D. João IV de Portugal e II de Bragança (Vila Viçosa, 19 de março de 1604 - 6 de novembro de 1656) foi o vigésimo primeiro Rei de Portugal, e o primeiro da quarta dinastia, fundador da dinastia de Bragança.
(...)
O Rei faleceu em 6 de novembro, devido ao «mal da gota e da pedra» de que fala o conde da Ericeira, doença que se manifestara em 1648. Jaz no Panteão dos Braganças, no mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa. No seu testamento, datado de 2 de novembro de 1656, confiou a regência à mulher, D. Luísa de Gusmão.
Diz Veríssimo Serrão que «a historiografia liberal procurou
denegri-lo na acção de governo, mas as fontes permitem hoje assentar um
juízo histórico completamente diferente. (...) Deve pôr-se em relevo a
acção do monarca na defesa das fronteiras do Reino (....). Também
providenciou no envio de várias embaixadas às cortes europeias, para a
assinatura de tratados de paz ou de trégua, a obtenção de auxílio
militar e financeiro e a justificação legítima de 1640.»
Deve-se-lhe a criação do Conselho de Guerra (1640), da Junta dos Três Estados (1643), do Conselho Ultramarino (1643) e da Companhia da Junta de Comércio (1649), além da reforma em 1642 do Conselho da Fazenda. E a regulamentação dos negócios da Secretaria de Estado, para melhor coordenação das tarefas de Governo. Esta em 29 de novembro de 1643
foi dividida em Secretaria de Estado, de um lado, que coordenava toda a
política interna e externa, e à «das Mercês e Expediente», do outro,
que tratava de «consultas, despachos, decretos e ordens» não dependentes
da outra Secretaria.
Promulgou abundante legislação para satisfazer as carências de
governo na Metrópole e no Ultramar. E, para além do monarca e do
restaurador, impõe-se considerar nele o artista e o letrado, o amador de
música que, no seu tempo, esteve à altura dos maiores de Portugal.»
in Wikipédia
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