quarta-feira, dezembro 19, 2012

O'Neill e a Música


Fausto - Daqui desta Lisboa
Letra de Alexandre O'Neill e música de Fausto e António Pedro Braga

Daqui, desta Lisboa compassiva,O'Neill
Nápoles por Suíços habitada,
onde a tristeza vil, e apagada,
se disfarça de gente mais activa;

Daqui, deste pregão de voz antiga,
deste traquejo feroz de motoreta
ou do outro de gente mais selecta
que roda a quatro a nalga e a barriga;

Daqui, deste azulejo incandescente,
da soleira da vida e piaçaba,
da sacada suspensa no poente,
do ramudo tristôlho que se apaga;

Daqui, só paciência, amigos meus !
Peguem lá o soneto e vão com Deus...




Amália/Dulce Pontes - Gaivota
Letra de Alexandre O'Neill e música de Alain Oulman


Se uma gaivota viesse
trazer-me o céu de Lisboa
no desenho que fizesse,
nesse céu onde o olhar
é uma asa que não voa,
esmorece e cai no mar.

Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.

Se um português marinheiro,
dos sete mares andarilho,
fosse quem sabe o primeiro
a contar-me o que inventasse,
se um olhar de novo brilho
no meu olhar se enlaçasse.

Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.

Se ao dizer adeus à vida
as aves todas do céu,
me dessem na despedida
o teu olhar derradeiro,
esse olhar que era só teu,
amor que foste o primeiro.

Que perfeito coração
no meu peito morreria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde perfeito
bateu o meu coração.

ADENDA: o nosso Blog dedica estas belas músicas ao Carlos Faria, ilustre geólogo faialense, amigo de alguns geopedrados e responsável pelo fantástico blog GEOCRUSOE...

1 comentário:

Carlos Faria disse...

Obrigado, fica muito honrado pela dedicatória neste dia em que atingi o meio século de vida. Um abraço aos geopedrados a partir do Faial