O Massacre de Sabra e Chatila foi o assassinato coletivo de refugiados civis palestinianos e libaneses perpetrado pela milícia maronita liderado por Elie Hobeika após o assassinato do presidente-eleito do país e líder falangista, Bachir Gemayel. O evento ocorreu nos campos palestinianos de Sabra e Shatila, situados na periferia de Beirute, a sul da cidade, área que se encontrava então sob proteção das forças armadas de Israel.
Evento
A possibilidade dos ataques era previsível. Bashir Gemayel, líder da organização de extrema-direita Falanges Libanesas, considerava os refugiados palestinianos como "população excedente". Bashir foi assassinado a 14 de setembro de 1982. No dia 16, os campos foram atacados.
O massacre ocorreu numa área diretamente controlada pelo exército israelita, durante a Invasão do Líbano de 1982, entre 16 e 18 de setembro
do mesmo ano. O número de vítimas não é bem conhecido e, conforme a
fonte, a estimativa pode variar de algumas centenas a 3.500 pessoas - na
grande maioria crianças, mulheres e idosos - foram mortos pelos
falangistas.
O Supremo Tribunal de Israel considerou o Ministro da Defesa do país, Ariel Sharon, pessoalmente responsável pelo massacre, por ter falhado na proteção aos refugiados.
Sharon, quando candidato a primeiro-ministro de Israel,
lamentou as mortes e negou qualquer responsabilidade. A repercussão do
massacre, entretanto, fez com que fosse demitido do cargo de Ministro
da Defesa.
Condenação na ONU
Em 16 de dezembro de 1982, a Assembleia-Geral das Nações Unidas condenou o massacre declarando-o um ato de genocídio.
A secção D da resolução, que "definiu o massacre como um ato de
genocídio", foi adotada por 123 votos a favor, 0 contra e 22 abstenções.
O genocídio de Shabra e Chatila foi um dos eventos que chamaram a
atenção da opinião pública para o problema dos refugiados palestinianos e
dos territórios palestinianos ocupados por Israel.
Em 2008 foi lançado um filme de animação, surpreendente e realista, sobre o massacre, intitulado Valsa com Bashir.
in Wikipédia
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