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sábado, junho 22, 2013
Mais uma notícia (imprecisa) sobre a possível zona de subducção a oeste da costa portuguesa
Ciência: Investigadores portugueses fazem descoberta
Nova fratura aumenta risco de sismos
Fenómeno geológico registado a sudoeste de Portugal. Atlântico vai desaparecer dentro de 220 milhões de anos.
Investigadores portugueses registaram um fenómeno
geológico nunca antes visto, a sudoeste da Península Ibérica, que faz
aumentar o risco de sismos em Portugal. É o nascimento de uma zona de
subducção – o encontro entre placas tectónicas, em que a oceânica
submerge na continental, provocando a sua elevação e assim gerando
sismos e vulcões de grande intensidade.
É o
embrião de uma zona em tudo semelhante à existente na periferia do
oceano Pacífico e que, em março de 2011, provocou um sismo de magnitude 9,0
na escala de Richter, seguido de tsunami que assolou a costa do Japão e
a catástrofe de Fukushima.
As zonas de subducção
estão bem registadas, mas a formação só agora foi possível detetar pelo
mapeamento do fundo do oceano na margem Sudoeste ibérica. Em último
caso, pode significar o fim do oceano Atlântico, devido à junção dos
continentes americano e europeu dentro de 220 milhões de anos.
"Os
grandes sismos de Portugal, 1755 e 1969, são indícios da transformação
que nós pensamos estar a acontecer no fundo do oceano Atlântico",
explicou ao CM Filipe Rosas, coautor do estudo liderado pelo
investigador João Duarte.
Confirmando-se os
indícios constantes no estudo, agora publicado na revista ‘Geology’, é
necessário rever em alta a perigosidade sísmica regional. "Significa que
se deve apostar ainda mais na educação cívica das populações, na
correta observação da legislação e na criação de um sistema de alerta de
tsunamis", afirmou Filipe Rosas, dando o exemplo de Tilly Smith, que em
2005, com apenas dez anos, salvou dezenas de turistas porque "tinha
aprendido numa aula que a água do mar a desaparecer era sinal de
tsunami".
NOTA: na notícia original, de 20 de junho, o mapa que o acompanha localiza mal a zona de subducção...
Postado por Fernando Martins às 21:15 0 bocas
Marcadores: 28 de Fevereiro de 1969, falha do Marquês do Pombal, Gorringe, placa africana, placa euroasiática, sismo de Lisboa de 1755, subducção
sexta-feira, agosto 17, 2012
Há 13 anos um sismo matou milhares de turcos
O sismo de İzmit de 1999, também chamado sismo de Kocaeli ou sismo de Gölcük, foi um sismo de magnitude 7,6 ou 7,5 que atingiu o noroeste da Turquia a 17 de agosto de 1999 às 03.02 horas locais. O evento durou 37 segundos, provocou a morte de cerca de 17 000 pessoas (dados oficiais) e deixou cerca de meio milhão de pessoas sem casa. Fontes não oficiais referem um número de vítimas muito superior — 35 ou 45 mil mortos e um número semelhante de feridos. A cidade de İzmit ficou severamente danificada, mas também houve estragos significativos em Istambul, onde se registaram cerca de mil mortos.
Estragos
A estimativa oficial publicada em 19 de outubro de 1999 menciona 17.127 mortos e 43.959 feridos. Os relatórios de setembro de 1999 mostravam que 120 000 casas de construção deficiente tinham sido destruídas a ponto de não serem recuperáveis, 54 000 tinha ficado severamente danificadas, 2 000 colapsaram. Cerca de 600.000 pessoas ficaram sem casa em consequência do terramoto.
Segundo estimativas de 2000 do Observatório de Sismos de Kandilli da Universidade do Bósforo, os danos materiais causados pelo terramoto ascenderam a 16 mil milhões de dólares, muito acima das estimativas oficiais divulgadas um mês depois da tragédia, que apontavam para valores entre 3 e 6,5 mil milhões de dólares.
O terramoto afetou gravemente a área urbana e industrializada com grande densidade populacional de İzmit, provocando estragos em refinarias e fábricas de automóveis, além do quartel-general e arsenal da Marinha da Turquia em Gölcük, o que fez aumentar a gravidade das perdas em vidas e propriedades. Numa refinaria da TÜPRAS (Türkiye Petrol Rafinerileri), o terramoto provocou um incêndio de grandes proporções devido ao colapso de uma torre. A refinaria tinha 700 000 toneladas de petróleo armazenada e forma precisos vários dias para controlar o incêndio. O terramoto também provocou danos consideráveis em Istambul, distante cerca de 70 km do epicentro.
O soldados turcos foram autorizados a ter 45 dias de licença para ajudarem no resgate dos seus familiares. Os corpos forma rapidamente enterrados em valas comuns para evitar o risco de doenças.
Geologia
O terramoto de İzmit teve um comprimento de rutura de 150 km, estendendo-se desde a cidade de Düzce até ao Mar de Mármara, ao longo do Golfo de İzmit. Os deslocamentos ao longo da rutura chegaram aos 5,7 metros. O sismo provocou um tsunami no mar de Mármara com três metros de altura.
O sismo ocorreu no troço ocidental da Falha Setentrional da Anatólia (NAFZ). A placa da Anatólia, onde se encontra quase todo o território da Turquia, está a ser empurrada para oeste à velocidade de 2 a 2,5 cm por ano, sendo comprimida entre a placa eurasiática a norte e as placas africana e arábica a sul. Os maiores sismos na Turquia são originados na NAFZ ou na Falha Oriental da Anatólia.
A destruição em Istambul deu-se principalmente no distrito de Avcılar, situado na linha de falha que se estende ao longo do Mar de Mármara. Avcılar assenta sobre solos de composição marinha, o que torna a área especialmente vulnerável a sismos.
Passados poucos meses (em 12 de novembro de 1999) ocorreu novo sismo na NAFZ, com epicentro em Düzce, a cerca de 100 km de distância do epicentro deste sismo, com magnitude similar (7,2) e 894 mortos.
O sismo ocorreu no troço ocidental da Falha Setentrional da Anatólia (NAFZ). A placa da Anatólia, onde se encontra quase todo o território da Turquia, está a ser empurrada para oeste à velocidade de 2 a 2,5 cm por ano, sendo comprimida entre a placa eurasiática a norte e as placas africana e arábica a sul. Os maiores sismos na Turquia são originados na NAFZ ou na Falha Oriental da Anatólia.
A destruição em Istambul deu-se principalmente no distrito de Avcılar, situado na linha de falha que se estende ao longo do Mar de Mármara. Avcılar assenta sobre solos de composição marinha, o que torna a área especialmente vulnerável a sismos.
Passados poucos meses (em 12 de novembro de 1999) ocorreu novo sismo na NAFZ, com epicentro em Düzce, a cerca de 100 km de distância do epicentro deste sismo, com magnitude similar (7,2) e 894 mortos.
in Wikipédia
Postado por Fernando Martins às 23:25 0 bocas
Marcadores: Falha Setentrional da Anatólia, falha transformante, placa da Anatólia, placa euroasiática, sismo, sismo de İzmit de 1999, sismologia, Tectónica de Placas, tsunami
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