Missão é fazer reconhecimento do campo gravitacional do satélite natural da Terra
Sondas da NASA chegam à Lua para descobrir por que tem montanhas de um lado e planícies do outro
As sondas GRAIL vão estudar o campo gravítico da Lua As sondas GRAIL vão estudar o campo gravítico da Lua (NASA)
A face da Lua que se vira para nós é plana, sem grandes acidentes geográficos. O outro lado tem montanhas. Por quê? As sondas GRAIL A e B, que chegaram à Lua este fim-de-semana e vão produzir um mapa de alta resolução do seu campo gravitacional, podem permitir responder a esta questão, que tem escapado aos cientistas, mesmo depois de terem enviado uma centena de sondas para o satélite natural da Terra.
“Se já temos medições feitas por cerca de 100 sondas e ainda não temos uma resposta a algo tão fundamental, é provável que a resposta não esteja na superfície”, disse ao "New York Times" Maria Zuber, investigadora principal das sondas GRAIL da NASA. “Estamos a apostar que conhecendo muito bem a estrutura interna da Lua seremos capazes de responder a esta e outras questões”, explicou.
As sondas só devem começar a recolher dados a partir de Março, numa órbita quase polar, a uma altitude de 55 quilómetros. Em ciclos de 27,3 dias recolhem dados sobre a gravidade da Lua e transmitem-nos sob a forma de sinais rádio para a Terra, definindo a distância entre as duas, ao voarem em formação.
As diferenças regionais na gravidade da Lua devem expandir-se e contrair-se com a distância, diz um comunicado da NASA. Espera-se que estas medições permitam definir o campo gravitacional da Lua e compreender o que se passa sob a sua superfície.
As sondas só devem começar a recolher dados a partir de Março, numa órbita quase polar, a uma altitude de 55 quilómetros. Em ciclos de 27,3 dias recolhem dados sobre a gravidade da Lua e transmitem-nos sob a forma de sinais rádio para a Terra, definindo a distância entre as duas, ao voarem em formação.
As diferenças regionais na gravidade da Lua devem expandir-se e contrair-se com a distância, diz um comunicado da NASA. Espera-se que estas medições permitam definir o campo gravitacional da Lua e compreender o que se passa sob a sua superfície.
NOTA: o lado oculto da Lua não tem (com uma pequena excepção...) mares. O porque deste facto (e de a espessura da sua crusta ser muito diferente no lado visível e oculto da Lua) são questões importantes para perceber a origem da Lua e a sua relação com a Terra. Esperemos que os resultados tragam nova luz sobre a formação do sistema solar e dos planetas telúricos, a começar pelo sistema Terra-Lua, quase, como Plutão-Caronte, um planeta duplo...
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