Sebastiano del Piombo: Retrato de Michelangelo, circa 1520–1525
Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni (Caprese, 6 de março de 1475 - Roma, 18 de fevereiro de 1564), mais conhecido simplesmente como Miguel Ângelo, foi um pintor, escultor, poeta e arquiteto italiano, considerado um dos maiores criadores da história da arte do ocidente.
Ele desenvolveu o seu trabalho artístico durante mais de setenta anos, entre Florença e Roma, onde viveram os seus grandes mecenas, a família Medici de Florença, e vários papas romanos. Iniciou-se como aprendiz dos irmãos Davide e Domenico Ghirlandaio,
em Florença. Tendo o seu talento sido logo reconhecido, tornou-se um
protegido dos Medici, para quem realizou várias obras. Depois fixou-se
em Roma, onde deixou a maior parte de suas obras mais representativas. A
sua carreira desenvolveu-se na transição do renascimento para o maneirismo e o seu estilo sintetizou influências da arte da antiguidade clássica, do primeiro renascimento, dos ideais do humanismo e do neoplatonismo,
centrado na representação da figura humana e em especial no nu
masculino, que retratou com enorme pujança. Várias de suas criações
estão entre as mais célebres da arte do ocidente, destacando-se na
escultura Baco, a Pietà, o David, os dois túmulos dos Medici e o Moisés; na pintura o vasto ciclo do teto da Capela Sistina e o Juízo Final no mesmo local, e dois afrescos na Capela Paulina; serviu como arquiteto da Basílica de São Pedro, implementando grandes reformas na sua estrutura e desenhando a cúpula, remodelou a praça do Capitólio romano e projetou diversos edifícios, e escreveu grande número de poesias.
Ainda em vida foi considerado o maior artista de seu tempo; chamavam-no de o Divino,
e ao longo dos séculos, até os dias de hoje, vem sendo tido na mais
alta conta, parte do reduzido grupo dos artistas de fama universal, de
fato como um dos maiores que já viveram e como o protótipo do génio.
Miguel Ângelo foi um dos primeiros artistas ocidentais a ter sua
biografia publicada ainda em vida. A sua fama era tamanha que, como
nenhum artista anterior ou contemporâneo seu, sobrevivem registos
numerosos sobre a sua carreira e personalidade, e os objetos que ele
usara ou simples esboços para as suas obras eram guardados como
relíquias por uma legião de admiradores. Para a posteridade Miguel
Ângelo permanece como um dos poucos artistas que foram capazes de
expressar a experiência do belo, do trágico e do sublime numa dimensão cósmica e universal.
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