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sexta-feira, abril 11, 2014

O ditador Idi Amin fugiu do Uganda há 35 anos

Uma caricatura de Idi Amin em 1977 - Edmund S. Valtman

Idi Amin Dada (~192016 de agosto de 2003) foi um ditador militar e o terceiro presidente de Uganda entre 1971 e 1979. Amin fez parte do King's African Rifles, um regimento colonial britânico, em 1946, servindo na Somália e no Quénia. Eventualmente, ele chegou à patente de Major-General no exército ugandense, e tornou-se Chefe Supremo do Exército, antes de liderar um golpe de estado em 1971, depondo o então presidente Milton Obote. Mais tarde, como chefe de estado, ele auto-promoveu-se a Marechal de Campo.
O governo de Amin foi caracterizado por violações dos direitos humanos, repressão política, perseguição étnica, assassinatos, nepotismo, corrupção e má gestão económica. O número de mortos durante o seu regime ditatorial é estimado por observadores internacionais e grupos de direitos humanos como estando entre cem mil e quinhentos mil. Durante os seus anos no poder, Amin deixou de ser um anticomunista com considerável apoio de Israel e passou a ser apoiado por Muammar al-Gaddafi, a União Soviética e a Alemanha Oriental. Entre 1975 e 1976, ele foi o presidente da Organização da Unidade Africana, um grupo criado para promover a solidariedade entre as nações no continente. Entre 1977 e 1979, Uganda foi membro da Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos. Em 1977, quando o Reino Unido rompeu relações diplomáticas com o país, Amin declarou que havia derrotado os britânicos, adicionando "CBE", de "Conquistador do Império Britânico", aos seus títulos. O seu título completo era "Sua Excelência Presidente Vitalício, Marechal de Campo Alhaji Dr. Idi Amin Dada, VC, DSO, MC, CBE".
Após a Guerra Uganda-Tanzânia, em 1978, onde Idi Amin tentou anexar a região de Kagera, dissidentes conseguiram terminar com o seu regime de oito anos, forçando o seu exílio. Primeiro ele foi para a Líbia, depois para a Arábia Saudita, onde viveu até à sua morte, em 16 de agosto de 2003.

(...)

Em janeiro de 1979, o presidente tanzâniano Nyerere mobilizou o exército de seu país e contra atacou, com o apoio de grupos dissidentes ugandeses, como a Frente de Libertação Nacional de Uganda (UNLA). As forças de Amin recuaram frente à contra-ofensiva e, apesar do apoio militar vindo do ditador líbio, Muammar al-Gaddafi, ele foi obrigado a fugir do país a 11 de abril de 1979, após a queda da capital, Kampala. Ele fugiu então para a Líbia, mas teve de procurar um novo refúgio quando Gaddafi o expulsou do país. Recebeu então asilo da Arábia Saudita em nome da caridade islâmica, onde passou a viver até ao fim de sua vida, acompanhado pelas suas quatro esposas e seus mais de 50 filhos. Quando o seu estado de saúde se agravou, em julho, uma de suas quatro mulheres pediu para voltar ao Uganda para morrer, mas o governo negou-lhe o pedido, sob o argumento que se retornasse ao país seria julgado pelas suas atrocidades.

Em 2007, foi lançado o filme "The Last King of Scotland" ("O Último Rei da Escócia"), que retrata as atrocidades de Idi Amin. O ator Forest Whitaker fez o papel do ditador ugandês, pelo qual conquistou o Óscar da Academia como melhor ator.

segunda-feira, dezembro 23, 2013

Há 41 os últimos sobreviventes da Tragédia dos Andes foram resgatados

Foto do memorial no local do acidente

O Voo da Força Aérea Uruguaia 571, mais conhecido como Tragédia dos Andes ou Milagre dos Andes (El Milagro de los Andes), foi um voo fretado que transportava 45 pessoas, incluindo uma equipe de Rugbi, seus amigos, familiares e associados que caiu na Cordilheira dos Andes em 13 de outubro de 1972. Mais de um quarto dos passageiros morreram no acidente e vários sucumbiram rapidamente devido ao frio e aos ferimentos. Dos 29 que estavam vivos alguns dias após o acidente, oito foram mortos por uma avalanche que varreu o seu abrigo. O último dos 16 sobreviventes foi resgatado em 23 de dezembro de 1972, mais de dois meses após o acidente.
Os sobreviventes tinham pouca comida e nenhuma fonte de calor em condições extremas, a mais de 3.600 metros de altitude. Diante da fome e notícias reportadas via rádio de que a busca por eles tinha sido abandonada, os sobreviventes alimentaram-se dos passageiros mortos que haviam sido preservados na neve. As equipes de resgate não tiveram conhecimento da existência de sobreviventes até 72 dias depois do acidente quando os passageiros Fernando Parrado e Roberto Canessa, depois de uma caminhada de 10 dias através dos Andes, encontraram um chileno huaso, que lhes deu comida e, em seguida, alertou as autoridades sobre a existência dos outros sobreviventes.

Cronologia
  • Quinta-feira, 12 de outubro - Dia 0 (zero)
  • Avião parte com 40 passageiros e cinco tripulantes.
  • Sexta-feira, 13 de outubro - Dia 1
  • O avião cai às 15.32 horas. 6 passageiros são ejetados e seis morreram no acidente. Há 33 sobreviventes.
  • Sábado, 14 outubro - Dia 2
  • Mais 5 pessoas morrem durante o dia e noite. (Mortos: 10, em falta: 7, Sobreviventes: 28).
  • Sábado, 21 de outubro - Dia 9
  • Susana Parrado morre. (Mortes: 11, Desaparecidos: 7, Sobreviventes: 27).
  • Domingo, 22 de outubro - Dia 10
  • Através de um radio os sobreviventes descobrem que as buscas por eles foram canceladas,e que todos foram dados por mortos. No mesmo dia os sobreviventes começam a praticar antropofagia.
  • Sábado, 28 de outubro - Dia 12
  • Uma expedição localiza 6 de 7 em falta, falta encontrar Carlos Valeta. (Mortes: 17, em falta: 1, Sobreviventes: 27)
  • Terça-feira, 31 de outubro - Dia 17
  • 8 pessoas mortas pela avalanche. (Mortes: 26, Sobreviventes: 19).
  • Quarta-feira, 15 de novembro - Dia 34
  • Arturo Nogueira morre. (Mortes: 27, Sobreviventes: 18).
  • Sábado, 18 de novembro - Dia 37
  • Morre Rafael Echavarren. (Mortes: 28, Sobreviventes: 17).
  • Segunda-feira, 11 de dezembro - Dia 60
  • Numa Turcatti morre. (Mortes: 29, Sobreviventes: 16).
  • Terça-feira, 12 de dezembro - Dia 61
  • Antonio Vizintin,Parrado e Canessa iniciam a expedição para sair dos Andes e procurar ajuda.
  • Quinta-feira,15 de dezembro - Dia 63
  • 3 dias depois do início da expedição, Antonio Vizintin, Parrado e Canessa descobrem que a expedição de fuga deve demorar mais que o esperado, Vizintin dá as suas roupas extras e alimento aos seus amigos e regressa à fuselagem; Parrado e Canessa prosseguem com a expedição.
Parrado e Canessa com Sergio Caralan
    • Quarta-feira, 20 de dezembro - Dia 69
    • Sergio Catalán localiza Canessa e Parrado após 10 dias de caminhada.
    • Quinta-feira, 21 de dezembro - Dia 70
    • Parrado e Canessa são salvos. (Salvos: 2, Sobreviventes: 14)
    • Sexta-feira, 22 dezembro - Dia 71
    • 6 sobreviventes são resgatados. Os 8 restantes terão de esperar mais uma noite. (Salvos: 8, Sobreviventes: 8)
    • Sábado, 23 de dezembro - Dia 72
    • Os oito sobreviventes são resgatados. (Salvos: 16)
      Mapa que mostra a rota de fuga de Nando Parrado e Roberto Canessa

      in Wikipédia

      sexta-feira, agosto 16, 2013

      O ditador Idi Amin morreu há 10 anos

      Idi Amin Dada (~192016 de agosto de 2003) foi um ditador militar e o terceiro presidente de Uganda entre 1971 e 1979. Amin se juntou ao King's African Rifles, um regimento colonial britânico, em 1946, servindo na Somália e no Quênia. Eventualmente, ele chegou a patente de Major-General no exército ugandense, e tornou-se Comandante antes de liderar um golpe de estado em 1971, depondo o então presidente Milton Obote. Mais tarde, como chefe de estado, ele se auto-promoveu para Marechal de Campo.
      O governo de Amin ficou caracterizado por violações dos direitos humanos, repressão política, perseguição étnica, assassinatos, nepotismo, corrupção e má gestão económica. O número de mortos durante seu regime ditatorial é estimado por observadores internacionais e grupos de direitos humanos como estando entre cem mil e quinhentos mil. Durante seus anos no poder, Amin deixou de ser um anticomunista com considerável apoio de Israel e passou a ser apoiado por Muammar al-Gaddafi, a União Soviética e a Alemanha Oriental. Entre 1975 e 1976, ele foi o presidente da Organização da Unidade Africana, um grupo criado para promover a solidariedade entre as nações no continente. Entre 1977 e 1979, Uganda foi membro da Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos. Em 1977, quando o Reino Unido rompeu relações diplomáticas com o país, Amin declarou que havia derrotado os britânicos, adicionando "CBE", de "Conquistador do Império Britânico", aos seus títulos. O seu pomposo título completo era "Sua Excelência Presidente Vitalício, Marechal de Campo Alhaji Dr. Idi Amin Dada, VC, DSO, MC, CBE".
      Após a Guerra Uganda-Tanzânia em 1978, onde Amin tentou anexar a região de Kagera, dissidentes conseguiram terminar com o seu regime de oito anos, forçando o seu exílio. Primeiro ele foi para a Líbia, depois para a Arábia Saudita, onde viveu até à sua morte em 16 de agosto de 2003.

      (...)

      Alistado no Exército britânico, foi inicialmente ajudante de cozinha do regimento britânico King's African Rifles. Impressionou com seu 1,90 metro de altura, e os seus 110 quilos bem como a sua habilidade pugilística, que o converteram num campeão de boxe na categoria de pesos-pesados do seu país, de 1951 a 1960. Após a independência do país, em 1962, tornou-se chefe do Exército do presidente Milton Obote. Pouco tempo após assumir este cargo, Amin e Obote começaram a ter desavenças. A popularidade de Amin entre os militares e o atentado contra a vida de Obote em 1969 fizeram que ambos se tornassem rivais. Sabendo que o então presidente planeava prendê-lo por supostamente desviar fundos das forças armadas, Idi Amin deu um golpe de estado com a ajuda do exército ugandês, em 25 de janeiro de 1971. Em uma transmissão de rádio ao povo ugandês, Amin falou que ele era um soldado e não um politico, e que ele libertaria todos os prisioneiros políticos e colocaria a economia do país em ordem novamente. Em 2 de fevereiro, ele declarou-se Comandante-em-chefe das forças armadas e presidente vitalício, impondo disciplina militar ao seu gabinete e colocou seus apoiantes em cargos proeminentes do seu governo. Obote e outros 20 mil soldados desertores e simpatizantes da oposição fugiram do país para o exílio em países vizinhos, como a Tanzânia. Em retaliação, Idi Amin começou a expurgar oficiais de lealdade duvidosa do Exército, o que terminou com a morte de mais de 5 mil militares. Muitos intelectuais, artistas e políticos também começaram a ser presos sob suspeita de fazer oposição ao governo.
      Após o golpe, depois de alguns meses de moderação, iniciou rapidamente a arbitrariedade como estilo de seu governo, que durou oito anos, sendo um regime brutal que deixou um país arruinado e 400 mil ugandeses mortos. As perseguições, as mortes e os desaparecimentos tinham natureza étnica, politica e financeira começaram pouco após sua chegada ao poder.
      Demonstrando um temperamento megalómano, vingativo e violento, expulsou, em 1972, cerca de 40 mil asiáticos, descendentes de imigrantes do império britânico na Índia, dizendo que Deus lhe havia dito para transformar Uganda num país de homens negros. Uma figura grande e imponente, o seu comportamento excêntrico criou a imagem de um homem dado a explosões irregulares e foi chamado de "Big Daddy". Uma vez declarou-se "rei da Escócia", proibiu os hippies e as minissaias, e chegou a um funeral da realeza saudita usando um kilt. Certa vez (1999) disse a um jornal ugandês que gostava de tocar acordeão e de recitar o Alcorão. Ficou conhecido também por gozar com vários líderes internacionais: afirmava dar conselhos ao presidente americano Richard Nixon, criou o "Fundo Ugandês para a Salvação da Inglaterra" e cogitou a transferência da sede da ONU de Nova York para a capital de Uganda. Depois de assumir o poder (1971), tornou-se um ditador que violava os direitos humanos fundamentais durante um "reinado de horror", segundo a Comissão Internacional de Juristas.
      Foi um dos déspotas mais sanguinários da África, tendo sido denunciado dentro e fora do continente por matar dezenas de milhares de pessoas durante seu governo. Algumas estimativas dizem que o número ultrapassa as cem mil pessoas. Muitos ugandeses acusavam o ex-campeão de boxe de manter cabeças decepadas no frigorífico, de alimentar crocodilos com cadáveres e de ter desmembrado uma das suas esposas. Alguns diziam que praticava canibalismo.
      Rompeu relações diplomáticas com Israel, ordenou a expulsão de 90 mil asiáticos, a maioria comerciantes indianos e paquistaneses, e de vários judeus. Foi recebido, em 1975, pelo Papa Paulo VI como chefe em exercício da Organização da Unidade Africana. Foi notícia internacional em 1976 quando, depois do sequestro de um avião da Air France por terroristas palestinianos e da intervenção das Forças de Defesa de Israel (FDI) na operação militar conhecida como Operação Entebbe (ocorrida no aeroporto de Entebbe - nome do aeroporto onde se sucederam os factos, que fica nos arredores de Kampala, a 37 km do centro da cidade), foram libertados todos os reféns. O ataque deixou 31 mortos, entre eles 20 ugandeses, uma intervenção que foi encarada como uma humilhação pessoal, pois Idi Amin na ocasião declarava-se neutro para a imprensa internacional, quando na verdade apoiava os sequestradores palestinianos.
      Rompeu em 1976 relações diplomáticas com o Reino Unido e, dois anos depois, fracassa um atentado contra ele nos subúrbios de Kampala. Após os assassinatos do bispo Luwum e dos ministros Oryema e Oboth Ofumbi em 1977, vários ministros e integrantes do governo de Amin desertaram ou fugiram do país. Em 1978, o apoio ao general Amin, dentro e fora de Uganda, havia declinado e com a economia e a infrestrutura da nação entrando em colapso devido a má gestão, fez com que o número de inimigos do seu regime aumentasse. Em novembro de 1978, o vice do presidente Amin, o general Mustafa Adrisi, foi gravemente ferido em um suspeito acidente de carro. As tropas que lhe eram leais decidiram-se amotinar. Idi Amin enviou forças do exército para enfrentar os amotinados, mas muitos já haviam fugido para a Tanzânia. Amin acusou o presidente daquele país, Julius Nyerere, de agressão contra Uganda, e ordenou a invasão de partes do território da Tanzânia e formalmente anexou uma secção da região de Kagera.
      Em janeiro de 1979, o presidente tanzaniano Nyerere mobilizou o exército de seu país e contra atacou, com o apoio de grupos dissidentes ugandeses, como a Frente de Libertação Nacional de Uganda (UNLA). As forças de Amin recuaram frente à contra-ofensiva e, apesar do apoio militar vindo do ditador líbio, Muammar al-Gaddafi, ele foi obrigado a fugir do país, em 11 de abril de 1979, após a queda da capital, Kampala. Ele fugiu então para a Líbia, mas teve de procurar um novo refúgio quando Gaddafi o expulsou do país. Recebeu então asilo da Arábia Saudita em nome da caridade islâmica, onde passou a viver até o fim de sua vida, acompanhado pelas suas quatro esposas e seus mais de 50 filhos. Quando o seu estado de saúde se agravou, em julho, uma de suas quatro mulheres pediu para voltar a Uganda para morrer, mas o atual governo negou o pedido, sob o argumento que se retornasse ao país seria julgado pelas suas atrocidades.

      Gravemente doente foi internado na Unidade de Tratamentos Intensivos e morreu no Hospital Especialista Rei Faisal, em Jeddah, Arábia Saudita, de complicações devido à falência múltipla de órgãos. Foi enterrado na cidade saudita de Jeddah, onde viveu a maior parte do tempo desde que foi deposto (1979), num pequeno funeral horas depois de sua morte no sábado, 16 de agosto de 2003. Os ugandeses reagiram com uma mistura de alívio com a morte de um tirano sanguinário e de nostalgia por um líder que muitos aplaudiram por expulsar asiáticos que dominavam a vida económica local. Em 2007, foi lançado o filme "The Last King of Scotland" ("O Último Rei da Escócia"), que retrata as atrocidades de Idi Amin. O ator Forest Whitaker estrela o filme, encarnando o ditador ugandês, papel pelo qual conquistou o Óscar da Academia como melhor ator.

      domingo, dezembro 23, 2012

      Há quarenta anos foram resgatados os últimos sobreviventes da Tragédia dos Andes

       Foto dos sobreviventes entre os destroços

      O Voo Força Aérea Urugaia 571, mais conhecido como Tragédia dos Andes ou Milagre dos Andes (El Milagro de los Andes), foi um voo fretado que transportava 45 pessoas, incluindo uma equipe de rugby, os seus amigos, familiares e associados que caíram na Cordilheira dos Andes em 13 de outubro de 1972. Mais de um quarto dos passageiros morreram no acidente e vários sucumbiram rapidamente devido ao frio e aos ferimentos. Dos 29 que estavam vivos alguns dias após o acidente, oito foram mortos por uma avalanche que varreu o seu abrigo. O último dos 16 sobreviventes foi resgatado em 23 de dezembro de 1972, mais de dois meses após o acidente.
      Os sobreviventes tinham pouca comida e nenhuma fonte de calor em condições extremas, a mais de 3.600 metros de altitude. Diante da fome e de relatórios da rádio com a notícia de que a busca por eles tinha sido abandonada, os sobreviventes alimentaram-se dos passageiros mortos que haviam sido preservados na neve. As equipes de resgate não tiveram conhecimento da existência de sobreviventes até 72 dias depois do acidente, quando os passageiros Fernando Parrado e Roberto Canessa, depois de uma caminhada de 10 dias através dos Andes, encontraram um chileno índio huaso, que lhes deu comida e, em seguida, alertou as autoridades sobre a existência dos outros sobreviventes.

      O acidente
      Na sexta-feira, dia 13 de outubro de 1972, um avião turbo-hélice Fairchild FH-227 D da Força Aérea Uruguaia voava sobre os Andes, transportando a equipe de rugby Old Christians Club de Montevidéu, Uruguai, para jogar uma partida em Santiago, Chile. A viagem havia começado no dia anterior, quando o Fairchild partiu do Aeroporto Internacional de Carrasco, mas o clima de montanha, inclemente, forçou uma escala durante a noite, em Mendoza. No tecto do Fairchild de 29.500 pés (9.000 m), o avião não pôde voar diretamente de Mendoza, ao longo dos Andes, de Santiago, por causa do mau tempo. Em vez disso, os pilotos tiveram que voar para o sul de Mendoza, paralelamente aos Andes, em seguida, virar a oeste, em direção às montanhas, voar através de uma passagem baixa (Planchon), atravessar as montanhas e emergir do lado chileno do sul dos Andes (de Curico) antes de finalmente voltar para norte e iniciar a descida para Santiago, depois de passar Curico. Depois de retomar o voo na tarde de 13 de outubro, o avião voava novamente através da passagem nas montanhas. O piloto, notificou os controladores aéreos de Santiago que estava em Curicó, Chile, e foi autorizado a descer. Isso viria a ser um erro fatal. Dado que a passagem estava coberto pelas nuvens, os pilotos tiveram que contar com o horário habitual que levavam para atravessar a passagem (navegação estimada). No entanto, eles não tiveram em conta os ventos fortes que, em última análise, retardaram o avião aumentando o tempo necessário para completar o cruzamento: eles não foram tão longe como eles pensavam que estavam. Como resultado, a curva e descida foram iniciados muito cedo, antes que o avião tivesse passado através das montanhas, levando a um voo controlado contra o solo.
      Mergulhando na cobertura das nuvens e ainda sobre as montanhas, a Fairchild caiu num pico sem nome (mais tarde chamado Cerro Seler, também conhecido como Glaciar de las Lágrimas ou Glacier of Tears), localizado entre Cerro Sosneado e Tinguiririca Volcán, abrangendo a remota fronteira montanhosa entre o Chile e a Argentina. O avião tocou no pico, a 4.200 metros, perdendo a asa direita, que ficou para trás com tanta força que cortou o estabilizador vertical, deixando um buraco na parte traseira da fuselagem. O avião então bateu num segundo pico, que cortou a asa esquerda e deixou o avião apenas com a fuselagem, voando pelo ar. Uma das hélices cortou a fuselagem e a asa anexada foi cortada. A fuselagem bateu no chão e deslizou por uma encosta íngreme da montanha antes de finalmente parar, num banco de neve. A localização do local do acidente é 34° 45′ S 70° 17′ W), no município argentino de Malargüe (Departamento de Malargüe, Província de Mendoza).

      Primórdios
      Das 45 pessoas no avião, 12 morreram no acidente ou pouco depois (incluindo o piloto); outros cinco morreram na manhã seguinte (entre eles o co-piloto), e mais uma sucumbiu aos ferimentos no oitavo dia. Os 27 restantes enfrentaram sérias dificuldades em sobreviver ao congelamento no alto das montanhas. Muitos tinham sofrido ferimentos do acidente, incluindo as pernas quebradas nos assentos da aeronave empilhados juntos. Os sobreviventes não tinham equipamentos, tais como roupas para o frio e calçados de montanhismo adequados para a área, óculos de proteção para prevenir cegueira da neve (embora um dos eventuais sobreviventes, de 24 anos de idade, Adolfo "Fito" Strauch, inventou um par de óculos de sol usando o pára-sóis da cabine do piloto que ajudou a proteger seus olhos do sol). Mais gravemente, eles não tinham qualquer tipo de material médico, e a morte do Dr. Francisco Nicola deixou-os com sérios problemas, mas um estudante do segundo ano de medicina a bordo que havia sobrevivido ao acidente, ao improvisar talas e aparelhos com peças recuperadas do que restou da aeronave, ajudou a salvar os sobreviventes.

      A busca
      Os grupos de busca de três países procuraram o avião desaparecido. No entanto, uma vez que o avião era de cor branca, ele se confundia com a neve, tornando-se praticamente invisível do céu. A busca inicial foi cancelado, depois de oito dias. Os sobreviventes do acidente tinha encontrado um pequeno rádio transístor no avião e Roy Harley primeiramente ouviu a notícia de que a busca foi cancelada no seu décimo primeiro dia na montanha. Piers Paul Read escreveu no Alive: The Story of the Andes Survivors (um texto base em entrevistas com os sobreviventes) descreveu os momentos após esta descoberta:
      As pessoas que se agruparam em torno de Roy, ao ouvir a notícia, começaram a chorar e orar, todos, exceto Parrado, que olhou calmamente para as montanhas que subiu ao oeste. Gustavo [Coco] Nicolich saiu do avião e, vendo seus rostos, sabiam o que tinha ouvido falar ... [Nicolich] subiu pelo buraco parede de malas e camisas de rugby, agachando na boca do túnel escuro, e olhou para os rostos tristes que estavam voltados para ele. 'Oh rapazes', ele gritou: há boas notícias! Acabamos de ouvir no rádio. Eles cancelaram as buscas. Dentro do avião lotado, houve um silêncio. Como a sua situação de desespero os envolveu, eles choraram. "Por que diabos é uma boa notícia?" Paez gritou com raiva do Nicolich. 'Porque isso significa' (Nicolich disse), 'que vamos sair daqui por conta própria'. A coragem deste rapaz impediu uma inundação de total desespero.

      Canibalismo
      Os sobreviventes tinham uma pequena quantidade de alimentos: algumas barras de chocolate, outros lanches variados, e várias garrafas de vinho. Durante os dias seguintes ao acidente dividiram-se estes alimentos em quantidades muito pequenas para não esgotar a sua oferta escassa. Fito também desenvolveu uma maneira de derreter a neve em água usando metais a partir dos bancos e colocando neve sobre eles. A neve derretia ao sol, e em seguida escorria para garrafas de vinho vazias. Mesmo com este racionamento rigoroso, o stock de alimentos diminuiu rapidamente. Além disso, não havia vegetação natural ou animais na montanha coberta de neve. Assim, o grupo sobrevivente coletivamente tomou a decisão de comer a carne dos corpos de seus companheiros mortos, começando pelo piloto. Esta decisão não foi tomada de ânimo leve, dado que a maioria eram colegas ou amigos próximos. No seu livro de 2006, Miracle in the Andes: 72 Days on the Mountain and My Long Trek Home, Nando Parrado comentou sobre esta decisão:
      Em altitudes elevadas, as necessidades calóricas do organismo são astronómicas ... estávamos morrendo de fome, sem nenhuma esperança de encontrar comida, mas a nossa fome logo se tornou tão voraz que procuramos qualquer maneira ... uma e outra vez que percorri a fuselagem em busca de migalhas e bocados. Tentamos comer tiras de couro rasgado de peças de bagagem, embora soubéssemos que os produtos químicos com que tinham sido tratados nos fariam mais mal do que bem. Rasgamos almofadas de assento na esperança de encontrar palha, mas encontramos apenas espuma do estofo não comestível ... Uma e outra vez cheguei à mesma conclusão: a menos que comesse as roupas que trazia vestidas, não havia nada para além de alumínio, plástico, gelo e rocha.

      Todos os passageiros eram católicos romanos. Alguns relacionaram o ato de canibalismo com o ritual da Comunhão. Outros inicialmente tinham muitas reservas, mas depois de perceberem que era o seu único meio de permanecerem vivos, mudaram de ideia ao fim de alguns dias.

      Avalanche
      Oito dos sobreviventes iniciais morreram posteriormente, na manhã de 29 de outubro, quando uma avalanche em cascata passou sobre eles enquanto dormiam na fuselagem. Durante três dias os restantes sobreviveram em um espaço assustadoramente confinado, dado que o avião ficou enterrado sob vários metros de neve. Nando Parrado foi capaz de fazer um buraco no teto da fuselagem com uma vara de metal, proporcionando ventilação.

      Decisões difíceis
      Antes da avalanche, alguns dos sobreviventes insistiam que seu único meio de sobrevivência seria escalar as montanhas e procurar ajuda. Por causa da afirmação do co-piloto que o avião passou Curico, o grupo assumiu que o campo chileno estava apenas a alguns quilómetros a oeste. Na realidade, o avião havia caído dentro da Argentina e, facto desconhecido dos sobreviventes, a apenas 18 quilómetros a oeste de um hotel abandonado chamado de Hotel Termas Sosneado. Várias expedições breves foram às imediações do avião na primeiras semanas após o acidente, mas os expedicionários ficaram com uma combinação de doença de altura, desidratação, cegueira da neve, desnutrição e o frio extremo das noites, tornando-a uma tarefa impossível. Portanto, foi decidido que um grupo de expedicionários seria escolhido, e então atribuído a maioria das rações de comida, roupas mais quentes, e poupados ao trabalho manual diário em torno do local do acidente, que foi essencial para a sobrevivência do grupo, para que eles pudessem preservar a sua energia. Embora vários sobreviventes estivessem determinados a ser da equipe da expedição, inclusive Nando Parrado e Roberto Canessa, um dos dois estudantes de medicina, outros estavam menos dispostos ou inseguros de conseguir suportar tal calvário fisicamente exaustivo. Do resto dos passageiros, Turcatti Numa e Antonio Vizintin foram escolhidos para acompanhar Canessa e Parrado.
      Por insistência de Canessa, os expedicionários esperaram quase sete semanas, para permitir a chegada da primavera, e com ela as temperaturas mais quentes. Embora os expedicionários esperassem chegar ao Chile, uma grande montanha colocada exatamente ao oeste do lugar do acidente, bloqueava qualquer esforço para caminhar naquela direção. Consequentemente os expedicionários dirigiram-se inicialmente a leste, esperando que em algum ponto o vale em que estavam dentro faria uma inversão de direção e permitiria que começasse andar para oeste. Depois de várias horas de caminhada para leste, o trio encontrou inesperadamente a cauda do avião, que ainda estava praticamente intacta. Dentro e ao redor da cauda foram inúmeras malas que haviam pertencido aos passageiros, contendo cigarros, doces, roupas limpas e até mesmo algumas bandas desenhadas. O grupo decidiu acampar lá naquela noite, dentro da secção da cauda, e continuar para leste na manhã seguinte. No entanto, na segunda noite da expedição, que foi a sua primeira noite dormindo ao relento, expostos aos elementos, o grupo quase congelou até à morte. Depois de algum debate na manhã seguinte, eles decidiram que seria mais prudente retornar à cauda, retirar as pilhas do avião e trazê-los de volta para a fuselagem para que eles podessem ligar o rádio e fazer uma chamada SOS para Santiago do Chile, para obter ajuda.

      Rádio
      Ao voltar para a cauda, o trio descobriu que as baterias eram muito pesadas para levar para a fuselagem, que ficava para cima da secção da cauda, e eles decidiram em vez disso que seria mais apropriado retornar à fuselagem e desligar o sistema de rádio, de grande porte, do avião, e leva-la de volta para a cauda, ligá-lo às baterias, e pedir ajuda de lá. Um dos outros membros da equipe, Roy Harley, que era um entusiasta amador de eletrónica, e eles recrutaram-no para a ajuda nesta tarefa. Desconhecido para qualquer um dos membros da equipe, porém, foi o facto de que o sistema elétrico do avião utilizado ser AC, enquanto as baterias na cauda naturalmente produziram DC, tornando inútil o plano desde o início. Depois de vários dias de tentar fazer o rádio funcionar de volta na cauda, os expedicionários finalmente desistiram,porque os cabos não se encaixavam ao radio, voltando para a fuselagem com o conhecimento que eles de facto teriam de sair das montanhas se fossem defender a esperança de ser resgatado.

      O saco de dormir
      Agora era evidente que a única saída era subir as montanhas a oeste. No entanto, eles também perceberam que a menos que eles encontrassem uma maneira de sobreviver a temperatura de congelamento das noites, uma caminhada era impossível. Foi neste ponto que a ideia para um saco-cama foi levantada. Em seu livro, Miracle in the Andes: 72 Days on the Mountain and My Long Trek Home, Nando Parrado quis comentar 34 anos depois, ao fazer o saco de dormir:
      O segundo desafio seria a de nos proteger da exposição, especialmente após o anoitecer. Nesta época do ano podemos esperar temperaturas diurnas bem acima de zero, mas as noites ainda estavam frios o suficiente para nos matar, e nós sabíamos, agora que nós não poderíamos esperar encontrar abrigo na encosta aberta. Precisávamos de uma maneira de sobreviver a longas noites sem congelar, e golpeamos o isolamento acolchoado que estava na cauda do avião, deu-nos a nossa solução ... como nós pensámos em conjunto sobre a viagem, percebemos que poderíamos costurar os patches juntos para criar um grande colcha quente. Então percebemos que dobrando o edredon no meio e coser as costuras juntos, poderíamos criar um saco de dormir isolado suficiente grande para todos os três expedicionários dormirem dentro. Com o calor de três corpos presos pelo pano de isolamento, seriam capazes de resistir às noites mais frias. Carlitos [Páez] aceitou o desafio. Sua mãe havia-lhe ensinado a costurar quando era um menino, e com a agulha e linha obtida a partir do kit de costura encontrado na bolsa de cosméticos da sua mãe, ele começou a trabalhar ... para acelerar o progresso, Carlitos ensinou os outros a costurar, e todos se revezavam ... Coche [Inciarte], Gustavo [Zerbino], e Fito [Strauch] acabaram por ser os melhores alfaiates e os mais rápidos.
      Depois que foi concluído o saco-cama e outro sobrevivente, Turcatti Numa, morreu dos seus ferimentos, o hesitante Canessa finalmente foi convencido a partir, e os três expedicionários partiram para a montanha, em 12 de dezembro.

      12 de dezembro
      Em 12 de dezembro de 1972, cerca de dois meses depois do acidente, Parrado, Canessa e Vizintín começaram a sua jornada na montanha. Parrado assumiu a liderança, e muitas vezes teve que ser chamado a desacelerar, pois o escasso oxigénio tornava difícil a caminhada para todos eles. Ainda era muito frio, mas o saco de dormir lhes permitiu sobreviver às noites. No filme Stranded Canessa chama a primeira noite durante a ascensão, onde eles tinham dificuldade em encontrar um lugar para usar o saco de dormir, a pior noite de sua vida. No terceiro dia da caminhada, Parrado chegou ao topo da montanha antes de os outros dois expedicionários. O que pode ver foram apenas mais montanhas. Na verdade, ele tinha acabado de subir uma das montanhas (de altitude 4.800 metros) que forma a fronteira entre Argentina e Chile, o que significa que eles ainda estavam dezenas de quilómetros do vale vermelho do Chile. No entanto, após ver um pequeno vale distante, ele percebeu que uma saída das montanhas devia ser ali, e recusou-se a desistir da esperança. Sabendo que para fazer a caminhada teriam de gastar mais energia do que eles planearam originalmente, Parrado e Canessa reenviaram Vizintín de volta ao local do acidente, pois estavam a esgotar-se rapidamente as rações. Dado quee o regresso foi inteiramente para baixo, ele levou apenas uma hora para voltar à fuselagem, através de um trenó improvisado.

      Ajuda para encontrar
      Parrado e Canessa caminharam mais alguns dias. Primeiro, eles foram capazes de realmente chegar ao vale estreito que Parrado tinha visto no topo da montanha, onde encontraram o leito do Rio Azufre. Eles seguiram o rio e, finalmente, chegaram ao final da linha de neve. Aos poucos, apareceram mais e mais sinais da presença humana, primeiro de alguns sinais de camping e, finalmente, no nono dia, algumas vacas. Quando descansaram naquela noite, eles estavam de tal maneira que Canessa parecia incapaz de prosseguir. Como Parrado estava recolhendo madeira para construir uma fogueira, Canessa viu o que lhe parecia ser um homem em um cavalo do outro lado do rio. No começo parecia que tinha sido Canessa a imaginar o homem sobre o cavalo, mas eventualmente viram três homens a cavalo. Divididos por um rio, Nando e Canessa tentaram transmitir a sua situação, mas o barulho do rio tornou a comunicação difícil. Um dos cavaleiros, um índio chileno huaso chamado Sergio Catalan, gritou: "amanhã". Eles sabiam que, neste ponto eles seriam salvos e estabeleceram-se para dormir junto do rio.
      Durante o jantar, Sergio Catalan discutiu o que tinha visto com os outros índios huasos que estavam hospedados num pequeno rancho de verão chamado Los Maitenes. Alguém mencionou que algumas semanas antes, o pai de Carlos Paez, que estava desesperadamente à procura de alguma notícia possível sobre o avião, pediu-lhes informações sobre o acidente dos Andes. No entanto, o huaso não podia imaginar que alguém poderia ainda estar vivo. No dia seguinte Catalan levou alguns pães e voltou para a margem do rio. Lá encontrou os dois homens ainda do outro lado do rio, de joelhos e pedindo ajuda. Catalan jogou os pães, que eles imediatamente comeram, e uma caneta e papel amarrado a uma rocha. Parrado escreveu uma nota falando sobre a queda do avião e pediu ajuda. Então, ele amarrou o papel numa pedra e atirou-a de volta para Catalão, que leu-o e fez um sinal de que entendeu.
      Catalan andava a cavalo muitas horas para o oeste para levar ajuda. Durante a viagem ele viu outro huaso no lado sul do Rio Azufre e pediu-lhe para alcançar os jovens e para trazê-los para Los Maitenes. Em vez disso, ele seguiu o rio até o cruzamento com a Rio Tinguiririca, onde, depois de passar uma ponte, ele foi capaz de chegar a um percurso estreito que ligava a vila de Puente Negro para a estância de férias de Termas del Flaco. Aqui ele foi capaz de parar um camião e chegar ao posto de polícia em Puente Negro, onde a notícia foi finalmente enviado para o comando do Exército, em San Fernando e depois para Santiago. Enquanto isso, Parrado e Canessa foram resgatados e chegaram a Los Maitenes, onde foram alimentados e deixados em repouso.
      Na manhã seguinte, a expedição de resgate deixou Santiago, e após uma paragem em San Fernando, mudou-se para leste. Dois helicópteros tiveram que voar no meio do nevoeiro, mas chegou a um lugar perto de Los Maitenes apenas quando Parrado e Canessa passavam a cavalo, indo para Puente Negro. Nando Parrado foi recrutado para voar de volta para a montanha, a fim de orientar os helicópteros para transportar os restantes sobreviventes. A notícia de que as pessoas tinham sobrevivido ao acidente de 13 de outubro de Voo da Força Aérea Uruguaia 571 tinha-se espalhado na imprensa internacional e uma avalanche de repórteres começaram a aparecer ao longo da rota estreita de Puente Negro para Termas del Flaco. Os repórteres esperavam ser capaz de ver e entrevistar Parrado e Canessa sobre o acidente e nos dias seguintes.

      O resgate da montanha
      Na manhã do dia em que o resgate começou, aqueles que permanecem no local do acidente ouviram em seu rádio que Parrado e Canessa tinha sido bem sucedido em encontrar ajuda e naquela tarde, 22 de dezembro de 1972, dois helicópteros carregando escaladores de busca e resgate chegou. No entanto, a expedição (com Parrado a bordo) não foi capaz de chegar ao local do acidente até à tarde, pois é muito difícil de voar na Cordilheira dos Andes. Na verdade o tempo estava muito mau e os dois helicópteros foram capazes de resgatar apenas metade dos sobreviventes. Eles partiram, deixando a equipe de resgate e sobreviventes no local do acidente, para mais uma vez dormir na fuselagem, até que uma segunda expedição, com helicópteros, chegar na manhã seguinte. A segunda expedição chegou ao amanhecer de 23 de dezembro e todos os dezasseis sobreviventes foram resgatados. Todos os sobreviventes foram levados para hospitais em Santiago e tratados para a doença de altura, desidratação, queimaduras de frio, ossos partidos, escorbuto e desnutrição.

      Lista de passageiros
      Os sobreviventes são indicados em negrito.

      Tripulação
      • Coronel Julio Ferradas, Piloto
      • Tenente Coronel Dante Lagurara, Co-Piloto
      • Tenente Ramon Martínez
      • Cabo Carlos Roque
      • Cabo Ovidio Joaquin Ramírez

      Passageiros
      • Francisco Abal
      • Jose Pedro Algorta
      • Roberto Canessa
      • Gaston Costemalle
      • Alfredo Delgado
      • Rafael Echavarren
      • Daniel Fernández
      • Roberto Francois
      • Roy Harley
      • Alexis Hounié
      • Jose Luis Inciarte
      • Guido Magri
      • Alvaro Mangino
      • Felipe Maquirriain
      • Graciela Augusto Gumila de Mariani
      • Julio Martínez-Lamas
      • Daniel Maspons
      • Juan Carlos Menéndez
      • Javier Methol
      • Liliana Navarro Petraglia de Methol
      • Dr. Francisco Nicola
      • Esther Horta Pérez de Nicola
      • Gustavo Nicolich
      • Arturo Nogueira
      • Carlos Páez Rodriguez
      • Eugenia Dolgay Diedug de Parrado
      • Fernando Parrado
      • Susana Parrado
      • Marcelo Perez
      • Enrique Platero
      • Ramón Sabella
      • Daniel Shaw
      • Adolfo Strauch
      • Eduardo Strauch
      • Diego Storm
      • Numa Turcatti
      • Carlos Valeta
      • Fernando Vázquez
      • Antonio Vizintín
      • Gustavo Zerbino

      sábado, outubro 13, 2012

      A Tragédia dos Andes ocorreu há 40 anos

       Foto dos sobreviventes entre os destroços

      O Voo Força Aérea Urugaia 571, mais conhecido como Tragédia dos Andes ou Milagre dos Andes (El Milagro de los Andes), foi um voo fretado que transportava 45 pessoas, incluindo uma equipe de rugby, seus amigos, familiares e associados que caíram na Cordilheira dos Andes em 13 de outubro de 1972. Mais de um quarto dos passageiros morreram no acidente e vários sucumbiram rapidamente devido ao frio e aos ferimentos. Dos 29 que estavam vivos alguns dias após o acidente, oito foram mortos por uma avalanche que varreu o seu abrigo. O último dos 16 sobreviventes foi resgatado em 23 de Dezembro de 1972, mais de dois meses após o acidente.
      Os sobreviventes tinham pouca comida e nenhuma fonte de calor em condições extremas, a mais de 3.600 metros (11.800 pés) de altitude. Diante da fome e de relatórios da rádio com a notícia de que a busca por eles tinha sido abandonada, os sobreviventes alimentaram-se dos passageiros mortos que haviam sido preservados na neve. As equipes de resgate não tiveram conhecimento da existência de sobreviventes até 72 dias depois do acidente quando os passageiros Fernando Parrado e Roberto Canessa, depois de uma caminhada de 10 dias através dos Andes, encontraram um chileno huaso, que lhes deu comida e, em seguida, alertou as autoridades sobre a existência dos outros sobreviventes.

      quarta-feira, janeiro 25, 2012

      O ditador Idi Amin nasceu, provavelmente, há 87 anos

      Idi Amin Dada Oumee (Koboko, 25 de janeiro de 1925 - Jidá, 16 de Agosto de 2003) foi um militar e ditador de Uganda, que governou o país de 1971 a 1979.
      Da etnia kakwa, sua ditadura foi caracterizada por genocídios e requintes de crueldade utilizados nas execuções, daí as alcunhas de "o carniceiro de Kampala" e "senhor do horror", atribuídas a ele pelo povo ugandês. Idi Amin assumiu o governo de Uganda quando era comandante-chefe das Forças Armadas, destituindo o antigo governo civil. Era defensor de Adolf Hitler e favorável à extinção do Estado de Israel. O seu governo terminou em 1979, quando as tropas da Tanzânia, que nunca reconheceram o seu governo, Idi Amim foi auto intitulado marechal-do-campo de seu país, o destituíram sob o apoio dos ugandeses.

      Biografia
      Idi Amin Dada nasceu numa pequena tribo de camponeses muçulmanos de Kakwa nas margens do rio Nilo, num dos distritos mais remotos de Uganda.
      Alistado no Exército britânico, foi inicialmente ajudante de cozinha do regimento britânico King's African Rifles. Impressionou com seu 1,90 metro de altura e os seus 110 quilos, bem como a sua habilidade pugilística, que o converteram num campeão de boxe na categoria de pesos-pesados do seu país, de 1951 a 1960. Após a independência do país, em 1962, tornou-se chefe do Exército do presidente Milton Obote. Após o golpe de estado, depois de alguns meses de moderação, iniciou rapidamente a arbitrariedade como estilo de seu governo, que durou oito anos, sendo um regime brutal que deixou um país arruinado e 400 mil ugandeses mortos. Demonstrando um temperamento megalómano, vingativo e violento, expulsou, em 1972, cerca de 40 mil asiáticos, descendentes de imigrantes do império britânico na Índia, dizendo que Deus lhe havia dito para transformar Uganda num país de homens negros. Uma figura grande e imponente, o seu comportamento excêntrico criou a imagem de um homem dado a explosões irregulares e foi chamado de "Big Daddy". Uma vez declarou-se "rei da Escócia", proibiu os hippies e as minissaias, e chegou a um funeral da realeza saudita usando um kilt. Certa vez (1999) disse a um jornal ugandês que gostava de tocar acordeão e de recitar o Alcorão. Ficou conhecido também por debochar de vários líderes internacionais: afirmava dar conselhos ao presidente americano Richard Nixon, criou o "Fundo Ugandês para a Salvação da Inglaterra" e cogitou a transferência da sede da ONU de Nova York para a capital de Uganda. Depois de assumir o poder (1971), tornou-se um ditador que violava os direitos humanos fundamentais durante um "reinado de horror", segundo a Comissão Internacional de Juristas. Foi um dos déspotas mais sanguinários da África tendo tomado o poder num golpe militar, derrubando o presidente Milton Obote.
      Foi denunciado dentro e fora do continente africano por matar dezenas de milhares de pessoas durante seu governo. Algumas estimativas dizem que o número ultrapassa as cem mil pessoas. Muitos ugandenses acusavam o ex-campeão de boxe de manter cabeças decepadas no frigorífico, de alimentar crocodilos com cadáveres e de ter desmembrado uma de suas esposas. Alguns diziam que praticava canibalismo.
      Rompeu relações diplomáticas com Israel, ordenou a expulsão de 90 mil asiáticos, a maioria comerciantes indianos e paquistaneses, e de vários judeus. Foi recebido, em 1975, pelo Papa Paulo VI como chefe em exercício da Organização da Unidade Africana. Foi notícia internacional em 1976 quando, depois do sequestro de um avião da Air France por terroristas palestinianos e da intervenção das Forças de Defesa de Israel (FDI) na operação militar conhecida como Operação Entebbe (ocorrida no aeroporto de Entebbe - nome do aeroporto onde se sucederam os fatos, que fica nos arredores de Kampala, a 37 km do centro da cidade), foram libertados todos os reféns. O ataque deixou 31 mortos, entre eles 20 ugandeses, uma intervenção que foi encarada como uma humilhação pessoal, pois Idi Amin na ocasião declarava-se neutro para a imprensa internacional, quando na verdade apoiava os sequestradores palestinianos.
      Rompeu em 1976 relações diplomáticas com o Reino Unido e, dois anos depois, fracassa um atentado contra ele nos subúrbios de Kampala. Exilado na Tanzânia, o líder por ele derrubado Milton Obote convocou um ataque e, no dia 11 de abril de 1979, o ditador foi derrubado pela Frente Nacional de Libertação do Uganda (FNLU), pelas forças do presidente da Tanzânia, Julius Nyerere, e de exilados ugandeses, e um novo regime, dirigido por Yusuf Lule, chefe do FNLU, também seria destituído no dia 20 de junho por Godfrey Binaisa.
      Abandonou então o país e fugiu para a Líbia, mas teve de procurar um novo refúgio quando o presidente líbio Muammar al-Kaddafi o expulsou do país. Recebeu asilo da Arábia Saudita em nome da caridade islâmica, onde passou a viver até o fim de sua vida, acompanhado pelas suas quatro esposas e seus mais de 50 filhos. Quando o seu estado de saúde se agravou, em julho, uma de suas quatro mulheres pediu para voltar a Uganda para morrer, mas o atual governo negou o pedido, sob o argumento que se retornasse ao país seria julgado pelas suas atrocidades.

      Morte
      Gravemente doente foi internado na Unidade de Tratamentos Intensivos e morreu no Hospital Especialista Rei Faisal, em Jeddah, Arábia Saudita, de complicações devido à falência múltipla de órgãos. Foi enterrado na cidade saudita de Jeddah, onde viveu a maior parte do tempo desde que foi deposto (1979), num pequeno funeral horas depois de sua morte no sábado, 16 de agosto de 2003. Os ugandeses reagiram com uma mistura de alívio com a morte de um tirano e a nostalgia por um líder que muitos aplaudiram por expulsar asiáticos que dominavam a vida económica.

      Idi Amin retatado em filme
      Em 2007, foi lançado o filme "The Last King of Scotland" ("O Último Rei da Escócia"), que retrata as atrocidades de Idi Amin. O ator Forest Whitaker estrela o filme encarnando o ditador ugandense, papel pelo qual conquistou o Óscar da Academia como melhor ator.

      terça-feira, agosto 16, 2011

      O carniceiro de Kampala morreu há 8 anos

      Idi Amin Dada Oumee (Koboko, 1925Jedá, 16 de Agosto de 2003) foi um militar e ditador de Uganda, que governou o país de 1971 a 1979.
      Da etnia kakwa, sua ditadura foi caracterizada por genocídios e requintes de crueldade utilizados nas execuções, daí as alcunhas de "o carniceiro de Kampala" e "senhor do horror", atribuídas a ele pelo povo ugandense. Idi Amin assumiu o governo de Uganda quando era comandante-chefe das Forças Armadas, destituindo o antigo governo civil. Era defensor de Adolf Hitler e favorável à extinção do Estado de Israel. O seu governo terminou em 1979, quando as tropas da Tanzânia, que nunca reconheceram o seu governo, o destituíram sob o apoio dos ugandenses.


      Idi Amin Dada nasceu numa pequena tribo de camponeses muçulmanos de Kakwa nas margens do rio Nilo, num dos distritos mais remotos de Uganda.
      Alistado no Exército britânico, foi inicialmente ajudante de cozinha do regimento britânico King's African Rifles. Impressionou com seu 1,90 metro de altura, e os seus 110 quilos bem como a sua habilidade pugilística, que o converteram num campeão de boxe na categoria de pesos-pesados do seu país, de 1951 a 1960. Após a independência do país, em 1962, tornou-se chefe do Exército do presidente Milton Obote. Após o golpe de estado, depois de alguns meses de moderação, iniciou rapidamente a arbitrariedade como estilo de seu governo, que durou oito anos, sendo um regime brutal que deixou um país arruinado e 300 mil pessoas assassinadas. Demonstrando um temperamento megalómano, vingativo e violento, expulsou, em 1972, cerca de 40 mil asiáticos, descendentes de imigrantes do império britânico na Índia, dizendo que Deus lhe havia dito para transformar Uganda num país de homens negros. Uma figura grande e imponente, o seu comportamento excêntrico criou a imagem de um homem dado a explosões irregulares e foi chamado de "Big Daddy". Uma vez declarou-se "rei da Escócia", proibiu os hippies e as minissaias, e chegou a um funeral da realeza saudita usando um kilt. Certa vez (1999) disse a um jornal ugandês que gostava de tocar acordeão e de recitar o Alcorão. Ficou conhecido também por debochar de vários líderes internacionais: afirmava dar conselhos ao presidente americano Richard Nixon, criou o "Fundo Ugandense para a Salvação da Inglaterra" e cogitou a transferência da sede da ONU de Nova York para a capital de Uganda. Depois de assumir o poder (1971), tornou-se um ditador que violava os direitos humanos fundamentais durante um "reinado de horror", segundo a Comissão Internacional de Juristas. Foi um dos déspotas mais sanguinários da África tendo tomado o poder num golpe militar, derrubando o presidente Milton Obote.
      Foi denunciado dentro e fora do continente africano por matar dezenas de milhares de pessoas durante seu governo. Algumas estimativas dizem que o número ultrapassa as cem mil pessoas. Muitos ugandeses acusavam o ex-campeão de boxe de manter cabeças decepadas no frigorífico, de alimentar crocodilos com cadáveres e de ter desmembrado uma de suas esposas. Alguns diziam que praticava canibalismo.
      Rompeu relações diplomáticas com Israel, ordenou a expulsão de 90 mil asiáticos, a maioria comerciantes indianos e paquistaneses, e de vários judeus. Foi recebido, em 1975, pelo Papa Paulo VI como chefe em exercício da Organização da Unidade Africana. Foi notícia internacional em 1976 quando, depois do sequestro de um avião da Air France por terroristas palestinianos e da intervenção das Forças de Defesa de Israel (FDI) na operação militar conhecida como Operação Entebbe (ocorrida no aeroporto de Entebbe - nome do aeroporto onde se sucederam os fatos, que fica nos arredores de Kampala, a 37 km do centro da cidade), foram libertados todos os reféns. O ataque deixou 31 mortos, entre eles 20 ugandeses, uma intervenção que foi encarada como uma humilhação pessoal, pois Idi Amin na ocasião declarava-se neutro para a imprensa internacional, quando na verdade apoiava os sequestradores palestinianos.
      Rompeu em 1976 relações diplomáticas com o Reino Unido e, dois anos depois, fracassa um atentado contra ele nos subúrbios de Kampala. Exilado na Tanzânia, o líder por ele derrubado Milton Obote convocou um ataque e, no dia 11 de abril de 1979, o ditador foi derrubado pela Frente Nacional de Libertação do Uganda (FNLU), pelas forças do presidente da Tanzânia, Julius Nyerere, e de exilados ugandeses, e um novo regime, dirigido por Yusuf Lule, chefe do FNLU, também seria destituído no dia 20 de Junho por Godfrey Binaisa.
      Abandonou então o país e fugiu para a Líbia, mas teve de procurar um novo refúgio quando o presidente líbio Muammar al-Gaddafi o expulsou do país. Recebeu asilo da Arábia Saudita em nome da caridade islâmica, onde passou a viver até o fim de sua vida, acompanhado pelas suas quatro esposas e seus mais de 50 filhos. Quando o seu estado de saúde se agravou, em Julho, uma de suas quatro mulheres pediu para voltar a Uganda para morrer, mas o actual governo negou o pedido, sob o argumento que se retornasse ao país seria julgado pelas suas atrocidades.

      quarta-feira, fevereiro 23, 2011

      Humor político

      BE acusa Governo de admirar «tiranos»
      PS, na resposta, diz que recusa lições de um partido «inspirado» em regimes que provocaram sofrimento

      O Bloco de Esquerda acusou esta quarta-feira Governo de admirar «tiranos» e de se remeter a «silêncios» em matéria de política externa, tendo o PS recusado lições de um partido «inspirado» em regimes que provocaram o sofrimento de muitas pessoas.

      Numa declaração política no plenário da Assembleia da República, o deputado bloquista José Manuel Pureza começou por condenar as «exibições de barbárie» verificadas na Líbia e acusou a Europa de «desertar da luta pelos direitos humanos», referindo-se depois especificamente ao Governo português.

      «Mas que os nossos governantes declarem a sua admiração pelos tiranos, que façam de figurantes nas suas operações de relações públicas, que enviem Forças Armadas para abrilhantarem o cerimonial do regime, que contribuam para ocultar a realidade da pobreza que é imposta a estas populações, isso é totalmente insuportável», afirmou o deputado, lembrando que José Sócrates qualificou o líder da Líbia, Khadafi, como um «líder carismático».

      O líder parlamentar do Bloco criticou ainda o ministro dos Negócios Estrangeiros, por Luís Amado ter advertido primeiro «contra os riscos de extremismo islâmico por trás das manifestações populares que exigiam a democracia», antes de condenar os «massacres», afirmando depois que o Governo «coloca-se sempre do lado dos silêncios» e da «obediência a interesses particulares».

      PS recusa lições de partido «inspirado» em regimes que provocaram sofrimento

      Na resposta, o líder parlamentar do PS começou por concordar com a condenação da situação daquele país, mas acusou o Bloco de aproveitar a Líbia para «mais uma vez» atacar a Europa, o Governo, o PS e o primeiro-ministro «de uma forma totalmente inaceitável».

      «Há uma coisa que nós não aceitamos, que é receber qualquer valorização dos direitos humanos, de respeito pelos princípios fundamentais da liberdade e da democracia vindos da bancada do Bloco de Esquerda. Por uma razão muito simples: Por respeito pelo nosso passado e por respeito pelo passado de muitos que sofreram por esse planeta fora o resultado de muitas políticas que também inspiraram o Bloco de Esquerda», afirmou Francisco Assis.

      O líder da bancada socialista acusou Pureza de fazer uma «verdadeira declamação», «vazia e sem sentido», sem enunciar «um único princípio válido de politica externa aplicável» àquele país ou a qualquer outro.

      «O que é que resultaria se dessa declamação resultassem consequências de ordem prática. Com quem manteríamos nós relações diplomáticas. Que tipo de relações diplomáticas manteríamos com a maior parte dos países do mundo, nomeadamente onde subsistem regimes que inspiraram muito tempo os partidos que estiveram na base da constituição do próprio Bloco de Esquerda», reiterou, acusando o deputado bloquista de ir «além da irreal politik».


      NOTA: As fotos de Sócrates com Kadafi, Ben Ali, José Eduardo dos Santos, Chávez, Mugabe ou Teodoro Obiang, todos afamados democratas, parecem contrariar o texto do BE - aliás um grupo  político com conhecidos seguidores de Lenine, Stalin, Mao Tsé Tung ou Ever Hoxa não devia fazer tal acusação...