Música: Banda celebra 30 anos no Coliseu de Lisboa
Sétima Legião recriam magia
Uma festa memorável, com Pedro Oliveira, o vocalista, a manter a voz segura durante todo o concerto
Três décadas sobre a sua fundação, e com muitos cabelos brancos à mistura, os Sétima Legião presentearam ontem à noite, os amigos que enchiam o Coliseu de Lisboa, com um concerto que foi muito mais do que o simples recordar de um passado de glória.
Como há 25 anos, aquando da apresentação de ‘Mar d'Outubro' para uma Aula Magna a abarrotar, o grupo iniciou as hostilidades com ‘O Baile (das Sete Partidas)', logo seguido de ‘Noutro Lugar'. Num espectáculo de verdadeira reconquista de memórias, pouco mais era preciso para ganhar os favores do público, que se mantinha obstinadamente sentado.
Como há 25 anos, aquando da apresentação de ‘Mar d'Outubro' para uma Aula Magna a abarrotar, o grupo iniciou as hostilidades com ‘O Baile (das Sete Partidas)', logo seguido de ‘Noutro Lugar'. Num espectáculo de verdadeira reconquista de memórias, pouco mais era preciso para ganhar os favores do público, que se mantinha obstinadamente sentado.
Pedro Oliveira manteve a voz segura, mas foi Rodrigo Leão a marcar o ritmo e a liderar, quase atropelado por um Tiago Abelho frenético em loucas correrias pelo palco. Adivinhava-se que o repertório iria assentar em ‘A um Deus Desconhecido', ‘Mar d'Outubro' e ‘De um Tempo Ausente'. Afinal, foram estes três álbuns que cimentaram a carreira da banda no firmamento musical, numa altura em que o ‘rock' português procurava recuperar da ressaca que o ‘boom' do início dos anos 80 tinha provocado.
O público ansiava por cantar ‘Sete Mares', mas até lá ainda haveria tempo para celebrar ‘O Canto e o Gelo' e ‘Caminhos de Santiago', antes de um pujante ‘Por Quem Não Esqueci'. Nesta altura, já toda a plateia estava de pé, com as pessoas a tentarem dançar no pouco espaço que as cadeiras lhes permitiam. ‘Sem Ter que Amar' e ‘Pois que Deus Assim o Quis' não deixam os ânimos abrandarem, adivinhando-se a entrada de ‘Glória', o primeiro single da banda, numa sentida homenagem a António Sérgio, do mítico programa de rádio ‘Som da Frente'.
Os berros ecoam pelo Coliseu quando se fazem ouvir, por fim, os acordes de ‘Sete Mares' para encerrar o espectáculo. Felizmente, a velhinha prece ‘só mais uma', entoada por centenas de vozes, continua a ter efeitos pedagógicos que não devem ser menosprezados. Estranho é que no regresso ao palco em jeito de agradecimento, os Sétima Legião tenham optado por repetir dois temas do alinhamento, tendo um repertório tão vasto para apresentar.
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