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quinta-feira, fevereiro 03, 2022

O Nobel D. Carlos Filipe Ximenes Belo nasceu há 74 anos

 
Carlos Filipe Ximenes Belo (Uailacama-Venasse, Baucau, Timor português, 3 de fevereiro de 1948) é um bispo católico timorense que, em conjunto com José Ramos-Horta, foi agraciado com o Nobel da Paz de 1996, pelo seu trabalho "em prol de uma solução justa e pacífica para o conflito em Timor-Leste".

quarta-feira, fevereiro 03, 2021

Carlos Filipe Ximenes Belo nasceu há 73 anos

 
Carlos Filipe Ximenes Belo (Uailacama-Venasse, Baucau, Timor português, 3 de fevereiro de 1948) é um bispo católico timorense que, em conjunto com José Ramos-Horta, foi agraciado com o Nobel da Paz de 1996, pelo seu trabalho "em prol de uma solução justa e pacífica para o conflito em Timor-Leste".

sábado, fevereiro 03, 2018

Carlos Filipe Ximenes Belo nasceu há 70 anos

Carlos Filipe Ximenes Belo (Uailacama-Venasse, Baucau, Timor português, 3 de fevereiro de 1948) é um bispo católico timorense que, em conjunto com José Ramos-Horta, foi agraciado com o Nobel da Paz de 1996, pelo seu trabalho "em prol de uma solução justa e pacífica para o conflito em Timor-Leste".
Biografia
Quinto filho de Domingos Vaz Filipe e de Ermelinda Baptista Filipe, Carlos Filipe Ximenes Belo nasceu na aldeia de Uailacama-Venasse, concelho (hoje distrito) de Baucau, na costa norte do então Timor português. O seu pai, professor primário, faleceu quando o jovem Carlos Filipe tinha apenas dois anos de idade. Os anos de infância foram passados nas escolas católicas de Baucau e Ossu, antes de ingressar no Seminário de Nossa Senhora de Fátima, em Daré, nos arredores de Díli, entre 1963 e 1968. Excetuando um pequeno período entre 1974 e 1976 - quando esteve em Timor e em Macau - entre 1969 e 1981, D. Ximenes Belo repartiu o seu tempo entre Portugal e Roma, onde se tornou membro da congregação dos Salesianos e estudou filosofia e teologia antes de ser ordenado padre em 26 de julho de 1980.
De regresso a Timor-Leste, em julho de 1981, D. Ximenes Belo esteve ligado ao Colégio Salesiano de Fatumaca, onde foi professor e diretor. Quando em 1983 se reformou D. Martinho da Costa Lopes, Carlos Filipe Ximenes Belo foi nomeado administrador apostólico da diocese de Díli, tornando-se chefe da igreja católica em Timor-Leste, respondendo exclusivamente perante o Papa. Em 1988, em Lorium, Itália, foi consagrado como Bispo.
A nomeação de Ximenes Belo foi do agrado do núncio apostólico em Jacarta e dos próprios líderes indonésios pela sua aparente submissão. No entanto, cinco meses bastaram para que, num sermão na Sé Catedral, D. Ximenes Belo tecesse veementes protestos contra as brutalidades do massacre de Craras, em 1983, perpetrado pela Indonésia. Nos dias de ocupação, a igreja era a única instituição capaz de comunicar com o mundo exterior, o que levou D. Ximenes Belo a enviar sucessivas cartas a personalidades em todo o mundo, tentando vencer o isolamento imposto pelos indonésios e o desinteresse de grande parte da comunidade internacional.
Em fevereiro de 1989 D. Ximenes Belo escreveu ao presidente de Portugal, Mário Soares, ao Papa João Paulo II e ao Secretário-geral das Nações Unidas, Javier Pérez de Cuellar, reclamando por um referendo sob os auspícios da ONU sobre o futuro de Timor-Leste e pela ajuda internacional ao povo timorense que estava "a morrer como povo e como nação". No entanto, quando a carta dirigida à ONU se tornou pública em abril, D. Ximenes Belo tornou-se uma figura pouco querida pelas autoridades indonésias. Esta situação veio a piorar ainda mais quando o Bispo deu abrigo na sua própria casa a jovens que tinham escapado ao massacre de Santa Cruz, em 1991, e denunciou os números das vítimas mortais.
A sua obra corajosa em prol dos timorenses e em busca da paz e da reconciliação foi internacionalmente reconhecida quando, em conjunto com José Ramos-Horta, lhe foi entregue o Prémio Nobel da Paz em dezembro de 1996. Na sequência deste reconhecimento, D. Ximenes Belo teve oportunidade de se reunir com Bill Clinton dos Estados Unidos e Nelson Mandela da África do Sul.
Após a independência de Timor-Leste, a 20 de maio de 2002, a saúde do Bispo começou a esmorecer, perante a pressão dos acontecimentos que tinha vivido. O papa João Paulo II aceitou a sua demissão como administrador apostólico de Díli em 26 de novembro de 2002. Após se ter retirado, Ximenes Belo viajou para Portugal para receber tratamento médico. No início de 2004, houve numerosos pedidos para que se candidatasse à presidência da república de Timor-Leste. No entanto, em maio de 2004 declarou à televisão estatal portuguesa RTP que não autorizaria que o seu nome fosse considerado para nomeação. "Decidi deixar a política para os políticos" - afirmou.
Com a saúde restabelecida, em meados de 2004, D. Ximenes Belo aceitou a ordem da Santa Sé para fazer trabalho missionário na Arquidiocese de Maputo, como membro da congregação dos Salesianos em Moçambique.
Prémios 
  • Prémio Óscar Romero [Óscar Romero Award], Roma, Itália, 16 de maio de 1996.
  • Prémio John Humphrey [John Humphrey Freedom Award], Montréal, Canadá, 10 de dezembro de 1995.
  • Prémio Nobel da Paz, Oslo, Noruega, 10 de dezembro de 1996.
  • Prémio Della Pace, Taranto, Itália, março de 1997.
  • Prémio Dela Pace, Ostuni, Bari, Itália, 28 de fevereiro de 1998.
  • Prémio Internazionalle della Testimonnianzia, Vibo Valentia, Calábria, Itália, 2 de maio de 1998.
  • Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, Chancelaria das Ordens da Presidência da República Portuguesa, 6 de agosto de 1998.
  • Prémio Personalidade Lusófona do Ano, concedido pelo MIL - Movimento Internacional Lusófono, em 21 de fevereiro de 2010.
Doutoramentos Honoris Causa
  • University of Yale, EUA, 26 de maio de 1997.
  • Pontifícia Universidade Salesiana, Roma, Itália, 19 de fevereiro de 1998.
  • Universidade de Évora, 20 de maio de de 1998.
  • Universidade Federal do Rio de Janeiro, 24 de abril de 2000.
  • Universidade Católica de Brasília, 25 de abril de 2000.
  • Pontifícia Universidade Católica de Campinas, SP, 25 de abril de 2000.
  • Providence University, Taichung, Formosa/Taiwan, 19 de maio de 2000.
  • Universidade do Porto, 31 outubro de 2000, juntamente com Xanana Gusmão e José Ramos-Horta.

segunda-feira, dezembro 26, 2011

Ramos-Horta faz hoje 62 anos

José Manuel Ramos-Horta (Díli, 26 de dezembro de 1949) é um político e jurista timorense, actual presidente de seu país, tendo assumido o cargo em 20 de maio de 2007, após disrupções civis originárias em problemas étnicos. Foi previamente o Ministro de Negócios Estrangeiros de Timor-Leste desde a independência em 2002. Antes disto foi o porta-voz da resistência timorense no exílio durante a ocupação indonésia entre 1975 e 1999.
Nascido de mãe timorense e pai português (exilado em Timor), foi educado numa missão católica em Soibada. Devido à actividade política pró-independência, esteve exilado por um ano (1970-1971) durante a época colonial, em Moçambique.
Considerado como moderado, ocupa o cargo de Ministro das Relações Exteriores no governo autoproclamado em 28 de novembro de 1975, apenas com 25 anos de idade. Deixou Timor-Leste apenas três dias antes da invasão indonésia, em viagem até Nova Iorque para apresentar às Nações Unidas o caso timorense. Aí expõe a violência perpetrada pela Indonésia na ocupação do território, tornando-se o representante permanente da Fretilin na ONU nos anos seguintes.
Em dezembro de 1996, José Ramos-Horta partilha o Nobel da Paz com o compatriota bispo Carlos Filipe Ximenes Belo. O Comité Nobel laureou-os pelo contínuo esforço para terminar com a opressão vigente em Timor-Leste, esperando que o prémio despolete o encontro de uma solução diplomática para o conflito em Timor-Leste com base no direito dos povos à autodeterminação.
José Ramos Horta estudou Direito Internacional na Academia de Direito Internacional da Haia, nos Países Baixos (1983) e na Universidade de Antioch (Estados Unidos) onde completou o mestrado em Estudos da Paz (1984), bem como uma série de outros cursos de pós-graduação sobre a temática do Direito Internacional e da Paz. Em outubro de 2000 foi investido, juntamente com D. Ximenes Belo e Xanana Gusmão, como doutor Honoris Causa pela Universidade do Porto (por proposta da respetiva Faculdade de Letras).
Em 2003, José Ramos Horta apoiou a invasão do Iraque pelas tropas anglo-norte-americanas, criticando o regime ditatorial de Saddam Hussein e a Al Qaeda, lembrando que Osama bin Laden tinha justificado o ataque terrorista de Bali entre outros argumentos com o facto de Timor-Leste ter sido supostamente vítima de ataques contra o Islão pelos países ocidentais (a Indonésia tem a maior população islâmica no mundo).
No fim de Junho de 2006, renunciou ao cargo de Ministro de Negócios Estrangeiros e da Defesa ao saber que o questionado primeiro-ministro Mari Alkatiri permaneceria no cargo.
Após a crise que culminou na renúncia de Alkatiri, assumiu em 8 de julho de 2006 o cargo de primeiro-ministro, junto com Estanislau da Silva como vice-primeiro-ministro e Rui Araújo como segundo vice-primeiro-ministro.
José Ramos-Horta era apontado pela imprensa portuguesa como um dos sucessores de Kofi Annan no cargo de secretário-geral da ONU. Ramos-Horta não confirmou o seu interesse no cargo, mas também não excluiu a hipótese.
Na segunda volta das eleições de 9 de maio de 2007, Ramos-Horta foi eleito Presidente da República de Timor-Leste, em disputa com Francisco Guterres Lu Olo, sucedendo a Xanana Gusmão no cargo.
Na manhã de 11 de Fevereiro de 2008 foi alvejado no estômago, durante um ataque armado à sua casa. O ataque foi perpetrado pelo grupo dissidente das forças armadas liderado pelo major Alfredo Reinado, que foi morto no ataque.