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quarta-feira, setembro 26, 2018

Música adequada à data...



Russians - Sting
Gordon Sumner / Serge Prokofieff
 
In Europe and America there's a growing feeling of hysteria.
Conditioned to respond to all the threats
In the rhetorical speeches of the Soviets.
MIster Krushchev said, "We will bury you."
I don't subscribe to this point of view.
It'd be such an ignorant thing to do
If the Russians love their children too.
How can I save my little boy from Oppenheimer's deadly toy?
There is no monopoly on common sense
On either side of the political fence.
We share the same biology, regardless of ideology.
Believe me when I say to you,
I hope the Russians love their children too
  
There is no historical precedent
To put the words in the mouth of the president?
There's no such thing as a winnable war,
It's a lie we don't believe anymore.
Mister Reagan says, "We will protect you."
I don't subscribe to this point of view.
Believe me when I say to you,
I hope the Russians love their children too
We share the same biology, regardless of ideology.
But what might save us, me and you,
Is if the Russians love their children too

O fim do Mundo esteve quase a acontecer há 35 anos

Stanislav Petrov (russo: Станислав Евграфович Петров; 7 de setembro de 193919 de maio de 2017) foi um coronel do Exército Vermelho que, em 26 de setembro de 1983, evitou uma potencial guerra nuclear ao se recusar a aceitar que mísseis norte-americanos tinham sido lançados contra a URSS, apesar da indicação dada pelo sistema de alerta computadorizado. Os alertas do computador soviético mais tarde revelaram-se errados e Petrov ficou conhecido como a pessoa que evitou a Terceira Guerra Mundial e a devastação de boa parte da Terra por armas nucleares. Por causa do sigilo militar e de diferenças políticas e internacionais, os atos de Petrov foram mantidos em segredo até 1998.
  
(...) 
   
O Tenente-Coronel Stanislav Petrov era o oficial de dia no bunker Serpukhov-15, perto de Moscovo, no dia 26 de setembro de 1983, ainda na Guerra Fria. Apenas três semanas e meia antes, os soviéticos haviam derrubado um avião Boeing 747 sul-coreano, matando 269 a bordo. A responsabilidade do Tenente-Coronel Petrov era observar a rede de alerta preventivo por satélites e notificar os seus superiores sobre qualquer possível ataque com míssil nuclear contra a URSS. Caso isto ocorresse, a estratégia da União Soviética era lançar imediatamente um contra-ataque nuclear maciço contra os Estados Unidos, como previsto pela doutrina da Destruição Mútua Assegurada.
Pouco após a meia-noite, os computadores do bunker indicaram que um míssil americano se movia em direção à União Soviética. O Tenente-Coronel Petrov deduziu que havia ocorrido um erro do computador, já que os Estados Unidos não lançariam apenas um míssil se estivessem atacando a União Soviética, e sim vários ao mesmo tempo. Além disso, a confiabilidade do sistema por satélite havia sido questionada anteriormente. Por isso considerou o alerta como alarme falso, concluindo que de facto não havia míssil lançado pelos EUA.
Pouco tempo depois, os computadores indicavam que um segundo míssil tinha sido lançado, a seguir dum terceiro, um quarto e um quinto. Petrov ainda acreditava que o sistema computadorizado estava errado, mas não tinha mais outras fontes de informação para poder confirmar as suas suspeitas. O radar terrestre da União Soviética não tinha capacidade para detectar mísseis além do horizonte, então quando o radar terrestre pudesse positivamente identificar a ameaça, seria tarde demais.
Percebendo que se estivesse equivocado, mísseis nucleares logo estariam a chover sobre a URSS, Petrov decidiu confiar na sua intuição e declarou as indicações do sistema como alarme falso. Após um breve momento, ficou claro que o seu instinto estava certo. A crise fez nele grande pressão e muito nervosismo, mas o juízo de Petrov foi correto. Uma guerra nuclear de escala total tinha sido evitada.
Naquela noite não estava agendado para Petrov estar de guarda. Se não estivesse lá, seria possível que um outro oficial no comando tivesse tomado uma decisão contrária.
  
(...)
  
Apesar de ter prevenido um potencial desastre nuclear, Petrov desobedecera ordens e desafiara o protocolo militar. Mais tarde, ele sofreu intenso questionamento pelos seus superiores sobre a sua atitude durante a prova de fogo, o resultado disso foi que ele não mais foi considerado um oficial militar confiável.
O exército Soviético não puniu Petrov pelas suas ações, mas não reconheceu ou honrou-o também. Suas ações haviam revelado imperfeições no sistema militar soviético, o que deixou seus superiores em maus lençóis. Foi-lhe feita uma reprimenda, oficialmente pelo arquivamento improprio de papelada de trabalho, e sua, uma vez promissora, carreira chegou ao fim. Ele foi recolocado para um posto menos sensível e por fim retirado do serviço militar.
Petrov continuou vivendo na Rússia como pensionista, passando a sua reforma na pobreza, na cidade de Fryazino. Disse que não se considera um herói pelo o que fez naquele dia, mas mesmo assim, em 21 de maio de 2004, uma associação californiana, chamada Association of World Citizens, deu ao Coronel Petrov o seu prémio World Citizen Award, junto com um troféu e US$ 1.000,00 em reconhecimento do papel exercido ao evitar a catástrofe.
Menos de dois meses após o evento de Setembro de 1983, a ABC, rede de TV norte americana, mostrou o controverso filme The Day After. O drama de ficção trata de uma guerra nuclear entre os Estados Unidos e a União Soviética e que efeitos isto teria em famílias vivendo numa típica cidade americana. Hoje em dia, acontecimentos envolvendo Petrov permanecem desconhecidos do público americano. A maioria das pessoas pensa (incorretamente) que a Crise dos Mísseis de Cuba, vinte anos antes, foi o evento mais recente que poderia ter eclodido numa guerra nuclear.
 

domingo, agosto 06, 2017

A Era Nuclear começou há 72 anos

Guerra do PacíficoSegunda Guerra Mundial
Atomic bombing of Japan.jpg
nuvem de cogumelo sobre Hiroshima (esquerda) após a queda da Little Boy e sobre Nagasaki, após o lançamento de Fat Man
Data6 e 9 de agosto de 1945
LocalHiroshima e NagasakiJapão
DesfechoVitória dos Aliados
Beligerantes
 Estados Unidos
 Reino Unido
Japão Império do Japão
Comandantes
Estados Unidos William S. Parsons
Estados Unidos Paul W. Tibbets, Jr.
Japão Shunroku Hata
Unidades
Distrito Manhattan: 50 norte-americanos, 2 britânicos
509º Grupo Composto: 1.770 norte-americanos
Segundo Exército Geral: Hiroshima: 40.000
Nagasaki: 9.000
Baixas
20 prisioneiros de guerra norteamericanos, neerlandeses e britânicos mortos90.000–166.000 mortos em Hiroshima
39.000–80.000 mortos em Nagasaki
Total: 129.000–246.000+ mortos

Os bombardeamentos atómicos das cidades de Hiroshima e Nagasaki foram dois bombardeamentos realizados pelos Estados Unidos contra o Império do Japão durante os estágios finais da Segunda Guerra Mundial, em agosto de 1945. Foi o primeiro e único momento na história em que armas nucleares foram usadas em guerra e contra alvos civis.

terça-feira, maio 21, 2013

Andrei Sakharov nasceu há 92 anos

Andrei Dmitrievich Sakharov (Moscovo, 21 de maio de 1921 - Moscovo, 14 de dezembro de 1989) foi um físico nuclear da União Soviética.
Ele ganhou fama como o designer de terceira ideia da União Soviética, um nome de código para o desenvolvimento soviético de armas termonucleares. Sakharov era um defensor das liberdades civis e reformas civis na União Soviética. Ele foi agraciado com o Prémio Nobel da Paz em 1975. O Prémio Sakharov, atribuído anualmente pelo Parlamento Europeu para as pessoas e organizações dedicadas aos direitos humanos e liberdades, tem esse nome em sua honra.

Andrei nasceu em Moscovo, em 21 de maio de 1921. O seu pai, Dmitri Ivanovich Sakharov, foi um professor de física numa escola privada e a sua mãe era uma pianista. Andrei frequentou a Universidade de Moscovo a partir de 1938.
Após a evacuação, em 1941, durante a Grande Guerra Patriótica (Segunda Guerra Mundial), ele formou-se em Asgabate, hoje no Turcomenistão. Em seguida, ele foi designado trabalho de laboratório em Ulyanovsk. Durante este período, em 1943, casou-se com Klavdia Alekseyevna Vikhireva, com quem ele levantou duas filhas e um filho, antes de esta morrer em 1969. Ele regressou a Moscovo em 1945 para estudar no Departamento teórico da FIAN (Instituto de Física da Academia Soviética de Ciências) e recebeu o seu doutoramento em 1947.
Estudou os raios cósmicos e desempenhou com Igor Kurchatov um papel de primeiro plano na preparação da primeira bomba de hidrogénio, que foi desenvolvida na União Soviética e cujos primeiros ensaios se realizaram em 1953. Este feito valeu-lhe a entrada na Academia das Ciências da União Soviética no mesmo ano; todavia, não tardou a pedir a limitação dos armamentos nucleares. Sakharov propôs a ideia de gravidade induzida como teoria alternativa à da gravitação quântica.
Em 1965 reclamou a desestalinização efectiva do país e do partido; a sua obra "A Liberdade Intelectual na URSS e a Coexistência Pacífica", publicada no exterior em 1967, deu-lhe um lugar destacado na oposição ao regime. Tal como Aleksandr Solzhenitsyn, a quem apoiou sem esconder o seu desacordo com o romantismo místico do escritor, denunciou os gulags, os internamentos arbitrários e outras violações da Constituição Soviética e dos Direitos Humanos.
Casou com a activista dos direitos humanos Yelena Bonner em 1972.
Galardoado com o Nobel da Paz em 1975, não foi autorizado a ir receber a sua distinção em Oslo. Com residência fixa a partir de 1980, só conseguiu a liberdade de movimentos após a chegada ao poder de Mikhail Gorbachev e a implementação da perestroika e da glasnost, apesar da pressão da opinião pública internacional e de uma greve de fome em 1984. Na sequência da revisão constitucional de 1989 o académico foi candidato ao Congresso, obteve a investidura da Academia das ciências, malgrado uma forte obstrução processual, e chegou a deputado. Morreu em 14 de dezembro de 1989, de enfarte do miocárdio. Encontra-se sepultado no Cemitério Vostryakovskoe, Moscovo, na Rússia.
Em sua memória a União Europeia instituiu o Prémio Sakharov para destacar pessoas que lutam pela defesa dos direitos humanos e liberdade de expressão. Este prémio é atribuído desde 1988.

segunda-feira, outubro 22, 2012

Há 50 anos, os americanos souberam que estavam perto de uma guerra mundial

U-2 reconnaissance photograph of Soviet nuclear missiles in Cuba. Missile transports and tents for fueling and maintenance are visible. Photo taken by the CIA

The Cuban missile crisis - known as the October crisis in Cuba and the Caribbean crisis in the USSR - was a 13-day confrontation between the Soviet Union and Cuba on one side and the United States on the other; the crisis occurred in October 1962, during the Cold War. In August 1962, after some unsuccessful operations by the US to overthrow the Cuban regime (Bay of Pigs, Operation Mongoose), the Cuban and Soviet governments secretly began to build bases in Cuba for a number of medium-range and intermediate-range ballistic nuclear missiles (MRBMs and IRBMs) with the ability to strike most of the continental United States. This action followed the 1958 deployment of Thor IRBMs in the UK (Project Emily) and Jupiter IRBMs to Italy and Turkey in 1961 – more than 100 US-built missiles having the capability to strike Moscow with nuclear warheads. On October 14, 1962, a United States Air Force U-2 plane on a photoreconnaissance mission captured photographic proof of Soviet missile bases under construction in Cuba.
Not only does the ensuing crisis rank with the Berlin Blockade, the Suez Crisis and the Yom Kippur War as one of the major confrontations of the Cold War, it is generally regarded as the moment in which the Cold War came closest to turning into a nuclear conflict, or possibly World War III, with an American research center estimating that 100 million Americans and over 100 million Russians would have perished. The crisis served as the first documented instance of the threat of mutual assured destruction (MAD) being discussed as a determining factor in a major international arms agreement.
The United States considered attacking Cuba via air and sea, but decided on a military blockade instead, calling it a "quarantine" for legal and other reasons. The US announced that it would not permit offensive weapons to be delivered to Cuba and demanded that the Soviets dismantle the missile bases already under construction or completed in Cuba and remove all offensive weapons. The Kennedy administration held only a slim hope that the Kremlin would agree to their demands, and expected a military confrontation. On the Soviet side, Premier Nikita Khrushchev wrote in a letter to Kennedy that his blockade of "navigation in international waters and air space" constituted "an act of aggression propelling humankind into the abyss of a world nuclear-missile war".
The Soviets publicly balked at the US demands, but in secret back-channel communications initiated a proposal to resolve the crisis. The confrontation ended on October 28, 1962, when President John F. Kennedy and United Nations Secretary-General U Thant reached a public and secret agreement with Khrushchev. Publicly, the Soviets would dismantle their offensive weapons in Cuba and return them to the Soviet Union, subject to United Nations verification, in exchange for a US public declaration and agreement never to invade Cuba. Secretly, the US agreed that it would dismantle all US-built Jupiter IRBMs deployed in Turkey and Italy.
Only two weeks after the agreement, the Soviets had removed the missile systems and their support equipment, loading them onto eight Soviet ships from November 5–9. A month later, on December 5 and 6, the Soviet Il-28 bombers were loaded onto three Soviet ships and shipped back to Russia. The blockade was formally ended at 6:45 pm EDT on November 20, 1962. Eleven months after the agreement, all American weapons were deactivated (by September 1963). An additional outcome of the negotiations was the creation of the Moscow–Washington hotline, a direct communications link between Moscow and Washington, D.C.

(...)

At 3:00 pm EDT on October 22, President Kennedy formally established the Executive Committee (EXCOMM) with National Security Action Memorandum (NSAM) 196. At 5:00 pm, he met with Congressional leaders who contentiously opposed a blockade and demanded a stronger response. In Moscow, Ambassador Kohler briefed Chairman Khrushchev on the pending blockade and Kennedy's speech to the nation. Ambassadors around the world gave advance notice to non-Eastern Bloc leaders. Before the speech, US delegations met with Canadian Prime Minister John Diefenbaker, British Prime Minister Harold Macmillan, West German Chancellor Konrad Adenauer, and French President Charles de Gaulle to brief them on the US intelligence and their proposed response. All were supportive of the US position.
On October 22 at 7:00 pm EDT, President Kennedy delivered a nation-wide televised address on all of the major networks announcing the discovery of the missiles.
It shall be the policy of this nation to regard any nuclear missile launched from Cuba against any nation in the Western Hemisphere as an attack by the Soviet Union on the United States, requiring a full retaliatory response upon the Soviet Union.
Kennedy described the administration's plan:
To halt this offensive buildup, a strict quarantine on all offensive military equipment under shipment to Cuba is being initiated. All ships of any kind bound for Cuba, from whatever nation or port, will, if found to contain cargoes of offensive weapons, be turned back. This quarantine will be extended, if needed, to other types of cargo and carriers. We are not at this time, however, denying the necessities of life as the Soviets attempted to do in their Berlin blockade of 1948.
During the speech a directive went out to all US forces worldwide placing them on DEFCON 3. The heavy cruiser USS Newport News was designated flagship for the blockade, with the USS Leary (DD-879) as Newport News'destroyer escort.