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terça-feira, julho 26, 2022

Notícia interessante sobre paleontologia

Fóssil de predador com três olhos dá pistas sobre a evolução dos artrópodes

 

   

O animal tinha dois pares de lâminas duras e garras para arrastar as presas. Os cientistas acreditam que outros animais antepassados dos artrópodes também tinham três olhos.

Há cerca de 500 milhões de anos, durante o período Câmbrico, um animal com três olhos e barbatanas como asas nadava pelos nossos oceanos, usando a sua vantagem ocular para caçar animais mais pequenos, relata a New Scientist.

De acordo com um novo estudo publicado na Current Biology, o Stanleycaris hirpex existiu pouco depois da aparição dos primeiros olhos no registo fóssil. É o primeiro artrópode a ser descoberto com três olhos e tinha mais ou menos o tamanho de uma mão, com dois olhos salientes de cada lado da cabeça e um muito maior no meio.

Por viver no meio de animais mais pequenos, usava o seu sistema visual avançado para apanhar presas que se moviam rápido. A pesquisa baseou-se em centenas de fósseis bem preservados descobertos na Colúmbia Britânica, no Canadá.

Muitos dos 268 fósseis analisados até tinham os seus tecidos moles intactos, incluindo o cérebro, os nervos e os materiais refletivos. “Quando separamos estas rochas, podemos ver os olhos a brilhar - depois de 506 milhões de anos — na luz solar. Por isso era claro quando começamos a analisar o organismo que tinha três olhos”, explica Joseph Moysiuk da Universidade de Toronto.

Os animais tinham 17 segmentos corporais, dois pares de lâminas duras ao longo do terço final do seu corpo e garras que podiam arrastar as presas para as suas mandíbulas afiadas. “Era um animal bastante feroz“, acrescenta.

Moysiuk acredita ainda que ter um terceiro olho era algo comum nos primeiros animais invertebrados, que acabaram por evoluir até terem dois ou mais pares de olhos nas espécies seguintes.

Por exemplo, o Lyrarapax, que andou pela Terra há 520 milhões de anos, também pertencia a um dos primeiros grupos de artrópodes e tinha uma estrutura semelhante na testa que pode ter servido para ter o seu terceiro olho.

 

in ZAP

quarta-feira, novembro 18, 2020

Notícia interessante de paleontologia...

Fóssil com cinco olhos pode mudar a história da evolução dos artrópodes

 

Reconstrução fotográfica do Kylinxia zhangia

   

Um novo fóssil, com cerca de 520 milhões de anos e muito semelhante a um camarão com cinco olhos, deu aos cientistas novas informações sobre a história evolutiva dos artrópodes.

Uma equipa de cientistas do Instituto de Geologia e Paleontologia de Nanjing, da Academia Chinesa de Ciências (NIGPAS), descobriu um fóssil de um animal do género Kylinxia com cinco olhos e muito parecido com um camarão.

O fóssil foi descoberto em Chengjiang, na província de Yunnan, na China, e tem cerca de 520 milhões de anos. Zhao Fangchen, coautor do artigo científico, publicado no dia 4 de novembro na Nature, realça que esta descoberta é, além de rara, muito importante para pesquisas futuras.

“Devido a condições tafonómicas muito especiais, os fósseis de Kylinxia exibem estruturas anatómicas requintadas. O tecido nervoso, os olhos e o sistema digestivo são partes moles do corpo que, normalmente, não conseguimos ver em fósseis convencionais”, explicou o cientista, citado pelo Europa Press.

Kylinxia mostra características distintas de verdadeiros artrópodes, como uma cutícula endurecida, um tronco segmentado e pernas articuladas. No entanto, também integra as características morfológicas presentes em formas muito ancestrais, incluindo os bizarros cinco olhos de Opabinia, bem como os apêndices raptoriais de Anomalocaris, um predador gigante do vértice do oceano Cambriano.

“Os nossos resultados indicam que o posicionamento evolutivo de Kylinxia está entre o Anomalocaris e os verdadeiros artrópodes. Isto significa que a nossa descoberta atingiu a raiz dos verdadeiros artrópodes“, resumiu Zhu Maoyan, coautor do estudo.

Os cientistas referem que Kylinxia representa um fóssil de transição crucial previsto pela teoria evolucionária de Darwin.

Preenche a lacuna evolutiva do Anomalocaris aos verdadeiros artrópodes e forma um ‘elo perdido’ na origem dos artrópodes, contribuindo com fortes evidências fósseis para a teoria evolutiva da vida”, disse Zeng Han, primeiro autor do estudo.

  

in ZAP

sexta-feira, outubro 18, 2013

Notícia sobre paleontologia, artrópodes e aracnídeos

Descoberto fóssil com sistema nervoso similar ao da aranha

O sistema nervoso encontrado num fóssil de um artrópode de "grandes apêndices" de 520 milhões de anos guarda vestígios que o vinculam ao grupo que engloba as aranhas e os escorpiões, segundo um estudo divulgado ontem pela Nature.

Uma equipa liderada por Nick Strausfeld, da Universidade de Arizona, nos Estados Unidos, e Greg Edgecombe, do Museu de História Natural de Londres, analisou esse fóssil perfeitamente preservado de artrópode de "grandes apêndices" (antenas, mandíbulas ou patas).
O objetivo é tentar estabelecer uma relação evolutiva destes exemplares, objeto de muitos debates científicos.
Estes artrópodes de "grandes apêndices" sobrepostos na cabeça constituem um grupo extinto de criaturas de patas unidas que nadavam ou se arrastavam há 520 milhões de anos e cuja configuração nunca foi vista nos artrópodes modernos.
Um dos debates sobre a evolução dos insetos, aranhas e estes exemplares estuda como os diferentes segmentos da cabeça se relacionam nos diversos grupos.
Quando os apêndices têm aspeto diferente, a melhor maneira é estudar o sistema nervoso, de acordo com o estudo.
Os especialistas analisaram a neuroanatomia de um sistema nervoso completo encontrado num fóssil de exemplar de artrópode de há 520 milhões de anos não descrito anteriormente.
Identificaram uma criatura de três centímetros de comprimento, encontrada em Chengjiang, na China, como representante do extinto género Alalcomenaeus.

in DN - ler notícia