Alexander Dubček (nascido em 27 de novembro de 1921 em Uhrovec, Checoslováquia, atualmente Eslováquia - falecido em 7 de novembro de 1992 em Praga) foi um chefe de estado da antiga Checoslováquia, tornou-se líder do Partido Comunista da Checoslováquia em 1968 e que iniciou as reformas da "Primavera de Praga".
O seu pai foi um operário emigrante na União Soviética e a sua educação foi na URSS. A família retornou à Eslováquia em 1938. No ano seguinte, Dubček ingressou no Partido Comunista Checoslovaco (PCCh). Durante a Segunda Guerra Mundial,
tomou parte na resistência contra a ocupação nazi. Demonstrou a sua
capacidade de organização ao protagonizar o levantamento nacionalista
eslovaco contra as tropas alemãs no inverno de 1944 a 1945. Ficou ferido em repetidas ocasiões.
Em 1949 foi nomeado secretário de distrito do Partido em Trencin e em 1951 foi eleito membro do Comité Central do PCCh e deputado da Assembleia Nacional, o que motivou sua ida para Bratislava, onde estudou Direito na Universidade de Komenski.
Entre 1955 e 1958, Dubček estudou na Escola Superior de Dirigentes do Partido em Moscovo. Dois anos depois já era membro do Presidium do PCCh. Em maio de 1963, Dubček substituiu K. Bacílek como primeiro secretário do Partido na Eslováquia e, em janeiro de 1968, substituiu o estalinista Novotni, como primeiro secretário do CC.
Dirigiu a tentativa de democratização socialista em seu país. O seu
propósito, destinado a democratizar o Estado e as estruturas internas do
Partido, e abrir a nação às potencias ocidentais, foi referendado por
grande parte da população checoslovaca. A tentativa (o socialismo com rosto humano) seria abortado sangrentamente pelas tropas soviéticas do Pacto de Varsóvia em agosto de 1968.
Dubček e outros cinco membros do Presidium foram sequestrados pela polícia soviética de ocupação e levados a Moscovo, onde "os fizeram
entrar na razão". Quando voltou a Praga foi considerado como um cadáver político e ostracisado.
Até 1970 foi presidente da Assembleia Federal Checa. Nesse mesmo ano quando foi expulso do Partido e nomeado embaixador na Turquia.
Não tardou em ser destituído: de novo em Praga, trabalhou como
burocrata de uma exploração florestal. Não houve notícias suas até 1974, quando saiu uma carta aberta, assinada por ele e dirigida à Assembleia Federal onde ratificou os postulados democráticos de 1968, criticou as posições políticas do Partido e denunciou os abusos de poder do primeiro secretário Husak.
Em 26 de novembro de 1989 Dubček foi aclamado na Praça de Letna, em Praga, por milhares de compatriotas. Inspirador da mudança democrática, foi eleito presidente do Parlamento Checoslovaco. Dubček, que morreu num acidente
de automóvel, não viu a desintegração do seu país.
in Wikipédia
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