São Sir Thomas More, por vezes latinizado em Thomas Morus ou aportuguesado em Tomás Morus (Londres, 7 de fevereiro de 1478 - Londres, 6 de julho de 1535) foi homem de estado, diplomata, escritor, advogado e homem de leis, ocupou vários cargos públicos, e em especial, de 1529 a 1532, o cargo de Lord Chancellor (Chanceler do Reino - o primeir o leigo em vários séculos) de Henrique VIII da Inglaterra. É geralmente considerado como umdos grandes humanistas do Renascimento. Foi canonizado como santo da Igreja Católica a 19 de maio de 1935 e sua festa litúrgica celebra-se a 22 de junho.
(...)
Em 1534, o Parlamento promulgou o "Decreto da Sucessão" (Succession Act),
que incluía um juramento (1) reconhecendo a legitimidade de qualquer
criança nascida do casamento de Henrique VIII com Ana Bolena, e (2)
repudiando "qualquer autoridade estrangeira, príncipe ou potentado". Tal
como no juramento de supremacia, este apenas foi exigido àqueles
especificamente chamados a fazê-lo, por outras palavras, a todos os
funcionários públicos e àqueles suspeitos de não apoiarem Henrique.
More foi convocado, excepcionalmente, para fazer o juramento a 17 de abril de 1534, e, perante a sua recusa, foi preso na Torre de Londres, juntamente com o Cardeal e Bispo de Rochester John Fisher, tendo ali escrito o "Dialogue of Comfort against Tribulation".
A sua decisão foi manter o silêncio sobre o assunto. Pressionado pelo
rei e por amigos da corte, More decidiu não enumerar as razões pelas
quais não prestaria o juramento.
Inconformado com o silêncio de More, o rei determinou o seu julgamento, sendo condenado à morte, e posteriormente executado em Tower Hill a 6 de julho.
Nem no cárcere nem na hora da execução perdeu a serenidade e o bom
humor e, diante das próprias dificuldades, reagia com ironia.
Pela sentença o réu era condenado "a ser suspenso pelo pescoço" e
cair em terra ainda vivo. Depois seria esquartejado e decapitado. Em
atenção à importância do condenado o rei, "por clemência", reduziu a
pena a "simples decapitação". Ao tomar conhecimento disto, Tomás
comentou: "Não permita Deus que o rei tenha semelhantes clemências com os meus amigos." No momento da execução suplicou aos presentes que orassem pelo monarca e disse que "morria como bom servidor do rei, mas de Deus primeiro."
A sua cabeça foi exposta na ponte de Londres durante um mês, foi
posteriormente recolhida por sua filha, Margaret Roper. A execução de
Thomas More na Torre de Londres, no dia 6 de julho de 1535
"antes das nove horas", ordenada por Henrique VIII, foi considerada uma
das mais graves e injustas sentenças aplicadas pelo Estado contra um
homem de honra, consequência de uma atitude despótica e de vingança
pessoal do rei. Ele está sepultando na Capela Real de São Pedro ad Vincula.
A sua trágica morte - condenado à pena capital por se negar a reconhecer Henrique VIII como a cabeça da Igreja da Inglaterra, é considerada pela Igreja Católica
como modelo de fidelidade à Igreja e à própria consciência, e
representa a luta da liberdade individual contra o poder arbitrário.
Devido à sua retidão e exemplo de vida cristã, foi reconhecido como mártir, declarado beato em 29 de dezembro de 1886, por decreto do Papa Leão XIII, e canonizado, conjuntamente com São João Fisher, em 19 de maio de 1935 pelo Papa Pio XI.
Devido à sua retidão e exemplo de vida cristã, foi reconhecido como mártir, declarado beato em 29 de dezembro de 1886, por decreto do Papa Leão XIII, e canonizado, conjuntamente com São João Fisher, em 19 de maio de 1935 pelo Papa Pio XI.
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