje encerrada), rural, cheia de árvores e com o wc mais horrendo que já vi, frequentada pelos miúdos que moravam na encosta da Abelheira. Ficava a 10 minutos a pé de casa, a subir, que eu percorri nesses anos a dar pontapés nas castanhas e a desviar-me da bosta. Dos meus colegas de sala muito poucos (talvez 2 ou 3 chegaram) ao 12º ano.

Lembro-me de a minha mãe dizer que não teria sido difícil “escolher outra escola na cidade” e fugir à obrigação da residência. A escola onde trabalhava ficava ao lado da escola do Carmo e na família havia moradas que davam para me inscrever na Escola da Avenida. Mas a minha Mãe acreditava na escola pública e na ideia de um interesse público superior ao interesseirismo individual e isso implica respeitar as regras. E andei nessa escola e fui muito feliz. Não me tornei mais ignorante, por isso, e antes pelo contrário adquiri alguma sabedoria prática no meio das árvores e dos meus colegas.

Se morava ali ía para a escola do sítio. Na sua concepção quem usava o serviço público deveria ater-se às suas regras, quem quer escolher, em alternativa ao que o Estado dá, paga a escolha. Se o Estado dá e paga tem o direito de regular o acesso.

De certa maneira a minha mãe escolheu de acordo com o seu modelo de sociedade.

E eu concordo com a ideia. Na minha rua muito poucos foram para a escola rural dos meninos que não chegaram à faculdade. Dos filhos dos amigos da minha mãe, nossos vizinhos, nenhum andou aí, mas chegaram lá. E eu cheguei à faculdade porque a minha família elegia a educação como objectivo primordial para se gastar o dinheiro que havia: a minha mãe costumava dizer que a única coisa verdadeiramente sua era a formação que tinha. Tudo o resto podia perder-se….


Conselhos aos liberais da livre escolha de escola

E isto para dizer que quem hoje defende a liberdade de escolha de escola devia meditar mais em alguns aspectos:

- o primeiro é o território (Portugal não é igual a Lisboa e Porto e, por isso, alguns raciocínios sobre isto esquecem que o contexto da medida liberalizadora não serão só zonas metropolitanas, onde há muito por onde escolher);

- o segundo é a desigualdade de partida (os meninos que não chegaram à faculdade da minha escola, não chegaram porque o seu destino estava traçado pela desigualdade social que tinham à entrada). Eu tive livros, aprendi a ler em casa, “não guardava outras cabras”, como a minha avó dizia quando eu preguiçava e ela me lembrava que havia meninos, nos seus tempos de professora, que antes das aulas as pastoreavam (anos depois conheci alguns assim em Vila Nova de Cerveira). Comia bem, dormia em cama fofa e quentinha, ninguém me batia e brincava e estudava em conforto.

- o terceiro, os aspectos práticos - Como será se o dinheiro for dado às famílias para a escolha e se esquecerem de pagar a escola (no turbilhão do endividamento)?

- o quarto, as regras de acesso - E aqueles que ficarem nas escolas que sobram depois de todos escolherem e esgotarem as vagas das “boas” escolas? Vão ficar pior.

O problema da escolha pelas escolas. O acesso vs. a escolha

Costumo lembrar isso quando vejo na TV gente na “fila para a senha para ir para a fila da inscrição” no colégio XPTO no Porto ou em Lisboa ….. Curiosamente nas entrevistas da televisão nunca aparece o pai banqueiro ou o pai advogado de topo….. devem ter tirado a senha antes…..

Mas onde iriam os rankings e os brilhantes resultados se todas as escolas estivessem obrigadas à regra da residência que hoje abrange as públicas. Isto é, imaginem o colégio Luso-Francês no Porto a receber na sua lotação, primeiro, os alunos do bairro camarário vizinho e depois os que o escolhem de fora da área de residência.

A escolha de escola é uma falácia, sem haver regras invioláveis e blindadas para o excesso de lotação que impliquem que ninguém é excluído pela sua origem social (ou até étnica).

Muitos se ofenderão com a comparação, mas onde há clientes indesejados há sempre o mecanismo de dizer que o estabelecimento está cheio (e se ninguém for contar, essa desculpa fica de pé). Só fui barrado 2 vezes em discotecas, mas a desculpa foi sempre estar cheia e nunca “és feinho e baixinho….”.

O cigano ou beneficiário do RSI que queira escolher uma escola das boas há-de sempre chegar quando ela já estiver cheia…. E não me venham com a hipocrisia de que há escolas privadas com “programas para ensinar pobrezinhos”. Talvez a minha expressão seja injusta mas a verdade é que uma andorinha não faz a primavera …..

Como um brilhante e provocatório texto de Henrique Raposo lembrava no Expresso, este problema de acesso já existe no ensino público (com o que ele chamava “os liceus geridos por pessoas de bem”).

E essa questão do acesso e as suas regras é que é o problema.

Alguns sectores da sociedade portuguesa, invocando uma comparação limitada e torcida com o resto da Europa (em que nunca falam deste problema do acesso e de como ele é bem ou mal resolvido), vêm agora falar da escolha de escola.

O discurso é falso. Aquilo de que falam é de o Estado pagar a escola das classes médias altas que escolheram recusar a pública (que estará pior, também porque as classes médias-altas metropolitanas e urbanas de lá saíram, e se criaram em, alguns sítios, escolas gueto ou tendencialmemte guetizadas).

Se isso avançar, havemos de ter ainda mais portugueses, dirigentes políticos e administrativos, que não entendem, nem querem entender a pobreza, porque simplesmente nunca a viram realmente. Ou que são racistas porque foram criados em berço de ouro e turmas de roupa de marca não comprada na feira. Criados entre pessoas da sua “classe” e “estatuto” vão mesmo aceitar que pobreza é fatalidade ou que a culpa é dos pobres e da sua falta de iniciativa.

Os meninos que ainda hoje deixam a escola porque o seu destino está traçado antes de lá chegarem não precisam que o Estado desvie dinheiro para pagar a escolha que alguns deles não terão quem faça. Precisam é de escola pública (e eu também não digo estatal) com mais gestão comunitária, com mais apoios educativos e atenção aos reflexos da origem social e com menos burocracia perturbadora e hiperreguladora do senso educativo de quem lá trabalha. E quem quer escolher outra escola que pague….

Ou, como sou benevolente, de acho graça a cenários absurdos de acontecer, em alternativa, que todas as escolas privadas abrangidas pela generalização de escolha sejam obrigadas sob pena de encerramento a aceitar, pelo preço que o Estado gasta hoje nas públicas, primeiro, todos os alunos que residam num raio de kms curtos a determinar e só depois os outros. Imaginem os moradores do Cerco do Porto nos colégios privados da zona das Antas ou da Circunvalação ou os moradores de Vila d’Este nos colégios de Gaia…. (e, como se vê, sou do Norte). Belos rankings teríamos então e rapidamente teríamos a associação dos colégios a querer mais dinheiro (e lá se ía a milagrosa economia que agora é apresentada).

Porque afinal estamos a falar de escolha de escola pelas famílias ou de escolha das famílias pela escola?

Há problemas de gestão na escola pública (sei-o bem). Mas para acabar com eles é preciso acabar com um elemento da nossa matriz cultural e criar uma nova área de negócio que agravará a perda de capacidade de intervenção pública na educação? E nem falemos dos problemas futuros da confessionalidade paga pelo Estado ou das oportunas transferências dos alunos que vão estragar a escrita no exame….

Num país desigual como é Portugal a livre escolha não vai ser livre mas será até muito condicionada por factores estruturais da sociedade….

A melhor homenagem que farei à minha Mãe, produto da sua escola pública que sou, é que os seus netos estudem nela: numa escola pública tão exigente como a sua foi e mais igualitária do que a minha pode ser.


in vistodaprovincia - post de Luís Sottomaior Braga

segunda-feira, agosto 23, 2010

O Ministério da Anarquia - notícia do Público

Início do ano lectivo
Escolas abrem sem regulamentos internos adaptados ao novo Estatuto do Aluno


"Vai ser um início de ano de loucos", diz o presidente da ANDAEP


O ano lectivo vai arrancar sem que as escolas tenham os regulamentos internos adaptados ao novo Estatuto do Aluno, que ainda nem foi promulgado. Segundo as associações de directores, é necessário entre “um a dois meses” para concluir o processo.

O diploma foi aprovado em votação final no Parlamento a 22 de Julho e enviado para promulgação pelo Presidente da República a 6 de Agosto. Fonte do Palácio de Belém disse à Lusa que “ainda não há qualquer decisão” por parte de Cavaco Silva.

O presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares sublinha que este tipo de documentos, para entrar em vigor no próximo ano lectivo, deveriam chegar às escolas até ao final de Maio, para que haja “um tempo razoável” para a adaptação às novas orientações.

“Para que se façam as adaptações de forma conscienciosa, com critérios, com rigor e para que se encontrem as soluções mais razoáveis é necessário entre um a dois meses”, estima Pedro Araújo, lembrando que as alterações ao regulamento interno necessitam de parecer do conselho pedagógico e aprovação do conselho geral.

Segundo o responsável, sempre que o limite de final de Maio for ultrapassado, as escolas ficam “impedidas” de tomar as melhores decisões, o que, alerta, poderá trazer “prejuízos” para escolas e alunos.


Escolas terão “tempo necessário”

Questionado pela Lusa, o Ministério da Educação sublinhou que será “solicitado oportunamente” às escolas que procedem às adaptações necessárias, garantindo que os estabelecimentos de ensino terão “o tempo necessário”.

Também o presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) garante que as escolas já não vão a tempo de regulamentar o Estatuto do Aluno e estima que o processo só esteja pronto no final do primeiro período.

“Os regulamentos internos só vão estar adaptados no final do primeiro período. As alterações implicam uma regulamentação muito bem pensada”, defende Adalmiro Botelho da Fonseca.

Mesmo que o diploma saia em Diário da República nas próximas semanas, Pedro Araújo garante que no primeiro dia de aulas “nenhuma” escola terá o regulamento interno adoptado, pelo que directores, conselhos pedagógicos e conselhos gerais vão ter de trabalhar “em cima do joelho”.

 
Período de transição

“As escolas ou iniciam o ano com o anterior estatuto enquanto estudam o novo, apesar de entrar em vigor no dia seguinte ao da publicação, ou então vão ter de trabalhar em cima do joelho. Mas terá sempre de haver um período de transição”, sublinha Pedro Araújo, director da Escola Secundária de Felgueiras.

Segundo a tutela, no início do ano lectivo vale “o que já se encontra consignado” nos regulamentos internos, desde que “não conflitue” com o novo Estatuto do Aluno.

Por seu turno, o presidente da ANDAEP e director da Escola Secundária de Oliveira do Douro lembra que em Setembro há necessidade de dar andamento a todas as questões relacionadas com o arranque do ano lectivo, como a preparação de aulas, planificação de actividades, reunir conselhos de turma: “Vai ser um início de ano de loucos”. O ano lectivo começa entre 8 e 13 de Setembro no ensino pré-escolar, básico e secundário.


Violência escolar

Cinco meses depois do anúncio, o bullying ainda não foi tipificado como crime no âmbito da violência escolar. O Governo afirma que a matéria será tratada “oportunamente”, a menos de três semanas do arranque do novo ano lectivo.

A 30 de Março, numa audição no Parlamento, a ministra da Educação, Isabel Alçada, anunciou a intenção de levar a Conselho de Ministros uma proposta de alteração ao Código Penal, criando o “crime de violência escolar”, configurado como “crime público”, no qual se incluirá o bullying.

Questionado pela Lusa sobre o atraso na apresentação da proposta, o Ministério da Educação limitou-se a afirmar que esta “é uma matéria que será oportunamente tratada pelo Governo”.

ADENDA: parece-me que dois meses para actualizar os Regulamentos Internos é manifestamente pouco (sei o que digo, sou Presidente de um Conselho Geral...). Mas bem pior estão, neste capítulo (nos outros estão ainda num estado que não atrevo a classificar...), os órgãos dos Mega Agrupamentos: não têm Regulamento Interno em vigor e não têm ainda órgão (Conselho Geral Transitório) que o crie e aprove... Se a anterior Ministra era uma anarquista assumida, esta nova mostra ainda melhor como não se legislar...!

sexta-feira, agosto 20, 2010

Ninguém pode parar o movimento nacional-saloiista

SUNGA
(imagem daqui)


Há objectos que são investidos de poderes mágicos que tudo resolvem por si. Basta convocá-los, derramá-los, que as massas pasmadas, mal crendo no maná portentoso que lhes cai nas cabeças, se prostrarão agradecidas. O raciocínio é simples de gente simples destinando-se aos que imaginam como igualmente simples: para distrair em festival demagógico, para anestesiar do abate de 701 escolas e da deslocação forçada de milhares de crianças, a dias do começo do ano lectivo, vamos lá atirar-lhes com a boa nova dos 250 000 portáteis ultra-leves! É assim que a gente de Sócrates vê o público: como uma chusma de débeis mentais - atira-se-lhes com a proclamação de uns portáteis e eles vão roendo a generosa novidade, entretidos. Enquanto roem não rosnam. Nem mordem.
As crianças: mega-agrupadas num atulhamento cego e acéfalo, mas reconhecidas. A caminho da socialização de aviário, empatadas nas horas de ponta - maravilha desconhecida da sua escola infra-21 das berças -, mas risonhas em série. Nas próximas semanas, receberão a visita do e-primeiro-ministro que, sorridente do abuso, olhará impressionado-pràs-câmaras os corredores do "novo centro escolar", percorrerá satisfeito as manjedouras da magalhanada e tocará ao de leve a cabeça de uma criancinha manipulável e se debruçará, interessado e comovido-pràs-câmaras, sobre um teclado para deditos a info-atrofiar "socraticamente". Dirá até algumas palavras inesquecíveis de prosápia saloia - qualquer coisa como: 'esta é a Escola que queremos para as nossas crianças, uma Escola fora do isolamento, uma Escola aberta ao sucesso, com todos os equipamentos da sociedade da informação, uma Escola do futuro! [ou 'da modernidade!'] Há os que só sabem dizer mal e nada constroem, mas esses sabem ler e escrever e já têm computador!' O homem é assim, mede o ponto de vista dos outros pela sua própria e confrangedora bitola. (Talvez haja nele alguma leve consciência disso - o que explicaria aquela pulsão da farronca que ele solta para cima de toda a divergência com que depara: esse chinfrim de valentão esganiçado procurará, umas vezes, compensar, disfarçar o seu vazio de pensamento, a sua ausência de projecto não-imediato, ou, noutras vezes, distrair os outros do avolumar das suspeitas sobre a veracidade das suas proclamações, como se a gritaria emprestasse alguma convicção de verdade àquilo que, tantas vezes, não passa de fabulação enganosa.)

Trata-se de gente que não pensa - nem a Escola em particular, nem, provavelmente, nada em geral. Funcionam por arrancos, sempre desconfiados do saudável e indispensável escrutínio. Este não lhes cabe no seu curto horizonte e revela para lá do que lhes é suportável o carácter inconsistente das suas medidas. Têm a consciência ansiosa da sua mediocridade, vivem na antecipação nervosa da descoberta dos logros que vão lançando - por isso reagem sempre tão mal a qualquer dúvida, crítica, divergência, oposição. Estas são sempre despedidas com arrogância e reduzidas a "ataques pessoais" ou "maledicência". Sócrates e Ca. têm uma visão (e uma prática) da política como uma actividade de entretenimento circense - chegam a deixar-se deslumbrar pelo seu próprio espectáculo/missão e perdem o pé, o contacto com a realidade. É esta que tem de se lhes adaptar e não o contrário. Detestam que lhes estraguem o foguetório. Por outro lado, o primeiro-ministro faz como que um investimento "egocêntrico" nas opções que toma e, por isso, encara como uma afronta pessoal qualquer apreciação mais independente que se faça ouvir. Como se isso não bastasse, tolera e incentiva os tiranetes que vão despontando ao redor - deixa-os medrar. (Para além dessa gente, não tem mais ninguém...) Ele mesmo tem pulsões de tiranete caprichoso. Com estas características, é um homem que nem deveria ter chegado a primeiro-ministro. O José Sócrates que há diz muito sobre nós.
in Blog O Cachimbo de Magritte - post de Carlos Botelho

quinta-feira, agosto 19, 2010

O desplante



A ministra da educação está, neste momento, em directo nas televisões e não posso crer no que ouço: ela está associando o abate de um só golpe de setecentas e uma escolas básicas à comemoração da I República! Pobres republicanos de então, agora às voltas no túmulo: a República, a Coroa liberal antes e o Estado Novo, depois dela, praticaram, precisamente, a política oposta.


NOTA: e faz ela muito bem em associar a morte das Escolas (e respectivas localidades...) com a comemoração da Imposição da República - é por estas e por outras que eu não entendo a ética republica e sou monárquico...

quarta-feira, agosto 18, 2010

A Lista da Vergonha - versão portuguesa



Um país que destrói o futuro das suas pequenas localidades é um país sem futuro. Um governo que condena ao desaparecimento milhares de pequenas localidades não é um governo, é uma aberração da natureza que merece aquilo a que condenou os seus cidadãos: a extinção...

Com os nossos cumprimentos e agradecimentos, os links para as notícias do Correio da Manhã, que conseguiu furar o vergonhoso silêncio do Governo e do Ministério da Educação:



terça-feira, junho 08, 2010

Sobre a nova estapafúrdia ideia de passar os cábulas do 8º para o 10º Ano


O "estudo"

A ministra da Educação, Isabel Alçada, está na SIC-Notícias a explicar a medida fantástica que é a de permitir a passagem, administrativa ( mas com exames que isto não é só facilidades no M.E...), de alunos que tenham mais de 15 anos e ainda repitam o 8º ano, recalcitrando na cabulice ou na incapacidade.

Disse agora mesmo que "o esforço é essencial. O estudo."

Esta ideia de "estudo" já foi apresentada pelo próprio primeiro-ministro, um estudioso de Domingo e é uma ideia que se contrapõe a "saber". Saber não é preciso. O que importa é o "estudo".

E Isabel Alçada uma improvável ministra da Educação acabou por dizer, depois disto que " Isto não é qualquer facilitismo". E comprova-o: haverá exames. Difíceis, pela certa e nada para cábulas ou incapazes.

Facilitismo no M.E.? Olha que coisa! Quem se lembraria de tal ...

in portadaloja - post de José

domingo, maio 23, 2010

O princípio do fim do Eduquês?

Texto de Guilherme Valente publicado no "Público" de hoje (versão ligeiramente ampliada, publicada no Blog De Rerum Natura):

Demoraram, mas são boas notícias! Afinal o doutor Daniel Sampaio (tem nome e respeito-o) também é um crítico do eduquês (ver Pública, 16/5/10). Apesar de se tratar, como escreve DS, de um grupo de intelectuais, cujo nome não refere, que «´sabem`tudo sobre a escola», da «pressa crítica» que diz terem, do seu «discurso pessimista», do «narcisismo solitário e redutor das suas opiniões», «de se considerarem os únicos que têm razão», DS partilha, afinal, críticas que fazem ao eduquês. E isso é que importante! E vão aparecer mais. Não é novo na História. Pressinto que no final irá restar apenas a doutora Ana Benavente. Um mérito dela, talvez. «Sê tu próprio», exortava-se na Grécia Clássica.

O resto do que DS escreve, sem conseguir iludir quem conheça o pensamento e a acção do tal grupo de intelectuais cujos nomes DS omite, é irrelevante e será, porventura, do foro das afecções que os psicólogos costumam resolver. Os médicos não estão imunes à doença.

Apenas umas breves notas sobre contradições e erros mais gritantes:

DS afirma estar com os professores, mas umas linhas antes atribuíra a responsabilidade da indisciplina às «hesitações dos docentes» (com amigos assim…). Porém, em breve também nisso irá concordar connosco: na forma, no grau, na generalização como se manifesta, a indisciplina é um produto do eduquês. É mesmo um instrumento ao serviço do seu projecto insensato. Uma táctica que também não é nova na História. Esta é, digamos, a «causa formal». A «causa eficiente» é a desvalorização do papel do professor, a sua desautorização, o seu desprestígio aos olhos dos alunos, dos pais e da sociedade, perpretados pelo Ministério e os seus «especialistas» Tudo ligado à desvalorização relativista do conhecimento e da sua transmissão, ao facilitismo, enfim.

Como pode haver disciplina se defendem e impõem que se aprenda a brincar? Se vêem a indisciplina e, por isso, a suscitam, como revelação desejável de traumas e ressentimentos sociais? A verdade é que o sentido do bem e do mal, a inteligência, o sentimento e o juízo de justiça, não são qualidades sociais ou de riqueza, são qualidades humanas, que os pobres também têm. As crianças e os jovens não são insectos, como o eduquês as trata.

Estar ao lado dos professores é promover as condições para o ensino de qualidade que os realiza e dignifica. Pergunte-se aos professores.

E mais: não se percebe se DS reprova ou não a tolice ou o expediente das «competências»; se acha bem a «escola exigente, organizada e geradora de conhecimento e de progresso» (transmissora de conhecimento, precise-se).

Fala ainda na «exigente burocracia ministerial» - está a louvar ou a criticar a burocracia? -- que «fez com que predominasse o pessimismo». Não se percebe aonde quer chegar. E -- fantástico, mesmo que seja tão tarde -- afirma que a «a escola deve garantir um mínimo de conhecimentos que possibilite aos jovens que não pretendem continuar a estudar a aprendizagem de um ofício que lhes permita um percurso de autonomia digna». Ora, os tais intelectuais «narcisistas» não se têm cansado de propor isso desde há muitos anos (DS esteve ausente no estrangeiro?), mas de modo muito claro e coerente: uma via técnica-profissional, com dignidade, qualidade e exigência iguais às da via de acesso ao ensino superior, oferecida aos jovens por iniciativa e com o apoio criterioso das escolas, a tempo de evitar o abandono, as retenções, ou os diplomas mentirosos que não correspondem a qualificação nenhuma. Uma via como existe, por exemplo, na Finlândia, sendo ali frequentada, aliás, pela maioria dos estudantes. A Finlândia, que gostam tanto de citar, mas citam quase sempre erradamente.

DS acusa esses intelectuais «redutores» de não apresentarem soluções. Não têm feito outra coisa se não sugerir soluções, desde logo mostrando o que é o eduquês . DS escreve como se fosse ele a ter proposto os exames sérios e universais e as vias técnico-profissionais, que agora diz defender.

E que soluções avança DS? Repare-se na solução que dá para a indisciplina: «A disciplina só será alcançada com um esforço conjunto dos professores, alunos, e pais». E o Ministério? Pensei que acrescentaria: colocando os alunos e os pais no mesmo plano dos professores… Como se os alunos fossem iguais aos professores, mas não.

Um ensino «que inclui», diz DS? Com 40% de abandono escolar? Ouvi o Senhor Primeiro Ministro falar em 30% (deve continuar a ser, portanto, mais de 40%), como se isso, tanto quanto percebi, fosse um êxito. E com que qualificações reais sai do sistema a maioria dos que não o abandonam? Não conheço hoje na Europa sistema de ensino que produza mais exclusão do que este do eduquês.

Atente-se na irresponsabilidade mais gritante: a aprendizagem da leitura e da escrita, os níveis de «iliteracia», palavra importada para evitar o termo português que toda a gente perceberia: analfabetismo funcional. Segundo o estudo comparativo mais recente, um estudo oficial, muito eduquês, aliás, na trapalhada nada inocente do seu conteúdo e da sua escrita iletrada, a percentagem de iliteracia (na verdade puro e simples analfabetismo, perguntem aos docentes) é em Portugal de 60%!!! Num País em que o analfabetismo é desde sempre a grande chaga, não seria a alfabetização real do País o grande desafio a empreender e a estar há muito vencido?

Continuo a pensar que o Primeiro-Ministro quis enfrentar o problema, como indica o facto de terem sido anunciadas algumas medidas acertadas, que há muito vínhamos propondo. Mas foram logo neutralizadas na sua concretização. Veja-se, por exemplo, o que aconteceu com a avaliação: inventou-se um modelo absurdo, impraticável. Provavelmente para distrair o País do essencial.

Fez-se muito, diz o doutor DS. Não fez. Fez-se apenas o que a mudança dos tempos impôs.

Não se aproveita nada? Não, não se aproveita nada. Quando não se consegue o mínimo, é preciso varrer tudo. Ou melhor, aproveita-se apenas a resistência de grandes professores, as suas práticas, o seu exemplo.

Grandes professores que resistem e continuam a salvar muitos alunos. Estive com Professores assim, recentemente, numa escola pública da Caparica, com professores e alunos que todos os dias enfrentam e vencem o delírio ou a insensatez do eduquês imposto pelo Ministério.

Tenho procurado explicar a natureza do eduquês, a essência do problema da educação em Portugal. Natureza que por ser impensável poucos compreenderam. E o eduquês pôde, assim, ocupar o sistema educativo, dominar as escolas de formação de professores, impor a ideologia e as teorias educativas que têm impedido a construção da escola que é imperativa para o progresso do País. Quando acabará o delírio ou a insensatez? Quem pára a besta?

Pessimista é quem desiste de lutar, quem se cala perante o mal, acabando, assim, por servi-lo. «Pessimistas», «redutores», «narcisistas», hoje os adjectivos são outros, mas o método velhíssimo. Argumentos, venham os argumentos e os factos.

Guilherme Valente

terça-feira, abril 27, 2010

Quando as pessoas começam a perceber o que se passa na Escola Pública é uma chatice...


O PS matou os professores

Acabar com o chumbo por faltas é mais um capítulo do facilitismo que destrói o futuro dos mais pobres. "Não tens de aprender. E nem sequer tens de ir às aulas", eis a herança do PS no ensino.


I. Já não há palavras para descrever a podridão politicamente correcta que é o Ministério da Educação, e, por arrastamento, a escola pública. Os professores já estavam proibidos de chumbar alunos mesmo quando estes ignoram as matérias básicas. Agora, ficámos a saber que os professores deixam de ter a possibilidade de chumbar um aluno por faltas. É uma alegria, a escola pública. "Não tens de aprender, e nem sequer tens de ir às aulas", eis a herança que o facilitismo do PS deixa no ensino.

II. O socratismo destruiu a figura do professor. Fica a impressão de que o professor passou a ser um mero babysitter dos monstrinhos que os pais deixam na escola. O professor não tem a autoridade pedagógica para instruir, e também não tem autoridade moral para educar. O professor não pode instruir os alunos, porque o facilitismo impede rigor e exigência. Todos têm de passar, porque o Ministério quer boas estatísticas. Resultado: milhares de pessoas chegam à faculdade sem saber escrever em condições. Depois, o professor não tem autoridade moral sobre os alunos. A falta de educação campeia pelas escolas. O fim do chumbo por faltas é só mais um prego no caixão da autoridade moral do professor. Nem por acaso, o i, há dias, trazia este desabafo de uma professora: "A partir do momento que, por exemplo, uma suspensão de um aluno não conta como falta para acumular e para reprovar de ano, que efeito é que uma sanção destas pode ter?".

quinta-feira, abril 01, 2010

Porque hoje é o 1º de Abril - Violência nas Escolas

Ontem deu uma reportagem na SIC que merece a nossa publicação - mas só porque hoje é Dia das Mentiras...



NOTA: penso que antes da reportagem pode aparecer propaganda à telenovela Lua Vermelha - não se assustem, mas por acaso até fica bem antes da peça...

sábado, março 27, 2010

O sacrifício de Leandro não pode ter sido em vão



O menino Leandro pode finalmente descansar. Deus o abençoe! E a sua família pode velá-lo e visitar-lhe a campa. A família pobre de dinheiro e pobre de poder que em lugar do esquecimento e da humilhação da atribuição de culpas, merecia um telefonema de condolências dos mais altos responsáveis do País, lamentando a morte e garantindo que aprenderam e que o menino não morreu em vão.

Mas, na campa, Leandro não fica só. Com ele fica a verdade do que sofreu, enterrada pelo sistema que não assume as culpas e passa-as para o próprio, de 12 anos, cujo corpo chocava com os punhos e pés dos coitados dos rufias de 17 e 18 anos das turmas dos CEFs!). O sistema - a lei (e os seus autores e decisores) e os seus executantes - faz a lei (o famigerado Estatuto do Aluno, leis sobre delinquência juvenil, normas e regulamentos) e executa-a. Executa-a, com pressão sobre os directores das escolas, que resulta em condutas de Pilatos, que se abstêm de punir alunos rufias e desprotegem as vítimas efectivas - alunos e professores.

Por que é que o sistema mantém no degenerado vigor este modelo permissivista?
  • para encenar que a violência social diminui e os problemas nas escolas também;
  • para exibir evolução das estatísticas e provar, contra toda a evidência e bom senso, a redução de ocorrências de crime, violência e problemas;
  • para mostrar que a organização das Escolas Básicas do 2º e 3º Ciclos e das Escolas Secundárias com 2º e 3º Ciclos, onde convivem, sem protecção especial, crianças de 10 anos com jovens adultos das turmas dos CEFs, é a correcta e funciona às mil maravilhas;
  • para demonstrar que a pretensa responsabilização dos pais também corre bem, quando se sabe que são muitos raros os pais de rufias e de alunos problemáticos que comparecem às notificações dos directores de turma e de Escola, sem que nada lhes aconteça (e não basta punir os pais negligentes que sejam beneficiários do Rendimento Social, como quer o PP, mas todos!).
O que o sistema não prova é a eficácia do modelo do bom selvagem que premeia os erros em vez de os punir. Porque existem vítimas alunos, e também vítimas professores, de uma utopia delirante e da sua absurda tentativa de concretização. Será assim tão difícil enterrar o modelo utópico, que os professores sabem que não funciona, e copiar modelos que efectivamente funcionam noutros países, com a responsabilização efectiva dos alunos e dos pais, com um sistema disciplinar claro e fácil de executar, com responsáveis determinados, em vez da diluição dos conselhos e das garantias, complexas e demoradas, semelhantes às de processo judicial para aplicação à educação imediata e atempada de crianças e jovens?...

Este paradigma ideológico do desleixo está a destruir a educação e a promover a indisciplina e mediocridade nas escolas. Julgo que seria importante, nesta altura, e face ao desnorte do Governo, o Presidente da República promover um grande debate nacional sobre a disciplina na escola e a violência e delinquência juvenil para que se atinja um consenso viável para a educação das crianças e jovens do País.

Nota: a proposta de Rui Zink (rufia) para a tradução de «bullying» parece-me adequada. Assim, em vez de «bully», rufia e, em vez de «bullying», rufiagem.

in Blog Do Portugal Profundo - post de António Balbino Caldeira

sábado, janeiro 23, 2010

Das janelas da minha escola

Quero partilhar um divertido post do blog porquemedizem (é divertido porque não é na minha Escola...) que retrata alguns estabelecimentos de ensino do centro e das cercanias de certas grandes cidades portuguesas...


Venho partilhar convosco, os que não têm o privilégio de ficarem algumas horas numa das tais janelas da minha escola, uma experiência que é muitíssimo hilariante…


Começa o dia e, de qualquer janela, vejo dezenas de alunos a fumarem os seus charros antes do toque de entrada da manhã, enquanto os dealers se afadigam entre entregas e trocos, a maior parte das vezes utilizando o capot de um carro onde não esteja ninguém sentado. Invariavelmente, são os mais pontuais. Como é sabido, os alunos devem-se divertir na escola e as aulas são muito mais engraçadas quando metade dos alunos está pedrada… Como tal, os alunos dealers fazem o seu importantíssimo trabalho com eficácia e atenção. Depois, uns entram para usufruírem do espectáculo que é uma aula dada a alunos nessas condições, em que o professor é o palhaço de serviço e é-o tanto melhor quanto mais tentar travar a insolência e as risadas irreprimíveis que aquelas almas não conseguem evitar…


Lá fora o trabalho continua, pois vão chegando os mais retardatários e já começam a aparecer os que foram para a rua ou porque, simplesmente, não lhes apeteceu estar lá mais tempo e resolveram sair. Como se sabe, estão no seu direito… Há um que se lembra de executar a nova moda, o lançamento de bombas de ácido com não sei mais quê. Enche uma garrafa com um ácido qualquer enfia-lhe uma prata, ou lá o que é, e o engenho é arremessado ou deixado à porta ou dentro do caixote de lixo de uma vizinha. O estrondo dá-se, potente, e da fumarada resultante sai uma moradora a tentar afastar com uma vassoura a garrafa que vai ardendo, entre as risadas e bocas dos alunos que se vão divertindo e, como já prepararam outra, a atiram para perto dela obrigando-a a fugir antes que rebente…


É a altura de telefonar para a portaria. Olhe, avise o segurança que já começaram as bombas… Já ouvi professor, já chamámos a polícia. Agora é preciso é que eles cheguem… Está bem, obrigado. Nada, mais bombas, mais risos e mais alunos sentados em grupos por tudo o que é carro estacionado… Os mais incautos apressam-se a ir retirar os seus carros do local onde o estacionaram, não vão acabar por pegar fogo, como, por vezes, acontece… São os alunos a aplicarem os seus conhecimentos noutras situações fora da sala de aula. Um Golf vermelho a gasolina e com mais anos que a avó do Matusalém, com umas letras pintadas a dizer nem sei bem o quê, estaciona na ponta oposta. É a polícia, cuja chegada se anuncia, primeiro e antes da vista nos informar da sua presença, pelos apupos, vaias e insultos com que os alunos os brindam… São só dois, não se vão lá meter… Entram para a escola e vão falar com a direcção. Mais bombas. O delírio aumenta, na mesma proporção do consumo de charros… Chegam mais dois ou três carros daqueles mais regulamentares e o ambiente vai ao rubro, quem não soubesse pensaria tratar-se de um jogo de futebol.


Saem dos carros e espalham-se aos grupos pelo meio da rua, enquanto dentro da escola e por detrás dos carros os alunos os vão brindando com tudo o que aprenderam da leitura de Gil Vicente. Ali ficam. Não revistam ninguém, não abordam ninguém, não fazem nada senão escutar a prosápia vertida pelas gargantas dos alunos, agora mais satisfeitos porque chegaram mais palhaços para mais e melhor os animar. A escola está fixe, assim já se começa a justificar o emprego das verbas que deveriam servir para lhes aumentarem os subsídios para poderem comprar mais droga e mais ácido para fazerem explodir, mas tudo bem, o divertimento também é importante…


Finalmente, após uma hora de exposição pública aos alunos e como estes já começam a ficar sem voz, vão-se embora, com muita pena dos alunos que consideram um direito adquirido competirem entre si a verem quem insulta e toureia melhor os agentes da autoridade. Novas bombas explodem por vários lados e volta a vizinha, o incauto que por ali estacionou e eu vou-me embora. Acabei de cumprir as minhas horas de componente não lectiva, não sem antes perguntar se querem saber quem atirou as bombas ou coisa assim, mas não, eles já sabem quem são, não vale a pena. Ok, vou dar aulas.

quinta-feira, outubro 23, 2008

Escolas, Educação e Autarquias

No dia 24 de Outubro, o Professor Júlio Pedrosa estará em Porto de Mós a convite do blog Vila Forte, para nos falar de Escolas, Educação e Autarquias. Tal como no ano passado, aquando do nosso primeiro aniversário, tivemos o Professor António Câmara a falar-nos das cidades criativas, este ano no nosso segundo Aniversário temos outra grande personalidade Portuguesa que nos vem falar de um assunto que está na ordem do dia.


Saber mais em : http://vilaforte.blogs.sapo.pt/17136.html