Vitral representativo na Igreja de Nossa Senhora do Monte Carmelo, Quidenham, Norfolk, Reino Unido
As Carmelitas de Compiègne ou Mártires Carmelitas de Compiègne ou Mártires de Compiègne são dezasseis religiosas do Carmelo de Compiègne assassinadas por revolucionários franceses do Comité de Salvação Pública, que as levaram à guilhotina por ódio à religião, no segundo período do Terror da Revolução Francesa, no dia 17 de julho de 1794, no local hoje denominado "Place de la Nation", na época "Place du Trône Renversé".
Antes de serem executadas ajoelharam-se e cantaram o hino Veni Creator, após o que todas renovaram em voz alta os seus compromissos do batismo e os votos religiosos. A execução teve início com a noviça e por último foi executada a Madre Superiora 'Madeleine-Claudine Ledoine (Madre Teresa de Santo Agostinho - Paris, 22 de setembro de 1752), professa em 16 ou 17 de maio de 1775.
Durante as execuções reinou absoluto silêncio. Os seus corpos foram
sepultados num profundo poço de areia em um cemitério em Picpus. Como
neste areal foram enterrados 1.298 vítimas da Revolução, é pouco
provável a recuperação de suas relíquias. Foram solenemente
beatificadas em 27 de maio de 1906 pelo Papa São Pio X.
O Papa João Paulo I sobre elas disse: Durante
o processo ouviu-se a condenação: "À morte por fanatismo". E uma, na
sua simplicidade, perguntou: — "Senhor Juiz, se faz favor, que quer
dizer fanatismo?". Responde o juiz: — É pertencerdes tolamente à
religião". — "Oh, irmãs!" — disse então a religiosa — "ouvistes,
condenam-nos pelo nosso apego à fé. Que felicidade morrer por Jesus
Cristo!". Fizeram-nas sair da prisão da Conciergerie, meteram-nas na
carreta da morte e elas, pelo caminho, foram cantando hinos religiosos;
chegando ao cadafalso da guilhotina, uma atrás doutra ajoelharam-se
diante da Prioresa e renovaram o voto de obediência. Depois entoaram o
"Veni Creator"; o canto foi-se tornando, porém, cada vez mais débil, à
medida que iam caindo, uma a uma, na guilhotina, as cabeças das
pobres irmãs. Ficou para o fim a Prioresa, Irmã Teresa de Santo
Agostinho; e as suas últimas palavras foram estas: "O amor sempre
vencerá, o amor tudo pode". Eis a palavra exata: não é a violência
que tudo pode, é o amor que tudo pode.
O grupo de religiosas carmelitas lideradas por Madre Teresa de Santo Agostinho era composto por 16 mulheres: 10 freiras, 1 noviça, 3 irmãs leigas e 2 irmãs rodeiras.
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