O governo da Educação Nacional diz que, de forma gradual, quer acabar com os chumbos no Ensino Básico e Secundário.
Eis mais um ensaio reformista de Sócrates que só pode ser catalogado com o nome, feio e irreprimível, de “disparate”.
Já agora, mais um pequeno empurrão, e acabe-se com os chumbos também na Universidade. Os alunos, aqueles que estudam duas semanas num ano, e emborcam cerveja e dormem o resto do ano, iriam aplaudir e engrossar as estatísticas de apoio ao governo.
Afinal para quê chumbar num dos lados se não se chumba no outro? Algum automobilista, com o juízo todo, mete gasolina sem chumbo nos primeiros quilómetros e gasolina com chumbo nos últimos? Ou pneus recauchutados atrás e nas lonas à frente?
Muito honestamente não consigo ver lógica nisto.
Porque não se propõe então a abolição de tudo o que desigualiza a sociedade?
Os salários de todos a mil e quinhentos euros por mês? Toda a gente a andar de chevrolet? À mesa, apenas vinho rosé?
Mais, acabe-se com a distinção entre profissões. Passemos todos a ser médicos, advogados, ou carpinteiros. A colocar uma prótese num serralheiro, a reparar o motor do carro no psiquiatra, e a cabeça, numa garagem.
E seja o governo ainda mais coerente: Decrete que os homens se mulherizem, ou as mulheres se “machifiquem”. Mesmo que, para tal, eles ou elas precisem de um cirurgião.
Mas, de preferência, daqueles que tenham estudado em escolas onde quem não estudava chumbava.
in Blog Paradela de Aguiar - post de cunha ribeiro
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