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sexta-feira, março 16, 2012

Teresa Berganza - 79 anos

Teresa Berganza (Madrid, 16 de marzo de 1933) es una reconocida mezzosoprano española, asociada frecuentemente con personajes de óperas de Rossini, Mozart y Bizet. Es admirada por su técnica, musicalidad y presencia en escena.
Berganza estudió piano y canto en el Conservatorio de Madrid, donde obtuvo el primer premio de canto en 1954. Debutó en esa ciudad en 1955.
Dos años después (1957) hizo su debut internacional en el Festival Aix-en-Provence, como Dorabella. Durante los siguientes diez años debutó en otros importantes teatros y festivales de ópera, a saber: la Scala (1957), festival de Glyndebourne (1958), Royal Opera House (1959) como Rosina, Ópera del Metropolitan (1967) como Cherubino y también actuó en la versión cinematográfica de Don Giovanni dirigida por Joseph Losey actuando como Zerlina trabajando en conjunto con José van Dam, Ruggero Raimondi y Kiri Te Kanawa.
Otro hito importante en su carrera fue su estreno como recitalista, en el Carnegie Hall en 1964. Su repertorio de concierto incluye canciones españolas, francesas, alemanas y rusas. De 1957 a 1977 Berganza estuvo casada con el pianista Félix Lavilla, con quien ha grabado y actuado con regularidad.
En 1991, Berganza y otros cantantes españoles fueron reconocidos con el Premio Príncipe de Asturias de las Artes. En 1992, participó en la ceremonia inaugural de la Exposición Universal de Sevilla y los Juegos Olímpicos de Barcelona. En 1994 fue elegida miembro de la Real Academia de Bellas Artes de San Fernando, primera mujer en obtener esta distinción.
Actualmente, Berganza fue profesora titular de la Cátedra de Canto en la Escuela Superior de Música Reina Sofía. Asimismo, dicta clases maestras en varias partes del mundo. Además le han dedicado un conservatorio en Madrid, el Conservatorio Teresa Berganza. Es Premio Nacional de Música de España.






Rosa das rosas


Rosa das rosas et Fror das frores,
Dona das donas, Sennor das sennores,
Rosa de beldad' e de parecer
e Fror d'alegria e de prazer,
Dona en mui piadosa seer,
Sennor en toller coitas e doores.
Rosa das rosas et Fror das frores...


Atal Sennor dev' ome muit' amar,
que de todo mal o pode guardar;
e pode-ll' os peccados perdõar,
que faz no mundo per maos sabores.
Rosa das rosas et Fror das frores...


Devemo-la muit' amar e servir,
ca punna de nos guardar de falir;
des i dos erros nos faz repentir,
que nos fazemos come pecadores.
Rosa das rosas et Fror das frores...


Esta dona que tenno por Sennor
e de que quero seer trobador,
se eu per ren poss' aver seu amor,
dou ao demo os outros amores.
Rosa das rosas et Fror das frores...


Alfonso X El Sabio

quarta-feira, novembro 23, 2011

Uma Cantiga de Santa Maria de Afonso X de Castela e Leão




Rosa das rosas

Rosa das rosas e Fror das frores,
Dona das donas, Sennor das sennores.
Rosa de beldad' e de parecer
e Fror d'alegria e de prazer,
Dona en mui piadosa ser
Sennor en toller coitas e doores.
Rosa das rosas e Fror das frores,
Dona das donas, Sennor das sennores.
Atal Sennor dev' ome muit' amar,
que de todo mal o pode guardar;
e pode-ll' os peccados perdõar,
que faz no mundo per maos sabores.
Rosa das rosas e Fror das frores,
Dona das donas, Sennor das sennores.
Devemo-la muit' amar e servir,
ca punna de nos guardar de falir;
des i dos erros nos faz repentir,
que nos fazemos come pecadores.
Rosa das rosas e Fror das frores,
Dona das donas, Sennor das sennores.
Esta dona que tenno por Sennore
de que quero seer trobador,
se eu per ren poss' aver seu amor,
dou ao demo os outros amores.
Rosa das rosas e Fror das frores,
Dona das donas, Sennor das sennores.

in
Cantigas de Santa Maria - Alfonso X

NOTA: tradução do galaico-português original para português moderno, de minha autoria:

Rosa das rosas

Rosa das rosas e Flor das flores
Dona das donas, Senhora das senhoras.
Rosa de beldade e de parecer
e Flor de alegria e de prazer,
Dona em muito piedoso ser
Senhora a atalhar tristezas e dores.
Rosa das rosas e Flor das flores,
Dona das donas, Senhora das senhoras.
A tal Senhora deve o homem muito amar,
que de todo mal o pode guardar;
e pode-lhe os pecados perdoar,
que faz no mundo por maus dissabores.
Rosa das rosas e Flor das flores,
Dona das donas, Senhora das senhoras.
Devemo-la muito amar e servir,
porque nos guarda de falhar;
e dos erros nos faz arrepender,
que nós fazemos como pecadores.
Rosa das rosas e Flor das flores,
Dona das donas, Senhora das senhoras.
Esta dona que tenho por Senhora
de que quero ser trovador,
se eu porém posso ter seu amor,
dou ao diabo os outros amores.
Rosa das rosas e Flor das flores,
Dona das donas, Senhora das senhoras.

in
Cantigas de Santa Maria - Afonso X

Alfonso X nasceu há 790 anos

O Rei Afonso X, o Sábio, trajado com as armas de Leão e Castela, rodeado pelos seus cortesãos (iluminura do manuscrito das Cantigas de Santa Maria)

Afonso X, o Sábio ou o Astrólogo (Toledo, 23 de novembro de 1221 - Sevilha, 4 de abril de 1284), foi rei de Castela e Leão de 1252 a 1284, e ainda imperador eleito do trono do Sacro Império Romano-Germânico (1257-1273), ainda que nunca tenha exercido o cargo de facto.

Como D. Dinis de Portugal seu neto, Afonso X fomentou a actividade cultural a diversos níveis. Realizou a primeira reforma ortográfica do castelhano, idioma que adoptou como oficial em detrimento do latim. O objectivo seria desenvolver o vernáculo do seu reino, segundo o historiador Juan de Mariana.
A famosa escola de tradutores de Toledo juntou um grupo de estudiosos cristãos, judeus e muçulmanos. Foi principalmente nesta que se realizou o importantíssimo trabalho de traduzir para as línguas ocidentais os textos da antiguidade clássica, entretanto desenvolvidos pelos cientistas islâmicos. Estas obras foram as principais responsáveis pelo renascimento científico de toda a Europa medieval, que forneceria inclusivamente os conhecimentos necessários para o subsequente período dos descobrimentos. A verdadeira revolução cultural que impulsionou foi qualificada de renascimento do século XIII. Mas a obra que mais foi divulgada e traduzida no reinado deste intelectual foi a Bíblia.
No entanto, através de académicos judeus, também patrocinou uma tradução do Talmud. Mas depois da revolta liderada por D. Sancho, perseguiu a comunidade judaica de Toledo, aprisionando-os nas suas sinagogas e demolindo as suas casas.
Afonso foi também mecenas generoso do movimento trovadoresco, e ele próprio um dos maiores trovadores e poetas de língua galaico-portuguesa (a língua mais usada na lírica ibérica do século XIII), tendo chegado até nós 44 cantigas suas, de amor e principalmente de escárnio e maldizer. A sua obra mais reconhecida é as Cantigas de Santa Maria, cancioneiro sacro sobre os prodígios da Virgem Santíssima, num total de 430 composições, musicadas.
Também colaborou no El Libro del Saber de Astronomia, obra baseada no sistema ptolomaico. Esta obra teve a participação de vários cientistas que o rei congregara, e aos quais proporcionava meios de estudo e investigação, tendo mesmo mandado instalar um observatório astronómico em Toledo. Compõs as tabelas afonsinas sobre as posições astronómicas dos planetas, baseadas nos cálculos de cientistas árabes. Como tributo à sua influência para o conhecimento da astronomia, o seu nome foi atribuído à cratera lunar Alfonsus.
Outras obras com o seu contributo são o Lapidario, um tratado sobre as propriedades das pedras em relação com a astronomia e o Libro de los juegos, sobre temas lúdicos (xadrez, dados e tabelas - uma família de jogos a que pertence o gamão), praticados pela nobreza da época.



Bem sabia eu, mia senhor 
(Cantiga de Amor)

Bem sabia eu, mia senhor,
que pois m'eu de vós partisse
que nunca veria sabor
de rem, pois vos eu nom visse,
porque vós sodes a melhor
dona de que nunca oísse
homem falar;
ca o vosso bom semelhar
sei que par
nunca lh'homem pod'achar.

E pois que o Deus assi quis,
que eu som tam alongado
de vós, mui bem seede fiz
que nunca eu sem cuidado
en viverei, ca já Paris
d'amor nom foi tam coitado
[e] nem Tristam;
nunca sofrerom tal afã,
nen'[o] ham
quantos som, nem seeram.

Que farei eu, pois que nom vir
o mui bom parecer vosso?
Ca o mal que vos foi ferir
aquel é [meu] x'est o vosso;
e por ende per rem partir
de vos muit'amar nom posso;
nen'[o] farei,
ante bem sei ca morrerei,
se nom hei
vós que sempre i amei.


Afonso X

segunda-feira, abril 04, 2011

Afonso X, o Sábio, Rei de Castela e Leão, nasceu há 727 anos


Afonso X, o Sábio (Toledo, 23 de Novembro de 1221 - Sevilha, 4 de Abril de 1284), foi rei de Castela e Leão de 1252 a 1284, e ainda imperador eleito do trono do Sacro Império Romano-Germânico (1257-1273), ainda que nunca tenha exercido o cargo de facto.

(...)
Como D. Dinis de Portugal, seu neto, Afonso X fomentou a actividade cultural a diversos níveis. Realizou a primeira reforma ortográfica do castelhano, idioma que adoptou como oficial em detrimento do latim. O objectivo seria desenvolver o vernáculo do seu reino, segundo o historiador Juan de Mariana.

(...)


Afonso foi também mecenas generoso do movimento trovadoresco, e ele próprio um dos maiores trovadores e poetas de língua galaico-portuguesa (a língua mais usada na lírica ibérica do século XIII), tendo chegado até nós 44 cantigas suas, de amor e principalmente de escárnio e maldizer. A sua obra mais reconhecida é as Cantigas de Santa Maria, cancioneiro sacro sobre os prodígios da Virgem Santíssima, num total de 430 composições, musicadas.

segunda-feira, novembro 23, 2009

O sábio Rei Afonso X de Leão e Castela nasceu há 788 anos

Alfonso X de Castilla y de León, llamado el Sabio (Toledo, 23 de noviembre de 1221Sevilla, 4 de abril de 1284), fue rey de Castilla y de León (1252-1284).



Uma poesia do avô de D. Dinis, na nossa língua, para recordar o seu nascimento: