Anthony "Tony" Charles Lynton Blair (Edimburgo, 6 de Maio de 1953) é um político britânico, tendo ocupado o cargo de primeiro-ministro do Reino Unido
de 2 de maio de 1997 a 27 de junho de 2007, de líder do Partido
Trabalhista de 1994 a 2007 e de membro do Parlamento Britânico de 1983 a
2007.
Depois de deixar o cargo de primeiro-ministro, Blair foi indicado para a posição
de enviado no Médio Oriente da ONU, da União Europeia, dos Estados
Unidos e da Rússia.
Blair foi educado em colégios de Edimburgo e depois estudou Direito em Oxford, convertendo-se em advogado especializado em Direito Sindical em 1976. Em 1983, foi eleito deputado (MP) do Partido Trabalhista Inglês (Labour) no Parlamento. De 1984 a 1987, foi porta-voz da oposição sobre assuntos de tesouro e economia.
Após a morte de John Smith em 1994, Blair, então com 41 anos, tornou-se o líder mais jovem já surgido no trabalhismo inglês. O Congresso de seu partido em 1996,
adotou a política proposta por Tony Blair, que buscava uma reforma
constitucional, especial atenção à educação e à saúde e a maior
integração com a União Europeia (UE). Nas eleições de 1997, derrotou o conservador John Major por uma grande maioria dos votos. Apresentou "O modelo para o século XXI", segundo o princípio "trabalho para os que podem trabalhar" e "assistência para os que não podem trabalhar". Contribuiu para pôr fim a trinta anos de conflito na Irlanda do Norte, firmando após quase dois anos de negociações um acordo de paz. Este acordo contou com a colaboração do presidente dos EUA, Bill Clinton.
Como presidente no retorno do Conselho da União Europeia, Blair aprovou o tratado de maio de 1998 para a circulação do Euro. Em janeiro de 1999 propôs converter a Câmara de Lordes em um senado com eleição por sufrágio universal. No mesmo ano obteve o Prémio Carlos Magno pela sua contribuição à unidade europeia.
Em junho de 2001,
nas eleições gerais, o Partido Trabalhista de Tony Blair ganha o
segundo mandato, caso inédito no currículo do partido e na história de
Inglaterra.
Em março de 2003, Blair decide em conjunto com o presidente norte-americano George W. Bush atacar o Iraque.
Envia tropas britânicas para um conflito (conjuntamente com os
militares norte-americanos) que tinha como objectivo desarmar o Iraque e depor o governo de Saddam Hussein.
Em 2005
Tony Blair lidera novamente o Partido Trabalhista numa estreia absoluta,
ao alcançar a vitória para um terceiro mandato consecutivo.
Na sequência das negociações da OMC para a eliminação de barreiras alfandegárias, Tony Blair defende a abolição total das tarifas aduaneiras pela União Europeia
para os produtos agrícolas, bem como o fim dos subsídios estatais à
produção, ao rendimento e sobretudo à exportação. Tal posição que ia ao
encontro das pretensões dos países em desenvolvimento, como o Brasil, Argentina, Tanzânia, Índia, entre outros, potenciaria a entrada daquelas economias nos mercados protegidos europeu e norte-americano.
No entanto, a França opôs-se tenazmente, remetendo para 2013 uma revisão global da Política Agrícola Comum da União Europeia.
Em 2006, o Partido Republicano dos EUA, ao qual o Presidente Bush pertence, perdeu as eleições parlamentares em seu país para o Partido Democrata,
o que mostrou o descontentamento do povo norte-americano com seu líder.
Blair, assim, vê sua imagem prejudicada, já que o principal motivo que
levou à rejeição do domínio republicano foi o fiasco da Guerra do Iraque. O Primeiro-Ministro percebe, desta forma, ter também grande probabilidade de perder o poder pelas mãos do Parlamento depois de nove anos no cargo.
Em 10 de maio de 2007, Tony Blair anunciou formalmente que renunciava a líder do Partido Trabalhista no dia 24 de junho, e consequentemente ao ofício de primeiro-ministro, após 10 anos de serviço. No dia 27 de junho, renunciou formalmente. Gordon Brown sucedeu-o em ambos os cargos.
Em dezembro de 2007 anunciou oficialmente a sua conversão ao catolicismo, deixando a Igreja Anglicana. Em uma conferência em abril de 2008 pronunciada na Catedral de Westminster
perante umas 1600 pessoas, Blair destacou a importância da religião em
um mundo globalizado. Disse que a religião poderia "despertar a
consciência do mundo" e a ajudar a alcançar os Objetivos do Milénio da
ONU contra a pobreza e a fome, de entre outras causas nobres.
in Wikipédia
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