O primeiro monumento dedicado a Maximiliano Kolbe na Polónia, em Chrzanów
Podemos pensar dele como uma figura-símbolo no panorama do século XX. O próprio
Santo Padre, o
Papa João Paulo II, em numerosos textos, chama-o de “
Santo do nosso século difícil”.
Fundador do
Milícia da Imaculada que criou um boletim de enorme tiragem, entre outros meios de divulgação da acção cristã, pelo seu intenso
apostolado, é considerado o
patrono da
imprensa. É igualmente visto como
padroeiro especial das famílias em dificuldade, dos que lutam pela vida, da luta contra os vícios, da recuperação da
droga e do
alcoolismo; é considerado também padroeiro dos presos comuns e políticos.
Franciscano conventual desde
1907, nos três primeiros anos na Pontifícia Universidade Gregoriana, dedicou-se à ciência e matemática, incluindo trigonometria, física e química, em seguida, o estudo da filosofia e da teologia.
Em
1914, no ano em que professa
votos perpétuos, o seu pai, um oficial das legiões polacas, foi feito prisioneiro pelos russos e a sua mãe retirou-se para um convento.
Em 28 de abril
1918, foi ordenado sacerdote na igreja de Sant'Andrea della Valle, em Roma, e no dia seguinte celebra sua primeira missa na vizinha Basílica de Sant'Andrea delle Frate.
Em
1919 doutorou-se em
Teologia na Faculdade Teológica de São Boaventura, voltando imediatamente em casa em Cracóvia, onde ensinou
Teologia.
Começou igualmente por desenvolver o que chamou de "Cidade da Imaculada" e que abrigava 672 religiosos, onde instalou uma
tipografia católica e, em
1922, edita a revista mariana
"Cavaleiro da Imaculada", destinada aos operários e camponeses.
Depois ao se deslocar, como missionário, para
Nagasaki, no
Japão, fundou aí uma segunda
Cidade da Imaculada, onde reproduz a mesma revista mariana conhecida por
"Revista Azul", impressa em japonês, que alcançou, em
1938, a tiragem de um milhão de exemplares. Chegou a instalar uma emissora de rádio e a estender as suas atividades apostólicas no Japão, entre
1930 e
1936.
Regressado à Polónia, durante a
II Guerra Mundial, deu abrigo a muitos refugiados, incluindo cerca de 2.000
judeus.
Em
17 de fevereiro de
1941, estando esse território ocupado pela
Alemanha, é preso pela
Gestapo, já que os nazis temiam a sua influência pessoal e daquela que a revista e publicações marianas exerciam, dirigidas por ele. É condenado a
trabalhos forçados e transferido para Auschwitz em
25 de maio como prisioneiro n.º 16670.
Em julho de
1941, um homem do campo do mesmo bloco de Kolbe foge e, como represália, os nazistas escolhem 10 outros prisioneiros para morrer de fome e sede no
bunker (o prisioneiro fugitivo é mais tarde encontrado morto, afogado numa latrina). Um dos dez,
Franciszek Gajowniczek, lamenta-se pela família que deixa, dizendo que tinha mulher e filhos, e Kolbe pede para tomar o seu lugar. O pedido é aceite. Na realidade, o Padre Kolbe aceitava o
martírio para praticar heroicamente seu
munus sacerdotal, dando assistência religiosa e ajudando a morrer virtuosamente aqueles pobres condenados. Duas semanas depois, só quatro dos dez homens sobrevivem, incluindo Kolbe. Os nazis decidem então executá-los com uma injecção de
ácido carbólico.