(imagem daqui)
A Guerra Hispano-Americana aconteceu em 1898, tendo como resultado o ganho do controle, por parte dos Estados Unidos da América, sobre as antigas colónias espanholas no Caribe e no oceano Pacífico. A guerra ocorreu em 1898, quando o navio militar USS Maine foi destruído em Havana, Cuba - então colónia espanhola.
Os americanos, alegando que o navio fora sabotado pelos espanhóis,
exigiram que a Espanha desse a independência a Cuba. A recusa dos
espanhóis causou o início da guerra. Esta teve fim em 12 de agosto. No Tratado de Paris, a Espanha cedia Cuba, Porto Rico, Guam e as Filipinas aos Estados Unidos. Cuba logo se tornaria um país independente, as Filipinas teriam sua independência em 1945, enquanto Porto Rico e Guam são até os dias atuais territórios americanos.
Contexto
No final do século XIX (1898), os EUA começaram a demonstrar forte interesse pelo Golfo do México, devido à sua proximidade com o istmo do Panamá (faixa de terra que liga a América do Norte e a América do Sul), área de potencial conexão entre os oceanos Atlântico e Pacífico. Os EUA tinham um interesse especial por Cuba, pois ela era uma forte produtora mundial de açúcar, o que significava um bom investimento para o capital norte-americano.
A partir de 1895, os EUA passaram a apoiar abertamente os processos
de independência de Cuba e das Filipinas em relação à Espanha. Este
apoio acabou por gerar um conflito que ficou conhecido como Guerra
Hispano-Americana. Essa guerra marcou o início do reconhecimento dos
Estados Unidos como grande força militar.
USS Maine após a explosão
Início da Guerra
Em fevereiro de 1898, o navio norte-americano USS Maine entrou no porto de Havana
e às 21.40 horas, uma "misteriosa" explosão afundou o navio matando 266
marinheiros e oficiais. Logo inicia-se um processo de investigação e,
depois de analisarem os fatos, os investigadores não conseguiram
encontrar os culpados. Imediatamente os jornais norte-americanos passam a
acusar os espanhóis de explodirem o seu navio e denunciam supostas
atrocidades cometidas pelos espanhóis contra os rebeldes cubanos. O
presidente McKinley enviou um ultimato à Espanha que logo rompe as relações diplomáticas com os Estados Unidos
em 21 de abril. No mesmo dia, a Marinha norte-americana iniciou um
bloqueio a Cuba. A Espanha declara guerra aos Estados Unidos em 23 de
abril e os Estados Unidos da América declaram guerra à Espanha em 25 de
abril de 1898.
(...)
Acordo de paz
Diante da derrota em Cuba e nas Filipinas, e com a marinha de guerra destruída, pois desde a Batalha de Trafalgar, a Marinha Espanhola ainda não havia se recuperado, obrigou o governo a render-se. Em 12 de agosto de 1898, é assinado em Washington
o acordo de paz que acabava com as hostilidades. A Espanha teve que
ceder as suas colónias de Guam, Filipinas e Porto Rico para os Estados
Unidos. Cuba tornou-se independente, mas sob a tutela norte-americana
que a transformou num protetorado e parte da baía de Guantánamo foi alugada
aos EUA. Os filipinos reagiram iniciando a Guerra Filipino-Americana
para livrar-se do domínio dos EUA, entretanto isso só aconteceria em
1945. A Espanha, depois da guerra, ficaria impossibilitada de possuir
colónias na Ásia devido à destruição de sua marinha impossibilitando-a
de estabelecer comunicações entre suas ilhas tão distantes e pouco
habitadas, obrigando-a a vender as suas colónias asiáticas de Palau, Ilhas Marianas e Ilhas Carolinas,
que foram adquiridas pela Alemanha, que já era fortemente industrializada (e
tinha a segunda marinha de guerra mais poderosa do mundo, ficando atrás
apenas da marinha britânica) por 25 milhões de pesetas. Assim, através do Tratado Germano-Espanhol (1899),
os alemães conseguiram então estabelecer colónias na Ásia para
abastecer suas indústrias de matéria-prima e fortalecer ainda mais sua
crescente economia.
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