sexta-feira, dezembro 21, 2012

Há 20 anos ocorreu o mais grave acidente aéreo registado em Portugal continental

O voo Martinair MP495 foi um DC-10 da companhia aérea dos Países Baixos que se despenhou na pista 28 do Aeroporto de Faro, Portugal, em condições atmosféricas bastante severas, a 21 de dezembro de 1992, às 08.00 horas. O avião transportava 327 passageiros e 13 tripulantes a bordo, principalmente turistas neerlandeses. Morreram 54 passageiros, 2 tripulantes e 106 pessoas ficaram gravemente feridas. Foi o mais grave acidente aéreo registado em Portugal desde o voo TAP Portugal 425 que se despenhou perto do aeroporto do Funchal, em 1977.

Depois de uma primeira tentativa de aterragem falhada, a tripulação executava os procedimentos de aterragem VOR/DME à pista 28 e quando já sobrevoava a pista, a poucos metros do chão, atravessou um túnel de vento com um fluxo vertical de cima para baixo, semelhante a um pequeno tornado invertido, provocado pela tempestade que se fazia sentir, que era acompanhada de chuva e ventos bastante fortes e nuvens baixas. A visibilidade era quase nula.
A Torre informou a tripulação da ocorrência de tempestade próxima do aeroporto e da existência de água na pista. O avião aterrou com uma velocidade vertical excessiva, que excedeu as configurações do fabricante.
A seguir à violenta aterragem, o trem principal de estibordo partiu-se e o tanque de combustível da asa direita explodiu. O DC-10 partiu-se em dois e acabaria por se imobilizar ficando a secção frontal de lado.

A causa do acidente foi atribuída às más condições atmosféricas e ao grande erro da tripulação que falhou ao interpretar as condições da pista e as condições na aproximação final.

O acidente provocou uma onda de choque nos Países Baixos, principalmente porque teve lugar apenas 3 meses depois de um Boeing 747 se ter despenhado nesse país, em Bijlmerramp.
O número de vítimas não foi maior devido à rápida intervenção dos serviços de emergência que acorreram de imediato ao local do acidente, nomeadamente dos que evitaram que incêndio tomasse outras dimensões.


Sem comentários: