Joaquim Pedro de Oliveira Martins (Lisboa, 30 de abril de 1845 - Lisboa, 24 de agosto de 1894) foi um político e cientista social português.
Oliveira Martins é uma das figuras-chave da história portuguesa
contemporânea. As suas obras marcaram sucessivas gerações de
portugueses, tendo influenciado vários escritores do século XX, como António Sérgio, Eduardo Lourenço ou António Sardinha.
Órfão de pai, teve uma adolescência difícil, não chegando a concluir o
curso liceal, que o levaria à Escola Politécnica, para o curso de
Engenheiro Militar. Esteve empregado no comércio, de 1858 a 1870, mas, nesse ano, devido à falência da empresa onde trabalhava, foi exercer funções de administrador de uma mina na Andaluzia. Quatro anos depois regressou a Portugal para dirigir a construção da via férrea do Porto à Póvoa de Varzim e a Vila Nova de Famalicão. Em 1880
foi eleito presidente da Sociedade de Geografia Comercial do Porto e,
quatro anos depois, director do Museu Industrial e Comercial do Porto.
Mais tarde desempenhou as funções de administrador da Régie dos Tabacos,
da Companhia de Moçambique, e fez parte da comissão executiva da Exposição Industrial Portuguesa.
Foi deputado em 1883, eleito por Viana do Castelo, e em 1889 pelo círculo do Porto. Em 1892 foi convidado para a pasta da Fazenda, no ministério que se organizou sob a presidência de Dias Ferreira, e em 1893 foi nomeado vice-presidente da Junta do Crédito Público.
Elemento animador da Geração de 70, revelou uma elevada plasticidade às múltiplas correntes de ideias que atravessaram o seu século.
Oliveira Martins colaborou nos principais jornais literários e
científicos de Portugal, assim como nos políticos e socialistas. A sua
vasta obra começou com o romance Febo Moniz, publicado em 1867, e estende-se até à sua morte, em 1894. Na área das ciências sociais escreveu, por exemplo, Elementos de Antropologia, de 1880, Regime das Riquezas, de 1883, e Tábua de Cronologia, de 1884. Das obras históricas há a destacar História da Civilização Ibérica e História de Portugal, em 1879, O Brasil e as Colónias Portuguesas, de 1880, e Os Filhos de D. João I, de 1891.
A sua obra suscitou sempre controvérsia e influenciou a vida política
portuguesa, mas também historiadores, críticos e literatos do seu tempo e do século XX.
in Wikipédia
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