(imagem daqui)
Roy Harold Scherer Jr., conhecido profissionalmente como Rock Hudson (Winnetka, 17 de Novembro de 1925 - Los Angeles, 2 de outubro de 1985), foi um ator norte-americano, famoso pelos dramas que fez com o diretor Douglas Sirk e pelas comédias românticas que estrelou ao lado de Doris Day.
Rock Hudson teve uma vida conturbada. Aos quatro anos foi abandonado
pelo pai, Roy Harold Scherer, passando a ser educado com muita
dificuldade pela mãe, Katherine Wood, uma empregada doméstica, na cama
de quem dormiu até os quinze anos, no alojamento dos criados."
Estudou na New Trier High School, de Illinois. Ganhava alguns trocados entregando jornais. Aos dezoito anos, alistou-se na Marinha dos Estados Unidos,
servindo na lavandaria. Foi quando sua sexualidade despertou. No meio
de tantos rapazes, sentia-se inteiramente à vontade. Tentou até manter
um comportamento viril para se mostrar um deles. Entrou para a
universidade e, orientado por um professor, tirou várias fotos e
enviou-as para vários agentes de artistas de Hollywood.
Em 1946,
após dar baixa na Marinha, Roy foi para Los Angeles, onde trabalhou
como camionista por dois anos para se sustentar, até que um encontro
fortuito com o olheiro Henry Wilson em 1948
o tirou do anonimato. Wilson apresentou Roy a Ken Hodge, um produtor
musical. Os dois se tornaram amantes. E foi numa festa, no apartamento
de Ken, que Roy Sherer se tornou Rock Hudson. Os convidados decidiram
que, se ele queria se tornar ator, deveria "renascer" com um outro nome.
Ken pronunciou aleatoriamente "Rock", por causa do som duro; "Hudson"
foi escolhido na lista telefônica.
Hudson estreou no cinema como coadjuvante/secundário no filme Sangue, Suor e Lágrimas (Fighter Squadron, 1948), de Raoul Walsh e assinou um contrato com os Estúdios Universal
que lhe garantia a realização de vinte e dois filmes em quatro anos.
Seu primeiro grande papel a chamar atenção da crítica e do público foi
no drama Sublime Obsessão (Magnificent Obsession, 1954), de Douglas Sirk, com quem faria alguns de seus melhores filmes.
Bem apessoado e com 1,93 m, a partir daí sua carreira descolou como galã em vários westerns, dramas de guerra e comédias principalmente, mas não só, ao lado de Doris Day. Recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator pelo clássico Assim Caminha a Humanidade (Giant, 1956), de George Stevens, coestrelado por James Dean e Elizabeth Taylor, que se transformaria em uma de suas melhores amigas fora das telas. Ganhou quatro vezes o Golden Globe.
Liz Taylor admitiu que, durante as filmagens de Assim Caminha a Humanidade,
sentiu-se atraída por Hudson. Tudo inútil, pois havia para o ator
alguém bem mais atraente que ela - James Dean. Este era um bissexual
assumido e extrovertido.
Porém, de acordo com a última biografia autorizada por Rock Hudson (Rock Hudson - História de Sua Vida)
escrita pelo próprio Rock Hudson & Sara Davinson, na página 122,
Rock Hudson diz: "Eu não simpatizava com ele (James Dean) pessoalmente"
confessa Rock, "mas isso não tem importância. Rock não se dava bem com
"James Dean" porque na opinião de Rock, James Dean não era um
"profissional". Rock Hudson e Elizabeth Taylor tiveram que passar o dia
inteiro maquilhados e vestidos, esperando James Dean, que não chegava para
filmar, porque tinha passado o dia assistindo uma corrida em outra
cidade, quando eles estavam filmando "Assim caminha a Humanidade na qual
Hudson foi nomeado para um oscar mas perdeu para Yul Brynner".
Nas décadas de 1950 e 1960, figurou entre os dez astros de maior sucesso de bilheteira do cinema norte-americano.
Quando os rumores começaram a circular em Hollywood que, ao contrário
dos amantes românticos que ele interpretava no cinema, sua orientação
sexual era outra, seu agente cinematográfico arrumou o casamento de
Hudson com Phyllis Gates, sua secretária. Eles passaram a lua-de-mel na Jamaica e em Manhattan. O divórcio se deu em 1958.
Na década de 1970, a carreira de Hudson no cinema parecia estar no fim. Assinou então contrato para uma longa série
televisiva. Para um astro de sua grandeza, era uma queda e tanto. E o
pior é que teria de participar de cenas na cama com a atriz Susan St. James.
Eles inclusive teriam um filho na série. Para ele, era demais. Começou a
beber e descuidou-se. Era visto em círculos homossexuais de Los
Angeles, São Francisco e Nova Iorque.
Sua imagem ficou seriamente abalada quando se espalharam boatos de que
teria se "casado" com o apresentador de um show da televisão, o ator Jim Nabors. Este acabou perdendo o seu contrato quando o falatório chegou à CBS. Os dois não ousavam aparecer juntos e jamais se falaram novamente. Rock inclusive tinha medo de ir ao Havaí, pois sabia que Nabors tinha uma casa lá. Em 1982, uma revista anunciou seu "divórcio".
Sua última aparição no cinema foi em O Embaixador (The Ambassador, 1984), de J. Lee Thompson, coestrelado por Robert Mitchum. Desde o início da década de 1980, já com os primeiros indícios de que havia contraído AIDS, o ator passou a fazer mais séries e seriados para a TV, como O Casal McMillan (McMillan & Wife, 1971-1977). Seus últimos trabalhos foram a participação em vários capítulos da série Dinastia (Dinasty).
Rock Hudson só assumiu a doença três meses antes de morrer, ao anunciar
que doaria 250 mil dólares para uma fundação recém-aberta para cuidar de
pesquisas sobre o vírus da Aids (Sida). Também estava escrevendo uma biografia, cujo título provisório era Minha História, e cuja renda seria revertida toda para essa fundação. Faleceu em 2 de outubro de 1985 em Los Angeles nos Estados Unidos. Seu corpo foi cremado e as cinzas jogadas ao mar.
in Wikipédia
Sem comentários:
Enviar um comentário