Mostrar mensagens com a etiqueta Manto. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Manto. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, outubro 08, 2024

Notícia interessante, retirando os exageros de linguagem, sobre água em minerais no manto do nosso planeta...

Descoberto oceano gigante 700 km abaixo da crosta da Terra. Tem mais água do que a superfície

 

 

Investigadores encontraram um inusitado e enorme oceano nas profundezas da Terra, a 700 quilómetros abaixo da crosta.

A descoberta muda algumas conceções científicas sobre o ciclo da água, a origem dos oceanos e a sua estabilidade nos milhares de milhões de anos do nosso planeta.

Mais especificamente, a quantidade massiva de água fica em formações de rochas azuis, em minerais conhecidos como ringwooditas, que ficam no manto. Escaldantes, elas alojam-se entre a superfície e o núcleo, e não guardam o que provavelmente imaginou como uma grande piscina de ondas subterrâneas, mas sim moléculas de água presas na estrutura cristalizada do mineral.

Para achar os mais profundos oceanos da Terra, foram usados métodos sismológicos. Cientistas da Universidade Northwestern espalharam uma rede de 2000 sismógrafos por todos os Estados Unidos para analisar as ondas sísmicas geradas por mais de 500 terramotos, que conseguem chegar ao núcleo do planeta e, então, são detetadas na superfície, revelando segredos da sua estrutura interna.

A velocidade das ondas foi medida em várias profundidades diferentes, determinando a composição das rochas pelas quais passaram. A presença de água, então, foi notada quando as ondas ficaram significativamente mais lentas, revelando uma camada rochosa com água nas bordas granuladas.

Segundo os investigadores, os oceanos da Terra podem ter surgido da infiltração dessa água à superfície, desafiando a teoria de que a substância teria vindo de fora, apanhando “boleia” de cometas que chocaram com o planeta.

A presença do líquido nas profundezas também é positiva, já que, caso estivesse na superfície, faria com que os mares estivessem com níveis muito mais altos, deixando apenas o topo das montanhas acima da água.

É possível que a água tenha, ao longo das eras geológicas, viajado da superfície para o interior e vice-versa, processo ligado ao movimento do manto e ao seu derretimento.

Para saber mais, os cientistas planeavam recolher mais dados sismológicos, especialmente de outros lugares do mundo, o que poderá revelar muito sobre a história da Terra e da vida nela contida.

 

in ZAP

sábado, setembro 21, 2024

Notícia interessante sobre sondagem que chega ao manto terrestre...

Obtida a amostra mais profunda de rocha do manto da Terra

 

O local da perfuração era perto do campo hidrotermal Lost City, uma área de fontes hidrotermais no fundo do mar, no meio do Atlântico, que jorra água superaquecida do interior da Terra.

 

 

 O navio JOIDES Resolution, que perfura o fundo do mar num programa internacional de investigação

 
Utilizando um navio de perfuração oceânica, uma equipa internacional de cientista fez o buraco mais profundo nunca antes atingido em rocha do manto da Terra – penetrando 1268 metros abaixo do leito marinho do Atlântico – e obtive uma amostra que está a oferecer pistas sobre a camada mais volumosa do nosso planeta.
Essa amostra de rocha está a fornecer informações sobre a composição da parte superior do manto e os processos químicos que ocorrem quando essa rocha interage com a água do mar numa variedade de temperaturas. Esses processos, revelaram os investigadores na edição desta semana da revista Science, podem ter sido a base do surgimento da vida na Terra há milhares de milhões de anos.
O manto, que compreende mais de 80% do volume do planeta, é uma camada de rocha de silicato entre a crosta externa da Terra e o núcleo extremamente quente. As rochas do manto são geralmente inacessíveis, exceto quando se encontram expostas em locais de expansão do fundo do mar entre as placas tectónicas, que se movem lentamente e formam a superfície do planeta.
Um desses lugares é o Maciço Atlantis, uma montanha submarina onde a rocha do manto está exposta no fundo do mar. Está localizado no meio do Atlântico, a oeste da vasta cordilheira da Crista Média-Atlântica​, que forma a fronteira entre a placa norte-americana e as placas euroasiática e africana.
Usando equipamentos a bordo do navio JOIDES Resolution, os cientistas perfuraram a rocha do manto a cerca de 850 metros abaixo da superfície do mar, numa expedição de abril a junho de 2023 do Programa Internacional de Descoberta do Oceano (IODP, na sigla em inglês). 
A amostra do manto obtida a 1268 metros abaixo do leito marinho tem cerca de 6,5 centímetros de diâmetro. É constituída por mais de 70% da rocha – com 886 metros de comprimento – do buraco que perfuraram.
  
Rocha do manto vista ao microscópio
 
“É um recorde, pois as tentativas anteriores de perfurar rochas do manto foram difíceis, com penetração não mais profunda do que 200 metros [no âmbito do programa IODP] e com a recuperação relativamente baixa de rochas. Em contraste, penetrámos 1268 metros, trazendo grandes secções contínuas de rochas do manto”, diz o geólogo Johan Lissenberg, da Universidade de Cardiff (no Reino Unido), principal autor do estudo publicado na Science.
“Anteriormente, estávamos muito limitados a amostras de manto dragadas [por arrasto] do fundo do mar”, acrescenta Johan ​Lissenberg.
“Tivemos algumas dificuldades para iniciar o nosso buraco”, diz o geólogo Andrew McCaig, da Universidade de Leeds (Inglaterra), também co-autor do estudo.
Na parte superior do furo foi colocado um revestimento cilíndrico de cimento reforçado, contra Andrew McCaig, “e depois a perfuração fez-se com uma facilidade inesperada”.
 

O cientista Kuan-Yu Lin (da Universidade de Delaware, nos EUA) a estudar rochas do manto a bordo do navio JOIDES Resolution

Os cientistas documentaram como um mineral chamado olivina na amostra reagiu com a água do mar a várias temperaturas.
“A reação entre a água do mar e as rochas do manto ou perto do fundo do mar liberta hidrogénio, que, por sua vez, forma compostos como o metano, que sustentam a vida microbiana. Esta é uma das hipóteses para a origem da vida na Terra”, diz Johan Lissenberg.
“​A nossa recuperação de rochas do manto permite-nos estudar essas reações com grande pormenor e ao longo de várias temperaturas, além de relacioná-las com observações que nossos microbiólogos fazem sobre a abundância e os tipos de micróbios presentes nas rochas e a profundidade em que os micróbios ocorrem no fundo do oceano”, acrescenta Johan Lissenberg.
 
No campo hidrotermal Lost City
O local da perfuração era perto do campo hidrotermal Lost City (Cidade Perdida), uma área de fontes hidrotermais no fundo do mar que jorra água superaquecida. Acredita-se que a amostra seja representativa da rocha do manto por baixo das fontes hidrotermais de Lost City.
“Uma hipótese para a origem da vida na Terra é que poderá ter acontecido num ambiente semelhante ao de Lost City”, diz Andrew McCaig.
A amostra do manto ainda está a ser analisada. Os cientistas já têm alguns resultados preliminares sobre sua composição e documentaram a ocorrência de um derretimento histórico rocha derretida mais extenso do que o esperado.
“Em particular, no mineral ortopiroxena abunda numa faixa ampla de várias escalas, do centímetro a centenas de metros”, conta Johan ​Lissenberg. “Relacionamos isso com o fluxo de derretimento no manto superior. À medida que o manto superior se eleva nas regiões de afastamento de placas, derrete, e esse derretimento migra em direção à superfície para alimentar os vulcões.”

terça-feira, agosto 27, 2024

Vivemos num planeta inquieto...

Estranhas ondas que intrigam os cientistas podem estar “por todo o lado” no manto da Terra

 

 

As zonas de velocidade ultra baixa, que abrandam abruptamente as ondas sísmicas, podem ser bastante mais comuns no manto da Terra do que pensava.

Investigações recentes revelaram que zonas misteriosas no manto profundo da Terra, conhecidas como zonas de velocidade ultra baixa (ULVZs), podem estar muito mais espalhadas do que se pensava.

Estas zonas, onde as ondas sísmicas abrandam drasticamente, têm intrigado os cientistas durante anos.

As ULVZs estão localizadas perto da fronteira entre o manto e o núcleo da Terra e podem reduzir a velocidade das ondas sísmicas até 50%.

Michael Thorne, geólogo e geofísico da Universidade de Utah, descreve estas zonas como uma das caraterísticas mais extremas do planeta, mas a sua origem, composição e papel permanecem em grande parte desconhecidos.

O estudo, publicado na revista AGU Advances, começou não com um enfoque nas ULVZs, mas antes na compreensão de ondas sísmicas invulgares conhecidas como ondas PKP precursoras.

Estas ondas, geradas por grandes terramotos em zonas de subducção, viajam através do manto terrestre, do núcleo externo líquido e do manto novamente, muitas vezes dispersando caraterísticas misteriosas no manto inferior antes de atingir o lado oposto do planeta.

Para investigar estas caraterísticas, os cientistas utilizaram um modelo informático para simular a forma como as ondas PKP viajariam através de diferentes áreas do manto.

Em seguida, compararam estas simulações com dados reais de 58 sismos profundos perto da Nova Guiné, que foram detetados por monitores sísmicos em toda a América do Norte entre 2008 e 2022, relata o Live Science.

Os investigadores descobriram que algo no manto estava a fazer com que as ondas sísmicas se dispersassem e abrandassem. Os prováveis culpados eram os vales e as cristas ao longo da fronteira entre o núcleo e o manto ou as ULVZ.

Em particular, pensa-se que a fronteira entre o núcleo e o manto sob o Pacífico ocidental, onde as ondas foram detetadas, é relativamente suave, mas uma grande ULVZ foi previamente identificada nesta região.

Análises posteriores revelaram que existem pequenas manchas de potenciais ULVZs sob a América do Norte, e outros estudos identificaram sinais destas zonas sob o norte de África, Ásia Oriental, Papua-Nova Guiné e noroeste do Pacífico.

A presença generalizada de ULVZs desafia a teoria de que são remanescentes de antigos impactos de meteoros. Em vez disso, estas zonas podem estar a formar-se ativamente hoje em dia. A pesquisa teoriza que as ULVZs podem ser áreas de basalto vulcânico formadas nas cristas médio-oceânicas.

À medida que este basalto é subduzido no manto, pode derreter e criar bolsas onde as ondas sísmicas abrandam, podendo depois ser deslocadas por outras crostas subdutoras.

 

in ZAP

quinta-feira, abril 11, 2024

Notícia sobre a evolução da geologia da Lua...

 A Lua virou do avesso quando ainda era jovem

 

 

Cúmulos de ilmenite em ilmenite e o padrão gravitacional produzido na superfície lunar

 

Um novo estudo do mapa gravitacional da Lua mostra evidências de que há 4,2 mil milhões de anos, o manto do nosso satélite sofreu, literalmente, uma reviravolta.

Um estudo inédito, conduzido pelos cientistas planetários Weigang Liang e Adrien Broquet, da Universidade do Arizona, e publicado esta segunda-feira na Nature Geoscience, pode ter desvendado um dos mistérios mais antigos da Lua.

A sua investigação, centrada nas anomalias gravitacionais da Lua e apoiada por simulações, sugere um acontecimento monumental na história lunar: o manto do satélite da Terra sofreu uma reviravolta dramática há milhares de milhões de anos.

A teoria da reviravolta do manto postula que o manto da Lua se inverteu completamente, trazendo para a superfície o que antes estava enterrado e vice-versa.

Esta hipótese há muito que intriga os cientistas lunares, mas só agora surgiram provas tangíveis que a apoiam, aponta o Science Alert.

As descobertas da equipa, que se alinham com o mapa gravitacional da Lua, apontam para a presença de minerais e rochas densas no lado próximo da Lua, remanescentes dos primeiros tempos do nosso satélite.

Estes materiais densos, especificamente cúmulos de ilmenite ricos em titânio e ferro, fazem parte do “geoquimicamente estranho” Terreno KREEP da Lua. Esta região, que também se sobrepõe aos mares lunares vulcânicos, tem intrigado os cientistas devido à sua composição inesperada de potássio, elementos de terras raras e fósforo.

A compreensão tradicional da densidade sugeriria que estes materiais densos deveriam afundar-se, mas permanecem perto da superfície, um fenómeno explicado pelo revolvimento do manto.

O estudo sugere que, pouco depois de a Lua se ter formado a partir dos destroços de uma colisão colossal entre a Terra e outro corpo celeste, o seu exterior ainda em fusão começou a arrefecer.

 

 

Durante este processo de arrefecimento, seria de esperar que a ilmenite mais pesada se afundasse em direção ao núcleo. No entanto, o modelo proposto no estudo indica que estes materiais contribuíram para uma enorme agitação, trazendo-os para a superfície e explicando o Terreno KREEP e as planícies basálticas ricas em ilmenite.

Uma prova crucial que apoia esta teoria foi fornecida da missão GRAIL da NASA, que fez o mapa da gravidade da Lua com um pormenor sem precedentes.

Os dados da missão revelaram anomalias gravitacionais distintas que correspondem aos padrões previstos pelos modelos dos investigadores de revolvimento do manto, confirmando a ocorrência deste evento - há cerca de 4,22 mil milhões de anos.

 

in ZAP

terça-feira, janeiro 23, 2024

Mohorovicic, o famoso meteorologista, sismólogo e geofísico croata, nasceu há 167 anos

  
Andrija Mohorovičić
(Volosko, 23 de janeiro de 1857 - Zagreb, 18 de dezembro de 1936) foi um meteorologista, sismólogo e geofísico croata que ficou famoso ao postular a existência de uma descontinuidade nas propriedades mecânicas dos materiais geológicos marcando a transição entre a crusta e o manto da Terra. Esta descontinuidade denomina-se hoje descontinuidade de Mohorovičić, ou simplesmente descontinuidade Moho, em homenagem ao seu descobridor.
    
(...) 
   


   
Sismologia
A 8 de outubro de 1909 registou-se um sismo com epicentro na região de Pokuplje, a 39 quilómetros a sueste de Zagreb. Tendo os sismo sido registado por uma rede de sismógrafos recentemente instalada, coube a Mohorovičić proceder à análise dos dados obtidos. A partir desses dados, comparando os tempos de chegada das ondas sísmicas aos diferentes aparelhos, Mohorovičić chegou à conclusão que aquelas ondas se comportam como qualquer outro fenómeno ondulatório, sendo refratadas e refletidas nas interfaces entre materiais com características de condução (isto é velocidade de propagação) diferentes. Também reconheceu, pela primeira vez, a existência nos sismos de ondas diferentes (longitudinais e transversais), propagando-se pelo solo a velocidades diferentes.
Ao analisar os registos de estações progressivamente mais distantes do epicentro, Mohorovičić reconheceu que a Terra era composta por camadas diferenciadas colocadas em torno de um núcleo central. Pela sua evidência, mesmo em sismos próximos, foi capaz de detetar a existência de uma descontinuidade na velocidade de propagação das ondas sísmicas na interface entre a crusta e o manto, determinando a sua profundidade (que ele estimou então ser a 54 quilómetros).
Hoje sabe-se que aquela descontinuidade, que recebeu o nome de descontinuidade de Mohorovičić em honra do seu descobridor, se encontra a uma profundidade que varia dos cinco a nove quilómetros sob a crusta oceânica e de 25 a 60 quilómetros sob os continentes (embora possa ser mais profunda sob altas montanhas ou próximo de uma zona de subducção), tendo observações posteriores confirmado a existência daquela descontinuidade sob toda a superfície terrestre.
  
Ideias pioneiras e homenagens
Muitos dos conceitos e teorias postulados por Mohorovičić eram visionários e muito avançados para o seu tempo, alguns deles só ganhando aceitação décadas mais tarde. Dedicou-se a um conjunto eclético de temas que incluíam o efeito dos sismos sobre os edifícios, a teoria da geração de sismos de foco profundo, a localização automática de epicentros, os modelos da composição e estrutura da Terra, sismógrafos eletrónicos, aproveitamento da energia eólica e defesa contra o granizo.
Aposentou-se em 1921 e faleceu, em Zagreb, a 18 de dezembro de 1936, com a reputação de ser um dos mais proeminentes cientistas que se dedicaram à geofísica no século XX.
Em sua honra, no ano de 1970 foi dado o nome de cratera Mohorovičić a uma cratera de 77 km de diâmetro situada na face oculta da Lua. Também em 1996, o asteroide 8422 Mohorovičić, com um período orbital de 5 anos e 38 dias, foi batizado em sua honra.
   

segunda-feira, janeiro 23, 2023

Mohorovicic, o famoso meteorologista, sismólogo e geofísico croata, nasceu há 166 anos

  
Andrija Mohorovičić
(Volosko, 23 de janeiro de 1857 - Zagreb, 18 de dezembro de 1936) foi um meteorologista, sismólogo e geofísico croata que ficou famoso ao postular a existência de uma descontinuidade nas propriedades mecânicas dos materiais geológicos marcando a transição entre a crusta e o manto da Terra. Esta descontinuidade denomina-se hoje descontinuidade de Mohorovičić, ou simplesmente descontinuidade Moho, em homenagem ao seu descobridor.
    
(...) 
   
   
Sismologia
A 8 de outubro de 1909 registou-se um sismo com epicentro na região de Pokuplje, a 39 quilómetros a sueste de Zagreb. Tendo os sismo sido registado por uma rede de sismógrafos recentemente instalada, coube a Mohorovičić proceder à análise dos dados obtidos. A partir desses dados, comparando os tempos de chegada das ondas sísmicas aos diferentes aparelhos, Mohorovičić chegou à conclusão que aquelas ondas se comportam como qualquer outro fenómeno ondulatório, sendo refratadas e refletidas nas interfaces entre materiais com características de condução (isto é velocidade de propagação) diferentes. Também reconheceu, pela primeira vez, a existência nos sismos de ondas diferentes (longitudinais e transversais), propagando-se pelo solo a velocidades diferentes.
Ao analisar os registos de estações progressivamente mais distantes do epicentro, Mohorovičić reconheceu que a Terra era composta por camadas diferenciadas colocadas em torno de um núcleo central. Pela sua evidência, mesmo em sismos próximos, foi capaz de detetar a existência de uma descontinuidade na velocidade de propagação das ondas sísmicas na interface entre a crusta e o manto, determinando a sua profundidade (que ele estimou então ser a 54 quilómetros).
Hoje sabe-se que aquela descontinuidade, que recebeu o nome de descontinuidade de Mohorovičić em honra do seu descobridor, se encontra a uma profundidade que varia dos cinco a nove quilómetros sob a crusta oceânica e de 25 a 60 quilómetros sob os continentes (embora possa ser mais profunda sob altas montanhas ou próximo de uma zona de subducção), tendo observações posteriores confirmado a existência daquela descontinuidade sob toda a superfície terrestre.
  
Ideias pioneiras e homenagens
Muitos dos conceitos e teorias postulados por Mohorovičić eram visionários e muito avançados para o seu tempo, alguns deles só ganhando aceitação décadas mais tarde. Dedicou-se a um conjunto eclético de temas que incluíam o efeito dos sismos sobre os edifícios, a teoria da geração de sismos de foco profundo, a localização automática de epicentros, os modelos da composição e estrutura da Terra, sismógrafos eletrónicos, aproveitamento da energia eólica e defesa contra o granizo.
Aposentou-se em 1921 e faleceu, em Zagreb, a 18 de dezembro de 1936, com a reputação de ser um dos mais proeminentes cientistas que se dedicaram à geofísica no século XX.
Em sua honra, no ano de 1970 foi dado o nome de cratera Mohorovičić a uma cratera de 77 km de diâmetro situada na face oculta da Lua. Também em 1996, o asteroide 8422 Mohorovičić, com um período orbital de 5 anos e 38 dias, foi batizado em sua honra.
   

domingo, janeiro 23, 2022

Mohorovicic, famoso meteorologista, sismólogo e geofísico, nasceu há 165 anos...!

  
Andrija Mohorovičić
(Volosko, 23 de janeiro de 1857 - Zagreb, 18 de dezembro de 1936) foi um meteorologista, sismólogo e geofísico croata que ficou famoso ao postular a existência de uma descontinuidade nas propriedades mecânicas dos materiais geológicos marcando a transição entre a crusta e o manto da Terra. Esta descontinuidade denomina-se hoje descontinuidade de Mohorovičić, ou simplesmente descontinuidade Moho, em homenagem ao seu descobridor.
    
(...) 
   
   
Sismologia
A 8 de outubro de 1909 registou-se um sismo com epicentro na região de Pokuplje, a 39 quilómetros a sueste de Zagreb. Tendo os sismo sido registado por uma rede de sismógrafos recentemente instalada, coube a Mohorovičić proceder à análise dos dados obtidos. A partir desses dados, comparando os tempos de chegada das ondas sísmicas aos diferentes aparelhos, Mohorovičić chegou à conclusão que aquelas ondas se comportam como qualquer outro fenómeno ondulatório, sendo refractadas e reflectidas nas interfaces entre materiais com características de condução (isto é velocidade de propagação) diferentes. Também reconheceu, pela primeira vez, a existência nos sismos de ondas diferentes (longitudinais e transversais), propagando-se pelo solo a velocidades diferentes.
Ao analisar os registos de estações progressivamente mais distantes do epicentro, Mohorovičić reconheceu que a Terra era composta por camadas diferenciadas colocadas em torno de um núcleo central. Pela sua evidência, mesmo em sismos próximos, foi capaz de detectar a existência de uma descontinuidade na velocidade de propagação das ondas sísmicas na interface entre a crusta e o manto, determinando a sua profundidade (que ele estimou então ser a 54 quilómetros).
Hoje sabe-se que aquela descontinuidade, que recebeu o nome de descontinuidade de Mohorovičić em honra do seu descobridor, se encontra a uma profundidade que varia dos cinco a nove quilómetros sob a crusta oceânica e de 25 a 60 quilómetros sob os continentes (embora possa ser mais profunda sob altas montanhas ou próximo de uma zona de subducção), tendo observações posteriores confirmado a existência daquela descontinuidade sob toda a superfície terrestre.
  
Ideias pioneiras e homenagens
Muitos dos conceitos e teorias postulados por Mohorovičić eram visionários e muito avançados para o seu tempo, alguns deles só ganhando aceitação décadas mais tarde. Dedicou-se a um conjunto ecléctico de temas que incluíam o efeito dos sismos sobre os edifícios, a teoria da geração de sismos de foco profundo, a localização automática de epicentros, os modelos da composição e estrutura da Terra, sismógrafos electrónicos, aproveitamento da energia eólica e defesa contra o granizo.
Aposentou-se em 1921 e faleceu, em Zagreb, a 18 de dezembro de 1936, com a reputação de ser um dos mais proeminentes cientistas que se dedicaram à geofísica no século XX.
Em sua honra, no ano de 1970 foi dado o nome de cratera Mohorovičić a uma cratera de 77 km de diâmetro situada na face oculta da Lua. Também em 1996, o asteróide 8422 Mohorovičić, com um período orbital de 5 anos e 38 dias, foi baptizado em sua honra.
   

sábado, janeiro 23, 2021

Mohorovicic, o meteorologista, sismólogo e geofísico, nasceu há 164 anos

 


Andrija Mohorovičić (Volosko, 23 de janeiro de 1857 - Zagreb, 18 de dezembro de 1936) foi um meteorologista, sismólogo e geofísico croata que ficou famoso ao postular a existência de uma descontinuidade nas propriedades mecânicas dos materiais geológicos marcando a transição entre a crusta e o manto da Terra. Esta descontinuidade denomina-se hoje descontinuidade de Mohorovičić, ou simplesmente descontinuidade Moho, em homenagem ao seu descobridor.
    
(...) 
   
   
Sismologia
A 8 de outubro de 1909 registou-se um sismo com epicentro na região de Pokuplje, a 39 quilómetros a sueste de Zagreb. Tendo os sismo sido registado por uma rede de sismógrafos recentemente instalada, coube a Mohorovičić proceder à análise dos dados obtidos. A partir desses dados, comparando os tempos de chegada das ondas sísmicas aos diferentes aparelhos, Mohorovičić chegou à conclusão que aquelas ondas se comportam como qualquer outro fenómeno ondulatório, sendo refractadas e reflectidas nas interfaces entre materiais com características de condução (isto é velocidade de propagação) diferentes. Também reconheceu, pela primeira vez, a existência nos sismos de ondas diferentes (longitudinais e transversais), propagando-se pelo solo a velocidades diferentes.
Ao analisar os registos de estações progressivamente mais distantes do epicentro, Mohorovičić reconheceu que a Terra era composta por camadas diferenciadas colocadas em torno de um núcleo central. Pela sua evidência, mesmo em sismos próximos, foi capaz de detectar a existência de uma descontinuidade na velocidade de propagação das ondas sísmicas na interface entre a crusta e o manto, determinando a sua profundidade (que ele estimou então ser a 54 quilómetros).
Hoje sabe-se que aquela descontinuidade, que recebeu o nome de descontinuidade de Mohorovičić em honra do seu descobridor, se encontra a uma profundidade que varia dos cinco a nove quilómetros sob a crusta oceânica e de 25 a 60 quilómetros sob os continentes (embora possa ser mais profunda sob altas montanhas ou próximo de uma zona de subducção), tendo observações posteriores confirmado a existência daquela descontinuidade sob toda a superfície terrestre.
  
Ideias pioneiras e homenagens
Muitos dos conceitos e teorias postulados por Mohorovičić eram visionários e muito avançados para o seu tempo, alguns deles só ganhando aceitação décadas mais tarde. Dedicou-se a um conjunto ecléctico de temas que incluíam o efeito dos sismos sobre os edifícios, a teoria da geração de sismos de foco profundo, a localização automática de epicentros, os modelos da composição e estrutura da Terra, sismógrafos electrónicos, aproveitamento da energia eólica e defesa contra o granizo.
Aposentou-se em 1921 e faleceu, em Zagreb, a 18 de dezembro de 1936, com a reputação de ser um dos mais proeminentes cientistas que se dedicaram à geofísica no século XX.
Em sua honra, no ano de 1970 foi dado o nome de cratera Mohorovičić a uma cratera de 77 km de diâmetro situada na face oculta da Lua. Também em 1996, o asteróide 8422 Mohorovičić, com um período orbital de 5 anos e 38 dias, foi baptizado em sua honra.
   

quinta-feira, janeiro 23, 2020

O sismólogo e geofísico Andrija Mohorovicic nasceu há 163 anos

Andrija Mohorovičić (Volosko, 23 de janeiro de 1857 - Zagreb, 18 de dezembro de 1936) foi um meteorologista, sismólogo e geofísico croata que ficou famoso ao postular a existência de uma descontinuidade nas propriedades mecânicas dos materiais geológicos marcando a transição entre a crusta e o manto da Terra. Esta descontinuidade denomina-se hoje descontinuidade de Mohorovičić, ou simplesmente descontinuidade Moho, em homenagem ao seu descobridor.
   
(...) 
  
  
Sismologia
A 8 de outubro de 1909 registou-se um sismo com epicentro na região de Pokuplje, a 39 quilómetros a sueste de Zagreb. Tendo os sismo sido registado por uma rede de sismógrafos recentemente instalada, coube a Mohorovičić proceder à análise dos dados obtidos. A partir desses dados, comparando os tempos de chegada das ondas sísmicas aos diferentes aparelhos, Mohorovičić chegou à conclusão que aquelas ondas se comportam como qualquer outro fenómeno ondulatório, sendo refractadas e reflectidas nas interfaces entre materiais com características de condução (isto é velocidade de propagação) diferentes. Também reconheceu, pela primeira vez, a existência nos sismos de ondas diferentes (longitudinais e transversais), propagando-se pelo solo a velocidades diferentes.
Ao analisar os registos de estações progressivamente mais distantes do epicentro, Mohorovičić reconheceu que a Terra era composta por camadas diferenciadas colocadas em torno de um núcleo central. Pela sua evidência, mesmo em sismos próximos, foi capaz de detectar a existência de uma descontinuidade na velocidade de propagação das ondas sísmicas na interface entre a crusta e o manto, determinando a sua profundidade (que ele estimou então ser a 54 quilómetros).
Hoje sabe-se que aquela descontinuidade, que recebeu o nome de descontinuidade de Mohorovičić em honra do seu descobridor, se encontra a uma profundidade que varia dos cinco a nove quilómetros sob a crusta oceânica e de 25 a 60 quilómetros sob os continentes (embora possa ser mais sob altas montanhas ou próximo a uma zona de subducção), tendo observações posteriores confirmado a existência daquela descontinuidade sob toda a superfície terrestre.
  
Ideias pioneiras e homenagens
Muitos dos conceitos e teorias postulados por Mohorovičić eram visionários e muito avançados para o seu tempo, alguns deles só ganhando aceitação décadas mais tarde. Dedicou-se a um conjunto ecléctico de temas que incluíam o efeito dos sismos sobre os edifícios, a teoria da geração de sismos de foco profundo, a localização automática de epicentros, os modelos da composição e estrutura da Terra, sismógrafos electrónicos, aproveitamento da energia eólica e defesa contra o granizo.
Aposentou-se em 1921 e faleceu, em Zagreb, a 18 de dezembro de 1936, com a reputação de ser um dos mais proeminentes cientistas que se dedicaram à geofísica no século XX.
Em sua honra, no ano de 1970 foi dado o nome de cratera Mohorovičić a uma cratera de 77 km de diâmetro situada na face oculta da Lua. Também em 1996, o asteróide 8422 Mohorovičić, com um período orbital de 5 anos e 38 dias, foi baptizado em sua honra.
  

segunda-feira, janeiro 23, 2012

O meteorologista, sismólogo e geofísico Mohorovicic nasceu há 155 anos

Andrija Mohorovičić (Volosko, 23 de janeiro de 1857 - Zagreb, 18 de dezembro de 1936) foi um meteorologista, sismólogo e geofísico croata que ganhou fama ao postular a existência de uma descontinuidade nas propriedades mecânicas dos materiais geológicos marcando a transição entre a crusta e o manto da Terra. Esta descontinuidade denomina-se hoje descontinuidade de Mohorovičić, ou simplesmente descontinuidade Moho, em homenagem ao seu descobridor.

Biografia
Mohorovičić nasceu numa localidade na cercania da cidade de Opatija, na península da Ístria, hoje território croata, filho de um operário siderúrgico (fazia âncoras para navios) também chamado Andrija Mohorovičić. Depois de fazer os seus estudos elementares na sua aldeia natal, completou o ensino secundário na cidade de Rijeka. Demonstrando grande brilhantismo nos seus estudos, aos quinze anos já falava, para além de croata, italiano, inglês e francês. Mais tarde aprenderia alemão, latim e o grego clássico.
Enveredou pelo estudo da Matemática e da Física, ingressando em 1875 na Faculdade de Filosofia da Universidade de Praga , tendo entre os seus professores o físico Ernst Mach.

Carreira na docência
Terminados os seus estudos em Praga, Mohorovičić iniciou a sua carreira profissional como professor liceal em Zagreb (1879 -1880) e depois na escola secundária da cidade de Osijek (1880-1882). Em 1882 transferiu-se para a Real Escola Naval de Bakar, próximo de Rijeka, onde permaneceu por 9 anos. O estudo e investigação que fez ou iniciou nesta época foi crucial para o desenvolvimento futuro da carreira científica de Mohorovičić.
A partir de 1893, quando foi aceito como sócio correspondente da Academia, até 1917-1918, ensinou disciplinas na área da geofísica e da astronomia na Faculdade de Filosofia da Universidade de Zagreb.
Em 1898 foi eleito membro da Academia Croata das Ciências e Artes de Zagreb (então Academia Jugoslava das Ciências e Artes), cidade onde também trabalhava como docente privado (explicador). Em 1910 foi nomeado professor associada da Universidade de Zagreb.

Meteorologia, astronomia e doutoramento
Foi quando ensinou na Real Escola Naval de Bakar que Mohorovičić teve o primeiro contacto com a meteorologia, deixando apaixonar pela disciplina ao ponto de fundar, em 1887, naquela cidade a primeira estação meteorológica local.
A partir dessa estação fez observações sistemáticas, medições e análises, desenvolvendo alguns dos instrumento de que necessitava. Entre os instrumentos que construiu está um equipamento destinado medir a velocidade horizontal e vertical das nuvens.
A seu pedido, foi transferido, em 1891, para a escola secundária de Zagreb,cidade onde em 1892 foi encarregue de dirigir o Observatório Meteorológico de Grič, estabelecendo um serviço de observações por toda a Croácia, ao mesmo tempo que ensinava geofísica e astronomia na Universidade local.
Em Março de 1892 Mohorovičić iniciou observações astronómicas regulares no Observatório de Grič, observando a passagem meridiana de estrelas com o objectivo de fazer a determinação rigorosa da hora local.
Nos princípios de Abril de 1893 estabeleceu uma cadeia de estações de observação destinadas a seguir as trovoadas e interessou-se pelo estudo da formação de granizo. O seu interesse pelas trovoadas levou mais tarde, em 1899, à fundação de estações na região de Jaska (Jastrebarsko) destinadas à defesa contra a destruição das culturas pelo granizo.
A sua tese doutoral foi sobre a observação de nuvens, tendo para isso utilizado as suas observações feitas em Bakar. O título da dissertação foi Sobre a observação das nuvens – variação diária e anual dos períodos nublados em Bakar, sendo presente à Universidade de Zagreb, que lhe concedeu o título de doutor em 1893.
Observou alguns eventos meteorológicos pouco usuais, como o tornado que em 31 de março de 1892, em Novska, atirou para 30 metros de distância uma carruagem de caminho de ferro com treze toneladas de peso e cinquenta passageiros a bordo. Também observou o "vijor" (redemoinho) de Čazma em 1898 e estudou o clima da cidade de Zagreb.
Em 1899, Mohorovičić iniciou um projecto pioneiro destinado a aproveitar a energia eólica contida nos ventos da bura (bora) que sopram do norte com grande intensidade na região do Carso.
A sua reconhecida competência em meteorologia levou a que fosse nomeado em 1901 encarregado da organização das observações na Croácia e Eslovénia, e chefe dos respectivos serviços meteorológicos. Preocupou-se com a formação dos observadores, tenso elevado os padrões de qualidade dos serviços para o nível dos melhores da Europa. Em 1907 publicou um manual de instruções para normalizar a acção dos observadores.
Nas suas funções no serviço de meteorologia, que também tinha a sue cargo as observações de geofísica, foi gradualmente canalizando o seu interesse para a geofísica, com destaque para a sismologia, geomagnetismo e estudos de gravimetria, concentrando-se progressivamente na sismologia, área a que dedicaria o resto da sua vida.
No seu último artigo sobre meteorologia, publicado em 1901, ele discutiu a o decréscimo da temperatura atmosférica com a altitude. A partir dessa data, as suas publicações passaram a ser feitas sobre temas de geofísica.



Sismologia
A 8 de outubro de 1909 registou-se um sismo com epicentro na região de Pokuplje, a 39 quilómetros a sueste de Zagreb. Tendo os sismo sido registado por uma rede de sismógrafos recentemente instalada, coube a Mohorovičić proceder à análise dos dados obtidos. A partir desses dados, comparando os tempos de chegada das ondas sísmicas aos diferentes aparelhos, Mohorovičić chegou à conclusão que aquelas ondas se comportam como qualquer outro fenómeno ondulatório, sendo refractadas e reflectidas nas interfaces entre materiais com características de condução (isto é velocidade de propagação) diferentes. Também reconheceu, pela primeira vez, a existência nos sismos de ondas diferentes (longitudinais e transversais), propagando-se pelo solo a velocidades diferentes.
Ao analisar os registos de estações progressivamente mais distantes do epicentro, Mohorovičić reconheceu que a Terra era composta por camadas diferenciadas colocadas em torno de um núcleo central. Pela sua evidência, mesmo em sismos próximos, foi capaz de detectar a existência de uma descontinuidade na velocidade de propagação das ondas sísmicas na interface entre a crusta e o manto, determinando a sua profundidade (que ele estimou então ser a 54 quilómetros).
Hoje sabe-se que aquela descontinuidade, que recebeu o nome de descontinuidade de Mohorovičić em honra do seu descobridor, se encontra a uma profundidade que varia dos cinco a nove quilómetros sob a crusta oceânica e de 25 a 60 quilómetros sob os continentes (embora possa ser mais sob altas montanhas ou próximo a uma zona de subducção), tendo observações posteriores confirmado a existência daquela descontinuidade sob toda a superfície terrestre.

Ideias pioneiras e homenagens
Muitos dos conceitos e teorias postulados por Mohorovičić eram visionários e muito avançados para o seu tempo, alguns deles só ganhando aceitação décadas mais tarde. Dedicou-se a um conjunto ecléctico de temas que incluíam o efeito dos sismos sobre os edifícios, a teoria da geração de sismos de foco profundo, a localização automática de epicentros, os modelos da composição e estrutura da Terra, sismógrafos electrónicos, aproveitamento da energia eólica e defesa contra o granizo.
Aposentou-se em 1921 e faleceu, em Zagreb, a 18 de dezembro de 1936, com a reputação de ser um dos mais proeminentes cientistas que se dedicaram à geofísica no século XX.
Em sua honra, no ano de 1970 foi dado o nome de cratera Mohorovičić a uma cratera de 77 km de diâmetro situada na face oculta da Lua. Também em 1996, o asteróide 8422 Mohorovičić, com um período orbital de 5 anos e 38 dias, foi baptizado em sua honra.