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segunda-feira, dezembro 02, 2024

O Parque Arqueológico do Côa tornou-se Património da Humanidade há 26 anos

Gravura rupestre em Penascosa - Vila Nova de Foz Côa

   

Os sítios de arte rupestre do Vale do Coa constituem uma rara concentração de arte rupestre composta por gravuras em pedra datadas do Paleolítico Superior (22.000 – 10.000 a.C.), situada ao longo das margens do rio Côa, nos municípios de Vila Nova de Foz Côa, Figueira de Castelo Rodrigo, Mêda e Pinhel.

O Vale do Côa apresenta mais de 1.200 rochas, distribuídas por 20 mil hectares de terreno, com manifestações rupestres, sendo predominantes as gravuras paleolíticas, executadas há mais de 25.000 anos. 

Após alguns anos de trabalhos em campo, uma pequena equipa liderada pelo arqueólogo transmontano, Nélson Rebanda, o património mundial enriqueceu-se em 1994 com o achado do maior complexo de arte rupestre paleolítico ao ar livre conhecido até hoje. Há 20.000 anos, o homem gravou milhares de desenhos representando cavalos e bovídeos nas rochas xistosas do Vale do Côa, afluente do rio Douro, no nordeste de Portugal. Desde agosto de 1996, o Parque Arqueológico do Vale do Côa organiza visitas a alguns núcleos de gravuras. No Vale do Côa existem centenas, talvez milhares de gravuras do período Paleolítico. O seu estudo está a ser realizado por uma equipa de arqueólogos coordenada por Mário Varela Gomes e António Martinho Baptista e demorará anos, talvez décadas.

As gravuras têm como suporte superfícies verticais de xisto, com exposição preferencial a nascente. A dimensão das gravuras oscila entre 15 cm e 180 cm, embora predominem as de 40–50 cm de extensão. As técnicas de gravação usadas são a picotagem e o abrasão, que por vezes coexistem, com o abrasão regularizando a picotagem. Os traços são largos, embora sejam por vezes acompanhados de uma grande quantidade de finos traços, que serviram de esboço ou complementavam os anteriores. Noutros casos, estes traços finos desenham formas dificilmente percetíveis. Existem também gravuras preenchidas com traços múltiplos.

As gravuras representam essencialmente figuras animalistas, embora se conheça uma representação humana e outra abstrata. Em março de 1995, ainda não se conheciam representações de signos, característicos da arte rupestre paleolítica. Os animais mais representados são os cavalos e os bovídeos (auroques, extintos). Exclusivos em certos núcleos, eles podem também coexistir com caprídeos e cervídeos. Os animais aparecem isolados ou em associação, constituindo autênticos painéis. As representações de animais podem sobrepor-se mais ou menos densamente, como podem também estar bem individualizadas.

Em agosto de 2010, a UNESCO adicionou Siega Verde ao sítio de arte rupestre do Vale do Côa, criando assim um núcleo transfronteiriço entre o Vale do Douro e a província espanhola de Salamanca .

Entre 2010 e finais de 2017, cerca de 19.000 pessoas visitaram o Parque Arqueológico do Vale do Côa.

Desde 2018 a Arte do Côa (que inclui o Museu e Parque Arqueológico do Vale do Côa) passou a integrar o Itinerário Cultural do Conselho da Europa, onde são representados sítios como Lascaux, Chauvet, Niaux (França), Altamira (Espanha) ou Valcamónica (Itália).

Em 2022, arqueólogos da Fundação Côa Parque colocaram a descoberto a gravura de uma cabra montesa numa placa de xisto com cerca de 12.000 anos, durante prospeções no Parque Arqueológico do Côa. Esta placa de xisto agora descoberta representa uma cabra montesa que foi identificada um novo sítio com arte móvel no território do Parque Arqueológico do Vale do Côa, no concelho de Foz Côa. A arte móvel é um tipo de arte paleolítica que se inscreve em suportes de pequeno tamanho (pedra, osso, haste ou marfim), passíveis de serem transportados. A placa de xisto encontra-se queimada e apresenta numa das faces a representação dos quartos dianteiros do que parece ser uma pequena cabra montesa, que segue um segundo animal de maior tamanho, cuja cauda curta e encurvada sugere tratar-se de um veado ou de uma cerva, ao qual falta a cabeça devido a fratura do suporte. Estas figuras apresentam os corpos muito geometrizados e são gravadas por incisão, o seu interior encontra-se totalmente preenchido por linhas igualmente incisas, um tipo de preenchimento a que os arqueólogos chamam “preenchimento estriado”.

Conjunto de gravuras rupestres - Penascosa - Vila Nova de Foz Côa

terça-feira, fevereiro 13, 2024

Hoje foi o Dia Mundial da Rádio...

  

O Dia Mundial da Rádio (em francês: Le jour mondial de la radio) é um dia internacional comemorado a 13 de fevereiro de cada ano. O Dia foi decidido pela UNESCO, a 3 de novembro de 2011, durante a sua 36ª conferência. 

 

Origem

A pedido da Academia Espanhola da Rádio, a 20 de setembro de 2010, Espanha propôs que o Conselho Executivo da UNESCO incluísse um item na agenda sobre a proclamação de um Dia Mundial da Rádio. O item para a proclamação de um “Dia Mundial do Rádio” foi adicionado à agenda provisória a 29 de setembro de 2011. A UNESCO realizou uma ampla consulta em 2011 com diversas partes interessadas, como associações de radiodifusão, agências da ONU, fundos e programas, ONGs relevantes, fundações e agências bilaterais de desenvolvimento, bem como Delegações Permanentes da UNESCO e Comissões Nacionais para a UNESCO. Entre as respostas, 91% foram a favor do projeto, incluindo o apoio oficial da União de Radiodifusão dos Estados Árabes (ASBU), da União de Radiodifusão da Ásia-Pacífico (ABU), da União Africana de Radiodifusão (AUB), da União de Radiodifusão do Caribe ( CBU), a União Europeia de Radiodifusão (EBU), a International Association of Broadcasting (IAB), a Associação Norte-Americana de Radiodifusoras (NABA), a Organización de Telecomunicaciones Ibeoramericanas (OTI), BBC, URTI, Rádio Vaticano, entre outras. Os resultados desta consulta estão disponíveis no documento 187 EX/13 da UNESCO.

Em dezembro de 2012, a Assembleia Geral da ONU endossou a proclamação do Dia Mundial do Rádio, que assim se tornou um dia a ser comemorado por todas as agências, fundos e programas da ONU e seus parceiros. Vários órgãos da indústria da rádio em todo o mundo, apoiam a iniciativa, incentivando estações em países desenvolvidos a ajudar aqueles no mundo em desenvolvimento. Na UNESCO, a consulta, a proclamação e as comemorações ficaram a cargo de Mirta Lourenço, Chefe do Setor de Desenvolvimento de Média.

 

 Temas do Dia Mundial da Rádio

Ano Tema
2012 Dia Mundial da Rádio 2012
2013 Dia Mundial da Rádio 2013
2014 Igualdade de género na rádio
2015 Jovens e rádio
2016 A rádio em tempos de desastre e emergência
2017 A rádio és tu
2018 Rádio e desporto
2019 Diálogo, tolerância e paz
2020 Diversidade
2021 Novo mundo, nova rádio
2022 A rádio e a confiança
2023 A rádio e a Paz
2024 Rádio: Um século informando, entretendo e educando

 

in Wikipédia

sábado, dezembro 02, 2023

O Parque Arqueológico do Côa é Património da Humanidade há vinte e cinco anos...!

Gravura rupestre em Penascosa - Vila Nova de Foz Côa

   

Os sítios de arte rupestre do Vale do Coa constituem uma rara concentração de arte rupestre composta por gravuras em pedra datadas do Paleolítico Superior (22.000 – 10.000 a.C.), situada ao longo das margens do rio Côa, nos municípios de Vila Nova de Foz Côa, Figueira de Castelo Rodrigo, Mêda e Pinhel.

O Vale do Côa apresenta mais de 1.200 rochas, distribuídas por 20 mil hectares de terreno, com manifestações rupestres, sendo predominantes as gravuras paleolíticas, executadas há mais de 25.000 anos. 

Após alguns anos de trabalhos em campo, uma pequena equipa liderada pelo arqueólogo transmontano, Nélson Rebanda, o património mundial enriqueceu-se em 1994 com o achado do maior complexo de arte rupestre paleolítico ao ar livre conhecido até hoje. Há 20.000 anos, o homem gravou milhares de desenhos representando cavalos e bovídeos nas rochas xistosas do Vale do Côa, afluente do rio Douro, no nordeste de Portugal. Desde agosto de 1996, o Parque Arqueológico do Vale do Côa organiza visitas a alguns núcleos de gravuras. No Vale do Côa existem centenas, talvez milhares de gravuras do período Paleolítico. O seu estudo está a ser realizado por uma equipa de arqueólogos coordenada por Mário Varela Gomes e António Martinho Baptista e demorará anos, talvez décadas.

As gravuras têm como suporte superfícies verticais de xisto, com exposição preferencial a nascente. A dimensão das gravuras oscila entre 15 cm e 180 cm, embora predominem as de 40–50 cm de extensão. As técnicas de gravação usadas são a picotagem e o abrasão, que por vezes coexistem, com o abrasão regularizando a picotagem. Os traços são largos, embora sejam por vezes acompanhados de uma grande quantidade de finos traços, que serviram de esboço ou complementavam os anteriores. Noutros casos, estes traços finos desenham formas dificilmente percetíveis. Existem também gravuras preenchidas com traços múltiplos.

As gravuras representam essencialmente figuras animalistas, embora se conheça uma representação humana e outra abstrata. Em março de 1995, ainda não se conheciam representações de signos, característicos da arte rupestre paleolítica. Os animais mais representados são os cavalos e os bovídeos (auroques, extintos). Exclusivos em certos núcleos, eles podem também coexistir com caprídeos e cervídeos. Os animais aparecem isolados ou em associação, constituindo autênticos painéis. As representações de animais podem sobrepor-se mais ou menos densamente, como podem também estar bem individualizadas.

Em agosto de 2010, a UNESCO adicionou Siega Verde ao sítio de arte rupestre do Vale do Côa, criando assim um núcleo transfronteiriço entre o Vale do Douro e a província espanhola de Salamanca .

Entre 2010 e finais de 2017, cerca de 19.000 pessoas visitaram o Parque Arqueológico do Vale do Côa.

Desde 2018 a Arte do Côa (que inclui o Museu e Parque Arqueológico do Vale do Côa) passou a integrar o Itinerário Cultural do Conselho da Europa, onde são representados sítios como Lascaux, Chauvet, Niaux (França), Altamira (Espanha) ou Valcamónica (Itália).

Em 2022, arqueólogos da Fundação Côa Parque colocaram a descoberto a gravura de uma cabra montesa numa placa de xisto com cerca de 12.000 anos, durante prospeções no Parque Arqueológico do Côa. Esta placa de xisto agora descoberta representa uma cabra montesa que foi identificada um novo sítio com arte móvel no território do Parque Arqueológico do Vale do Côa, no concelho de Foz Côa. A arte móvel é um tipo de arte paleolítica que se inscreve em suportes de pequeno tamanho (pedra, osso, haste ou marfim), passíveis de serem transportados. A placa de xisto encontra-se queimada e apresenta numa das faces a representação dos quartos dianteiros do que parece ser uma pequena cabra montesa, que segue um segundo animal de maior tamanho, cuja cauda curta e encurvada sugere tratar-se de um veado ou de uma cerva, ao qual falta a cabeça devido a fratura do suporte. Estas figuras apresentam os corpos muito geometrizados e são gravadas por incisão, o seu interior encontra-se totalmente preenchido por linhas igualmente incisas, um tipo de preenchimento a que os arqueólogos chamam “preenchimento estriado”.

Conjunto de gravuras rupestres - Penascosa - Vila Nova de Foz Côa

sexta-feira, dezembro 02, 2022

O Parque Arqueológico do Côa é Património da Humanidade há 24 anos...!

Gravura rupestre em Penascosa - Vila Nova de Foz Côa

   

Os sítios de arte rupestre do Vale do Coa constituem uma rara concentração de arte rupestre composta por gravuras em pedra datadas do Paleolítico Superior (22.000 – 10.000 a.C.), situada ao longo das margens do rio Côa, nos municípios de Vila Nova de Foz Côa, Figueira de Castelo Rodrigo, Mêda e Pinhel.

O Vale do Côa apresenta mais de 1.200 rochas, distribuídas por 20 mil hectares de terreno com manifestações rupestres, sendo predominantes as gravuras paleolíticas, executadas há mais de 25.000 anos. 

 

Após alguns anos de trabalhos em campo, uma pequena equipa liderada pelo arqueólogo transmontano, Nélson Rebanda, o património mundial enriqueceu-se em 1994 com o achado do maior complexo de arte rupestre paleolítico ao ar livre conhecido até hoje. Há 20.000 anos, o homem gravou milhares de desenhos representando cavalos e bovídeos nas rochas xistosas do Vale do Côa, afluente do rio Douro, no nordeste de Portugal. Desde agosto de 1996, o Parque Arqueológico do Vale do Côa organiza visitas a alguns núcleos de gravuras. No Vale do Côa existem centenas, talvez milhares de gravuras do período Paleolítico. O seu estudo está a ser realizado por uma equipa de arqueólogos coordenada por Mário Varela Gomes e António Martinho Baptista e demorará anos, talvez décadas.

As gravuras têm como suporte superfícies verticais de xisto, com exposição preferencial a nascente. A dimensão das gravuras oscila entre 15 cm e 180 cm, embora predominem as de 40–50 cm de extensão. As técnicas de gravação usadas são a picotagem e o abrasão, que por vezes coexistem, com o abrasão regularizando a picotagem. Os traços são largos, embora sejam por vezes acompanhados de uma grande quantidade de finos traços, que serviram de esboço ou complementavam os anteriores. Noutros casos, estes traços finos desenham formas dificilmente percetíveis. Existem também gravuras preenchidas com traços múltiplos.

As gravuras representam essencialmente figuras animalistas, embora se conheça uma representação humana e outra abstrata. Em março de 1995, ainda não se conheciam representações de signos, característicos da arte rupestre paleolítica. Os animais mais representados são os cavalos e os bovídeos (auroques, extintos). Exclusivos em certos núcleos, eles podem também coexistir com caprídeos e cervídeos. Os animais aparecem isolados ou em associação, constituindo autênticos painéis. As representações de animais podem sobrepor-se mais ou menos densamente, como podem também estar bem individualizadas.

Em agosto de 2010, a UNESCO adicionou Siega Verde ao sítio de arte rupestre do Vale do Côa, criando assim um núcleo transfronteiriço entre o Vale do Douro e a província espanhola de Salamanca .

Entre 2010 e finais de 2017, cerca de 19.000 pessoas visitaram o Parque Arqueológico do Vale do Côa.

Desde 2018 a Arte do Côa (que inclui o Museu e Parque Arqueológico do Vale do Côa) passou a integrar o Itinerário Cultural do Conselho da Europa, onde são representados sítios como Lascaux, Chauvet, Niaux (França), Altamira (Espanha) ou Valcamónica (Itália).

Em 2022, arqueólogos da Fundação Côa Parque colocaram a descoberto a gravura de uma cabra montesa numa placa de xisto com cerca de 12.000 anos, durante prospeções no Parque Arqueológico do Côa. Esta placa de xisto agora descoberta representa uma cabra montesa que foi identificada um novo sítio com arte móvel no território do Parque Arqueológico do Vale do Côa, no concelho de Foz Côa. A arte móvel é um tipo de arte paleolítica que se inscreve em suportes de pequeno tamanho (pedra, osso, haste ou marfim), passíveis de serem transportados. A placa de xisto encontra-se queimada e apresenta numa das faces a representação dos quartos dianteiros do que parece ser uma pequena cabra montesa, que segue um segundo animal de maior tamanho, cuja cauda curta e encurvada sugere tratar-se de um veado ou de uma cerva, ao qual falta a cabeça devido a fratura do suporte. Estas figuras apresentam os corpos muito geometrizados e são gravadas por incisão, o seu interior encontra-se totalmente preenchido por linhas igualmente incisas, um tipo de preenchimento a que os arqueólogos chamam “preenchimento estriado”.

Conjunto de gravuras rupestres - Penascosa - Vila Nova de Foz Côa

quinta-feira, dezembro 02, 2021

A UNESCO reconheceu o Parque Arqueológico do Côa como Património da Humanidade há 23 anos

Gravura rupestre em Penascosa - Vila Nova de Foz Côa

   

Os sítios de arte rupestre do Vale do Coa constituem uma rara concentração de arte rupestre composta por gravuras em pedra datadas do Paleolítico Superior (22.000 – 10.000 a.C.), situada ao longo das margens do rio Côa, nos municípios de Vila Nova de Foz Côa, Figueira de Castelo Rodrigo, Mêda e Pinhel.

 

Após alguns anos de trabalhos em campo, uma pequena equipa liderada pelo arqueólogo transmontano, Nélson Rebanda, o património mundial enriqueceu-se em 1994 com o achado do maior complexo de arte rupestre paleolítico ao ar livre conhecido até hoje. Há 20.000 anos, o homem gravou milhares de desenhos representando cavalos e bovídeos nas rochas xistosas do Vale do Côa, afluente do rio Douro, no nordeste de Portugal. Desde agosto de 1996, o Parque Arqueológico do Vale do Côa organiza visitas a alguns núcleos de gravuras. No Vale do Côa existem centenas, talvez milhares de gravuras do período Paleolítico. O seu estudo está a ser realizado por uma equipa de arqueólogos coordenada por Mário Varela Gomes e António Martinho Baptista e demorará anos, talvez décadas.

As gravuras têm como suporte superfícies verticais de xisto, com exposição preferencial a nascente. A dimensão das gravuras oscila entre 15 cm e 180 cm, embora predominem as de 40–50 cm de extensão. As técnicas de gravação usadas são a picotagem e o abrasão, que por vezes coexistem, com o abrasão regularizando a picotagem. Os traços são largos, embora sejam por vezes acompanhados de uma grande quantidade de finos traços, que serviram de esboço ou complementavam os anteriores. Noutros casos, estes traços finos desenham formas dificilmente perceptíveis. Existem também gravuras preenchidas com traços múltiplos.

As gravuras representam essencialmente figuras animalistas, embora se conheça uma representação humana e outra abstracta. Em março de 1995, ainda não se conheciam representações de signos, característicos da arte rupestre paleolítica. Os animais mais representados são os cavalos e os bovídeos (auroques, extintos). Exclusivos em certos núcleos, eles podem também coexistir com caprídeos e cervídeos. Os animais aparecem isolados ou em associação, constituindo autênticos painéis. As representações de animais podem sobrepor-se mais ou menos densamente, como podem também estar bem individualizadas.

Em agosto de 2010, a UNESCO adicionou Siega Verde ao sítio de arte rupestre do Vale do Côa, criando assim um núcleo transfronteiriço entre o Vale do Douro e a província espanhola de Salamanca .

Entre 2010 e finais de 2017, cerca de 19.000 pessoas visitaram o Parque Arqueológico do Vale do Côa.

Desde 2018 a Arte do Côa (que inclui o Museu e Parque Arqueológico do Vale do Côa) passou a integrar o Itinerário Cultural do Conselho da Europa, onde são representados sítios como Lascaux, Chauvet, Niaux (França), Altamira (Espanha) ou Valcamónica (Itália).

 

quarta-feira, dezembro 02, 2020

A UNESCO reconheceu o Parque Arqueológico do Côa como Património da Humanidade há 22 anos!

Gravura rupestre - Penascosa - Vila Nova de Foz Côa

   

Os sítios de arte rupestre do Vale do Coa constituem uma rara concentração de arte rupestre composta por gravuras em pedra datadas do Paleolítico Superior (22 000–10 000 a.C.), situada ao longo das margens do rio Côa, nos municípios de Vila Nova de Foz Côa, Figueira de Castelo Rodrigo, Mêda e Pinhel.

 

Após alguns anos de trabalhos em campo, uma pequena equipa liderada pelo arqueólogo Transmontano, Nélson Rebanda, o património mundial enriqueceu-se em 1994 com o achado do maior complexo de arte rupestre paleolítico ao ar livre conhecido até hoje. Há 20 000 anos, o homem gravou milhares de desenhos representando cavalos e bovídeos nas rochas xistosas do Vale do Côa, afluente do rio Douro, no nordeste de Portugal. Desde Agosto de 1996, o Parque Arqueológico do Vale do Côa organiza visitas a alguns núcleos de gravuras. No Vale do Côa existem centenas, talvez milhares de gravuras do período Paleolítico. O seu estudo está a ser realizado por uma equipa de arqueólogos coordenada por Mário Varela Gomes e António Martinho Baptista e demorará anos, talvez décadas.

As gravuras têm como suporte superfícies verticais de xisto, com exposição preferencial a nascente. A dimensão das gravuras oscila entre 15 cm e 180 cm, embora predominem as de 40–50 cm de extensão. As técnicas de gravação usadas são a picotagem e o abrasão, que por vezes coexistem, com o abrasão regularizando a picotagem. Os traços são largos, embora sejam por vezes acompanhados de uma grande quantidade de finos traços, que serviram de esboço ou complementavam os anteriores. Noutros casos, estes traços finos desenham formas dificilmente perceptíveis. Existem também gravuras preenchidas com traços múltiplos.

As gravuras representam essencialmente figuras animalistas, embora se conheça uma representação humana e outra abstracta. Em Março de 1995, ainda não se conheciam representações de signos, característicos da arte rupestre paleolítica. Os animais mais representados são os cavalos e os bovídeos (auroques, extintos). Exclusivos em certos núcleos, eles podem também coexistir com caprídeos e cervídeos. Os animais aparecem isolados ou em associação, constituindo autênticos painéis. As representações de animais podem sobrepor-se mais ou menos densamente, como podem também estar bem individualizadas.

Em Agosto de 2010, a UNESCO adicionou Siega Verde ao sítio de arte rupestre do Vale do Côa, criando assim um núcleo transfronteiriço entre o Vale do Douro e a província espanhola de Salamanca .

Entre 2010 e finais de 2017, cerca de 19 000 pessoas visitaram o Parque Arqueológico do Vale do Côa.

Desde 2018 a Arte do Côa (que inclui o Museu e Parque Arqueológico do Vale do Côa) passou a integrar o Itinerário Cultural do Conselho da Europa, onde são representados sítios como Lascaux, Chauvet, Niaux (França), Altamira (Espanha) ou Valcamónica (Itália).

 

in Wikipédia

segunda-feira, dezembro 02, 2013

O Parque Arqueológico do Côa passou a Património da Humanidade da UNESCO há 15 anos!


O Vale do Côa

Nas montanhas do nordeste de Portugal, região de extensos olivais, onde no início da primavera (fevereiro e março) florescem amendoeiras e no outono (setembro e outubro) as vinhas se cobrem de folhas cor de fogo, corre para o rio Douro, um afluente cujo nome se tornou universal: é o Côa, que encerra ao longo do vale um expressivo ciclo artístico. Milénio após milénio, as rochas de xisto que delimitam o seu leito foram-se convertendo em painéis de arte, com milhares de gravuras legadas pelo impulso criador dos nossos antepassados.

Remontando ao Paleolítico Superior, estes "painéis" ao ar livre e os “habitat” identificados, são testemunhos do povoamento, de uma vitalidade e de uma mestria de concepção e traços que trouxeram até nós 25.000 anos de tempo. Esta longa galeria de arte dá-nos registos do período Neolítico e da Idade do Ferro, transpondo depois de um só fôlego dois mil anos de História para firmar na Época Moderna representações religiosas, nomes e datas até há poucas dezenas de anos.

Os motivos, na sua quase totalidade gravados, apresentam temáticas, técnicas e convencionalismos comuns às obras contemporâneas da Europa Ocidental que o séc. XIX haveria de descobrir em ambientes fechados nas grutas franco-cantábricas e a viragem do século viria a apelidar de grande arte. É no séc. XX que a arte do Côa surge ao ar livre, onde um jogo diário e sazonal de claridade e sombras a expõe e esconde numa fantástica sequência de revelação e ocultamento.

Os últimos dezassete quilómetros do rio Côa, com centenas de gravuras do Paleolítico nas suas margens e que se estendem até ao Douro, viriam a pertencer ao primeiro parque arqueológico português, incluídas desde 2 de dezembro de 1998 na lista dos monumentos que a UNESCO considera Património da Humanidade.

Todo este magnífico conjunto ao ar livre, que põe de parte o velho mito da arte rupestre encerrada em cavernas, pode ser apreciado na exposição do Museu, através de originais de arte móvel, réplicas de “painéis” e informação interactiva que utiliza as modernas tecnologias digitais e também em visitas organizadas ao vale com guias especializados (mediante reserva).

Na região podem ainda ser visitadas quintas produtoras dos vinhos do Douro e Porto que os comercializam e, em pleno Parque Arqueológico, a Quinta da Ervamoira recebe visitantes e integra o Museu da Quinta, que retrata a região, aspectos ambientais e ocupação humana, com particular destaque para a produção do vinho e da vinha, uma das riquezas desta região de Portugal.

domingo, novembro 27, 2011

Portugal e a música portuguesa estão de parabéns!

Decisão em Bali, na Indonésia
Fado é Património Imaterial da Humanidade

Fado de Amália Rodrigues foi ouvido em Bali

O Fado foi reconhecido este domingo pela UNESCO como Património Imaterial da Humanidade.

'Que Estranha Forma de Vida', de Amália Rodrigues, foi ouvido na sala, após um discurso emocionado de António Costa, presidente da Câmara de Lisboa.

"Foi uma grande alegria, sobretudo depois de uma espera tão longa", afirmou à SIC a directora do Museu do Fado, Sara Pereira.

"Muita gente achava que o fado era triste. O fado é alegria", disse António Costa.

A decisão era esperada desde a madrugada de hoje, mas longas discussões sobre outras candidaturas fizeram atrasar o processo. A comitiva portuguesa em Bali foi aplaudida e contou com o apoio de Espanha, que sempre se mostrou favorável à candidatura da música portuguesa.

A partir de hoje o Fado já não é apenas uma canção portuguesa, mas uma canção do Mundo.

in CM - ler notícia


Estranha forma de vida
Letra: Amália Rodrigues
Música: Alfredo Marceneiro

Foi por vontade de Deus
que eu vivo nesta ansiedade.
Que todos os ais são meus,
que é toda a minha saudade.
Foi por vontade de Deus.

Que estranha forma de vida
tem este meu coração:
vives de vida perdida;
Quem lhe daria o condão?
Que estranha forma de vida.

Coração independente,
coração que não comando:
vives perdido entre a gente,
teimosamente sangrando,
coração independente.

Eu não te acompanho mais:
para, deixa de bater.
Se não sabes aonde vais,
porque teimas em correr,
eu não te acompanho mais

Se não sabes onde vais:
para, deixa de bater,
eu não te acompanho mais.

terça-feira, agosto 03, 2010

Uma candidatura em banho-de-maria

Património Mundial
UNESCO: candidatura dos icnofósseis de dinossauros da Península Ibérica estava incompleta


Os sítios dos icnofósseis dos dinossauros da Península Ibérica não foram incluídos na Lista do Património Mundial em análise na 34ª Sessão do Comité do Património Mundial, que decorre até amanhã em Brasília, mas sua candidatura voltará a ser analisada numa próxima reunião do Comité da UNESCO.

A decisão, tomada há pouco no âmbito da 34ª sessão do Comité do Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), foi revelada à Lusa por fonte ligada ao património da Península Ibérica.

Segundo a mesma fonte, a decisão foi bem recebida pelos representantes de Portugal e Espanha na reunião, porque ainda há possibilidade da sua inclusão na Lista do Património Mundial.

De acordo com a assessoria da Unesco, o dossier da candidatura foi considerado incompleto e será devolvido aos Estados que fizeram o pedido de registo, para adicionarem outras informações.

Três dos locais dos icnofósseis de dinossauros encontram-se em território português e cerca de uma dezena em Espanha.

Os representantes de Portugal e Espanha já tinham dito à Lusa que não consideravam fácil a inserção daqueles vestígios na Lista do Património Mundial e, portanto, a decisão do Comité da UNESCO foi aplaudida pelas delegações da Península Ibérica.

O balanço dos novos sítios registados como Património da Humanidade será feito na tarde desta segunda-feira pelo presidente do Comité, o ministro brasileiro da Cultura, Juca Ferreira.

A 34ª Sessão do Comité do Património Mundial encerra no próximo dia 3.

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Pegadas de dinossáurio ibéricas candidatadas a Património Mundial

Portugal e Espanha apresentaram, no dia 31.01.2008, candidatura conjunta de jazidas com pegadas de dinossáurio ibéricas a Património Mundial da UNESCO

Icnofóssil de pegada de dinossauro terópode
Vale de Meios. Jurássico
CMS/2007
 
A candidatura:

As jazidas fossilíferas com pegadas de dinossauros encontradas na Península Ibérica foram apresentadas à UNESCO para classificação como Património da Humanidade.

A candidatura das jazidas portuguesas foi coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente com base na investigação paleoicnológica desenvolvida pela paleontóloga Vanda Santos, do Museu Nacional de História Natural da Universidade de Lisboa (e diplomada do GeoFCUL).

As jazidas portuguesas incluidas na candidatura são: Pedreira do Galinha e Vale de Meios (ver foto da manchete), ambas no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, e Pedra da Mua, no Parque Natural da Arrábida, toda elas de idade jurássica.

"As jazidas com pegadas de dinossauros constituem locais de excepcional interesse geológico e paleontológico e têm valor universal do ponto de vista científico, didático e patrimonial, pois constituem relevantes vestígios de locomoção de dinossauros", afirmou a Comissão Nacional da Unesco de Portugal.

"Outros trilhos, que por razões de ordem técnica não puderam nesta fase ser incluídos na candidatura, oportunamente serão objeto de uma adenda à presente proposta", acrescentou, ainda, a comissão.

A candidatura, apresentada no dia 31 de Janeiro, deve ser analisada na sessão de 2009 do Comité do Património Mundial, que decidirá sobre a sua integração na Lista do Património Mundial da UNESCO.

 
O GeoFCUL e as jazidas de pegadas de dinossáurios:

Várias actividades desenvolvidas pelo GeoFCUL envolvem as jazidas de pegadas de dinossáurios agora apresentadas para classificação como património mundial:
 
  
Para saber mais sobre este tema:
 


CMS/06.02.2008
  
in site GeoFCUL - ver notícia