quinta-feira, janeiro 02, 2020
Inquérito do IPMA sobre o sismo de 1 de janeiro de 1980
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quarta-feira, janeiro 01, 2020
Um sismo matou 71 pessoas nos Açores há quarenta anos
Igreja da Misericórdia |
Os danos
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terça-feira, janeiro 01, 2019
Um sismo matou 71 pessoas, na Terceira e São Jorge, há 39 anos
Igreja da Misericórdia |
O sismo da Terceira de 1980, também referido como terramoto de 1980 nos Açores, foi uma catástrofe natural, um sismo de grande intensidade, ocorrido a 1 de janeiro de 1980 no Grupo Central do arquipélago dos Açores.
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terça-feira, fevereiro 20, 2018
Vitorino Nemésio morreu há quarenta anos
- O Bicho Harmonioso (1938)
- Eu, Comovido a Oeste (1940)
- Nem Toda a Noite a Vida (1953)
- O Verbo e a Morte (1959)
- Canto de Véspera (1966)
- Sapateia Açoriana, Andamento Holandês e Outros Poemas (1976)
- Caderno de Caligraphia e outros Poemas a Marga (2003) - póstumo
- Paço de Milhafre (1924)
- Varanda de Pilatos (1926)
- Mau Tempo no Canal (1944), romance galardoado com o Prémio Ricardo Malheiros
- Sob os Signos de Agora (1932)
- A Mocidade de Herculano (1934)
- Relações Francesas do Romantismo Português (1936)
- Ondas Médias (1945)
- Conhecimento de Poesia (1958)
Crónica
- O Segredo de Ouro Preto (1954)
- Corsário das Ilhas (1956)
- Jornal do Observador (1974)
A ficção em Vitorino Nemésio
Poesia de Vitorino Nemésio
- O Bicho Harmonioso (publicada em 1938)
- Eu, Comovido a Oeste (publicada em 1940)
- Festa Redonda (publicada em 1950)
- Nem toda a Noite a Vida (publicada em 1952)
- O Pão e a Culpa (publicada em 1955)
- O Verbo e a Morte (publicada em 1959)
- Sapateia Açoriana (publicada em 1976)
- Caderno de Caligraphia e outros Poemas a Marga (póstumo, publicada em 2003)
Outras atividades
"(...) Quisera poder enfeixar nesta página emotiva o essencial da minha consciência de ilhéu. Em primeiro lugar o apego à terra, este amor elementar que não conhece razões, mas impulsos; e logo o sentimento de uma herança étnica que se relaciona intimamente com a grandeza do mar.Um espírito nada tradicionalista, mas humaníssimo nas suas contradições, com um temperamento e uma forma literária cépticos, - o basco espanhol Baroja, - escreveu um livro chamado Juventud, Egolatria 'O ter nascido junto do mar agrada-me, parece-me como um augúrio de liberdade e de câmbio'. Escreveu a verdade. E muito mais quando se nasce mais do que junto do mar, no próprio seio e infinitude do mar, como as medusas e os peixes (...)Uma espécie de embriaguez do isolamento impregna a alma e os actos de todo o ilhéu, estrutura-lhe o espírito e procura uma fórmula quási religiosa de convívio com quem não teve a fortuna de nascer, como o logos, na água (...)
(...) Meio milénio de existência sobre tufos vulcânicos, por baixo de nuvens que são asas e bicharocos que são nuvens, é já uma carga respeitável de tempo - e o tempo é espírito em fieri (...)
Como homens, estamos soldados historicamente ao povo de onde viemos e enraizados pelo habitat a uns montes de lava que soltam da própria entranha uma substância que nos penetra. A geografia, para nós, vale outro tanto como a história, e não é debalde que as nossas recordações escritas inserem uns cinquenta por cento de relatos de sismos e enchentes. Como as sereias temos uma dupla natureza: somos de carne e pedra. Os nossos ossos mergulham no mar.
Um dia, se me puder fechar nas minhas quatro paredes da Terceira, sem obrigações para com o mundo e com a vida civil já cumprida, tentarei um ensaio sobre a minha açorianidade subjacente que o desterro afina e exacerba."
"Outro sintoma linguístico da impulsividade afirmativa dos Açores como etnia ou espaço geográfico originais está no emprego da palavra 'açorianidade'. Quem escreve estas linhas passa por inventor desse vocábulo, há bons quarenta anos. Luís Ribeiro, o insigne etnógrafo e jurisconsulto açoriano de 'Os Açores de Portugal' - opúsculo de grande valia, pela posição de contraste, para o emancipalismo de hoje - foi um dos que generosamente me 'patentearam' por tão pobre criação vocabular. Porque lia então muitos ensaístas espanhóis, incluindo o clássico Pi y Margall de 'Las nacionalidades', decalquei sobre 'hispanidade e argentinidade' (Unamuno) o meu 'açorianidade' ".
Corno Coxo
Fui hoje à Caixa, Marga, receber
A pensão de reforma.
Coxo e doido, Marga. Muito!
Duro é ser velho, e, então, de ossos a arder?
A minha tíbia engole facas.
Fui hoje à Caixa receber
O troco das pernas fracas.
E lembrei-me de ti, que eras habituée
Lá pela ordem dos trinta, dos cinquenta milhões.
Da formiga à cigarra:
(Iguais ocasiões)
- Que faisiez vous aux temps chaux,
Dit-elle à cette emprunteuse.
Lembrei-me de ti com La Fontaine,
Cigarra, claro, chanteuse.
Formiga fora uma aubaine.
Marga, é tão triste o dinheiro!
Até já o ganhas, como eu,
E andaste coxa, cheia de dores
Tu que o atiravas aos punhados
Como em batalha de flores
Estás como os reformados
À espera dos directores
Mas como ainda és bonita
E há sempre um, pronto aos favores,
Vê bem o que ele te debita
Que descontos te faz
Ê provável que insista
Sabendo-te "petite amie" de um pobre pensionista
A menina bem sabe que há certas coisas que nem mesmo um aperto
(Ai, a minha perninha!)
Cornucópia - corno coxo.
in Caderno de Caligraphia e outros Poemas a Marga (2003) - Vitorino Nemésio
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segunda-feira, janeiro 01, 2018
Faz hoje 38 anos que ocorreu um grande terramoto nos Açores...
O sismo da Terceira de 1980, também referido como terramoto de 1980 nos Açores, foi uma catástrofe natural, um sismo de grande intensidade, ocorrido a 1 de janeiro de 1980 no Grupo Central do arquipélago dos Açores.
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sexta-feira, janeiro 01, 2016
Há 36 anos ocorreu um grande terramoto nos Açores...
O sismo da Terceira de 1980, também referido como terramoto de 1980 nos Açores, foi uma catástrofe natural, um sismo de grande intensidade, ocorrido a 1 de janeiro de 1980 no Grupo Central do arquipélago dos Açores.
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quinta-feira, janeiro 01, 2015
Há trinta e cinco anos um sismo matou 71 pessoas nos Açores
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sexta-feira, abril 11, 2014
Sismo moderado nos Açores
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera informa que no dia 11.04,2014 pelas 02.41 (hora local - UTC) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Arquipélago dos Açores, um sismo de magnitude 5.0 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 60 km a Oeste de Ginetes (S. Miguel).
Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima IV (escala de Mercalli modificada) na região de Ponta Delgada (São Miguel) e intensidade III nas regiões de Praia da Vitoria e Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.De acordo com a informação disponível, este sismo foi sentido, devendo em breve ser emitido novo comunicado com informação instrumental e macrossísmica actualizada.Se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados.Sugere-se o acompanhamento da evolução da situação através da página do IPMA na Internet (www.ipma.pt) e a obtenção de eventuais recomendações junto do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (www.prociv.azores.gov.pt).
NOTA: mais dados do IPMA sobre o sismo:
Data (TU) | Lat. | Lon. | Prof. | Mag. | Ref. | Grau | Local | |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
2014.04.11 02.41 | 37,97 | -26,51 | - | 5,0 | Fossa de Hirondelle | IV | Ponta Delgada |
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quarta-feira, janeiro 01, 2014
Há 33 anos um sismo matou 71 pessoas na Terceira e São Jorge
Igreja da Misericórdia |
O sismo da Terceira de 1980, também referido como terramoto de 1980 nos Açores, foi uma catástrofe natural, um sismo de grande intensidade, ocorrido a 1 de janeiro de 1980 no Grupo Central do arquipélago dos Açores.
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quarta-feira, outubro 02, 2013
Sismo sentido nos Açores - ilha Terceira
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) informa que no dia 01.10.2013 pelas 23.29 (hora local e UTM) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Arquipélago dos Açores, um sismo de magnitude 2.9 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 10 km a Nordeste de Sta Cruz (Praia da Vitória - Terceira).Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima III (escala de Mercalli modificada) nas regiões de Praia da Vitória e Fonte Bastardo, Ilha Terceira.Se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados.Sugere-se o acompanhamento da evolução da situação através da página do IPMA na Internet (www.ipma.pt) e a obtenção de eventuais recomendações junto do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (www.prociv.azores.gov.pt).
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quarta-feira, fevereiro 20, 2013
Vitorino Nemésio morreu há 35 anos
- O Bicho Harmonioso (1938)
- Eu, Comovido a Oeste (1940)
- Nem Toda a Noite a Vida (1953)
- O Verbo e a Morte (1959)
- Canto de Véspera (1966)
- Sapateia Açoriana, Andamento Holandês e Outros Poemas (1976)
- Caderno de Caligraphia e outros Poemas a Marga (2003) - póstumo
- Paço de Milhafre (1924)
- Varanda de Pilatos (1926)
- Mau Tempo no Canal (1944), romance galardoado com o Prémio Ricardo Malheiros
- Sob os Signos de Agora (1932)
- A Mocidade de Herculano (1934)
- Relações Francesas do Romantismo Português (1936)
- Ondas Médias (1945)
- Conhecimento de Poesia (1958)
Crónica
- O Segredo de Ouro Preto (1954)
- Corsário das Ilhas (1956)
- Jornal do Observador (1974)
A ficção em Vitorino Nemésio
Outros géneros narrativos
Poesia de Vitorino Nemésio
- O Bicho Harmonioso (publicada em 1938)
- Eu, Comovido a Oeste (publicada em 1940)
- Festa Redonda (publicada em 1950)
- Nem toda a Noite a Vida (publicada em 1952)
- O Pão e a Culpa (publicada em 1955)
- O Verbo e a Morte (publicada em 1959)
- Sapateia Açoriana (publicada em 1976)
- Caderno de Caligraphia e outros Poemas a Marga (póstumo, publicada em 2003)
Outras atividades
"(...) Quisera poder enfeixar nesta página emotiva o essencial da minha consciência de ilhéu. Em primeiro lugar o apego à terra, este amor elementar que não conhece razões, mas impulsos; e logo o sentimento de uma herança étnica que se relaciona intimamente com a grandeza do mar.Um espírito nada tradicionalista, mas humaníssimo nas suas contradições, com um temperamento e uma forma literária cépticos, - o basco espanhol Baroja, - escreveu um livro chamado Juventud, Egolatria 'O ter nascido junto do mar agrada-me, parece-me como um augúrio de liberdade e de câmbio'. Escreveu a verdade. E muito mais quando se nasce mais do que junto do mar, no próprio seio e infinitude do mar, como as medusas e os peixes (...)Uma espécie de embriaguez do isolamento impregna a alma e os actos de todo o ilhéu, estrutura-lhe o espírito e procura uma fórmula quási religiosa de convívio com quem não teve a fortuna de nascer, como o logos, na água (...)
(...) Meio milénio de existência sobre tufos vulcânicos, por baixo de nuvens que são asas e bicharocos que são nuvens, é já uma carga respeitável de tempo - e o tempo é espírito em fieri (...)
Como homens, estamos soldados historicamente ao povo de onde viemos e enraizados pelo habitat a uns montes de lava que soltam da própria entranha uma substância que nos penetra. A geografia, para nós, vale outro tanto como a história, e não é debalde que as nossas recordações escritas inserem uns cinquenta por cento de relatos de sismos e enchentes. Como as sereias temos uma dupla natureza: somos de carne e pedra. Os nossos ossos mergulham no mar.
Um dia, se me puder fechar nas minhas quatro paredes da Terceira, sem obrigações para com o mundo e com a vida civil já cumprida, tentarei um ensaio sobre a minha açorianidade subjacente que o desterro afina e exacerba."
"Outro sintoma linguístico da impulsividade afirmativa dos Açores como etnia ou espaço geográfico originais está no emprego da palavra 'açorianidade'. Quem escreve estas linhas passa por inventor desse vocábulo, há bons quarenta anos. Luís Ribeiro, o insigne etnógrafo e jurisconsulto açoriano de 'Os Açores de Portugal' - opúsculo de grande valia, pela posição de contraste, para o emancipalismo de hoje - foi um dos que generosamente me 'patentearam' por tão pobre criação vocabular. Porque lia então muitos ensaístas espanhóis, incluindo o clássico Pi y Margall de 'Las nacionalidades', decalquei sobre 'hispanidade e argentinidade' (Unamuno) o meu 'açorianidade' ".
Corno Coxo
Fui hoje à Caixa, Marga, receber
A pensão de reforma.
Coxo e doido, Marga. Muito!
Duro é ser velho, e, então, de ossos a arder?
A minha tíbia engole facas.
Fui hoje à Caixa receber
O troco das pernas fracas.
E lembrei-me de ti, que eras habituée
Lá pela ordem dos trinta, dos cinquenta milhões.
Da formiga à cigarra:
(Iguais ocasiões)
- Que faisiez vous aux temps chaux,
Dit-elle à cette emprunteuse.
Lembrei-me de ti com La Fontaine,
Cigarra, claro, chanteuse.
Formiga fora uma aubaine.
Marga, é tão triste o dinheiro!
Até já o ganhas, como eu,
E andaste coxa, cheia de dores
Tu que o atiravas aos punhados
Como em batalha de flores
Estás como os reformados
À espera dos directores
Mas como ainda és bonita
E há sempre um, pronto aos favores,
Vê bem o que ele te debita
Que descontos te faz
Ê provável que insista
Sabendo-te "petite amie" de um pobre pensionista
A menina bem sabe que há certas coisas que nem mesmo um aperto
(Ai, a minha perninha!)
Cornucópia - corno coxo.
in Caderno de Caligraphia e outros Poemas a Marga (2003) - Vitorino Nemésio
Postado por Fernando Martins às 03:50 0 bocas
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