Mostrar mensagens com a etiqueta jobs for the boys. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta jobs for the boys. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, novembro 15, 2010

A ética republicana e socialista - versão study case nos CTT


Casos de estudo: vogais vs. administradores

Caso de estudo nº 1
Licenciado em Economia. Especializado pela Avon Cosméticos Internacional em Técnicas de Venda Marketing e Merchandising e possuidor de diversas acções de formação em Vendas Por Catálogo Comunicação e Marketing. Vendedor Marketing Manager da Avon Cosméticos S.A. Contabilista. Director Financeiro  de duas empresas que ninguém conhece das empresas Área Dinâmica e Laveiro. Boy nomeado para várias empresas estatais. Administrador dos CTT – Correios de Portugal S.A. e Administrador da PayShop (Portugal) S.A.


Caso de estudo nº 2
Frequência do 3º ano de um curso de  Contabilidade e Administração. Trabalhou nas áreas de Operações e Contabilidade de duas empresas. Geriu uma carteira de fundos e de seguros. Trabalhou como controller. Vogal do Conselho de Administração da Empresa de Arquivo de Documentação, do Grupo CTT e do Conselho de Administração da Payshop  S.A.


Destes dois casos de estudo trazidos até nós por Paulo Campos conclui-se que terminar um curso e ser vendedor da Avon são dois aspectos essenciais para distinguir o cargo de administrador do cargo de vogal de uma empresa que faz a mesma coisa que os pagamentos de serviços do Multibanco mas com mais burocracia (e maior despesa).

domingo, novembro 14, 2010

Sugar o país até ao último instante e à última gota






Os Vampiros - Zeca Afonso

No céu cinzento
Sob o astro mudo
Batendo as asas
Pela noite calada
Vem em bandos
Com pés veludo
Chupar o sangue
Fresco da manada
Se alguém se engana
Com seu ar sisudo
E lhes franqueia
As portas à chegada


Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada


A toda a parte
Chegam os vampiros
Poisam nos prédios
Poisam nas calçadas
Trazem no ventre
Despojos antigos
Mas nada os prende
Às vidas acabadas


São os mordomos
Do universo todo
Senhores à força
Mandadores sem lei
Enchem as tulhas
Bebem vinho novo
Dançam a ronda
No pinhal do rei


Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada
No chão do medo
Tombam os vencidos
Ouvem-se os gritos
Na noite abafada
Jazem nos fossos
Vítimas dum credo
E não se esgota
O sangue da manada


Se alguém se engana
Com seu ar sisudo
E lhes franqueia
As portas à chegada


Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada

A ética republicana e socialista - versão filho do subdirector-geral

Averiguação a candidatura de filho de subdirector-geral


O ministro da Justiça remeteu para a Inspecção-Geral dos Serviços de Justiça o caso da candidatura do filho do subdirector da Direcção-Geral de Reinserção Social a um lugar neste organismo.

A decisão de Alberto Martins surge na sequência de uma notícia do Correio da Manhã, segundo a qual Manuel Carrainho do Couto, licenciado em bioquímica e filho do subdirector da Direcção-Geral de Reinserção Social (Luís Vaz do Couto), ficou em primeiro lugar na primeira prova do concurso público para técnico superior naquela estrutura.

O Ministério da Justiça considera, numa nota enviada à agência Lusa, que a notícia induz a "suspeições sobre a idoneidade do júri do concurso", da responsabilidade da anterior direcção.

Considerando que "as suspeições" são susceptíveis de pôr em causa o bom nome e a reputação dos intervenientes e da instituição, o ministro da Justiça remeteu o caso para a Inspecção-Geral dos Serviços da Justiça para que proceda, no prazo máximo de 15 dias, "às diligências de aclaração necessárias e proponha ao Governo as medidas, que, em função do apurado, sejam adequadas".

Segundo o jornal, na primeira lista, publicada em Diário da República, o nome do candidato aparecia sem o apelido paterno, surgindo o nome completo numa lista posterior. O CM indica que se candidata a um dos 55 postos de trabalho na categoria de técnico superior de Reinserção Social daquela Direcção-Geral do Ministério da Justiça, que é licenciado em bioquímica e foi o único concorrente a obter 19 valores, a nota mais alta da prova de conhecimentos, faltando ainda a entrevista pelo júri do concurso.

in DN - ler notícia

sábado, novembro 13, 2010

O princípio do fim e as guerras dos boys

queda_de_jose_socrates.jpg 
(imagem daqui)

Amado pede afastamento de José Sócrates


Luís Amado deu uma interessante entrevista ao Expresso, onde pede uma coligação de governo para enfrentar a grave crise que o país atravessa. Isto quer dizer que muitos no PS já perceberam que os dias de José Sócrates estão a chegar ao fim. Amado, pessoa inteligente e que sabe ler os sinais políticos, sabe muito bem que uma coligação entre PS e PSD, como sugere na entrevista, seria sempre impossível com José Sócrates a manter-se como líder do PS. E também sabe que Pedro Passos Coelho nunca aceitará entrar num governo nas actuais circunstâncias, sem ir a eleições. No entanto, este apelo ao Bloco Central é um forte indício: "José Sócrates saia e dê espaço para uma nova solução de governo". No mesmo jornal, é anunciado que António Costa apoia Francisco Assis para liderar o PS no pós-Sócrates. Será apenas uma coincidência?

in 31 da Armada - post de

Pagar 20.000 aérios por uma coisa que é de graça? Ladrões! (ouvido no café...)


Contrato: Instituto Nacional da Propriedade Intelectual paga por página em rede social
20 mil euros para estar no Twitter

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), organismo público, pagou ao ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa 20 400 euros para estar no Twitter. Esta rede social é gratuita e permite aos utilizadores enviar e receber actualizações pessoais de outros contactos.

O Twitter tornou-se uma ferramenta usada por empresas, como meio de publicitação das suas marcas, e por particulares, sendo que o acesso é fácil e gratuito. Porém, não permite uma informação clara e completa, uma vez que limita as mensagens a 140 caracteres, à semelhança de uma SMS. Estima-se que, no Mundo, mais de 20 milhões de pessoas já utilizem o Twitter.

A adjudicação ao ISCTE foi feita pelo INPI em Outubro deste ano e no site do Governo, na contratação pública, lê-se, de forma extensa, qual o objecto do contrato: "Desenvolvimento de uma ferramenta de comunicação on-line dinâmica e interactiva no âmbito das principais ferramentas da Web 2.0, destinada à comunidade Instituto Nacional da Propriedade Industrial/Sistema de Inovação, optando por um sistema de microblogging, denominado Twitter".

Fonte ligada ao INPI justificou a entrada na rede Twitter com a necessidade de dar a conhecer o instituto e facilitar a comunicação entre parceiros, mas não soube justificar a necessidade de contratar o serviço ao ISCTE e o que implicava os 20 400 euros da adjudicação.

in CM - ler notícia

NOTA: para perceberem o que é o Twitter, para que serve e porque motivo é um roubo o valor pago, podem ler estes textos:
E Deus nos ajude - ou o FMI...

sábado, novembro 06, 2010

Uma fabulosa resposta a um político travestido em gestor

A fábula do Raposo e do Coelho

Caro dr. Jorge Coelho, como sabe, V. Exa. enviou-me uma carta, com conhecimento para a direcção deste jornal. Aqui fica a minha resposta.

Em 'O Governo e a Mota-Engil' (crónica do sítio do Expresso), eu apontei para um facto que estava no Orçamento do Estado (OE): a Ascendi, empresa da Mota-Engil, iria receber 587 milhões de euros. Olhando para este pornográfico número, e seguindo o economista Álvaro Santos Pereira, constatei o óbvio: no mínimo, esta transferência de 587 milhões seria escandalosa (este valor representa mais de metade da receita que resultará do aumento do IVA).

Eu escrevi este texto às nove da manhã. À tarde, quando o meu texto já circulava pela Internet, a Ascendi apontou para um "lapso" do OE: afinal, a empresa só tem direito a 150 milhões e não a 587 milhões. Durante a tarde, o sítio do Expresso fez uma notícia sobre esse lapso, à qual foi anexada o meu texto. À noite, a SIC falou sobre o assunto.

Ora, perante isto, V. Exa. fez uma carta a pedir que eu me retratasse. Mas, meu caro amigo, o lapso não é meu. O lapso é de Teixeira dos Santos e de Sócrates. A sua carta parece que parte do pressuposto de que os 587 milhões saíram da minha pérfida imaginação. Meu caro, quando eu escrevi o texto, o 'lapso' era um 'facto' consagrado no OE. V.

Exa. quer explicações? Peça-as ao ministro das Finanças. Mas não deixo de registar o seguinte: V. Exa. quer que um zé-ninguém peça desculpas por um erro cometido pelos dois homens mais poderosos do país. Isto até parece brincadeirinha.

Depois, V. Exa. não gostou de ler este meu desejo utópico: "quando é que Jorge Coelho e a Mota-Engil desaparecem do centro da nossa vida política?". A isto, V. Exa. respondeu com um excelso "servi a Causa Pública durante mais de 20 anos". Bravo. Mas eu também sirvo a causa pública. Além de registar os 'lapsos' de 500 milhões, o meu serviço à causa pública passa por dizer aquilo que penso e sinto.

E, neste momento, estou farto das PPP de betão, estou farto das estradas que ninguém usa, e estou farto das construtoras que fizeram esse mar de betão e alcatrão. No fundo, eu estou farto do atual modelo económico assente numa espécie de new deal entre políticos e as construtoras. Porque este modelo fez muito mal a Portugal, meu caro Jorge Coelho. O modelo económico que enriqueceu a sua empresa é o modelo económico que empobreceu Portugal.

Não, não comece a abanar a cabeça, porque eu não estou a falar em teorias da conspiração. Não estou a dizer que Sócrates governou com o objetivo de enriquecer as construtoras. Nunca lhe faria esse favor, meu caro. Estou apenas a dizer que esse modelo foi uma escolha política desastrosa para o país. A culpa não é sua, mas sim dos partidos, sobretudo do PS.

Mas, se não se importa, eu tenho o direito a estar farto de ver os construtores no centro da vida colectiva do meu país. Foi este excesso de construção que arruinou Portugal, foi este excesso de investimento em bens não-transacionáveis que destruiu o meu futuro próximo.

No dia em que V. Exa. inventar a obra pública exportável, venho aqui retratar-me com uma simples frase: "eu estava errado, o dr. Jorge Coelho é um visionário e as construtoras civis devem ser o alfa e o ómega da nossa economia". Até lá, se não se importa, tenho direito a estar farto deste new deal entre políticos e construtores.

quinta-feira, novembro 04, 2010

So do I...


Uns, que supostamente servem a causa pública, têm despesas de representação, ajudas de custo, viagens pagas, motoristas. Outros, ao serviço da causa pública, nem por isso.
Ontem recebi um telefonema daqueles de contar a vidinha. Diziam-me do lado de lá, vê só que o meu carro chumbou na inspecção, por causa dos amortecedores.
Surpreendo-me, mas o teu carro ainda não devia ter problemas de amortecedores.
Pois não devia não, mas tu bem sabes os caminhos por onde eu ando.
Explicação, a minha interlocutora é assistente social, trabalha num programa governamental de erradicação do trabalho e infantil e do abandono escolar, e dá cabo do carro próprio, pago com o seu chorudo vencimento, em caminhos de cabras, nas visitas que tem que fazer aos agregados familiares dos jovens em abandono escolar.

quarta-feira, novembro 03, 2010

Debate...?!?

Debate do Orçamento






Um mete-se a jeito, o outro responde à letra...é a elevação do discurso político português, um exemplo para todos nós.

in 31 da Sarrafada - post de Catarina Campos

segunda-feira, novembro 01, 2010

Fundações - pequeno contributo para perceber o estado a que chegámos


Já tínhamos recebido por e-mail um estranho documento sobre uma fantástica "Fundação Cidade de Guimarães" e o que recebiam os seus "órgãos sociais" mas não acreditámos que tal fosse possível. Hoje o Paulo Guinote divulgou um post, no Blog A Educação do meu Umbigo, sobre o assunto que nos fez investigar esta fundação:

"Este Decreto-Lei cria a Fundação Cidade de Guimarães e aprova os seus estatutos, tendo como fins principais a concepção, planeamento, promoção, execução e desenvolvimento do programa cultural do evento Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012.
Esta Fundação, que é uma pessoa colectiva de direito privado, com utilidade pública, corporiza o envolvimento da sociedade civil, do Estado e do Município de Guimarães num projecto único de dimensão nacional, constituindo uma fórmula inovadora e desejavelmente exemplar em matéria de política cultural.
Findo o evento Guimarães Capital Europeia da Cultura, a Fundação poderá vir a assumir a gestão do património cultural e dos respectivos equipamentos, propriedade do município de Guimarães, e de outros que lhe sejam afectos, com vista à promoção da cultura, desenvolvendo a criação e a difusão culturais, em todas as suas modalidades, bem como o apoio a acções de formação com relevância na área da cultura, promovendo a formação técnica especializada dos agentes e profissionais deste domínio ou domínios afins"


Resumindo, o Presidente recebe 14.300 euros/mês, dois vogais 12.500 euros/mês, há senhas de presença de presidente e vogais do conselho geral de 500 e 300 euros/reunião, respectivamente, o presidente e vogais do conselho fiscal têm direito a senhas de presença de 400 e 200 euros/reunião, ROC com 5.000 euros no primeiro ano e 20.000 no segundo, telemóvel e carro de serviço para conselho de administração, entre outros...

A Câmara Municipal de Guimarães, perante a revolta de muitos, apresentou uma ténue defesa das suas decisões - ver AQUI - mas já começou a ponderar baixar as mordomias aos boys - ver AQUI.

Para quem não acreditar, aqui fica o link para o documento: Fundação Cidade de Guimarães.

ADENDA: o blog Blasfémias publicou um post muito elucidativo sobre o assunto - ver AQUI. Termina assim:
O presidente do Conselho Geral é Jorge Sampaio. Um dos vogais foi seu chefe de gabinete. Deve ser coincidência.

Deus nos ajude


(imagem daqui)


A pouca-vergonha está de pedra e cal


SOL e sem comentários:

Só no ano passado, os gastos (salários e despesas) com 46 administradores de nove companhias tuteladas pelo Estado - ANA, STCP, EP, CTT, REFER, CP, ML, CARRIS E TAP - ascenderam aos 7,46 milhões de euros, ou seja, uma média de 162,2 mil euros mensais por gestor, segundo cálculos do SOL baseados nas contas anuais das empresas. Contas feiras, os gestores receberam seis vezes mais do que os trabalhadores das suas empresas, que auferiram 28 mil euros anuais.
(...)
Os CTT, a segunda no ranking das administrações que mais gastaram em 2009, distribuiu um prémio de gestão de 213,8 mil euros aos seus cinco administradores. O presidente, Estanislau Costa - que circula num veículo de 84 mil euros adquirido pela empresa em 2004 - pagou, no ano passado, 42,5 mil euros para alugar quatro automóveis para os seus colegas de conselho.

As quatro linhas do metropolitano de Lisboa parecem não ser suficientemente utilizadas pelos administradores da empresa, que bateram o recorde de gastos com o aluguer de carros. A antigo administração de Joaquim Reis - agora presidente da Parpública - despendeu 85 mil euros no renting de carros, entre os quais se contam 40,3 mil euros para a viatura do vogal Miguel Roquette, durante nove meses.

Antes de abandonar a empresa, Joaquim Reis decidiu deixar ao seu sucessor um carro novo no valor de 30 mil euros.

Também o presidente da Carris, José Silva Rodrigues gastou 4.142 euros em combustível, no espaço de um ano.

E os administradores da empresa pública com o maior passivo de todas (15,8 mil milhões de euros), a Estradas de Portugal, não se coibiram de gastar 48 mil euros no aluguer de carros e combustível.

in portadaloja - post de José

domingo, outubro 31, 2010

A ética republicana e socialista - versão manter os boys com a mão na massa


(imagem daqui)

Altos quadros da REN acusados no processo Face Oculta mantêm-se em funções

O ex-presidente das Redes Energéticas Nacionais (REN), José Penedos, conduziu a empresa entre 2001 e 2010, tendo sido afastado em Novembro do ano passado após o juiz de instrução do processo Face Oculta ter determinado a sua suspensão de funções. Mas o mesmo não aconteceu com três outros altos quadros da empresa, constituídos arguidos mais tarde e agora acusados de vários crimes, entre os quais corrupção para acto ilícito, participação económica em negócio e abuso de poder, que continuam em funções, sem que a REN tenha detectado qualquer tipo de irregularidade no seu comportamento, nas várias auditorias realizadas após a megaoperação de há um ano.

Victor Baptista saiu da administração, mas continua director-geral da REN-SGPS, Fernando Santos mantém-se administrador da REN Trading e Juan Oliveira permanece na Divisão Comercial. A confirmação foi dada ao PÚBLICO por Rodrigo Deus, da LPM, a agência que assessoria a REN, que se recusa a comentar a acusação, argumentando que a empresa ainda não teve acesso ao documento.

A REN garante, contudo, que a nova administração - igual à anterior, com a excepção de José Penedos e Victor Baptista - "implementou importantes alterações na gestão da empresa durante o ano de 2010". E exemplifica: passou a participar na plataforma de compras do Estado, alterou o manual de procedimentos para compras e adjudicações e criou um departamento de compras. "Estas alterações colocam a REN em linha com aquelas que são as melhores práticas a nível europeu", alega a empresa responsável pelo transporte da electricidade em alta tensão.

EP sanciona quatro

Um entendimento bastante diferente tem o procurador Carlos Filipe, no despacho de encerramento do processo Face Oculta. Referindo-se à REN, à Rede Ferroviária Nacional (Refer) e à Estadas de Portugal, o magistrado sublinha por diversas vezes a "absoluta ausência de mecanismos de controlo", quer do património das empresas, quer dos contratos por estas celebrados.

Em relação à REN, o procurador realça que "as pesagens dos resíduos, critério de aferição da sua valoração, foram sempre realizadas nas instalações da O2 [a principal empresa de Manuel José Godinho, o único preso preventivo do processo], inexistindo quaisquer mecanismos de controlo por parte da REN para a sua validação". E salienta: "Aliás, e por paradoxal que pareça, a REN, antes da certificação ambiental, controlou a pesagem de resíduos no momento da carga, quando saíam das suas instalações [...], sendo que, a partir de 2003, no quadro do contrato de gestão global de resíduos e suas prorrogações, deixou, pura e simplesmente, de controlar o processo de pesagem."

Deste modo, conclui o magistrado, "os valores apresentados pela O2 foram aceites pela REN sem que se tenha previamente assegurado, através da pesagem de resíduos, de que o respectivo valor correspondia à quantidade dos indicados pela O2". O procurador refere ainda uma série de quatro "incidentes com valores de pesagem" da O2 que prejudicaram a REN, mas dos quais a sociedade não se queixou. Por isso, explica, foi obrigado a arquivar estes episódios.

O mesmo aconteceu com um caso que envolve a Estradas de Portugal (EP). Contactada pelo PÚBLICO, a EP justifica que do inquérito interno instaurado em Outubro do ano passado "não foi possível obter provas que pudessem consubstanciar queixa-crime contra a O2". E acrescenta que, na sequência da fiscalização, sancionou quatro quadros da empresa, um dos quais com despedimento com justa causa. A empresa recusa, contudo, tornar públicas as conclusões da auditoria, adiantando apenas que o inquérito foi dado a conhecer na altura própria ao Departamento de Investigação e Acção Penal de Aveiro.

Também a Refer, que tem sete funcionários entre os acusados (um já não está na empresa), recusa-se a tornar públicas as irregularidades detectadas no inquérito que abriu o ano passado. Diz apenas que está a acompanhar o processo Face Oculta, do qual se constituiu assistente. E adianta que o inquérito, conduzido por um instrutor externo, resultou na instauração de diversos processos disciplinares, alguns com a intenção de despedimento.

"Atenta a complexidade da sua instrução e tramitação, esses processos encontram-se ainda pendentes para decisão final, situação que, por ora, inviabiliza a Refer de prestar quaisquer informações adicionais", alega a empresa numa resposta enviada por e-mail. O PÚBLICO sabe que entre os quadros envolvidos há funcionários que se mantêm em funções, alguns suspensos e outros de baixa.

sábado, outubro 16, 2010

A ética republicana e socialista - versão boys e tachos no PS



Imagem daqui

Os boys e os tachos do PS


O trabalho da revista Sábado mostra como o PS colonizou o Estado e as empresas públicas. O Estado, que Sócrates está sempre a defender, é uma mina de tachos faraónicos para os boys do PS.


I. O trabalho da Sábado vale por si, e não carece de muitos comentários. Tal como refere Gonçalo Bordalo Pinheiro no editorial, estamos a falar de pessoas com duas características: (1) ocupam "um cargo relevante no Estado (ou em empresas de que o Estado é accionista)", apesar de (2) "não terem um currículo na área". As jornalistas Ana Taborda, Maria Henrique Espada e Patrícia Silva Alves fizeram, assim, uma "lista de ex-governantes, ex-assessores, militantes socialistas ou pessoas com qualquer ligação a membros do governo que estão em lugares de destaque por decisão do mesmo governo".

II. Em Julho, quando Portugal era um paraíso na terra, o Governo colocou nas Estradas de Portugal mais uma administradora: Ana Tomaz (150 mil euros ao ano). "Na véspera da sua nomeação, esta engenheira civil sem qualquer experiência de gestão, era adjunta do secretário de Estado das Obras Públicas". Há muitos casos assim. É só ler, caro leitor. O meu caso preferido é o de Filipe Baptista, que, depois de ser assessor e secretário de Estado de Sócrates, passou a ganhar 198 mil euros na ANACOM. Ou seja, José Sócrates colocou um dos seus homens-de-mão numa entidade reguladora, para a qual ele não tinha CV. Este é o melhor retrato do socratismo: a ausência de rigor institucional (colocar um boy numa entidade reguladora é o mesmo que não ter respeito pela regulação e pela separação de poderes), e o favorecimento daqueles que defendem o PS - contra os inimigos do Estado Social, com certeza.
III. Vamos a outro caso, que não é tão chocante, mas que acaba por revelar o problema de fundo. Alexandre Rosa foi colocado no Instituto do Emprego e Formação Profissional, área em que não tinha qualquer experiência. As reacções deste senhor são bem interessantes. Diz ele: "Estes lugares são de nomeação política, é normal que se escolham pessoas em quem se tem confiança política! Eu executo políticas do governo". Ora, o problema está precisamente aqui. O problema está no facto de os altos postos da função pública estarem abertos ao saque do partido do poder (PS ou PSD). Como tem dito António Barreto, há que acabar com esta lei que possibilita ao Governo colocar os seus boys no topo da hierarquia do Estado. Estes lugares de topo devem ser ocupados por funcionários públicos (depois de um concurso livre e transparente) e não por boys.

IV. Eis, portanto, a história da Era Sócrates: a sociedade está um caco, a economia do comum dos mortais está uma miséria, mas a economia dos boys do PS está bem e recomenda-se. Não é por acaso que o PS passa a vida a defender o Estado. É que esse Estado, que nos consome os impostos, é a galinha de ovos de ouro dos socialistas, sobretudo daqueles que têm a sorte de ter o número de telemóvel do primeiro-ministro.

sábado, março 06, 2010

Para ter Carreira não é preciso ser filho do Toni ou L'Important C'Est La Rose

Agrupamento de Escolas da Lourinhã: A psicóloga e o filho da ministra Ana Jorge
Colocado por Ricardo Santos Pinto em 5 de Março de 2010

A informação chegou ao Aventar via mail: uma psicóloga da associação «Novos Sábios», sediada na Lourinhã, trabalhava há 3 anos na Escola EB 2.3 da Lourinhã, gratuitamente, com a promessa de que passaria a ser remunerada quando houvesse verbas para o efeito.

Ainda segundo esse mail, recentemente fora contratado para as mesmas funções, mas remuneradas, um outro psicólogo. A ser verdade, estaríamos na presença de uma história com contornos algo estranhos, de desperdício dos dinheiros públicos e falta de consideração pela psicóloga que colaborava com a escola há anos de forma gratuita. Nada de especial, num país onde os dinheiros públicos são geridos da forma que se sabe, não fosse o facto de esse psicólogo, Miguel Jorge Carvalho, ser filho de Ana Jorge, actual Ministra da Saúde.

O Aventar pôs-se em campo e chegou à fala com a psicóloga da associação «Novos Sábios», Raquel Mendes. Ouvimos também o Director do Agrupamento, Pedro Damião. Quanto ao psicólogo contratado pelo Agrupamento, Miguel Jorge Carvalho, não estava na escola e foi impossível recolher o seu depoimento.


Ponto prévio: o Aventar não faz acusações nem juízos de valor sobre as intenções que estão subjacentes a esta contratação e aos contornos que a envolvem. Revelamos apenas os factos que nos foi possível apurar.

Começámos por ouvir Raquel Mendes, psicóloga na «Novos Sábios», associação de apoio psicológico e psicopedagógico sem fins lucrativos. Licenciada em Psicologia, tem Mestrado em Terapias Comportamentais e Cognitivas. A titulo voluntário e gratuito, há 3 anos consecutivos que disponibiliza os seus serviços de psicóloga (4 horas semanais) à Escola Básica EB 2, 3 Dr. João das Regras, na Lourinhã, escola-sede do Agrupamento de Escolas D. Lourenço Vicente, naquele município.

Segundo Raquel Mendes, a escola sempre teve conhecimento do seu desejo de ser remunerada pelo trabalho que efectuava – uma aspiração legítima – quando houvesse condições financeiras para tal. Aliás, por diversas vezes os responsáveis pela escola fizeram crer que tal aconteceria logo que possível.

No entanto, no dia 24 de Fevereiro, Raquel Mendes foi informada de que a Escola tinha contratado os serviços de um psicólogo (serviços remunerados – 12 horas semanais), utilizando verbas de que o Agrupamento dispõe para Assessoria ao Director.

Pelo que o psicólogo contratado lhe disse, o convite partiu do Director do Agrupamento, Pedro Damião, que sentia a falta de técnicos nesta área na região da Lourinhã. Confrontado com este facto por Raquel Mendes, um dos adjuntos do Director ter-lhe-á respondido desta forma: «Nós não sabíamos que a Dr.ª estava interessada».

Pedro Damião, ouvido pelo Aventar, confirma que convidou Miguel Jorge Carvalho, mas desmente qualquer ligação entre esse convite e o facto de o psicólogo ser filho da ministra Ana Jorge. Alega que o contratou para uma Assessoria Técnico-Pedagógica, algo que a Lei permite (Despacho n.º 16551/2009). Aliás, continua Pedro Damião, Miguel Carvalho foi contratado para Assessor do Director e não para qualquer actividade relacionada com Psicologia. Diz também que desconhece o acordo com Raquel Mendes, visto que é Director do Agrupamento apenas desde Junho de 2009. No entanto, reconhece que já era professor da Escola antes de ser Director.

Apesar destas afirmações do Director Pedro Damião, Raquel Mendes confirma que Miguel Jorge Carvalho, um psicólogo clínico, está realmente a exercer as funções de psicólogo na escola. Atende os alunos à 2ª, 4ª e 5ª Feira num gabinete denominado «Gabinete de Psicologia e Saúde» e está prestes a iniciar um projecto sobre sexualidade. De resto, quando o Aventar telefonou para a escola e pediu para falar com o Dr. Miguel Carvalho, a resposta foi: «O psicólogo? O psicólogo não está».

Confrontada com as afirmações de Pedro Damião, Raquel Mendes manifesta-se surpreendida e considera bizarro que nenhum elemento da Direcção da Escola soubesse que ela colaborava com a instituição há 3 anos e que já lhe fora prometida remuneração pelo trabalho efectuado. A estranheza é maior quando os elementos da Direcção já eram anteriormente professores naquele estabelecimento de ensino.

E reforça: «Aparentemente, este facto nada de novo traz, apenas a confirmação de que quem tem amigos tem tudo. No entanto, dado que eu estou lá – sem qualquer remuneração – parecia mais lógico fazerem-me a proposta a mim, dado que sempre elogiaram o meu trabalho.

Reforçando a ideia, se há assim tanta necessidade de técnicos, e verba para os contratar, seria natural, penso, que tivessem falado comigo, de forma a negociarmos um possível aumento do meu horário na Escola, e o alargamento subsequente do meu apoio às restantes escolas do Agrupamento. Será que os meus serviços só servem porque são gratuitos? O que mais me intriga é o facto de o psicólogo contratado pelo Agrupamento ser filho da Dr.ª Ana Jorge, Ministra da Saúde. Tratar-se-á de mais uma instância dos “jobs for the boys”

São estes os factos. Como nota pessoal, por ser professor e conhecer relativamente bem este assunto, confirmo que, no actual modelo de Gestão das escolas, o Director pode convidar assessores para o auxiliarem na gestão. Onde lecciono, por exemplo, são dois os assessores do Director, mas ambos já eram professores da Escola, portanto não há qualquer custo a não ser uma redução no horário. Aliás, a Lei prevê que «o conselho geral pode autorizar a constituição de assessorias técnico-pedagógicas, para as quais são designados docentes em exercício de funções no agrupamento de escolas ou em escola não agrupada. O estabelecimentos de ensino deve proceder preferencialmente à afectação de professores com insuficiência lectiva no respectivo horário, desde que estes preencham os requisitos académicos ou profissionais necessários para a assessoria pretendida.»

Entretanto, devido a estes acontecimentos, Raquel Mendes e a associação «Novos Sábios» rescindiu o acordo de colaboração que mantinha com a EB 2.3 Dr. João das Regras desde há 3 anos.

Nota final: o Aventar é apenas um blogue. Não faz jornalismo de investigação nem pretende fazê-lo. Mas neste caso concreto, entendeu por bem relatar os factos que conseguiu apurar e que, valha a verdade, têm o seu quê de estranho.

in Blog Aventar - post original AQUI

sábado, fevereiro 13, 2010

Ana Gomes (eurodeputada do PS) dixit...

Boys will be... bóis

Eu não sei quem é esse tal Rui Pedro Soares, o boy sem cv que aos 32 anos foi alçado a administrador-executivo da PT pelo Estado, a ganhar escandalosamente mais num ano do que o meu marido ganhou em toda a vida, ao longo de 40 anos como servidor do Estado nos mais altos escalões.

Socialista encartado, dizem. Será, nunca dei por ele, que eu saiba nunca sequer me cruzei com ele.

Fraquinho no descernimento é, de certeza. Porque se não quis encalacrar os socialistas, foi exactamente isso que logrou ao accionar uma providência cautelar para impedir a saída do jornal SOL com mais escutas das suas ruminações telefónicas, justamente numa semana em que os socialistas procuraram desmentir quem clamava contra a falta de liberdade da imprensa.

E se investiu para abafar o jornal, a criatura também não percebeu que, ao contrário, projectava ainda mais longe a radiação solar.

Com bóis destes, para que servem ao PS os boys?

in Blog Causa Nossa


PS - ouvi dizer que Ana Gomes substituiu a expressão “atrasado mental” por “fraquinho no (SIC) descernimento”. Em boa hora...

A propósito de cefalópodes


Face Oculta
O boy de Sócrates na PT e o seu assessor
Por Luís Rosa

A confiança de José Sócrates e a ajuda de jovens dirigentes do PS levaram Rui Pedro Soares a uma subida meteórica. Penedos foi atrás


A 13 de Março de 2006, a PT SGPS informa o mercado dos nomes dos novos administradores propostos pela Caixa Geral de Depósitos e pelo Banco Espírito Santo para o triénio 2006/2008. É a primeira lista no novo ciclo político iniciado por José Sócrates em Março de 2005 e a nomeação de Henrique Granadeiro para presidente da Comissão Executiva reflecte isso mesmo. Mas há uma nova cara no órgão máximo do grupo que surpreende totalmente o mercado: Rui Pedro Soares. «Quem?» – perguntaram os especialistas e os quadros superiores da PT.

Natural do Porto, Rui Pedro Barroso Soares licenciou-se em Gestão de Marketing pelo Instituto Português de Administração de Marketing. Mas foi na Juventude Socialista (JS) liderada por Sérgio Sousa Pinto que conheceu dois homens fulcrais para o seu futuro: Marcos Perestrello e Paulo Penedos.

Em 2000, após dois anos em Estrasburgo como assessor dos eurodeputados do PS), uma candidatura falhada a sucessor de Sousa Pinto na JS e uma passagem pelo departamento de marketing do Banco Cetelem (crédito por telefone), Rui Pedro Soares tenta cair sem sucesso nas boas graças de João Soares – então presidente da Câmara de Lisboa. Com a vitória de Santana em 2001, subiu a vereador do PS sem pelouro.

Em 2004, além de colaborar com o Gabinete de Estudos do PS dirigido por Luís Nazaré, o seu amigo Marcos Perestrello (hoje secretário de Estado da Defesa) começa a introduzi-lo no inner circle do então mais forte candidato à sucessão de Ferro Rodrigues: José Sócrates.

O primeiro trabalho como ‘socrático’ foi coordenar a elaboração do site do candidato a secretário-geral do PS. Saiu-se bem e começou a ganhar a confiança de Sócrates, com o apoio de Perestrello. Este, ganha dimensão política como secretário nacional para a Organização e, após a obtenção da maioria absoluta em 2005, convence Sócrates de que Rui Pedro pode ser o novo homem forte do PS na PT. O primeiro-ministro concorda e indica o seu nome a Ricardo Salgado, presidente do Banco Espírito Santo.

O problema da falta de currículo foi um pormenor facilmente contornável com a ajuda da maioria absoluta conquistada nas urnas. Rui Pedro passa logo em 2005 para o lugar de assessor da Comissão Executiva da PT Multimédia para os sectores de Business Inteligence, Imobiliário e Segurança (áreas até então desconhecidas do seu currículo).

Em Abril de 2006, Soares toma posse com 32 anos como administrador executivo da holding do Grupo PT, com um salário anual de 2,5 milhões de euros – meses mais tarde renova o seu mandato como dirigente da Comissão Nacional do PS no Congresso de Santarém. Ficou com os importantes pelouros das relações com as Regiões Autónomas e as autarquias, do Imobiliário e do Marketing e Publicidade – além de ter sido nomeado administrador executivo da PT Compras, onde coordenou as compras centralizadas do grupo. No caso da publicidade, passou a ter uma palavra decisiva sobre a escolha dos media onde a PT (o mais importante anunciante do mercado português) coloca publicidade. Mas o Imobiliário (a PT tem um património avaliado em 400 milhões de euros) não foi menos importante. Desde 2006 que a PT iniciou um processo de alienação de prédios, prevendo-se uma receita antes da crise no sector na ordem dos 100 milhões de euros.

Rui Pedro Soares ganhou notoriedade na comunicação social com polémicas relacionadas com futebol. Em entrevista a ‘A Bola’, este ‘Dragão de Ouro’ falou sobre o seu orçamento de 15 milhões de euros de patrocínios ao Benfica, Sporting e Porto e propôs a criação de uma Liga Ibérica. Poucas semanas depois, anunciou o apoio da PT ao Boavista – clube condenado por corrupção desportiva pela Liga de Clubes. Já este ano, Rui Pedro Soares ‘reapareceu’ como interlocutor do Sporting ao adiantar parte dos 15 milhões de euros que os ‘leões’ gastaram em jogadores no mercado de Inverno – a título de renovação do contrato de patrocínio e da criação de um novo canal de televisão semelhante ao Benfica TV.


O miúdo terrível

Rui Pedro Soares contratou logo em 2006 o seu amigo Paulo Penedos para assessorá-lo na Comissão Executiva. O filho de José Penedos (presidente da REN, obrigado a demitir-se uma vez constituído arguido no ‘Face Oculta’) tem muito mais notoriedade do que Rui Pedro, fruto das suas vistosas (e derrotadas) candidaturas à Câmara de Vila Nova de Poiares e a secretário-geral do PS. Na primeira mostrou-se num Ferrari vermelho, enquanto na segunda (em 2002) foi rival de Ferro Rodrigues.

in Sol - ler notícia

quinta-feira, dezembro 10, 2009

A mentira como desporto favorito...


A Directora Regional de Educação do Centro, que iniciou funções a 2 de Dezembro, cessou funções depois de divergências com o Ministério da Educação (ME) em torno da nomeação dos novos adjuntos. Em causa estará a imposição, politica, de dois adjuntos que a nova directora recusou. Por esclarecer está saber se tratou de uma demissão ou se a directora terá sido demitida.

Beatriz Proença tomou posse em finais de Novembro e sucedeu a Engrácia Castro. Uma semana depois de ter tomado posse demitiu-se por causa de “divergências com o ME tutela em torno da constituição da nova equipa, que já estaria escolhida”, disse ao DN fonte conhecedora do processo. Em causa esteve a escolha dos dois adjuntos que foram propostos a Beatriz Proença.

A nova directora, que ainda chegou a ocupar o gabinete, fez constar no sítio electrónico da DREC uma mensagem de apresentação, que ainda ontem estava activa. A DREC apenas confirmou que Beatriz Proença cessou funções sem contudo adiantar mais esclarecimentos. O DN tentou, sem sucesso, ouvir o ME.
in DN - ler notícia




O Governo garante que Maria Beatriz Proença nunca foi nomeada oficialmente e que o seu nome nunca chegou a sair em Diário da República.
Através de email, o Ministério da Educação garantiu à TSF que Beatriz Proença não foi nomeada oficialmente para exercer as funções de directora da Direcção Regional de Educação do Centro (DREC). Contudo, e durante a semana em que desempenhou funções, Beatriz Proença despachou vários assuntos, reuniu com os serviços e enviou cartas de apresentação para várias entidades.

in A Educação do meu Umbigo (notícia citada depois alterada...)



No site da Direcção Regional de Educação do Centro (DREC) podia ler-se esta tarde a carta de apresentação de Beatriz Proença como a nova directora da DREC.


Mensagem de saudação da Directora Regional de Educação
Publicado em 02/12/2009 - Direcção

Aproveito este meio, ao assumir funções como Directora Regional de Educação do Centro, para saudar todos os intervenientes no processo educativo desta circunscrição territorial – alunos, pais e encarregados de educação, educadores e professores, pessoal não docente, lideranças dos órgãos de direcção, administração e gestão dos estabelecimentos de educação e ensino, responsáveis dos centros de formação de associações de escolas, representantes dos municípios, de outros serviços, organismos e entidades, assim como cidadãos em geral.

Pretendemos continuar a aprofundar as políticas de proximidade com todos os participantes no processo de desenvolvimento e consolidação das acções educativas, promovendo e estimulando o diálogo, o debate e a troca de saberes e experiências, contribuindo para a execução dos objectivos educacionais, designadamente para a melhoria dos resultados escolares e a erradicação do abandono. São estes alguns dos desafios, transformando ideias em mobilização e acção, focalizando as actividades na diversidade de forma a potenciar a qualidade e a equidade do nosso sistema educativo.

Só partilhando, estreitando complementaridades e reforçando as competências de todos os intervenientes é que se poderá construir uma escola mais qualificada e prestadora de melhor educação e melhores aprendizagens.


Contamos com a colaboração e as sugestões de todos para este caminho, para esta missão.


As minhas saudações cordiais.


Maria Beatriz de Proença
Directora Regional de Educação do Centro




Perante a insistência da TSF por ter constatado que Beatriz Proença esteve em plenitude de funções durante a semana que ocupou o cargo de directora da Direcção Regional de Educação do Centro (DREC), o Ministério da Educação rectificou o seu esclarecimento, sublinhando que Beatriz Proença foi de facto indigitada para o cargo, mas não nomeada.

Num primeiro momento, o Ministério da Educação garantiu à TSF que Beatriz Proença nunca foi nomeada oficialmente para a DREC por ter sido detectada uma incompatibilidade para o exercício dessa função.

Perante a insistência da TSF, por ter constatado que Beatriz Proença esteve em plenitude funções durante uma semana, o gabinete da ministra da Educação rectificou a resposta, referindo num segundo momento que afinal Beatriz Proença foi de facto indigitada para o cargo, mas não nomeada.

in TSF - ler notícia



NOTA: Gosto da teoria do fumou mas não engoliu - mas era escusado mentirem e encarniçarem-se por dois míseros jobs for the boys... O desespero da partida dá no que dá.