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sábado, outubro 28, 2023

A Crise dos Mísseis de Cuba terminou há 61 anos

Vista aérea mostrando base de lançamento de mísseis em Cuba, novembro de 1962

A Crise dos mísseis de Cuba, também conhecida como a Crise de outubro (em espanhol: Crisis de Octubre), Crise do Caribe (em russo: Карибский кризис) foi um confronto de 13 dias (16-28 outubro de 1962) entre os Estados Unidos e a União Soviética relacionado com a implantação de mísseis balísticos soviéticos em Cuba. Além de ter sido televisionada em todo o mundo, foi o mais próximo que se chegou do início de uma guerra nuclear em grande escala durante a Guerra Fria.
Em resposta à fracassada Invasão da Baía dos Porcos de 1961 e à presença de mísseis balísticos norte-americanos PGM-19 Jupiter estacionados na Itália e na Turquia, o líder soviético Nikita Khrushchev decidiu aceitar o pedido de Cuba para colocar mísseis nucleares em seu território para deter uma futura invasão dos estados Unidos. Um acordo foi alcançado durante uma reunião secreta entre Kruchev e Fidel Castro em julho e a construção de uma série de instalações de lançamento de mísseis começou depois do verão.
Uma eleição estava em curso nos Estados Unidos. A Casa Branca negou as acusações de que estava ignorando os mísseis soviéticos a 145 quilómetros do litoral da Flórida. A instalação dos mísseis foi confirmada quando um avião espião Lockheed U-2 da Força Aérea dos Estados Unidos obteve provas fotográficas claras de instalações de mísseis balísticos R-12 Dvina e R-14 Chusovaya. Os Estados Unidos estabeleceram um bloqueio militar para evitar que novos mísseis entrassem em Cuba e anunciou que não permitiria que armas ofensivas fossem entregues a Cuba, além de ter exigido que as armas já entregues fossem desmontadas e levadas de volta para a URSS.
Depois de um longo período de tensas negociações, foi alcançado um acordo entre Kennedy e Kruschev. Publicamente, os soviéticos desmantelaram as suas armas em Cuba e levaram-nas para a União Soviética, sob reserva de verificação das Nações Unidas, em troca de uma declaração pública dos Estados Unidos de nunca invadir Cuba sem provocação direta. Secretamente, os Estados Unidos também concordaram que iriam desmantelar toda a rede de mísseis Júpiter que foi implantada na Turquia e Itália contra a União Soviética, mas que não era conhecida pelo público.
Todos os mísseis ofensivos e bombardeiros Ilyushin Il-28 foram retirados de Cuba e o bloqueio foi formalmente encerrado, em 20 de novembro de 1962. As negociações entre os Estados Unidos e a União Soviética destacaram a necessidade de uma rápida, clara e direta linha de comunicação entre Washington, DC e Moscovo. Uma série de acordos reduziu drasticamente as tensões USA-URSS durante os anos seguintes.
   

A crise começou quando os soviéticos, em resposta à instalação de mísseis nucleares na Turquia, Inglaterra e Itália, em 1961, e à invasão de Cuba pelos Estados Unidos, no mesmo ano, instalaram mísseis nucleares em Cuba. Em 14 de outubro, os Estados Unidos divulgaram fotos de um voo secreto realizado sobre Cuba, apontando cerca de quarenta silos para abrigar mísseis nucleares. Houve uma enorme tensão entre as duas superpotências pois uma guerra nuclear parecia mais próxima do que nunca. O governo de John F. Kennedy, apesar de suas ofensivas no ano anterior, encarou aquilo como um ato de guerra contra os Estados Unidos.
Nikita Kruschev, o primeiro-ministro da URSS à época, afirmou que os mísseis nucleares eram apenas defensivos, e que tinham sido lá instalados para dissuadir outra tentativa de invasão da ilha (meses antes, em 17 de abril de 1961, o governo Kennedy já havia empreendido a desastrada invasão da Baía dos Porcos, usando um grupo paramilitar constituído por exilados cubanos, apoiados pela CIA e pelas forças armadas dos Estados Unidos, na tentativa de derrubar o governo de Fidel Castro). A situação rapidamente evoluiu para um confronto aberto entre as duas potências.
Segundo o governo Kennedy, os Estados Unidos não poderiam admitir a existência de mísseis nucleares daquela dimensão a escassos 150 quilómetros do seu território. O presidente Kennedy avisou Khruschev de que os EUA não teriam dúvidas em usar armas nucleares contra Cuba, se os soviéticos não desativassem os silos e retirassem os mísseis da ilha.
  
   
O ponto culminante da crise foi o “sábado negro”, 27 de outubro, quando um dos aviões-espiões americano foi abatido sobre Cuba e o seu piloto morreu. A guerra parecia cada vez mais iminente e as negociações se tornaram dificílimas.
Foram treze dias de suspense mundial, devido ao medo de uma possível guerra nuclear, até que, em 28 de outubro, Kruschev, após conseguir secretamente uma futura retirada dos mísseis norte-americanos da Turquia e um acordo de que os EUA nunca invadiriam a ilha vizinha, concordou em remover os mísseis de Cuba.
Na televisão, todos os canais federais dos EUA interromperam os programas e transmitiram o comunicado urgente de Kruschev, que dizia:
"Nós concordamos em retirar de Cuba os meios que consideram ofensivos. Concordamos em fazer isto e declarar na ONU este compromisso. Os seus representantes farão uma declaração de que os EUA, considerando a inquietação e preocupação do Estado soviético, retirarão os seus meios análogos da Turquia".
  
Na década de 60, havia uma clara tendência à proliferação dos arsenais nucleares. Por esta razão, e ainda sob o impacto da crise dos mísseis de Cuba, os Estados Unidos, a União Soviética e a Inglaterra assinaram, em 1963, um acordo que proibia testes nucleares na atmosfera, em alto-mar e no espaço (assim, apenas testes subterrâneos poderiam ser legalmente realizados). Em 1968, as duas super-potências e outros 58 países aprovaram o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares. O objetivo desse acordo era tentar conter a corrida armamentista dentro de um certo limite. Com ele, os países que já possuíam bombas nucleares comprometiam-se a limitar os seus arsenais e os países que não os continham ficavam proibidos de desenvolvê-los, mas poderiam solicitar aos primeiros tecnologia nuclear para fins pacíficos.
      

segunda-feira, outubro 16, 2023

A Crise dos mísseis de Cuba começou há sessenta e um anos...

Vista aérea mostrando base de lançamento de mísseis em Cuba, novembro de 1962

A Crise dos mísseis de Cuba, também conhecida como a Crise de Outubro (em espanhol: Crisis de Octubre), Crise do Caribe (em russo: Карибский кризис) foi um confronto de 13 dias (16-28 outubro de 1962) entre os Estados Unidos e a União Soviética relacionado com a implantação de mísseis balísticos soviéticos em Cuba. Além de ter sido televisionada em todo o mundo, foi o mais próximo que se chegou do início de uma guerra nuclear em grande escala durante a Guerra Fria.
Em resposta à fracassada Invasão da Baía dos Porcos de 1961 e à presença de mísseis balísticos norte-americanos PGM-19 Jupiter estacionados na Itália e na Turquia, o líder soviético Nikita Khrushchev decidiu aceitar o pedido de Cuba para colocar mísseis nucleares em seu território para deter uma futura invasão dos estados Unidos. Um acordo foi alcançado durante uma reunião secreta entre Kruchev e Fidel Castro em julho e a construção de uma série de instalações de lançamento de mísseis começou depois do verão.
Uma eleição estava em curso nos Estados Unidos. A Casa Branca negou as acusações de que estava ignorando os mísseis soviéticos a 145 quilómetros do litoral da Flórida. A instalação dos mísseis foi confirmada quando um avião espião Lockheed U-2 da Força Aérea dos Estados Unidos obteve provas fotográficas claras de instalações de mísseis balísticos R-12 Dvina e R-14 Chusovaya. Os Estados Unidos estabeleceram um bloqueio militar para evitar que novos mísseis entrassem em Cuba e anunciou que não permitiria que armas ofensivas fossem entregues a Cuba, além de ter exigido que as armas já entregues fossem desmontadas e levadas de volta para a URSS.
Depois de um longo período de tensas negociações, foi alcançado um acordo entre Kennedy e Kruschev. Publicamente, os soviéticos desmantelaram as suas armas em Cuba e levaram-nas para a União Soviética, sob reserva de verificação das Nações Unidas, em troca de uma declaração pública dos Estados Unidos de nunca invadir Cuba sem provocação direta. Secretamente, os Estados Unidos também concordaram que iriam desmantelar toda a rede de mísseis Júpiter que foi implantada na Turquia e Itália contra a União Soviética, mas que não era conhecida pelo público.
Todos os mísseis ofensivos e bombardeiros Ilyushin Il-28 foram retirados de Cuba e o bloqueio foi formalmente encerrado, em 20 de novembro de 1962. As negociações entre os Estados Unidos e a União Soviética destacaram a necessidade de uma rápida, clara e direta linha de comunicação entre Washington, DC e Moscovo. Uma série de acordos reduziu drasticamente as tensões USA-URSS durante os anos seguintes.
  
  

sexta-feira, outubro 28, 2022

A Crise dos Mísseis de Cuba terminou há sessenta anos...!

Vista aérea mostrando base de lançamento de mísseis em Cuba, novembro de 1962

A Crise dos mísseis de Cuba, também conhecida como a Crise de Outubro (em espanhol: Crisis de Octubre), Crise do Caribe (em russo: Карибский кризис) foi um confronto de 13 dias (16-28 outubro de 1962) entre os Estados Unidos e a União Soviética relacionado com a implantação de mísseis balísticos soviéticos em Cuba. Além de ter sido televisionada em todo o mundo, foi o mais próximo que se chegou do início de uma guerra nuclear em grande escala durante a Guerra Fria.
Em resposta à fracassada Invasão da Baía dos Porcos de 1961 e à presença de mísseis balísticos norte-americanos PGM-19 Jupiter estacionados na Itália e na Turquia, o líder soviético Nikita Khrushchev decidiu aceitar o pedido de Cuba para colocar mísseis nucleares em seu território para deter uma futura invasão dos estados Unidos. Um acordo foi alcançado durante uma reunião secreta entre Kruchev e Fidel Castro em julho e a construção de uma série de instalações de lançamento de mísseis começou depois do verão.
Uma eleição estava em curso nos Estados Unidos. A Casa Branca negou as acusações de que estava ignorando os mísseis soviéticos a 145 quilómetros do litoral da Flórida. A instalação dos mísseis foi confirmada quando um avião espião Lockheed U-2 da Força Aérea dos Estados Unidos obteve provas fotográficas claras de instalações de mísseis balísticos R-12 Dvina e R-14 Chusovaya. Os Estados Unidos estabeleceram um bloqueio militar para evitar que novos mísseis entrassem em Cuba e anunciou que não permitiria que armas ofensivas fossem entregues a Cuba, além de ter exigido que as armas já entregues fossem desmontadas e levadas de volta para a URSS.
Depois de um longo período de tensas negociações, foi alcançado um acordo entre Kennedy e Kruschev. Publicamente, os soviéticos desmantelaram as suas armas em Cuba e levaram-nas para a União Soviética, sob reserva de verificação das Nações Unidas, em troca de uma declaração pública dos Estados Unidos de nunca invadir Cuba sem provocação direta. Secretamente, os Estados Unidos também concordaram que iriam desmantelar toda a rede de mísseis Júpiter que foi implantada na Turquia e Itália contra a União Soviética, mas que não era conhecida pelo público.
Todos os mísseis ofensivos e bombardeiros Ilyushin Il-28 foram retirados de Cuba e o bloqueio foi formalmente encerrado, em 20 de novembro de 1962. As negociações entre os Estados Unidos e a União Soviética destacaram a necessidade de uma rápida, clara e direta linha de comunicação entre Washington, DC e Moscovo. Uma série de acordos reduziu drasticamente as tensões USA-URSS durante os anos seguintes.
   

A crise começou quando os soviéticos, em resposta à instalação de mísseis nucleares na Turquia, Inglaterra e Itália, em 1961, e à invasão de Cuba pelos Estados Unidos, no mesmo ano, instalaram mísseis nucleares em Cuba. Em 14 de outubro, os Estados Unidos divulgaram fotos de um voo secreto realizado sobre Cuba, apontando cerca de quarenta silos para abrigar mísseis nucleares. Houve uma enorme tensão entre as duas superpotências pois uma guerra nuclear parecia mais próxima do que nunca. O governo de John F. Kennedy, apesar de suas ofensivas no ano anterior, encarou aquilo como um ato de guerra contra os Estados Unidos.
Nikita Kruschev, o primeiro-ministro da URSS à época, afirmou que os mísseis nucleares eram apenas defensivos, e que tinham sido lá instalados para dissuadir outra tentativa de invasão da ilha (meses antes, em 17 de abril de 1961, o governo Kennedy já havia empreendido a desastrada invasão da Baía dos Porcos, usando um grupo paramilitar constituído por exilados cubanos, apoiados pela CIA e pelas forças armadas dos Estados Unidos, na tentativa de derrubar o governo de Fidel Castro). A situação rapidamente evoluiu para um confronto aberto entre as duas potências.
Segundo o governo Kennedy, os Estados Unidos não poderiam admitir a existência de mísseis nucleares daquela dimensão a escassos 150 quilómetros do seu território. O presidente Kennedy avisou Khruschev de que os EUA não teriam dúvidas em usar armas nucleares contra Cuba, se os soviéticos não desativassem os silos e retirassem os mísseis da ilha.
  
   
O ponto culminante da crise foi o “sábado negro”, 27 de outubro, quando um dos aviões-espiões americano foi abatido sobre Cuba e o seu piloto morreu. A guerra parecia cada vez mais iminente e as negociações se tornaram dificílimas.
Foram treze dias de suspense mundial, devido ao medo de uma possível guerra nuclear, até que, em 28 de outubro, Kruschev, após conseguir secretamente uma futura retirada dos mísseis norte-americanos da Turquia e um acordo de que os EUA nunca invadiriam a ilha vizinha, concordou em remover os mísseis de Cuba.
Na televisão, todos os canais federais dos EUA interromperam os programas e transmitiram o comunicado urgente de Kruschev, que dizia:
"Nós concordamos em retirar de Cuba os meios que consideram ofensivos. Concordamos em fazer isto e declarar na ONU este compromisso. Os seus representantes farão uma declaração de que os EUA, considerando a inquietação e preocupação do Estado soviético, retirarão os seus meios análogos da Turquia".
  
Na década de 60, havia uma clara tendência à proliferação dos arsenais nucleares. Por esta razão, e ainda sob o impacto da crise dos mísseis de Cuba, os Estados Unidos, a União Soviética e a Inglaterra assinaram, em 1963, um acordo que proibia testes nucleares na atmosfera, em alto-mar e no espaço (assim, apenas testes subterrâneos poderiam ser legalmente realizados). Em 1968, as duas super-potências e outros 58 países aprovaram o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares. O objetivo desse acordo era tentar conter a corrida armamentista dentro de um certo limite. Com ele, os países que já possuíam bombas nucleares comprometiam-se a limitar os seus arsenais e os países que não os continham ficavam proibidos de desenvolvê-los, mas poderiam solicitar aos primeiros tecnologia nuclear para fins pacíficos.
      

domingo, outubro 16, 2022

A Crise dos mísseis de Cuba começou há sessenta anos

Vista aérea mostrando base de lançamento de mísseis em Cuba, novembro de 1962

A Crise dos mísseis de Cuba, também conhecida como a Crise de Outubro (em espanhol: Crisis de Octubre), Crise do Caribe (em russo: Карибский кризис) foi um confronto de 13 dias (16-28 outubro de 1962) entre os Estados Unidos e a União Soviética relacionado com a implantação de mísseis balísticos soviéticos em Cuba. Além de ter sido televisionada em todo o mundo, foi o mais próximo que se chegou do início de uma guerra nuclear em grande escala durante a Guerra Fria.
Em resposta à fracassada Invasão da Baía dos Porcos de 1961 e à presença de mísseis balísticos norte-americanos PGM-19 Jupiter estacionados na Itália e na Turquia, o líder soviético Nikita Khrushchev decidiu aceitar o pedido de Cuba para colocar mísseis nucleares em seu território para deter uma futura invasão dos estados Unidos. Um acordo foi alcançado durante uma reunião secreta entre Kruchev e Fidel Castro em julho e a construção de uma série de instalações de lançamento de mísseis começou depois do verão.
Uma eleição estava em curso nos Estados Unidos. A Casa Branca negou as acusações de que estava ignorando os mísseis soviéticos a 145 quilómetros do litoral da Flórida. A instalação dos mísseis foi confirmada quando um avião espião Lockheed U-2 da Força Aérea dos Estados Unidos obteve provas fotográficas claras de instalações de mísseis balísticos R-12 Dvina e R-14 Chusovaya. Os Estados Unidos estabeleceram um bloqueio militar para evitar que novos mísseis entrassem em Cuba e anunciou que não permitiria que armas ofensivas fossem entregues a Cuba, além de ter exigido que as armas já entregues fossem desmontadas e levadas de volta para a URSS.
Depois de um longo período de tensas negociações, foi alcançado um acordo entre Kennedy e Kruschev. Publicamente, os soviéticos desmantelaram as suas armas em Cuba e levaram-nas para a União Soviética, sob reserva de verificação das Nações Unidas, em troca de uma declaração pública dos Estados Unidos de nunca invadir Cuba sem provocação direta. Secretamente, os Estados Unidos também concordaram que iriam desmantelar toda a rede de mísseis Júpiter que foi implantada na Turquia e Itália contra a União Soviética, mas que não era conhecida pelo público.
Todos os mísseis ofensivos e bombardeiros Ilyushin Il-28 foram retirados de Cuba e o bloqueio foi formalmente encerrado, em 20 de novembro de 1962. As negociações entre os Estados Unidos e a União Soviética destacaram a necessidade de uma rápida, clara e direta linha de comunicação entre Washington, DC e Moscovo. Uma série de acordos reduziu drasticamente as tensões USA-URSS durante os anos seguintes.
  
  

quinta-feira, outubro 28, 2021

A Crise dos Mísseis de Cuba terminou há 59 anos

Vista aérea mostrando base de lançamento de mísseis em Cuba, novembro de 1962

A Crise dos mísseis de Cuba, também conhecida como a Crise de Outubro (em espanhol: Crisis de Octubre), Crise do Caribe (em russo: Карибский кризис) foi um confronto de 13 dias (16-28 outubro de 1962) entre os Estados Unidos e a União Soviética relacionado com a implantação de mísseis balísticos soviéticos em Cuba. Além de ter sido televisionada em todo o mundo, foi o mais próximo que se chegou do início de uma guerra nuclear em grande escala durante a Guerra Fria.
Em resposta à fracassada Invasão da Baía dos Porcos de 1961 e à presença de mísseis balísticos norte-americanos PGM-19 Jupiter estacionados na Itália e na Turquia, o líder soviético Nikita Khrushchev decidiu aceitar o pedido de Cuba para colocar mísseis nucleares em seu território para deter uma futura invasão dos estados Unidos. Um acordo foi alcançado durante uma reunião secreta entre Kruchev e Fidel Castro em julho e a construção de uma série de instalações de lançamento de mísseis começou depois do verão.
Uma eleição estava em curso nos Estados Unidos. A Casa Branca negou as acusações de que estava ignorando os mísseis soviéticos a 145 quilómetros do litoral da Flórida. A instalação dos mísseis foi confirmada quando um avião espião Lockheed U-2 da Força Aérea dos Estados Unidos obteve provas fotográficas claras de instalações de mísseis balísticos R-12 Dvina e R-14 Chusovaya. Os Estados Unidos estabeleceram um bloqueio militar para evitar que novos mísseis entrassem em Cuba e anunciou que não permitiria que armas ofensivas fossem entregues a Cuba, além de ter exigido que as armas já entregues fossem desmontadas e levadas de volta para a URSS.
Depois de um longo período de tensas negociações, foi alcançado um acordo entre Kennedy e Kruschev. Publicamente, os soviéticos desmantelaram as suas armas em Cuba e levaram-nas para a União Soviética, sob reserva de verificação das Nações Unidas, em troca de uma declaração pública dos Estados Unidos de nunca invadir Cuba sem provocação direta. Secretamente, os Estados Unidos também concordaram que iriam desmantelar toda a rede de mísseis Júpiter que foi implantada na Turquia e Itália contra a União Soviética, mas que não era conhecida pelo público.
Todos os mísseis ofensivos e bombardeiros Ilyushin Il-28 foram retirados de Cuba e o bloqueio foi formalmente encerrado, em 20 de novembro de 1962. As negociações entre os Estados Unidos e a União Soviética destacaram a necessidade de uma rápida, clara e direta linha de comunicação entre Washington, DC e Moscovo. Uma série de acordos reduziu drasticamente as tensões USA-URSS durante os anos seguintes.
   

A crise começou quando os soviéticos, em resposta à instalação de mísseis nucleares na Turquia, Inglaterra e Itália, em 1961, e à invasão de Cuba pelos Estados Unidos, no mesmo ano, instalaram mísseis nucleares em Cuba. Em 14 de outubro, os Estados Unidos divulgaram fotos de um voo secreto realizado sobre Cuba, apontando cerca de quarenta silos para abrigar mísseis nucleares. Houve uma enorme tensão entre as duas superpotências pois uma guerra nuclear parecia mais próxima do que nunca. O governo de John F. Kennedy, apesar de suas ofensivas no ano anterior, encarou aquilo como um ato de guerra contra os Estados Unidos.
Nikita Kruschev, o primeiro-ministro da URSS à época, afirmou que os mísseis nucleares eram apenas defensivos, e que tinham sido lá instalados para dissuadir outra tentativa de invasão da ilha (meses antes, em 17 de abril de 1961, o governo Kennedy já havia empreendido a desastrada invasão da Baía dos Porcos, usando um grupo paramilitar constituído por exilados cubanos, apoiados pela CIA e pelas forças armadas dos Estados Unidos, na tentativa de derrubar o governo de Fidel Castro). A situação rapidamente evoluiu para um confronto aberto entre as duas potências.
Segundo o governo Kennedy, os Estados Unidos não poderiam admitir a existência de mísseis nucleares daquela dimensão a escassos 150 quilómetros do seu território. O presidente Kennedy avisou Khruschev de que os EUA não teriam dúvidas em usar armas nucleares contra Cuba, se os soviéticos não desativassem os silos e retirassem os mísseis da ilha.
  
   
O ponto culminante da crise foi o “sábado negro”, 27 de outubro, quando um dos aviões-espiões americano foi abatido sobre Cuba e o seu piloto morreu. A guerra parecia cada vez mais iminente e as negociações se tornaram dificílimas.
Foram treze dias de suspense mundial, devido ao medo de uma possível guerra nuclear, até que, em 28 de outubro, Kruschev, após conseguir secretamente uma futura retirada dos mísseis norte-americanos da Turquia e um acordo de que os EUA nunca invadiriam a ilha vizinha, concordou em remover os mísseis de Cuba.
Na televisão, todos os canais federais dos EUA interromperam os programas e transmitiram o comunicado urgente de Kruschev, que dizia:
"Nós concordamos em retirar de Cuba os meios que consideram ofensivos. Concordamos em fazer isto e declarar na ONU este compromisso. Os seus representantes farão uma declaração de que os EUA, considerando a inquietação e preocupação do Estado soviético, retirarão os seus meios análogos da Turquia".
  
Na década de 60, havia uma clara tendência à proliferação dos arsenais nucleares. Por esta razão, e ainda sob o impacto da crise dos mísseis de Cuba, os Estados Unidos, a União Soviética e a Inglaterra assinaram, em 1963, um acordo que proibia testes nucleares na atmosfera, em alto-mar e no espaço (assim, apenas testes subterrâneos poderiam ser legalmente realizados). Em 1968, as duas super-potências e outros 58 países aprovaram o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares. O objetivo desse acordo era tentar conter a corrida armamentista dentro de um certo limite. Com ele, os países que já possuíam bombas nucleares comprometiam-se a limitar os seus arsenais e os países que não os continham ficavam proibidos de desenvolvê-los, mas poderiam solicitar aos primeiros tecnologia nuclear para fins pacíficos.
      

sábado, outubro 16, 2021

A Crise dos mísseis de Cuba começou há 59 anos

Vista aérea mostrando base de lançamento de mísseis em Cuba, novembro de 1962

A Crise dos mísseis de Cuba, também conhecida como a Crise de Outubro (em espanhol: Crisis de Octubre), Crise do Caribe (em russo: Карибский кризис) foi um confronto de 13 dias (16-28 outubro de 1962) entre os Estados Unidos e a União Soviética relacionado com a implantação de mísseis balísticos soviéticos em Cuba. Além de ter sido televisionada em todo o mundo, foi o mais próximo que se chegou do início de uma guerra nuclear em grande escala durante a Guerra Fria.
Em resposta à fracassada Invasão da Baía dos Porcos de 1961 e à presença de mísseis balísticos norte-americanos PGM-19 Jupiter estacionados na Itália e na Turquia, o líder soviético Nikita Khrushchev decidiu aceitar o pedido de Cuba para colocar mísseis nucleares em seu território para deter uma futura invasão dos estados Unidos. Um acordo foi alcançado durante uma reunião secreta entre Kruchev e Fidel Castro em julho e a construção de uma série de instalações de lançamento de mísseis começou depois do verão.
Uma eleição estava em curso nos Estados Unidos. A Casa Branca negou as acusações de que estava ignorando os mísseis soviéticos a 145 quilómetros do litoral da Flórida. A instalação dos mísseis foi confirmada quando um avião espião Lockheed U-2 da Força Aérea dos Estados Unidos obteve provas fotográficas claras de instalações de mísseis balísticos R-12 Dvina e R-14 Chusovaya. Os Estados Unidos estabeleceram um bloqueio militar para evitar que novos mísseis entrassem em Cuba e anunciou que não permitiria que armas ofensivas fossem entregues a Cuba, além de ter exigido que as armas já entregues fossem desmontadas e levadas de volta para a URSS.
Depois de um longo período de tensas negociações, foi alcançado um acordo entre Kennedy e Kruschev. Publicamente, os soviéticos desmantelaram as suas armas em Cuba e levaram-nas para a União Soviética, sob reserva de verificação das Nações Unidas, em troca de uma declaração pública dos Estados Unidos de nunca invadir Cuba sem provocação direta. Secretamente, os Estados Unidos também concordaram que iriam desmantelar toda a rede de mísseis Júpiter que foi implantada na Turquia e Itália contra a União Soviética, mas que não era conhecida pelo público.
Todos os mísseis ofensivos e bombardeiros Ilyushin Il-28 foram retirados de Cuba e o bloqueio foi formalmente encerrado, em 20 de novembro de 1962. As negociações entre os Estados Unidos e a União Soviética destacaram a necessidade de uma rápida, clara e direta linha de comunicação entre Washington, DC e Moscovo. Uma série de acordos reduziu drasticamente as tensões USA-URSS durante os anos seguintes.
  
  

sábado, outubro 28, 2017

A Crise dos mísseis de Cuba terminou faz hoje 55 anos

Vista aérea mostrando base de lançamento de mísseis em Cuba, novembro de 1962

A Crise dos mísseis de Cuba, também conhecida como a Crise de Outubro (em espanhol: Crisis de Octubre), Crise do Caribe (em russo: Карибский кризис) foi um confronto de 13 dias (16-28 outubro de 1962) entre os Estados Unidos e a União Soviética relacionado com a implantação de mísseis balísticos soviéticos em Cuba. Além de ter sido televisionada em todo o mundo, foi o mais próximo que se chegou do início de uma guerra nuclear em grande escala durante a Guerra Fria.
Em resposta à fracassada Invasão da Baía dos Porcos de 1961 e à presença de mísseis balísticos norte-americanos PGM-19 Jupiter estacionados na Itália e na Turquia, o líder soviético Nikita Khrushchev decidiu aceitar o pedido de Cuba para colocar mísseis nucleares em seu território para deter uma futura invasão dos estados Unidos. Um acordo foi alcançado durante uma reunião secreta entre Kruchev e Fidel Castro em julho e a construção de uma série de instalações de lançamento de mísseis começou depois do verão.
Uma eleição estava em curso nos Estados Unidos. A Casa Branca negou as acusações de que estava ignorando os mísseis soviéticos a 145 quilómetros do litoral da Flórida. A instalação dos mísseis foi confirmada quando um avião espião Lockheed U-2 da Força Aérea dos Estados Unidos obteve provas fotográficas claras de instalações de mísseis balísticos R-12 Dvina e R-14 Chusovaya. Os Estados Unidos estabeleceram um bloqueio militar para evitar que novos mísseis entrassem em Cuba e anunciou que não permitiria que armas ofensivas fossem entregues a Cuba, além de ter exigido que as armas já entregues fossem desmontadas e levadas de volta para a URSS.
Depois de um longo período de tensas negociações, foi alcançado um acordo entre Kennedy e Kruschev. Publicamente, os soviéticos desmantelaram as suas armas em Cuba e levaram-nas para a União Soviética, sob reserva de verificação das Nações Unidas, em troca de uma declaração pública dos Estados Unidos de nunca invadir Cuba sem provocação direta. Secretamente, os Estados Unidos também concordaram que iriam desmantelar toda a rede de mísseis Júpiter que foi implantada na Turquia e Itália contra a União Soviética, mas que não era conhecida pelo público.
Todos os mísseis ofensivos e bombardeiros Ilyushin Il-28 foram retirados de Cuba e o bloqueio foi formalmente encerrado, em 20 de novembro de 1962. As negociações entre os Estados Unidos e a União Soviética destacaram a necessidade de uma rápida, clara e direta linha de comunicação entre Washington, DC e Moscovo. Uma série de acordos reduziu drasticamente as tensões USA-URSS durante os anos seguintes.

A crise começou quando os soviéticos, em resposta à instalação de mísseis nucleares na Turquia, Inglaterra e Itália, em 1961, e à invasão de Cuba pelos Estados Unidos, no mesmo ano, instalaram mísseis nucleares em Cuba. Em 14 de outubro, os Estados Unidos divulgaram fotos de um voo secreto realizado sobre Cuba, apontando cerca de quarenta silos para abrigar mísseis nucleares. Houve uma enorme tensão entre as duas superpotências pois uma guerra nuclear parecia mais próxima do que nunca. O governo de John F. Kennedy, apesar de suas ofensivas no ano anterior, encarou aquilo como um ato de guerra contra os Estados Unidos.
Nikita Kruschev, o primeiro-ministro da URSS à época, afirmou que os mísseis nucleares eram apenas defensivos, e que tinham sido lá instalados para dissuadir outra tentativa de invasão da ilha (meses antes, em 17 de abril de 1961, o governo Kennedy já havia empreendido a desastrada invasão da Baía dos Porcos, usando um grupo paramilitar constituído por exilados cubanos, apoiados pela CIA e pelas forças armadas dos Estados Unidos, na tentativa de derrubar o governo de Fidel Castro). A situação rapidamente evoluiu para um confronto aberto entre as duas potências.
Segundo o governo Kennedy, os Estados Unidos não poderiam admitir a existência de mísseis nucleares daquela dimensão a escassos 150 quilómetros do seu território. O presidente Kennedy avisou Khruschev de que os EUA não teriam dúvidas em usar armas nucleares contra Cuba, se os soviéticos não desativassem os silos e retirassem os mísseis da ilha.

O ponto culminante da crise foi o “sábado negro”, 27 de outubro, quando um dos aviões-espiões americano foi abatido sobre Cuba e o seu piloto morreu. A guerra parecia cada vez mais iminente e as negociações se tornaram dificílimas.
Foram treze dias de suspense mundial, devido ao medo de uma possível guerra nuclear, até que, em 28 de outubro, Kruschev, após conseguir secretamente uma futura retirada dos mísseis norte-americanos da Turquia e um acordo de que os EUA nunca invadiriam a ilha vizinha, concordou em remover os mísseis de Cuba.
Na televisão, todos os canais federais dos EUA interromperam os programas e transmitiram o comunicado urgente de Kruschev, que dizia:
"Nós concordamos em retirar de Cuba os meios que consideram ofensivos. Concordamos em fazer isto e declarar na ONU este compromisso. Os seus representantes farão uma declaração de que os EUA, considerando a inquietação e preocupação do Estado soviético, retirarão os seus meios análogos da Turquia".

Na década de 60, havia uma clara tendência à proliferação dos arsenais nucleares. Por esta razão, e ainda sob o impacto da crise dos mísseis de Cuba, os Estados Unidos, a União Soviética e a Inglaterra assinaram, em 1963, um acordo que proibia testes nucleares na atmosfera, em alto-mar e no espaço (assim, apenas testes subterrâneos poderiam ser legalmente realizados). Em 1968, as duas super-potências e outros 58 países aprovaram o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares. O objetivo desse acordo era tentar conter a corrida armamentista dentro de um certo limite. Com ele, os países que já possuíam bombas nucleares comprometiam-se a limitar os seus arsenais e os países que não os continham ficavam proibidos de desenvolvê-los, mas poderiam solicitar aos primeiros tecnologia nuclear para fins pacíficos.

segunda-feira, outubro 16, 2017

A Crise dos mísseis de Cuba começou há 55 anos

Vista aérea mostrando base de lançamento de mísseis em Cuba, novembro de 1962

A Crise dos mísseis de Cuba, também conhecida como a Crise de Outubro (em espanhol: Crisis de Octubre), Crise do Caribe (em russo: Карибский кризис) foi um confronto de 13 dias (16-28 outubro de 1962) entre os Estados Unidos e a União Soviética relacionado com a implantação de mísseis balísticos soviéticos em Cuba. Além de ter sido televisionada em todo o mundo, foi o mais próximo que se chegou do início de uma guerra nuclear em grande escala durante a Guerra Fria.
Em resposta à fracassada Invasão da Baía dos Porcos de 1961 e à presença de mísseis balísticos norte-americanos PGM-19 Jupiter estacionados na Itália e na Turquia, o líder soviético Nikita Khrushchev decidiu aceitar o pedido de Cuba para colocar mísseis nucleares em seu território para deter uma futura invasão dos estados Unidos. Um acordo foi alcançado durante uma reunião secreta entre Kruchev e Fidel Castro em julho e a construção de uma série de instalações de lançamento de mísseis começou depois do verão.
Uma eleição estava em curso nos Estados Unidos. A Casa Branca negou as acusações de que estava ignorando os mísseis soviéticos a 145 quilómetros do litoral da Flórida. A instalação dos mísseis foi confirmada quando um avião espião Lockheed U-2 da Força Aérea dos Estados Unidos obteve provas fotográficas claras de instalações de mísseis balísticos R-12 Dvina e R-14 Chusovaya. Os Estados Unidos estabeleceram um bloqueio militar para evitar que novos mísseis entrassem em Cuba e anunciou que não permitiria que armas ofensivas fossem entregues a Cuba, além de ter exigido que as armas já entregues fossem desmontadas e levadas de volta para a URSS.
Depois de um longo período de tensas negociações, foi alcançado um acordo entre Kennedy e Kruschev. Publicamente, os soviéticos desmantelaram as suas armas em Cuba e levaram-nas para a União Soviética, sob reserva de verificação das Nações Unidas, em troca de uma declaração pública dos Estados Unidos de nunca invadir Cuba sem provocação direta. Secretamente, os Estados Unidos também concordaram que iriam desmantelar toda a rede de mísseis Júpiter que foi implantada na Turquia e Itália contra a União Soviética, mas que não era conhecida pelo público.
Todos os mísseis ofensivos e bombardeiros Ilyushin Il-28 foram retirados de Cuba e o bloqueio foi formalmente encerrado, em 20 de novembro de 1962. As negociações entre os Estados Unidos e a União Soviética destacaram a necessidade de uma rápida, clara e direta linha de comunicação entre Washington, DC e Moscovo. Uma série de acordos reduziu drasticamente as tensões USA-URSS durante os anos seguintes.


segunda-feira, outubro 22, 2012

Há 50 anos, os americanos souberam que estavam perto de uma guerra mundial

U-2 reconnaissance photograph of Soviet nuclear missiles in Cuba. Missile transports and tents for fueling and maintenance are visible. Photo taken by the CIA

The Cuban missile crisis - known as the October crisis in Cuba and the Caribbean crisis in the USSR - was a 13-day confrontation between the Soviet Union and Cuba on one side and the United States on the other; the crisis occurred in October 1962, during the Cold War. In August 1962, after some unsuccessful operations by the US to overthrow the Cuban regime (Bay of Pigs, Operation Mongoose), the Cuban and Soviet governments secretly began to build bases in Cuba for a number of medium-range and intermediate-range ballistic nuclear missiles (MRBMs and IRBMs) with the ability to strike most of the continental United States. This action followed the 1958 deployment of Thor IRBMs in the UK (Project Emily) and Jupiter IRBMs to Italy and Turkey in 1961 – more than 100 US-built missiles having the capability to strike Moscow with nuclear warheads. On October 14, 1962, a United States Air Force U-2 plane on a photoreconnaissance mission captured photographic proof of Soviet missile bases under construction in Cuba.
Not only does the ensuing crisis rank with the Berlin Blockade, the Suez Crisis and the Yom Kippur War as one of the major confrontations of the Cold War, it is generally regarded as the moment in which the Cold War came closest to turning into a nuclear conflict, or possibly World War III, with an American research center estimating that 100 million Americans and over 100 million Russians would have perished. The crisis served as the first documented instance of the threat of mutual assured destruction (MAD) being discussed as a determining factor in a major international arms agreement.
The United States considered attacking Cuba via air and sea, but decided on a military blockade instead, calling it a "quarantine" for legal and other reasons. The US announced that it would not permit offensive weapons to be delivered to Cuba and demanded that the Soviets dismantle the missile bases already under construction or completed in Cuba and remove all offensive weapons. The Kennedy administration held only a slim hope that the Kremlin would agree to their demands, and expected a military confrontation. On the Soviet side, Premier Nikita Khrushchev wrote in a letter to Kennedy that his blockade of "navigation in international waters and air space" constituted "an act of aggression propelling humankind into the abyss of a world nuclear-missile war".
The Soviets publicly balked at the US demands, but in secret back-channel communications initiated a proposal to resolve the crisis. The confrontation ended on October 28, 1962, when President John F. Kennedy and United Nations Secretary-General U Thant reached a public and secret agreement with Khrushchev. Publicly, the Soviets would dismantle their offensive weapons in Cuba and return them to the Soviet Union, subject to United Nations verification, in exchange for a US public declaration and agreement never to invade Cuba. Secretly, the US agreed that it would dismantle all US-built Jupiter IRBMs deployed in Turkey and Italy.
Only two weeks after the agreement, the Soviets had removed the missile systems and their support equipment, loading them onto eight Soviet ships from November 5–9. A month later, on December 5 and 6, the Soviet Il-28 bombers were loaded onto three Soviet ships and shipped back to Russia. The blockade was formally ended at 6:45 pm EDT on November 20, 1962. Eleven months after the agreement, all American weapons were deactivated (by September 1963). An additional outcome of the negotiations was the creation of the Moscow–Washington hotline, a direct communications link between Moscow and Washington, D.C.

(...)

At 3:00 pm EDT on October 22, President Kennedy formally established the Executive Committee (EXCOMM) with National Security Action Memorandum (NSAM) 196. At 5:00 pm, he met with Congressional leaders who contentiously opposed a blockade and demanded a stronger response. In Moscow, Ambassador Kohler briefed Chairman Khrushchev on the pending blockade and Kennedy's speech to the nation. Ambassadors around the world gave advance notice to non-Eastern Bloc leaders. Before the speech, US delegations met with Canadian Prime Minister John Diefenbaker, British Prime Minister Harold Macmillan, West German Chancellor Konrad Adenauer, and French President Charles de Gaulle to brief them on the US intelligence and their proposed response. All were supportive of the US position.
On October 22 at 7:00 pm EDT, President Kennedy delivered a nation-wide televised address on all of the major networks announcing the discovery of the missiles.
It shall be the policy of this nation to regard any nuclear missile launched from Cuba against any nation in the Western Hemisphere as an attack by the Soviet Union on the United States, requiring a full retaliatory response upon the Soviet Union.
Kennedy described the administration's plan:
To halt this offensive buildup, a strict quarantine on all offensive military equipment under shipment to Cuba is being initiated. All ships of any kind bound for Cuba, from whatever nation or port, will, if found to contain cargoes of offensive weapons, be turned back. This quarantine will be extended, if needed, to other types of cargo and carriers. We are not at this time, however, denying the necessities of life as the Soviets attempted to do in their Berlin blockade of 1948.
During the speech a directive went out to all US forces worldwide placing them on DEFCON 3. The heavy cruiser USS Newport News was designated flagship for the blockade, with the USS Leary (DD-879) as Newport News'destroyer escort.