Dom Pedro II (2 de dezembro de 1825 — 5 de dezembro de 1891), alcunhado o Magnânimo, foi o segundo e último monarca do Império do Brasil, tendo reinado o país durante um período de 58 anos. Nascido no Rio de Janeiro, foi o filho mais novo do Imperador Dom Pedro I do Brasil e da Imperatriz Dona Maria Leopoldina de Áustria e, portanto, membro do ramo brasileiro da Casa de Bragança. A abrupta abdicação do pai e sua viagem para a Europa
deixaram Pedro com apenas cinco anos Imperador e levaram a uma infância
e adolescência triste e solitária. Obrigado a passar a maior parte do
seu tempo estudando em preparação para imperar, ele conheceu momentos
breves de alegria e poucos amigos de sua idade. Suas experiências com
intrigas palacianas e disputas políticas durante este período afetaram
grandemente o seu posterior caráter. Pedro II cresceu para se tornar um
homem com forte senso de dever e devoção ao seu país e seu povo. Por
outro lado, ele ressentiu-se cada vez mais de seu papel como monarca.
Tendo herdado um Império no limiar da desintegração, Pedro II
transformou o Brasil numa potência emergente na arena internacional. A
nação cresceu para distinguir-se de seus vizinhos hispano-americanos
devido a sua estabilidade política, a liberdade de expressão zelosamente
mantida, respeito aos direitos civis, a seu crescimento económico
vibrante e especialmente por sua forma de governo: uma funcional
monarquia parlamentar constitucional. O Brasil também foi vitorioso em
três conflitos internacionais (a Guerra do Prata, a Guerra do Uruguai e a Guerra do Paraguai)
sob seu reinado, assim como prevaleceu em outras disputas
internacionais e tensões domésticas. Pedro II impôs com firmeza a
abolição da escravidão apesar da oposição poderosa de interesses
políticos e económicos. Um erudito, o Imperador estabeleceu uma
reputação como um vigoroso patrocinador do conhecimento, cultura e
ciências. Ele ganhou o respeito e admiração de estudiosos como Charles Darwin, Victor Hugo e Friedrich Nietzsche, e foi amigo de Richard Wagner, Louis Pasteur e Henry Wadsworth Longfellow, entre outros.
Apesar de não haver desejo por uma mudança na forma de governo da
maior parte dos brasileiros, o Imperador foi retirado do poder num
súbito golpe de Estado que não tinha maior apoio fora de um pequeno
grupo de líderes militares que desejam uma república governada por um
ditador. Pedro II havia se cansado da posição de Imperador e se tornado
desiludido quanto as perspectivas do futuro da monarquia, apesar de seu
grande apoio popular. Ele não permitiu qualquer medida contra sua expulsão e não apoiou qualquer tentativa de restauração da monarquia. Ele
passou os seus últimos dois anos de vida no exílio na Europa, vivendo
só e com poucos recursos.
O reinado de Pedro II veio a ter um final incomum - ele foi deposto
apesar de altamente apreciado pelo povo e no auge de sua popularidade, e
algumas de suas realizações logo foram desfeitas visto que o Brasil
deslizou para um longo período de governos fracos, ditaduras e crises
constitucionais e económicas. Os homens que o exilaram logo começaram a
enxergá-lo como um modelo para a república brasileira. Algumas décadas
após sua morte, sua reputação foi restaurada e seus restos mortais foram
trazidos de volta ao Brasil como os de um herói nacional. A sua reputação
perdurou até o presente. Os historiadores têm dele uma visão
extremamente positiva, e ele é comumente considerado o maior brasileiro.
in Wikipédia
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