Mostrar mensagens com a etiqueta Jacques Brel. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Jacques Brel. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, outubro 09, 2013

Jacques Brel morreu há 35 anos...

Jacques Romain Georges Brel (Schaerbeek, Bélgica, 8 de abril de 1929 - Bobigny, França, 9 de outubro de 1978) foi um autor de canções, compositor e cantor belga francófono. Esteve ainda ligado ao cinema de língua francesa. Tornou-se internacionalmente conhecido pela música Ne me quitte pas, interpretada e composta por ele.

Infância e juventude
Jacques Brel nasceu em 8 de abril de 1929, no n.º 138 da Avenue du Diamant, em Schaerbeek, comuna de Bruxelas (Bélgica), de pai flamengo (mas francófono) e de mãe de sangue francês e italiano.
Ainda que em casa se falasse o francês, os Brel eram de ascendência flamenga, com uma parte da família originária de Zandvoorde, perto de Ieper. O pai de Brel era sócio de uma cartonaria e este estaria supostamente destinado a trabalhar na empresa da família.
A seguir à escola primária, onde entrou em 1935, frequentou o Colégio Saint-Louis, a partir de 1941. Aluno pouco brilhante, é neste colégio que Brel começa a mostrar interesse pelas artes: em 1944, aos 15 anos, colabora na criação do grupo de teatro, actua em várias peças, escreve três pequenas histórias e interpreta ao piano alguns improvisos para poemas que ele próprio escreveu.
Em 1946 adere a uma organização de solidariedade católica, a Franche Cordée, de ajuda aos doentes, pobres, órfãos e velhos. É aqui, e não no seu ambiente familiar ou escolar, que se inicia a sua formação cultural. Entre as actividades desta organização contava-se a realização de recitais onde Brel se iniciou nas apresentações públicas, acompanhando-se a si próprio à viola. É aqui que conhece Thérèse Michielsen ("Miche"), com quem se casa em 1950.

Carreira
No início dos anos 50, não se entusiasmando pelo trabalho na fábrica de cartão do pai (dizia-se "encartonado" neste trabalho), continua a escrever canções, que vai mostrando aos amigos e cantando pelos bares de Bruxelas sempre que se proporciona.
A pequena mas sólida fama na sua terra natal proporciona-lhe a gravação em 1953, do primeiro single, um 78 rpm, contendo as canções "Il y a" e "La foire". Persistente na sua ideia de fazer carreira com as suas canções, Brel deixa o emprego, a família, a sociedade burguesa de Bruxelas (que ele viria a retratar em "Les Bourgeois") e vai tentar a sorte na capital francesa, onde consegue ao fim de algum tempo ser ouvido pelo descobridor de talentos Jacques Canetti (irmão de Elias Canetti, o prémio Nobel da literatura de 1981). É apresentado no célebre cabaré parisiense Les Trois Baudets, do próprio Canneti, onde pouco tempo antes havia actuado em grande estilo Georges Brassens. Em 1959 é vedeta no Bobino, em Paris e canta em Bruxelas no "L’Ancienne Belgique" com Charles Aznavour.
A segunda metade da década de 50 é passada num grande ritmo de espectáculos (chega a participar em 7 espectáculos numa única noite). Para além dos sucessos conseguidos no Olympia e no Bobino, em Paris, vai fazendo espectáculos por todo o mundo. Em 1954 é publicado o seu primeiro álbum "Jacques Brel et ses chansons". Torna-se notado por Juliette Gréco, que grava uma das suas canções, "Le diable". Este encontro é marcante no futuro da carreira de Brel pois é então que se inicia uma frutuosa colaboração com Gérard Jouannest, pianista e acompanhante da cantora, e com o também pianista e orquestrador François Rauber. Em 1955 conhece Georges Pasquier ("Jojo"), percussionista no Trio Milson e de quem se torna amigo. O seu primeiro grande sucesso ocorre em 1956 com a música "Quand on a que l’amour". Em 1957 é laureado com o Grand Prix du Disque da Academia Charles Cros e a sua digressão faz grande sucesso pela França. Em 1958 Miche, a mulher, retorna a Bruxelas. Desde então ele e a família vivem vidas separadas.
Sob a influência do seu amigo "Jojo" e dos pianistas Gérard Jouannest (que o acompanhava em palco) e François Raubert (orquestrador e pianista de estúdio), o estilo de Brel foi mudando. A música tornou-se mais complexa e os temas mais diversificados. Um apurado sentido de observação, de ironia e de humor, associado à sua capacidade poética, permitiram-lhe criar temas que abordam, das mais diferentes maneiras, várias das realidades do dia a dia. Nele encontram-se canções cómicas como Les bonbons, Le lion ou Comment tuer l’amant de sa femme, mas também canções mais emotivas como Voir un ami pleurer, Fils de, Jojo. Os temas vão desde o amor, com Je t’aime, Litanies pour un retour, Dulcinéa, até à sociedade, com Les singes, Les bourgeois, Jaurès, passando por preocupações espirituais, como em Le bon Dieu, Si c’était vrai, Fernand.
O ritmo de espectáculos anuais continua intenso, chegando a ultrapassar os 365 num único ano. Em 1966 anuncia que irá deixar de actuar em público como cantor. Seguem-se vários espectáculos de despedida nomeadamente em Paris (Olympia) e em Bruxelas (Palais des Beaux-Arts). Apesar da insistência dos seus amigos, Brel não muda de ideias e, em 16 de maio de 1967 dá a sua última actuação ao vivo, em Roubaix.
Cinema e teatro
O teatro torna-se a sua primeira experiência, com a adaptação da peça "L’homme de la manche". A personagem de Dom Quixote, que desempenhava, estava bem de acordo com o seu idealismo. A peça estreia em 1968 no Theatre Royal de la Monnaie, em Bruxelas e no mesmo ano no Theatre des Champs-Elysées em Paris, tendo ultrapassado as 150 representações. Entretanto volta-se para o cinema, participando durante os cinco anos seguintes como actor em mais de uma dezena de filmes e como realizador em dois deles Franz e Le Far West. Após este último filme, Brel diz um novo adeus ao espectáculo, desta vez muito mais radical: deixa Paris, a França, os seus próprios afectos.
Vagueando pelo mundo
Os seus brevets aéreos e marítimos abrem-lhe a porta à possibilidade de vaguear pelo mundo por ar ou por mar. Voa pela Europa, qual Saint-Exupéry (mito que o acompanhava desde há muito). Em 1974, após comprar um veleiro de 19 metros decide partir com Madly Bamy, que tinha conhecido na rodagem do filme L'Aventure c'est l'aventure para uma volta ao mundo de 3 anos. Em setembro, ao aportar nos Açores, toma conhecimento do falecimento do seu grande amigo Jojo, a quem vem a dedicar uma canção. Em outubro é-lhe detectado um pequeno tumor no pulmão e, no mês seguinte, é efectuada a ablação do lobo pulmonar superior esquerdo. Em dezembro, após um pequeno repouso, desloca-se ao local onde está o seu veleiro e decide prosseguir a sua viagem. Em novembro de 1975 chega à baía de Atuona, na ilha Hiva Oa, no arquipélago das Ilhas Marquesas, Polinésia Francesa.
Naquelas ilhas isoladas Brel não procura o isolamento mas antes o contacto com uma realidade totalmente desconhecida, e sob certos aspectos ainda não contaminada pela "civilização". Em 1976 aluga uma pequena casa em Hiva Oa, vende o veleiro e decide adquirir um pequeno avião bimotor. Ajuda a combater o isolamento das ilhas mais remotas do arquipélago, disponibilizando o seu avião para transporte de correio ou de pessoas.
Em 1977 desloca-se a Paris, onde grava discretamente em estúdio doze canções das 17 que havia escrito, e que virão a integrar o seu último álbum, esperado há mais de 10 anos, e chamado, simplesmente, "Brel". Gravado nas difíceis condições físicas e psicológicas de Brel que se pode antever, torna-se perturbador ler as últimas palavras da sua canção “Les Marquises”: "Veux-tu que je te dise / Gémir n'est pas de mise / Aux Marquises" ("Se queres que te diga / Gemer não é opção / Nas Ilhas Marquesas"). O disco teve um sucesso imediato: apesar de Brel ter pedido que não houvesse publicidade, mais de um milhão de exemplares estavam reservados antes da edição e setecentos mil foram adquiridos logo no primeiro dia da sua venda ao público. Alheio a esse sucesso, volta à ilha pela penúltima vez. Em 1978 a saúde começa-se a degradar e retorna a Paris, em julho, para novos tratamentos. Em outubro é internado no Hospital com uma embolia pulmonar, vindo a falecer com 49 anos, às 04.10 horas da madrugada do dia 9 de outubro de 1978. O regresso a Hiva Oa, dá-se uma última vez: Jacques Brel é sepultado no cemitério local.





Jacques Brel - Ne Me Quitte Pas

Ne me quitte pas
Il faut oublier
Tout peut s'oublier
Qui s'enfuit deja
Oublier le temps
Des malentendus
Et le temps perdu
A savoir comment
Oublier ces heures
Qui tuaient parfois
A coups de pourquoi
Le coeur du bonheure
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...

Moi je t'offrirai
Des perles du pluie
Venues de pays
Ou il ne pleut pas
Je creuserai la terre
Jusqu'apres ma mort
Pour couvrir ton corps
D'or et de lumiere
Je ferai un domaine
Ou l'amour sera roi
Ou l'amour sera loi
Ou tu seras reine
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...

Ne me quitte pas
Je t'inventerai
Des mots insensés
Que tu comprendras
Je te parlerai
De ces amants là
Qui ont vu deux fois
Leurs coeurs s'embraser
Je te racont'rai
L'histoire de ce roi
Mort de n'avoir pas
Pu te rencontrer
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...

On a vu souvent
Rejaillir le feu
De l'ancien volcan
Qu'on croyait trop vieux
Il est paraît-il
Des terres brûlées
Donnant plus de blé
Qu'un meilleur avril
Et quand vient le soir
Pour qu'un ciel flamboie
Le rouge et le noir
Ne s'épousent-ils pas
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...

Ne me quitte pas
Je ne veux plus pleurer
Je ne veux plus parler
Je me cacherai là
A te regarder
Danser et sourire
Et à t'écouter
Chanter et puis rire
Laisse-moi devenir
L'ombre de ton ombre
L'ombre de ta main
L'ombre de ton chien
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...

segunda-feira, abril 08, 2013

Jacques Brel nasceu há 84 anos

Jacques Romain Georges Brel (Schaerbeek, 8 de abril de 1929 - Bobigny, 9 de outubro de 1978) foi um autor de canções, compositor e cantor belga francófono. Esteve ainda ligado ao cinema de língua francesa, tornando-se internacionalmente conhecido pela música Ne me quitte pas, interpretada e composta por ele.


terça-feira, outubro 09, 2012

Jacques Brel morreu há 34 anos

Jacques Romain Georges Brel (Schaerbeek, 8 de abril de 1929 - Bobigny, 9 de outubro de 1978) foi um autor de canções, compositor e cantor belga francófono. Esteve ainda ligado ao cinema de língua francesa. Tornou-se internacionalmente conhecido pela música Ne me quitte pas, interpretada e composta por ele.




domingo, abril 08, 2012

Jacques Brel nasceu há 83 anos

Jacques Romain Georges Brel (Schaerbeek, 8 de abril de 1929 - Bobigny, 9 de outubro de 1978) foi um autor de canções, compositor e cantor belga francófono. Esteve ainda ligado ao cinema de língua francesa. Tornou-se internacionalmente conhecido pela música Ne me quitte pas, interpretada e composta por ele.

Jacques Brel nasceu em 8 de abril de 1929 no n.º 138 da avenue du Diamant em Schaerbeek, comuna de Bruxelas (Bélgica), de pai flamengo mas francófono e de mãe de sangue francês e italiano.
Ainda que em casa se falasse o francês, os Brel eram de ascendência flamenga, com uma parte da família originária de Zandvoorde, perto de Ieper. O pai de Brel era sócio de uma cartonaria e este estaria supostamente destinado a trabalhar na empresa da família.
A seguir à escola primária, onde entrou em 1935, frequentou o Colégio Saint-Louis, a partir de 1941. Aluno pouco brilhante, é neste colégio que Brel começa a mostrar interesse pelas artes: em 1944, aos 15 anos, colabora na criação do grupo de teatro, actua em várias peças, escreve três pequenas histórias e interpreta ao piano alguns improvisos para poemas que ele próprio escreveu.
Em 1946 adere a uma organização de solidariedade católica, a Franche Cordée, de ajuda aos doentes, pobres, órfãos e velhos. É aqui, e não no seu ambiente familiar ou escolar, que se inicia a sua formação cultural. Entre as actividades desta organização contava-se a realização de recitais onde Brel se iniciou nas apresentações públicas, acompanhando-se a si próprio à violão. É aqui que conhece Thérèse Michielsen ("Miche") com quem se vem a casar em 1950.

Música
No início dos anos 50, não se entusiasmando pelo trabalho na fábrica de cartão do pai (dizia-se "encartonado" neste trabalho), continua a escrever canções, que vai mostrando aos amigos e cantando pelos bares de Bruxelas sempre que se proporciona.
A pequena mas sólida fama na sua terra natal proporciona-lhe a gravação em 1953, do primeiro single, um 78 rpm, contendo as canções "Il y a" e "La foire". Persistente na sua ideia de fazer carreira com as suas canções, Brel deixa o emprego, a família, a sociedade burguesa de Bruxelas (que ele viria a retratar em "Les Bourgeois") e vai tentar a sorte na capital francesa, onde consegue ao fim de algum tempo ser ouvido pelo descobridor de talentos Jacques Canetti (irmão de Elias Canetti, o prémio Nobel da literatura de 1981). É apresentado no célebre cabaré parisiense Les Trois Baudets, do próprio Canneti, onde pouco tempo antes havia actuado em grande estilo Georges Brassens. Em 1959 é vedeta no Bobino em Paris e canta em Bruxelas no "L’Ancienne Belgique" com Charles Aznavour.
A segunda metade da década de 50 é passada num grande ritmo de espectáculos (chega a participar em 7 espectáculos numa única noite). Para além dos sucessos conseguidos no Olympia e no Bobino, em Paris, vai fazendo espectáculos por todo o mundo. Em 1954 é publicado o seu primeiro álbum "Jacques Brel et ses chansons". Torna-se notado por Juliette Gréco que grava uma das suas canções, "Le diable". Este encontro é marcante no futuro da carreira de Brel pois é então que se inicia uma frutuosa colaboração com Gérard Jouannest, pianista e acompanhante da cantora, e com o também pianista e orquestrador François Rauber. Em 1955 conhece Georges Pasquier ("Jojo"), percussionista no Trio Milson e de quem se torna amigo. O seu primeiro grande sucesso ocorre em 1956 com a música "Quand on a que l’amour". Em 1957 é laureado com o Grand Prix du Disque da Academia Charles Cros e a sua digressão faz grande sucesso pela França. Em 1958 Miche, a mulher, retorna a Bruxelas. Desde então ele e a família vivem vidas separadas.
Sob a influência do seu amigo "Jojo" e dos pianistas Gérard Jouannest (que o acompanhava em palco) e François Raubert (orquestrador e pianista de estúdio), o estilo de Brel foi mudando. A música tornou-se mais complexa e os temas mais diversificados. Um apurado sentido de observação, de ironia e de humor, associado à sua capacidade poética, permitiram-lhe criar temas que abordam, das mais diferentes maneiras, várias das realidades do dia a dia. Nele encontram-se canções cómicas como Les bonbons, Le lion ou Comment tuer l’amant de sa femme, mas também canções mais emotivas como Voir un ami pleurer, Fils de, Jojo. Os temas vão desde o amor com Je t’aime, Litanies pour un retour, Dulcinéa, até à sociedade com Les singes, Les bourgeois, Jaurès, passando por preocupações espirituais como em Le bon Dieu, Si c’était vrai, Fernand.
O ritmo de espectáculos anuais continua intenso, chegando a ultrapassar 365 num único ano Em 1966 anuncia que irá deixar de actuar em público como cantor. Seguem-se vários espectáculos de despedida nomeadamente em Paris (Olympia) e em Bruxelas (Palais des Beaux-Arts). Apesar da insistência dos seus amigos, Brel não muda de ideias e, em 16 de maio de 1967 dá-se a sua última actuação ao vivo em Roubaix.

Teatro e cinema
O teatro torna-se a sua primeira experiência, com a adaptação da peça "L’homme de la manche". A personagem de Dom Quixote, que desempenhava, estava bem de acordo com o seu idealismo. A peça estreia em 1968 no Theatre Royal de la Monnaie, em Bruxelas e no mesmo ano no Theatre des Champs-Elysées em Paris, tendo ultrapassado as 150 representações. Entretanto volta-se para o cinema, participando durante os cinco anos seguintes como actor em mais de uma dezena de filmes e como realizador em dois deles Franz e Le Far West. Após este último filme, Brel diz um novo adeus ao espectáculo, desta vez muito mais radical: deixa Paris, a França, os seus próprios afectos.

Vagueando pelo mundo
Os seus brevets aéreos e marítimos abrem-lhe a porta à possibilidade de vaguear pelo mundo, por ar ou por mar. Voa pela Europa, qual Saint-Exupéry (mito que o acompanhava desde há muito). Em 1974, após comprar um veleiro de 19 metros decide partir com Madly Bamy que tinha conhecido na rodagem do filme L'Aventure c'est l'aventure para uma volta ao mundo de 3 anos. Em Setembro, ao aportar nos Açores, toma conhecimento do falecimento do seu grande amigo Jojo, a quem vem a dedicar uma canção. Em outubro é-lhe detectado um pequeno tumor no pulmão e no mês seguinte é efectuada a ablação do lobo pulmonar superior esquerdo. Em dezembro, após um pequeno repouso, desloca-se ao local onde está o seu veleiro e decide prosseguir a sua viagem. Em novembro de 1975 chega à baía de Atuona, na ilha Hiva Oa no arquipélago das Ilhas Marquesas, Polinésia Francesa.

As ilhas Marquesas
Naquelas ilhas isoladas Brel não procura o isolamento mas antes o contacto com uma realidade totalmente desconhecida, e sob certos aspectos ainda não contaminada pela "civilização". Em 1976 aluga uma pequena casa em Hiva Oa, vende o veleiro e decide adquirir um pequeno avião bimotor. Ajuda a combater o isolamento das ilhas mais remotas do arquipélago, disponibilizando o seu avião para transporte de correio ou de pessoas.

Os últimos dias
Em 1977 desloca-se a Paris, onde grava discretamente em estúdio doze canções das 17 que havia escrito, e que virão a integrar o seu último álbum, esperado há mais de 10 anos, e chamado, simplesmente, "Brel". Gravado nas difíceis condições físicas e psicológicas de Brel que se podem antever, torna-se perturbador ler as últimas palavras da sua canção “Les Marquises”: "Veux-tu que je te dise / Gémir n'est pas de mise / Aux Marquises"("Se queres que te diga/Gemer não é opção/Nas Marquesas"). O disco teve um sucesso imediato: apesar de Brel ter pedido que não houvesse publicidade, mais de um milhão de exemplares estavam reservados antes da edição e setecentos mil foram adquiridos logo no primeiro dia da sua venda ao público. Alheio a esse sucesso volta à ilha pela penúltima vez. Em 1978 a saúde começa-se a degradar e retorna a Paris em Julho para novos tratamentos. Em outubro é internado no Hospital com uma embolia pulmonar, vindo a falecer com 49 anos, às 04.10 horas da madrugada do dia 9 de outubro de 1978. O regresso a Hiva Oa, dá-se uma última vez: Jacques Brel é sepultado no cemitério local.



Mathilde - Jacques Brel

Ma mère voici le temps venu
D'aller prier pour mon salut
Mathilde est revenue
Bougnat tu peux garder ton vin
Ce soir je boirai mon chagrin
Mathilde est revenue
Toi la servante toi la Maria
Vaudrait peut-être mieux changer nos draps
Mathilde est revenue
Mes amis, ne me laissez pas
Ce soir je repars au combat
Maudite Mathilde puisque te voilà

Mon coeur, mon coeur ne t'emballe pas
Fais comme si tu ne savais pas
Que la Mathilde est revenue
Mon coeur arrête de répéter
Qu'elle est plus belle qu'avant l'été
La Mathilde qui est revenue
Mon coeur arrête de bringuebaler
Souviens-toi qu'elle t'a déchiré
La Mathilde qui est revenue
Mes amis ne ma laissez pas, non
Dites-moi, dites-moi qu'il ne faut pas
Maudite Mathilde puisque te voilà

Et vous mes mains restez tranquilles
C'est un chien qui nous revient de la ville
Mathilde est revenue
Et vous mes mains ne frappez pas
Tout ça ne vous regarde pas
Mathilde est revenue
Et vous mes mains ne tremblez plus
Souvenez-vous quand je vous pleurai dessus
Mathilde est revenue
Vous mes mains ne vous ouvrez pas
Vous mes bras ne vous tendez pas
Sacrée Mathilde puisque te voilà

Ma mère arrête tes prières
Ton Jacques retourne en enfer
Mathilde m'est revenue
Bougnat apporte-nous du vin
Celui des noces et des festins
Mathilde m'est revenue
Toi la servante, toi la Maria
Va tendre mon grand lit de draps
Mathilde m'est revenue
Amis ne comptez plus sur moi
Je crache au ciel encore une fois
Ma belle Mathilde puisque te voilà te voilà.

terça-feira, fevereiro 07, 2012

Juliette Gréco - 85 anos!

Marie-Juliette Gréco, conhecida por Juliette Gréco (Montpellier, França, 7 de fevereiro de 1927) é uma cantora e atriz francesa.

ilha de mãe oriunda de Bordéus e de pai corso, Juliette Gréco passou os seus primeiros anos de vida, juntamente com a sua irmã mais velha, Charlotte, educada pelos seus avós maternos, em Bordéus.
Criança muito tímida e reservada, parte com 6 anos de idade, juntamente com a irmã e a mãe, que entretanto se lhes tinha juntado, para Paris, repartindo os seus tempos entre a cidade, o colégio de freiras onde estudava, e as férias na Dordogne numa propriedade da família. É nesta região que, após o início da Segunda Grande Guerra, a mãe de Juliette é presa pelos nazis devido à sua atividade na resistência. Algum tempo depois será a vez Juliette, com apenas 16 anos, e a irmã serem também presas pela Gestapo. Ao ser libertada após um mês, fica alojada em casa de uma antiga professora que habita perto do bairro de Saint-Germain-des-Prés, associado à intelectualidade parisiense.
É neste mesmo bairro de Saint-Germain-des-Prés que participa do ambiente de descompressão do pós-guerra, integrando-se rapidamente no grupo de intelectuais e artistas que frequentavam os bares e cabarés do local. Em 1946 (com 19 anos) tem a sua estreia como atriz numa peça de teatro de Roger Vitrac, Victor ou les enfants au pouvoir. Presença assídua no Le Tabou, inaugurado em 1947, mas rapidamente transformado num dos cabarés da moda, aí conheceria nomes famosos como Jean-Paul Sartre, Albert Camus, Boris Vian, Jean Cocteau ou Miles Davis.
Neste ambiente conheceria também Jean-Paul Sartre que lhe ofereceu uma canção de uma das suas peças (cantada pela personagem Inès em Huis clos de 1944), no dia seguinte a um jantar no "Cloche d'or" em Saint-Germain. Juliette seguiu o conselho de Sartre conseguindo que a letra fosse musicada por Joseph Kosma.
Esta canção de Jean-Paul Sartre seria apenas uma do rico reportório cedido por muitos outros amigos e admiradores, e que cantaria na sua primeira apresentação pública em 22 de junho de 1949, na reabertura do cabaré L’œil de Bœuf (antigo Le Bœuf sur le toit). Desde logo foi um sucesso junto dos frequentadores da vida noturna parisiense, até pela combinação de uma forma de cantar sentida, com um toque sensual realçado pelo vestuário e pelos seus longos cabelos escuros.
Logo no ano seguinte, a 4 de Junho de 1950, Juliette Gréco conquista o Grande Prémio da Sacem(Associação francesa de cantores e compositores) pela sua interpretação de "Je hais les dimanches" (letra de Charles Aznavour, música de Florence Véran). Apesar de todo este sucesso junto de sectores mais intelectuais, Juliette só viria a ser conhecida pelo grande público quando da participação no filme "Orphée" de Jean Cocteau.
Em 1951 grava o seu primeiro single com a canção "Je suis comme je suis" escrita por Jacques Prévert e musicada por Joseph Kosma, que se tornaria um clássico do seu reportório. Em 1952 sai em digressão pelo Brasil e Estados Unidos e, após o seu regresso, faz uma digressão também pela França onde a sua forma de cantar e presença em palco atraem muito público.
O Olympia verá a sua consagração em 1954, ano em que conheceu o seu futuro marido, o actor Philippe Lemaire, durante a rodagem do filme de Jean-Pierre Melville "Quand tu liras cette lettre". O casamento duraria pouco mais de um ano, tendo-se o casal divorciado em 1956, pouco após o nascimento da filha Laurence-Marie. É nesta época que conhece Georges Brassens de quem canta "Chanson pour l'auvergnat" e Jacques Brel de quem canta "Le Diable".
A sua carreira progride em vários sentidos, a canção, o cinema, o teatro. O seu retorno aos Estados Unidos, e a Nova Iorque em particular, proporcionou-lhe uma notoriedade no meio artístico que lhe abriu as portas de Hollywood, onde conhece o produtor Darryl Zanuck, durante a rodagem do filme The sun also rises de Henry King (1957). Nesta passagem por Hollywood convive com nomes como John Huston ou Orson Welles (com quem contracena no filme Drame dans un miroir (1960).
Retornada a França descobre e divulga novos talentos, que convida para escreverem algumas das suas canções. É assim que são ficam conhecidos nomes como Serge Gainsbourg ("La Javanaise") ou Léo Ferré ("Jolie Môme").
Em 1965, alcança o auge da fama ao desempenhar papéis de primeiro plano nas séries televisivas Belphégor e Fantôme du Louvre. Apesar disso entra numa profunda depressão e efectua uma tentativa de suicídio. Recuperada, retoma a carreira em pleno e em 1966 actua no TNP (Théâtre National de Paris) na companhia do seu amigo que Georges Brassens, que muito admirava.
Em 1967 casa-se com Michel Piccoli, que seria seu marido até 1977. Ainda em 1967 grava a sua versão da "La chanson des vieux amants" de Jacques Brel. Em 1968 inaugura as sessões das 18.30 horas no Théâtre de la Ville em Paris, cantando uma das suas mais famosas canções, "Déshabillez-moi", com uma interpretação em que ressalta o seu lado mais sensual.
Prosseguem as suas digressões pelo país e pelo estrangeiro, nomeadamente pela Alemanha e pelo Japão, sempre com grandes sucessos reforçados por uma notável presença em palco. Em 1989 casa-se com o seu pianista e orquestrador Gérard Jouannest, que, apresentado por ela, havia trabalhado durante anos com Jacques Brel.
Em 1999 o governo francês atribui-lhe as Insígnias de Oficial da Ordem Nacional de Mérito.
Prosseguindo num intenso ritmo de actuações, vem a Lisboa cantar em janeiro de 2001, mas em maio tem um problema cardíaco durante um concerto em Montpellier. Recuperada retoma as digressões.
Em fevereiro de 2004, já com 77 anos de idade, obtém um novo êxito no Olympia, onde reencontra uma vez mais o seu público fiel.
Imparável, edita em dezembro de 2006 um novo álbum intitulado "Le temps d'une chanson", onde inclui várias canções que cantou ao longo da sua carreira.


domingo, outubro 09, 2011

Jacques Brel morreu há 33 anos

Jacques Romain Georges Brel (Schaerbeek, 8 de Abril de 1929Bobigny, 9 de Outubro de 1978) foi um autor de canções, compositor e cantor belga francófono. Esteve ainda ligado ao cinema de língua francesa. Tornou-se internacionalmente conhecido pela música Ne me quitte pas, interpretada e composta por ele.

Jacques Brel partiu há 33 anos


Ne me quitte pas




Ne me quitte pas
Il faut oublier
Tout peut s'oublier
Qui s'enfuit déjà
Oublier le temps
Des malentendus
Et le temps perdu
À savoir comment
Oublier ces heures
Qui tuaient parfois
À coups de pourquoi
Le coeur du bonheure
Ne me quitte pas


Moi je t'offrirai
Des perles de pluie
Venues de pays
Où il ne pleut pas
Je creuserai la terre
Jusqu'après ma mort
Pour couvrir ton corps
D'or et de lumière
Je ferai un domaine
Où l'amour sera roi
Où l'amour sera loi
Où tu seras reine
Ne me quitte pas


Ne me quitte pas
Je t'inventerai
Des mots insensés
Que tu comprendras
Je te parlerai
De ces amants là
Qui ont vu deux fois
Leurs coeurs s'embrasser
Je te raconterai
L'histoire de ce roi
Mort de n'avoir pas
Pu te rencontrer
Ne me quitte pas


On a vu souvent
Rejaillir le feu
De l'ancien volcan
Qu'on croyait trop vieux
Il est paraît-il
Des terres brûlées
Donnant plus de blé
Qu'un meilleur avril
Et quand vient le soir
Pour qu'un ciel flamboie
Le rouge et le noir
Ne s'épousent-ils pas
Ne me quite pas


Ne me quite pas
Je ne veux plus pleurer
Je ne veux plus parler
Je me cacherai là
À te regarder
Danser et sourire
Et à t'écouter
Chanter et puis rire
Laisse-moi devenir
L'ombre de ton ombre
L'ombre de ta main
L'ombre de ton chien
Ne me quitte pas

quinta-feira, abril 21, 2011

Adieu, Nina

sexta-feira, abril 08, 2011

Jacques Brel nasceu há 82 anos


Dans le port d'Amsterdam


Dans le port d'Amsterdam
Y a des marins qui chantent
Les rêves qui les hantent
Au large d'Amsterdam
Dans le port d'Amsterdam
Y a des marins qui dorment
Comme des oriflammes
Le long des berges mornes
Dans le port d'Amsterdam
Y a des marins qui meurent
Pleins de bière et de drames
Aux premières lueurs
Mais dans le port d'Amsterdam
Y a des marins qui naissent
Dans la chaleur épaisse
Des langueurs océanes


Dans le port d'Amsterdam
Y a des marins qui mangent
Sur des nappes trop blanches
Des poissons ruisselants
Ils vous montrent des dents
A croquer la fortune
A décroisser la lune
A bouffer des haubans
Et ça sent la morue
Jusque dans le coeur des frites
Que leurs grosses mains invitent
A revenir en plus
Puis se lèvent en riant
Dans un bruit de tempête
Referment leur braguette
Et sortent en rotant


Dans le port d'Amsterdam
Y a des marins qui dansent
En se frottant la panse
Sur la panse des femmes
Et ils tournent et ils dansent
Comme des soleils crachés
Dans le son déchiré
D'un accordéon rance
Ils se tordent le cou
Pour mieux s'entendre rire
Jusqu'à ce que tout à coup
L'accordéon expire
Alors le geste grave
Alors le regard fier
Ils ramènent leur batave
Jusqu'en pleine lumière


Dans le port d'Amsterdam
Y a des marins qui boivent
Et qui boivent et reboivent
Et qui reboivent encore
Ils boivent à la santé
Des putains d'Amsterdam
De Hambourg ou d'ailleurs
Enfin ils boivent aux dames
Qui leur donnent leur joli corps
Qui leur donnent leur vertu
Pour une pièce en or
Et quand ils ont bien bu
Se plantent le nez au ciel
Se mouchent dans les étoiles
Et ils pissent comme je pleure
Sur les femmes infidèles
Dans le port d'Amsterdam
Dans le port d'Amsterdam.

sexta-feira, outubro 09, 2009

Adieu Jacques...


Jacques Romain Georges Brel
(Schaerbeek, Bélgica em 8 de Abril de 1929 – Bobigny, França em 9 de Outubro de 1978) foi um autor de canções, compositor e cantor belga francófono. Esteve ainda ligado ao cinema de língua francesa.




Jacques Brel morreu há 31 anos



Ne me quitte pas, il faut oublier
Tout peut s’oublier qui s’enfuit déjà
Oublier le temps des malentendus
Et le temps perdu à savoir comment
Oublier ces heures qui tuaient parfois
A coups de pourquoi le coeur du bonheur
Ne me quitte pas, ne me quitte pas,
ne me quitte pas

Moi, je t’offrirai des perles de pluie
Venues de pays où il ne pleut pas
Je creuserai la terre, jusqu’ après ma mort
Pour couvrir ton corps d’or et de lumière
Je ferai un domaine où l’amour sera roi
Où l’amour sera loi, où tu seras reine
Ne me quitte pas, ne me quitte pas,
ne me quitte pas

Ne me quitte pas, je t’inventerai
Des mots insensés que tu comprendras
Je te parlerai de ces amants là
Qui ont vu deux fois leurs coeurs s’embraser
Je te raconterai l’histoire de ce roi
Mort de n’avoir pas pu te rencontrer
Ne me quitte pas, ne me quitte pas,
ne me quitte pas

On a vu souvent rejaillir le feuDe l’ancien volcan
qu’on croyait trop vieux
Il est parait-il des terres brûlées
Donnant plus de blé qu’un meilleur avril
Et quand vient le soir pour qu’un ciel flamboie
Le rouge et le noir ne s’épousent-ils pas?
Ne me quitte pas, ne me quitte pas,
ne me quitte pas

Ne me quitte pas je ne vais plus pleurer
Je ne vais plus parler, je me cacherai là
A te regarder danser et sourire
Et à t’écouter chanter et puis rireLaisse-moi
devenir l’ombre de ton ombre
L’ombre de ta main, l’ombre de ton chien
Ne me quitte pas, ne me quitte pas,
ne me quitte pas

quarta-feira, abril 08, 2009

Baile mandado - Ladrão


Baile do Ladrão - Portugal raízes musicais

ADENDA: quse que nos esqueciamos - comemora-se hoje os 80 anos do nascimento de Jacques Brel...