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sexta-feira, novembro 04, 2011

A Ponte Maria Pia foi inaugurada há 134 anos

A Ponte de D. Maria Pia, também designada por Ponte Maria Pia, é uma infra-estrutura ferroviária sobre o Rio Douro, junto à cidade do Porto, em Portugal.
Esta ponte, de metal, apresenta um tabuleiro com 352 metros de extensão; o arco sob o tabuleiro, de forma biarticulada, tem 160 metros de corda e 42,60 metros de flecha. A altura, a partir do nível das águas, é de 61 metros.
A ponte, assim chamada em honra de Maria Pia de Sabóia, é uma obra de grande beleza arquitectónica, projectada pelo Eng.º Théophile Seyrig e edificada, entre 5 de Janeiro de 1876 e 4 de Novembro de 1877, pela empresa Eiffel Constructions Métalliques. Foi a primeira ponte ferroviária a unir as duas margens do rio Douro.
Estiveram em permanência 150 operários a trabalhar, tendo-se utilizado 1.600.000 quilos de ferro. Tendo em consideração as dimensões da largura do rio e das escarpas envolventes, foi o maior vão construído até essa data, aplicando-se métodos revolucionários para a época.
A inauguração deu-se a 4 de Novembro de 1877 por D. Luís I e D. Maria Pia; a cerimónia teve a presença da Banda de Música da Cidade de Espinho.

quarta-feira, outubro 19, 2011

El-Rei D. Luís I morreu há 122 anos

D. Luís I de Portugal (nome completo: Luís Filipe Maria Fernando Pedro de Alcântara António Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis João Augusto Júlio Valfando de Saxe-Coburgo e Bragança; Lisboa, 31 de Outubro de 1838Cascais, 19 de Outubro de 1889) foi o segundo filho da rainha D. Maria II e de D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gota. Luís herdou o trono depois da morte do seu irmão mais velho, D. Pedro V em 1861. Ficou conhecido como O Popular, devido à adoração pelo seu povo; Eça de Queirós chamou-lhe O Bom.

D. Luís herdou a coroa em Novembro de 1861, sucedendo ao seu irmão Pedro V por este não deixar descendência, e foi aclamado rei a 22 de Dezembro do mesmo ano. A 27 de Setembro do ano seguinte casa-se, por procuração, com D. Maria Pia de Sabóia, filha do rei Vitor Emanuel II da Itália. Quando infante serviu na Marinha, visitando a África Portuguesa. Exerce o seu primeiro comando naval em 1858.
Luís era um homem culto e de educação esmerada, como todos os seus irmãos. De grande sensibilidade artística, pintava, compunha e tocava violoncelo e piano. Poliglota, falava correctamente algumas línguas europeias. Fez traduções de obras de William Shakespeare.
Durante o seu reinado e, em consequência da criação do imposto geral de consumo, que a opinião pública recebeu mal, deu-se o motim a que se chamou a Janeirinha (em finais de 1867). Também a 19 de Maio de 1870, se verificou uma revolta militar, promovida pelo Marechal Duque da Saldanha e que pretendia a demissão do governo. À revolta de 19 de Maio, respondeu o monarca em 29 de Agosto, com a demissão do ministério de Saldanha, chamando ao poder Sá da Bandeira.
Em Setembro de 1871, subiu ao poder Fontes Pereira de Melo, que organizou um gabinete regenerador, o qual se conservou até 1877. Seguiu-se o Duque de Ávila, que não se aguentou durante muito tempo por lhe faltar maioria. Assim, e depois do conflito parlamentar que rebentou em 1878, Fontes foi chamado outra vez para constituir gabinete. Consequentemente, os progressistas atacaram o rei, acusando-o de patrocinar escandalosamente os regeneradores. Este episódio constitui um incentivo ao desenvolvimento do republicanismo. Em 1879, D. Luís chamava, então, os progressistas a formarem governo.
No seu tempo surgiu a Questão Coimbrã (1865-1866) e ocorreu a iniciativa das Conferências do Casino (1871), a que andavam ligados os nomes de Antero de Quental e Eça de Queiroz, os expoentes de uma geração que se notabilizou na vida intelectual portuguesa. De temperamento calmo e conciliador, foi um modelo de monarca constitucional, respeitador escrupuloso das liberdades públicas. Do seu reinado merecem especial destaque o início das obras dos portos de Lisboa e de Leixões, o alargamento da rede de estradas e dos caminhos-de-ferro, a construção do Palácio de Cristal, no Porto, actualmente designado de Pavilhão Rosa Mota, a abolição da pena de morte para os crimes civis, a abolição da escravatura no Reino de Portugal, e a publicação do primeiro Código Civil.
Em 1884, foi efectuada a Conferência de Berlim, resultando daí o chamado Mapa Cor-de-Rosa, que definia a partilha de África entre as grandes potências coloniais: Alemanha, Bélgica, França, Inglaterra e Portugal.
Fértil em acontecimentos, é no reinado de D. Luís que são fundados alguns dos partidos políticos portugueses: o Partido Reformista (1865), que ascendeu ao poder em 1868, o Partido Socialista Português (1875), com o nome de Partido Operário Socialista, e o Partido Progressista (1876), que chega ao poder em 1879. Em 1883, dá-se a realização do Congresso de Comissão Organizadora do partido Republicano. No final do seu reinado, o Partido Republicano apresenta-se já como uma força política perfeitamente estruturada.
D. Luís era principalmente um homem das ciências, com uma paixão pela oceanografia. Investiu grande parte da sua fortuna no financiamento de projectos científicos e de barcos de pesquisa oceanográfica, que viajaram pelos oceanos em busca de espécimes.
D. Luís seguiu os passos de sua mãe - D. Maria II, mandando construir e fundar associações culturais. Em 1 de Junho de 1871, D. Luís esteve no Seixal (uma vila fundada pela sua mãe), para testemunhar a fundação da Sociedade Filarmónica União Seixalense. Neste mesmo dia terminava a Guerra Franco-Prussiana.
Morre subitamente no seu palácio de verão, na cidadela de Cascais, a 19 de Outubro de 1889. Sucede-lhe o seu filho Carlos, sob o nome de Carlos I de Portugal.

sexta-feira, julho 29, 2011

O segundo Rei de Itália, irmão da Rainha de Portugal Maria Pia, foi assassinado há 111 anos

Humberto Rainiero Carlos Emanuel João Maria Fernando Eugénio de Sabóia (em italiano: Umberto Rainerio Carlo Emanuele Giovanni Maria Ferdinando Eugenio di Savoia) (Turim, 14 de Março de 1844 - Monza, 29 de Julho de 1900), cognominado "o Rei Bom", foi o segundo rei da Itália.

(...)
Em 29 de Julho de 1900, Umberto I foi convidado a Monza para participar de uma cerimónia de entrega de prémios organizada pela Società Ginnastica Monzese Forti e Liberi, evento que contou com equipes de atletas de Trento e Trieste. Embora ele costumasse usar uma cota de malha de protecção sob a camisa, decidiu não usá-la naquele dia em virtude do calor, atitude que contrariava as instruções de seus agentes de segurança. Entre os populares que o saudavam também se encontrava Gaetano Bresci, com um revólver no bolso.
O rei permaneceu no local por cerca de uma hora e, segundo testemunhas, estava de bom humor: "Entre esses jovens inteligentes me sinto rejuvenescido", teria declarado. Ele decidiu retornar ao palácio da Villa Reale di Monza por volta de 22.30 horas, caminhando entre a multidão e a banda de música, que iniciava a "Marcha Real".
Aproveitando-se da confusão, Bresci postou-se à frente do rei e disparou três tiros. Umberto, baleado no ombro, pulmão e coração, dirigiu-se ao general Ponzio Vaglia: "Vamos, eu acho que estou ferido!".
Logo após, a polícia prendeu Brescia (que não ofereceu nenhuma resistência), livrando-o do linchamento pela multidão. Enquanto isso, a carruagem chegava à Villa Reale onde a rainha, já avisada do ocorrido gritava: "Façam algo, salvem o rei!" Mas nada mais podia ser feito, o rei já estava morto.
Seu corpo foi sepultado Panteão de Roma, em 13 de Agosto. Bresci foi julgado e condenado à morte por regicídio em 29 de Agosto, mas a condenação foi comutada em prisão perpétua pelo novo rei, Vítor Emanuel III.

terça-feira, julho 05, 2011

A penúltima rainha portuguesa morreu há 100 anos


Dona Maria Pia de Saboia (Turim, 16 de Outubro de 18475 de Julho de 1911) foi uma princesa da Itália e rainha consorte de Portugal, durante o reinado de seu marido, D. Luís I.
Maria Pia ficou conhecida como O Anjo da Caridade e A Mãe dos Pobres por sua compaixão e causas sociais.

(...)

Com a proclamação da República, em 5 de Outubro de 1910, D. Maria Pia seguiu então para o exílio, mas não junto aos restantes membros da família real; partiu para o seu Piemonte natal, onde viria a falecer no ano seguinte, a 5 de Julho de 1911. Foi sepultada no Panteão Real dos Sabóia na Basílica de Superga, na Itália. Momentos antes de expirar, ela pediu que a voltassem no leito na direcção de Portugal, país onde permaneceu durante quarenta e oito anos.


NOTA: uma Senhora precocemente idosa pela morte (natural) do marido, pelo assassinato do filho e neto e pela revolução que a levou para longe do país que amava, foi mais uma digna vítima de uma série de azares que marcaram a sua vida e deram cabo do nosso país...