Wilhelm Franz Canaris (Aplerbeck, 1 de janeiro de 1887 – Flossenbürg, 9 de abril de 1945) foi um almirante alemão, líder dos serviços de espionagem militar (a Abwehr) de 1935 a 1944. Foi também uma das figuras da resistência alemã (Widerstand) ao regime nazi de Adolf Hitler e um dos (indiretamente) envolvidos no atentado de 20 de julho de 1944.
(...)
Canaris encontrava-se ainda em prisão domiciliária quando ocorreu o atentado de 20 de julho de 1944
contra a vida de Hitler. A sua situação ilibava-o de responsabilidade
directa, mas após a prisão, tortura e interrogatório de vários
envolvidos, Hitler e Himmler ficaram com provas que Canaris estava pelo
menos moralmente de acordo com o sucedido. A sua prisão apertou-se, mas
Canaris foi poupado a um tribunal marcial imediato: por um lado Hitler
tinha a esperança que Canaris denunciasse mais conspiradores, por
outro Himmler esperava usar os contactos britânicos de Canaris para
salvar a sua posição após o final da guerra. Quando se tornou claro que
Canaris não ia colaborar com nenhum dos planos, tornou-se dispensável.
O julgamento foi sumário e a condenação à morte inevitável. Canaris
foi executado, na forca, a 9 de abril de 1945 no campo de concentração de Flossenbürg, poucas semanas antes do suicídio
de Hitler e do final da guerra. A coragem de Canaris na oposição a
Hitler veio a público no fim da guerra, através de declarações de vários
dos seus antigos colaboradores nos julgamentos de Nuremberga e de Stewart Menzies,
líder do MI6. Foi também depois do fim da guerra que se descobriu que
Canaris utilizou a sua posição para salvar a vida de muitos judeus,
concedendo-lhes treino em espionagem e depois arranjando-lhes "missões"
em países neutros. De entre as personalidades que saíram da Alemanha
neste esquema contam-se Menachem Mendel Schneerson e Joseph Isaac Schneersohn.
in Wikipédia
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