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domingo, abril 03, 2022

A crise sísmico-vulcânica em S. Jorge - notícia interessante com erro grave no título

São Jorge já registou quase 25 mil sismos. Geólogos apanharam susto e recearam a “destruição total”

   

 

Foram registados quase 25 mil sismos na ilha de São Jorge, nos Açores, desde o início da crise sismo-vulcânica. 221 destes foram sentidos pela população que continua a preparar-se para o pior. Nos últimos dias, os geólogos apanharam um susto e temeram a “destruição total” nas Velas.

O presidente do Centro de Informação e Vigilância Sismo-vulcânica dos Açores (CIVISA), Rui Marques, revela aos jornalistas que “foram registados 24.919 sismos até às 10:30″ horas desta sexta-feira desde 19 de março passado, quando começou a crise sismo-vulcânica.

Rui Marques diz que a população sentiu 221 desse total de sismos e que, desde a meia-noite até às 10 horas de sexta-feira, mais nenhum foi sentido pelos residentes.

Este responsável refere que a média é agora de “800 sismos por dia”, o que “ainda é uma frequência diária muitíssimo acima do que é normal nos Açores”.

A maior parte da sismicidade na ilha de São Jorge situa-se “no sistema fissural vulcânico de Manadas”, entre a vila de Velas e a Fajã do Ouvidor, explica ainda Rui Marques.

Na Ponta dos Rosais foram registados sete eventos, “com menor profundidade”, diz também.

O presidente do CIVISA repara que, para já, “é difícil perceber” a ligação entre a zona das Velas onde a crise sísmica tem tido maior frequência e os “sete eventos da Ponta dos Rosais”.

“De forma preventiva”, foi determinada a interdição do Farol dos Rosais, como explica à Lusa o presidente da Proteção Civil açoriana, Eduardo Faria. Os agricultores que usam os terrenos para a pastagem de animais “já foram avisados” de que não é aconselhável passar ou permanecer naquela zona, nota este responsável.

Eduardo Faria também frisa que, na quinta-feira, houve uma “significativa redução da quantidade de sismos”, numa “alteração de padrão” para a qual não “há, para já, nenhuma explicação”.

 

Erupção terrestre pode “causar a destruição total”

Na quarta-feira, os geólogos que têm observado os sismos que estão a ocorrer em São Jorge apanharam um susto, mas “foi falso alarme”, como assume o professor de Geologia na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), José Madeira, em declarações ao Nascer do Sol.

Houve receios de uma erupção depois de se ter sentido o sismo mais forte desde o início da crise, de magnitude 3.8 na escala de Richter.

“Parecia que a coisa ia começar a propagar-se para a superfície, mas foi falso alarme”, destaca José Moreira.

Esse sismo “causou uma perturbação do sistema”, “mas entretanto houve uma certa diminuição da frequência dos sismos, que já voltaram à profundidade inicial, entre os 10 e os 13 km”, salienta o também investigador do Instituto D. Luiz.

Continuam em cima da mesa três hipóteses: a crise sísmica passar simplesmente, haver um sismo mais forte e que cause danos ou ocorrer uma erupção vulcânica.

No caso de haver erupção, pode ser terrestre ou marítima, a maior ou menor profundidade. Se surgir a menos de 200 metros de profundidade, “aí o principal perigo é a grande produção de cinzas vulcânicas“, explica José Moreira ao Nascer do Sol.

Essa situação pode “justificar uma evacuação da zona mais próxima do centro eruptivo”, diz.

Em caso de erupção terrestre, se “houver derrame lávico nas vertentes sobranceiras” a Velas, “aí pode mesmo causar a destruição total desta”, aponta ainda o professor de Geologia.

 

Já foi concluído o plano de retirada da população

Mais de 2500 pessoas já saíram de Velas e já está concluído o plano de retirada da população para o caso de haver um episódio de maior magnitude – sismo ou erupção vulcânica, como explica o presidente da Proteção Civil açoriana.

“Estão definidos todos os caminhos de evacuação“, aponta Eduardo Faria.

Este responsável também nota que estão a ser feitos “refrescamentos de ações de formação” aos operacionais no terreno para atuação em situações de catástrofe.

Por outro lado, o “campo militar está completamente autónomo, com capacidade total”, acrescenta Eduardo Faria.

Foi ainda feita uma reunião com as forças de segurança sobre as zonas de triagem e acolhimento de população, caso seja necessário fazer uma evacuação.

São Jorge continua com um nível de alerta vulcânico V4 (ameaça de erupção) de um total de sete, em que V0 significa “estado de repouso” e V6 “erupção em curso”.

Segundo os dados provisórios dos Censos 2021, a ilha de São Jorge tem 8.373 habitantes, dos quais 4.936 no concelho das Velas e 3.437 no concelho da Calheta.

 

Missas retomadas apesar do perigo

Apesar dos receios, verifica-se “alguma acalmia” e a população deve “voltar à normalidade”, mantendo-se “vigilante”. Por isso, as celebrações religiosas estão a ser retomadas no concelho das Velas, como explica o padre António Azevedo.

“Passado o susto inicial, é o voltar à normalidade, porque não se sabe o tempo que isto vai levar. O objectivo é transmitir calma e apoio à população e voltarmos à nossa vida e tentarmos celebrar a Semana Santa dentro dos possíveis”, sublinhou o pároco em declarações à agência Lusa.

No fim de semana, as celebrações estiveram interditadas nas fajãs e foram desaconselhadas em todas as igrejas do concelho das Velas por precaução.

As imagens das igrejas foram removidas dos seus locais habituais e foi cancelada a procissão que deveria ter ocorrido na tarde de domingo, na freguesia da Urzelina.

“No sábado e no domingo, não se sabia o que iria acontecer e não houve missa, porque houve um êxodo da população e também não era aconselhável juntar pessoas. Nas Velas, nem pessoas tinha para as celebrações. Mas mantiveram-se as missas noutras zonas da ilha onde era possível”, explica ainda o padre António Azevedo.

Agora, as missas são retomadas após uma reunião do Administrador Diocesano com o clero da ilha de São Jorge esta semana.

“Sabemos que as igrejas são edifícios antigos e há o caso da igreja da Urzelina, cujo teto está a precisar de obras. Torna-se perigoso, mas não vou impedir“, salienta o pároco, aconselhando a população a “manter o distanciamento para que, em caso de sismo, se possam proteger”.

 

in ZAP

 

NOTA: há uma certa diferença entre  a destruição total de UMA ILHA ou da destruição total de uma VILA (Velas)...

A crise sísmico-vulcânica em S. Jorge - aparente acalmia


São Jorge

Sismos sentidos na ilha de São Jorge - ponto de situação, 03.04.2022, 10.00


O Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) informa que atividade sísmica que se tem vindo a registar desde as 16.05 (hora local = UTC-1) do dia 19 de março na parte central da ilha de São Jorge, mais concretamente ao longo de uma faixa com direção WNW-ESE, num setor compreendido entre Velas e Fajã do Ouvidor, continua acima do normal.

O sismo mais energético ocorreu no dia 29 de março, às 21:56 (hora local = UTC) e teve magnitude 3,8 (Richter).

Até ao momento foram identificados cerca de 225 sismos sentidos pela população. Desde as 22.00 do dia 2 de abril  às 10.00 horas do dia 3 de abril, não foi sentido nenhum sismo pela população.
O CIVISA continua a acompanhar o evoluir da situação.


Fontes: IVAR/CIVISA

sexta-feira, abril 01, 2022

A crise sísmico-vulcânica em S. Jorge - alteração, rumo à Ponta dos Rosais, da atividade sísmica...


 

Mapa dos epicentros de sismos em São Jorge nos últimos cinco dias - fonte CIVISA

A crise sísmico-vulcânica em S. Jorge - alterações interessantes...


Açores 

Crise sísmica em São Jorge: “situação nova” com alterações na localização dos sismos 

 Lusa 1 de abril de 2022, 0:52

 

Foram registados sismos na zona dos Rosais, na parte mais ocidental da ilha, e com focos mais próximos da superfície.

O presidente da Protecção Civil açoriana disse esta quinta-feira que os focos dos sismos registados na nova zona da crise sismo-vulcânica de São Jorge, nos Rosais, foram registados mais próximos da superfície, entre os cinco a sete quilómetros de profundidade.

Em declarações à agência Lusa, o brigadeiro-general Eduardo Faria disse que o registo de sismos na zona dos Rosais, na parte mais ocidental da ilha, é uma “situação nova”.

Desde o início da crise sísmica em São Jorge, no dia 19, que os sismos se têm vindo a registar na parte central da ilha, numa área que vai desde o centro de Velas até à Fajã do Ouvidor.

Já no briefing diário sobre a situação, o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores tinha revelado a existência de “uma alteração relativamente à localização dos epicentros” dos sismos. “Essas coisas não se podem prever onde vai ser, mas estar-se-ia mais à espera que continuasse na mesma linha que se tinha verificado nos últimos dias.”

Segundo disse, os sismos na zona dos Rosais têm ocorrido mais próximos da superfície, uma vez que o hipocentro tem sido registado entre os “cinco a sete quilómetros de profundidade”. 

Já os eventos ocorridos na zona central da ilha continuam com profundidade de “7,5 a 12 quilómetros”.

Eduardo Faria acrescentou que os técnicos do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) estão a “analisar a situação”, uma vez que ainda não se “conhece inteiramente” o “contexto dos sismos registados” desde quinta-feira à noite na zona dos Rosais.

Face a essa situação, a Protecção Civil está a “avaliar” a possibilidade de impedir o acesso à zona mais ocidental da ilha, nos Rosais.

“Está-se a avaliar as condições de segurança daquela zona mais ocidental da ilha, olhando para as condições de estabilidade e para a possibilidade de vedar aquela zona, sobretudo a zona próxima do farol, para salvaguardar qualquer dano pessoal”, acrescentou, referindo-se ao Farol da Ponta dos Rosais.

O Farol da Ponta dos Rosais entrou em funcionamento em 1958, mas está ao abandono desde 1980, depois de ter sido fustigado por vários eventos de natureza sísmica ao longo dos anos.

A ilha de São Jorge contabilizou mais de 14 mil sismos desde o início da crise sísmica a 19 de Março, segundo os dados oficiais mais recentes — um número que é mais do dobro do total contabilizado em toda a região autónoma dos Açores durante o ano 2021.

Cerca de 2.500 pessoas já saíram do concelho das Velas, centro da crise sísmica, das quais 1.500 por via aérea e marítima, e as restantes para o concelho vizinho da Calheta, considerado mais seguro pelos especialistas.

A ilha está com o nível de alerta vulcânico V4 (ameaça de erupção) de um total de sete, em que V0 significa “estado de repouso” e V6 “erupção em curso”.

 

in Público

quinta-feira, março 31, 2022

Notícia sobre a crise sísmico-vulcânica em S. Jorge...


Dimensão, profundidade, velocidade do fenómeno? O que aproxima e separa as crises sismo-vulcânicas de São Jorge e de La Palma


Fenómeno que atinge a ilha açoriana faz lembrar o vulcão que há alguns meses nasceu em La Palma, mas há diferenças relevantes

A ocorrência de milhares de sismos em poucos dias é uma das semelhanças entre a crise sismo-vulcânica que em setembro de 2021 atingiu as Canárias, em La Palma, e a crise sismo-vulcânica que está a atingir São Jorge, nos Açores.

Os dois fenómenos têm pontos em comum, mas também têm diferenças relevantes, como explica Luca D'Auria à CNN Portugal.

Começando pelas semelhanças, o diretor da Área de Vigilância Vulcânica do Instituto Vulcanológico das Canárias explica que pelas estimativas que fazem - limitadas por não terem um conhecimento dos Açores tão próximo como têm de La Palma - o volume de magma debaixo das duas ilhas será parecido: cerca de 20 milhões de metros cúbicos de magma.

Contudo, a partir daí são várias as diferenças que separam os dois fenómenos, nomeadamente na distância do magma para a superfície.

Em La Palma o magma estava muito próximo da superfície no momento em que começaram os sismos, enquanto que em São Jorge o magma que se move nas fissuras e pode provocar um vulcão estará a alguns quilómetros de profundidade.

Em São Jorge, na semana passada, foram detetados sinais, através de imagens de radar, que indicam que o terreno se pode ter deformado alguns centímetros, algo que também ocorreu em La Palma antes da erupção vulcânica, mas a diferença é que na ilha do arquipélago espanhol das Canárias tudo foi muito rápido: "A deformação começou cinco dias antes da erupção e em São Jorge tudo parece estar a ocorrer de forma muito mais lenta", detalha o especialista, que admite que a diferença estará, exatamente, na profundidade a que se move o magma.

Por outro lado, aquilo que pode ocorrer em São Jorge ainda é completamente incerto, mas Luca D'Auria admite que na maioria dos casos, ao contrário do que aconteceu em La Palma, os enxames de sismos provocados pelos movimentos de magma no subsolo não causam erupções vulcânicas.

A crise sismo-vulcânica começou nos Açores a 19 de março e em cerca de dez dias registaram-se mais de 8.000 sismos de pequena e média intensidade.

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a tendência até ao inicio da noite do dia 29 apontava no sentido de um ligeiro decréscimo nos valores de magnitude e também numa redução do ritmo de libertação de energia sísmica, mas pelas 21.56 horas de dia 29 ocorreu o sismo com maior magnitude (4.0 na escala de Richter), num abalo que ocorreu a uma profundidade de 12 quilómetros e que foi registado a um quilómetro a sul da vila de Velas.

 

in CNN Portugal

quarta-feira, março 30, 2022

A crise sísmico-vulcânica em S. Jorge - breve resumo

Freguesia de Santo Amaro, na ilha açoriana de São Jorge, uma das mais afetadas pela crise sísmica

 

Crise sísmica em São Jorge. Especialistas alertam para sinais idênticos aos do vulcão de La Palma

 

O Instituto Vulcanológico das Canárias (Involcan) alerta que a crise sísmica em São Jorge, nos Açores, tem origem vulcânica e não tectónica como se supunha. Especialistas desta entidade detectaram sinais de magma semelhantes aos que antecederam a erupção do vulcão Cumbre Vieja em La Palma, em 2021.

 O alerta vulcânico mantém-se no nível V4 em São Jorge, de um total de sete, o que indicia que há uma possibilidade de erupção – V6 significa “erupção em curso”. Esse cenário é vincado por dados divulgados pelo Involcan, cujos vulcanologistas detetaram um volume de magma semelhante ao registado antes da erupção do vulcão Cumbre Vieja no ano passado.

“Através da análise de dados do radar de abertura sintética adquiridos pelo satélite Sentinel-1 da Agência Espacial Europeia, pôde observar-se que, durante as últimas semanas, esta ilha experimentou uma deformação do terreno compatível com uma fonte de natureza vulcânica“, aponta o Involcan.

Os especialistas espanhóis usaram uma técnica de “interferometria de satélite” que “compara as imagens de radar obtidas em duas datas diferentes para detetar variações de fase que poderiam estar associadas com as deformações no relevo da superfície terrestre”, como explica o Involcan.

Assim, foi detetada “uma intrusão magmática ao longo de uma fratura subvertical (dique)”, com um “volume estimado” de “cerca de 20 milhões de metros cúbicos, um valor comparável com o que se observou pela deformação do terreno antes da erupção do Cumbre Vieja em 2021″, aponta ainda o Instituto espanhol.

   

 

 “A situação pode mudar de forma repentina”

O investigador do Involcan Lucas Dauria explica ao Expresso que estamos perante uma deformação “bastante relevante”, com cerca de 13 centímetros e que “não é apenas um levantamento do terreno, mas também um deslocamento para norte e para sul”.

Lucas Dauria também nota que a situação em São Jorge está a ser mais lenta do que em La Palma, onde “a crise sísmica até à erupção durou uma semana e a deformação no terreno foi observada poucos dias antes da erupção”.

Contudo, o especialista repara que não é certo que a erupção venha de facto a acontecer na ilha açoriana. “A situação pode mudar de forma repentina”, nota Dauria.

“Neste momento, o número de sismos está a diminuir e se o magma não tiver energia suficiente para chegar à superfície pode estancar onde se encontra. Julgo que isso é o mais provável, mas não se pode descartar a possibilidade de uma erupção nos próximos dias ou semanas”, acrescenta o investigador.

Também o diretor do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA), Rui Marques, salienta ao Expresso que há dois cenários possíveis: “um sismo de maior magnitude, que pode causar estragos, ou uma erupção, que pode ser em Terra, semelhante à de La Palma, ou submarina“, tal como ocorreu na ilha em 1964.

Rui Marques frisa que houve “uma ligeira diminuição” na actividade sísmica a partir do dia 24 de Março, mas continua-se “a registar uma sismicidade muito acima do normal para este sistema vulcânico (de São Jorge)”. “Estamos a registar uma média de mil sismos por dia, que continua a ser extremamente elevada”, aponta o responsável do CIVISA.

Perante este cenário, o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores, Eduardo Faria, sublinha, em declarações à RTP Açores, que esta acalmia pode levar a “uma falsa sensação de segurança”.

 

São Jorge sentiu o abalo maior desde início da crise

Nesta terça-feira à noite, São Jorge sentiu um sismo de magnitude 3.8 na escala de Richter. Foi o abalo mais forte desde 19 de Março, quando se iniciou a crise sismo-vulcânica, e também foi sentido nas ilhas do Pico, Faial, Terceira e Graciosa.

Fonte do Serviço Regional de Bombeiros e Proteção Civil dos Açores adianta à Lusa que “não há registo de danos”.

Segundo os dados do CIVISA, o sismo ocorreu às 21:56 (22:56 de Lisboa) e teve epicentro no mar, junto à vila das Velas.

A ilha de São Jorge contabilizou mais de 20 mil sismos, cerca de 200 dos quais sentidos pela população, desde o início da crise sísmica em 19 de março passado. Trata-se de mais do dobro do total contabilizado em toda a Região Autónoma dos Açores durante o ano de 2021.

Veja no vídeo que se segue, divulgado pelo Instituto Português de Meteorologia, os eventos sísmicos ocorridos em São Jorge entre 19 e 29 de março de 2022.

   

   

in ZAP

A crise sísmico-vulcânica em S. Jorge - sismo sentido nas cinco ilhas do grupo central...


4.0 na escala da Richter: São Jorge regista sismo mais forte desde o início da crise sismovulcânica

A ilha de São Jorge registou, esta terça-feira à noite, às 21h56, o sismo mais forte desde o início da crise sismo-vulcânica. O abalo teve uma profundidade de 12 quilómetros de profundidade. 

   

A ilha de São Jorge registou, esta terça-feira à noite, às 21h56, o sismo mais forte desde o início da crise sismovulcânica (4.0 na escala de Richter). O abalo teve uma profundidade de 12 quilómetros de profundidade e foi registado a um quilómetro do sul de Velas, indica o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Já Fonte do Serviço Regional de Bombeiros e Proteção Civil dos Açores indicou à Lusa que o sismo teve uma magnitude de 3.8 na escala de Richter, não havendo “registo de danos“.

Segundo os dados do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA), o sismo ocorreu às 21h56 (22h56 de Lisboa) e teve epicentro no mar, junto à vila das Velas.

Desde que se iniciou a crise sismovulcânica, o sismo mais energético ocorreu às 18.41 (19.41 de Lisboa) de 19 de março, com uma magnitude de 3,3 na escala de Richter.

Na semana passada, o Presidente do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores, Rui Marques, reconheceu que pode repetir-se uma situação semelhante à de La Palma. “Há que considerar o contexto geodinâmico dos Açores. Todos os sismos a ser registados têm origem tectónica. Uma quantidade muito grande de sismos que se localizam sobre um sistema vulcânico ativo, o Sistema Vulcânico Fissural de Manadas, na ilha de São Jorge. Como tal, temos que considerar como uma crise sismo-vulcânica”, explicou à Rádio Observador.

“Relembro que desde o povoamento dos Açores, e já depois, neste mesmo setor, temos duas erupções históricas. A erupção de 1580 e de 1808. Uma no século XVI e outra no século XIX. O estilo eruptivo mais próximo do que tem acontecido nos Açores é uma erupção como a de La Palma”, vinca.

A ilha de São Jorge contabilizou mais de 20 mil sismos, mais de 200 dos quais sentidos pela população, desde o início da crise sísmica em 19 de março, segundo os dados oficiais.

O número de sismos registados é mais do dobro do total contabilizado em toda a Região Autónoma dos Açores durante o ano de 2021.

A ilha está com o nível de alerta vulcânico V4 (ameaça de erupção) de um total de sete, em que V0 significa “estado de repouso” e V6 “erupção em curso”.

De acordo com a escala de Richter, os sismos são classificados segundo a sua magnitude como micro (menos de 2,0), muito pequenos (2,0-2,9), pequenos (3,0-3,9), ligeiros (4,0-4,9), moderados (5,0-5,9), forte (6,0-6,9), grandes (7,0-7,9), importantes (8,0-8,9), excecionais (9,0-9,9) e extremos (quando superior a 10).

 

in Observador

 

NOTA: embora com uns pequenos lapsos, notícia interessante...

terça-feira, março 29, 2022

A crise sísmico-vulcânica em S. Jorge - informação do IPMA


 Crise Sísmica São Jorge - atualização

 


Mantém-se em desenvolvimento a crise sísmica na ilha de São Jorge iniciada no dia 19 de março. Até ao momento foram registados mais de 8000 sismos na rede operada pelo IPMA. Cerca de 25% dos sismos têm registos não sobrepostos e com qualidade suficiente para poderem ser corretamente analisados e determinados os parâmetros sísmicos instrumentais. As localizações preliminares têm sido publicadas na nossa página alguns minutos após a ocorrência.

A distribuição epicentral deste conjunto de sismos mostra uma direção próxima do alinhamento da ilha, entre Velas e o Pico da Esperança. As magnitudes variam entre 0.8 e 3.6, tendo o maior sismo ocorrido nas primeiras horas da crise sísmica ainda no dia 19. De acordo com as características dos sismos registados e a localização geográfica das populações, é expectável que mais de 190 sismos possam ter sido sentidos, sendo que até ao momento a intensidade máxima observada foi de IV (Mercalli modificada, 1956).

A tendência atual aponta no sentido de um ligeiro decréscimo, para já, nos valores de magnitude e também numa redução do ritmo de libertação de energia sísmica. Em termos da distribuição da profundidade focal, verifica-se que os hipocentros continuam confinados a uma faixa de profundida compreendida entre os 7 e os 13 Km, sendo pontualmente mais superficiais, com uma concentração assinalável perto dos 12 km.
Apesar da redução da energia sísmica que tem sido libertada, a complexidade da geodinâmica da região dos Açores favorece a interação entre processos magmáticos e processos tectónicos. O processamento de imagens de interferometria radar tem mostrado a existência de empolamento superficial de alguns centímetros, que provavelmente espelha na superfície a existência de uma intrusão magmática.

O IPMA opera uma rede sísmica permanente no arquipélago dos Açores composta por 42 estações sísmicas, 17 das quais de banda larga, 15 de curto período e 10 puramente acelerométricas (estas em parceria com o Instituto Superior Técnico), existindo ainda mais 20 sensores acelerométricos co-localizados com estações broadband e curto período. Esta rede tem como um dos objetivos a monitorização de uma grande área do Atlântico Norte.

Algumas das estações de banda larga do IPMA integram redes internacionais, destacando-se a estação dos Rosais (São Jorge) cujos dados são partilhados em tempo real e que têm sido fundamentais no acompanhamento da presente crise sísmica. Para além deste dispositivo o IPMA instalou mais duas estações portáteis de banda larga em São Jorge. A determinação dos parâmetros sísmicos é assegurada por um grupo de técnicos distribuídos pelos Observatórios instalados no Faial, em São Miguel e na Terceira, que trabalham em regime de 24h/7d.

O IPMA vai continuar a acompanhar a situação disponibilizando toda a informação para o sistema de proteção civil, nacional e regional e cooperando com todos os grupos de investigação na obtenção de informação geofísica e geodésica para apoio aos organismos competentes.

Mais uma vez salientamos a importância de serem seguidos os aconselhamentos dos serviços regionais de proteção civil e as avaliações realizadas pelo Centro de Vigilância Sismo-Vulcânica dos Açores.

Agradece-se todo o apoio que tem sido prestado pelas autoridades e pela população da Ilha de São Jorge.

 

 


in IPMA

NOTA: segundo cálculos do Instituto Volcanológico de Canarias, o volume da intrusão magmática que está a provocar a crise é de cerca de 20 milhões de metros cúbico de magma - números similares aos da erupção de Cumbre Vieja nas Canárias em 2021...

segunda-feira, março 28, 2022

A crise sísmico-vulcânica em S. Jorge - novo ponto da situação

  
São Jorge

Sismos sentidos na ilha de São Jorge - ponto de situação, 28.03.22, 10:00

O Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) informa que atividade sísmica que se tem vindo a registar desde as 16:05 (hora local = UTC-1) do dia 19 de março na parte central da ilha de São Jorge, mais concretamente ao longo de uma faixa com direção WNW-ESE, num setor compreendido entre Velas e Fajã do Ouvidor, continua acima do normal.

O sismo mais energético ocorreu no dia 19 de março, às 18:41 (hora local = UTC-1) e teve magnitude 3,3 (Richter).

Até ao momento foram identificados cerca de 207 sismos sentidos pela população. Desde as 22:00 do dia 27 de março às 10:00 do dia 28 de março, foram sentidos 5 sismos:
 
Dia Hora local Mag. Localização Int. (EMM) Freguesia
27/mar 23:02 1,9 1 km ENE Velas III Santo Amaro e Velas (Velas, S. Jorge)
27/mar 23:25 1,7 1 km NW Santo Amaro III Velas (Velas, S. Jorge)
28/mar 07:38 2,1 3 km NNW Urzelina III/IV Velas e Rosais (Velas, São Jorge)
28/mar 08:56 2,1 2 km WNW Velas III/IV Santo Amaro e Rosais (Velas, S. Jorge)
28/mar 08:57 2,6 2 km WNW Velas IV Velas e Santo Amaro (Velas, S. Jorge)
III Urzelina e Rosais (Velas, S. Jorge)
   
O CIVISA continua a acompanhar o evoluir da situação.


Fontes: IVAR/CIVISA

 
Nota: O IVAR solicita a todos os açorianos que participem num estudo sobre o domínio social do risco no arquipélago perante a eminência de sismo forte ou erupção vulcânica na Ilha de São Jorge. Será um contributo muito valioso para o conhecimento científico nesta matéria.

O estudo é da responsabilidade da equipa de Psicologia do IVAR. Os dados obtidos são anónimos e o preenchimento do questionário dura cerca de 8 minutos.

O questionário online está disponível no link:

domingo, março 27, 2022

Ponto da situação da crise sísmico-vulcânica em S. Jorge

 
São Jorge

Sismos sentidos na ilha de São Jorge - ponto de situação, 27.03.22, 10:00

O Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) informa que atividade sísmica que se tem vindo a registar desde as 16:05 (hora local = UTC-1) do dia 19 de março na parte central da ilha de São Jorge, mais concretamente ao longo de uma faixa com direção WNW-ESE, num setor compreendido entre Velas e Fajã do Ouvidor, continua acima do normal.

O sismo mais energético ocorreu no dia 19 de março, às 18:41 (hora local = UTC-1) e teve magnitude 3,3 (Richter).

Até ao momento foram identificados cerca de 198 sismos sentidos pela população. Desde as 22:00 do dia 26 de março às 10:00 do dia 27 de março, foram sentidos 7 sismos:
 
Dia Hora local Mag. Localização Int. (EMM) Freguesia
26/mar 22:07 2,4 3 km E Santo Amaro IV Velas (Velas, S. Jorge)
III/IV Calheta e Urzelina (Velas, S. Jorge)
26/mar 22:57 2,4 1 km WSW Beira IV Velas e Santo Amaro (Velas, S. Jorge)
III/IV Urzelina (Velas, S. Jorge)
27/mar 01:02 1,9 2 km E Santo Amaro III Urzelina (Velas, S. Jorge)
27/mar 01:42 2,5 1 km NW Santo Amaro III/IV Urzelina, Santo Amaro, Velas e Rosais (Velas, S. Jorge)
III Manadas (Velas, S. Jorge)
27/mar 01:46 2,3 1 km S Beira III Santo Amaro e Velas (Velas, S. Jorge)
27/mar 06:50 2 0,5 km E Velas III Velas (Velas, S. Jorge)
27/mar 09:47 1,7 3 km NNW Urzelina III Urzelina (Velas, S. Jorge)

O CIVISA continua a acompanhar o evoluir da situação.


Fontes: IVAR/CIVISA



sábado, março 26, 2022

Crise sísmico-vulcânica em S. Jorge - ponto da situação

 


São Jorge
Sismos sentidos na ilha de São Jorge - ponto de situação, 26-03-2022, 10:00


O Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) informa que atividade sísmica que se tem vindo a registar desde as 16:05 (hora local = UTC-1) do dia 19 de março na parte central da ilha de São Jorge, mais concretamente ao longo de uma faixa com direção WNW-ESE, num setor compreendido entre Velas e Fajã do Ouvidor, continua acima do normal.
O sismo mais energético ocorreu no dia 19 de março, às 18:41 (hora local = UTC-1) e teve magnitude 3,3 (Richter).
Vários sismos têm sido sentidos pela população. Desde as 22:00 do dia 25 de março às 10:00 do dia 26 de março, foram sentidos 4 sismos:
 

O CIVISA continua a acompanhar o evoluir da situação.

   

sexta-feira, março 25, 2022

Mais informações sobre a crise na ilha de São Jorge...

Foram detetadas "pequenas deformações no solo, que no início da semana não existiam", na zona da ilha de São Jorge "onde estão a ocorrer mais sismos". A revelação é feita à CNN Portugal por Nuno Dias, especialista em sismologia e professor no ISEL (Instituto Superior de Engenharia de Lisboa), e Pedro Terrinha, geólogo e investigador do IPMA.

Nuno Dias aponta que, nesta altura, a tendência dos sinais parece caminhar para “o lado da erupção”, mas ainda é cedo para ter a certeza. Os próximos dias serão determinantes.

São estas deformações no solo, juntamente com o mau tempo esperado na região para esta sexta-feira e sábado, que terão levado as autoridades a optar por retirar a população das fajãs do concelho das Velas, na ilha de São Jorge.

Pedro Terrinha confirmou à CNN Portugal que as equipas que estão “a monitorizar a deformação crustal encontraram alguma modificação no terreno”. Ou seja, foram detetadas “deformações localizadas numa zona específica da ilha, que é a zona onde estão a ocorrer mais sismos”, conclui. Mas ainda é cedo para saber ao certo o significado desta descoberta.

De resto, segundo Pedro Terrinha, o elevado nível de “sismicidade continua a acontecer, na mesma zona, com a mesma magnitude baixa e a mesma profundidade”. Nas últimas horas, não houve aumento da atividade sísmica, nem em quantidade, nem em intensidade.

Nuno Dias está a coordenar uma equipa no terreno, ligada ao Instituto D. Luís, que está "a instalar estações sísmicas temporárias". A chuva não está a facilitar a instalação das mesmas, mas já estão a recolher alguns dados e mais irão ser recolhidos.

O que significam estas fraturas nas rochas?

Que o magma que se movimenta por baixo da terra está a fazer pressão. “É como a rolha de uma garrafa. O gás faz pressão para a rolha saltar”, explica Nuno Dias.

No início da semana, não tinha sido detetada nenhuma alteração nos solos e agora a situação parece ter-se alterado ligeiramente. Todavia, Nuno Dias explica que as fraturas "não têm um sinal claro de magma” e estão ainda a grande profundidade, por isso, “o perigo não é iminente”. 

Será possível prever o aumento do perigo?

Para tal, “é preciso juntar vários indicadores” e só “tudo conjugado” poderá dar lugar a um alerta.

“Quando se evolui para uma erupção, há uma altura em que a situação evolui mais rápido”, mas “nunca menos de um, dois dias ou algumas horas”. Facto que dará tempo às autoridades para lançar um alerta à população.

Por norma, “também poderá haver um sismo mais forte, que antecederá uma erupção”. Nunca “será de grande intensidade”, mas “em terra, um sismo de magnitude 4 já causa estragos”.

E quais são esses sinais?

“Uma maior atividade sísmica, com maior intensidade; mais e maiores deformações no solo, com sinal de magma e o aumento da emissão de gases”, explica este especialista. Nuno Dias acredita que as fraturas detetadas levaram as autoridades a pedir a retirada de alguma população e justifica: “Peca-se por excesso, mas é melhor” quando há vidas em risco.

“Os próximos dois/três dias” vão ser determinantes “para se perceber melhor para que lado a situação vai pender”, no entanto, a tendência dos sinais parece caminhar para “o lado da erupção”, assume este sismólogo.

Mesmo assim, a natureza pode ser surpreendente, e é num instante que as certezas desaparecem. “Neste momento, os valores de emissão de gases estão no nível habitual”. Não houve aumento, por exemplo, “do CO2”, que seria um sinal de maior atividade vulcânica.

Este fenómeno sísmico é normal?

Segundo Nuno Dias, o que se está a passar “não é normal” e, desde domingo, que todos os especialistas da área estão a comunicar entre si. Todos querem enviar equipas e material, porque é importante estudar estes fenómenos. E ainda falta algumas equipas chegarem ao terreno.

Nuno Dias descreve a ilha de São Jorge "como um conjunto de pequenos vulcões que formam uma língua de terra”.

Esta região, dos Açores, está “numa junção tripla de placas”, o que a torna propícia a sismos. “É a junção da placa europeia, africana e americana”.

Apesar da região estar a viver uma situação semelhante ao que aconteceu em La Palma, nas Canárias, a sequência de eventos não tem de ser igual.
 
in TVI24

quinta-feira, março 24, 2022

Governo regional açoreano admite uma elevada probabilidade de haver uma erupção em São Jorge

Crise sísmica leva o presidente do governo regional à ilha de São Jorge

 

O presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, visitou esta quinta-feira São Jorge devido à crise sísmica que se regista desde sábado na ilha, que já levou à ativação do Plano Regional de Emergência



Na quarta-feira, a Proteção Civil dos Açores ativou o Plano Regional de Emergência, depois de na segunda-feira terem sido ativados os planos de emergência municipais dos dois concelhos de São Jorge, Calheta e Velas.
Também na quarta-feira, o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) elevou o nível de alerta vulcânico na ilha de São Jorge para V4 (de um total de cinco), o que significa “possibilidade real de erupção”, segundo o Governo Regional.
Perante este cenário, o executivo açoriano recomendou à população com maiores vulnerabilidades da principal zona afetada na ilha de São Jorge que abandone as suas casas.
Desde sábado, já se registaram mais de 2.000 sismos na ilha de São Jorge, 142 dos quais sentidos pela população.

E a crise sísmica prossegue em São Jorge...

  
São Jorge 

Sismos sentidos na ilha de São Jorge (Ponto de situação - 24.03.2022)

 

O Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) informa que atividade sísmica que se tem vindo a registar desde as 16:05 (hora local = UTC-1) do dia 19 de março na parte central da ilha de São Jorge, mais concretamente ao longo de uma faixa com direção WNW-ESE, num setor compreendido entre Velas e Fajã do Ouvidor, continua acima do normal.


O sismo mais energético ocorreu no dia 1​9 de março, às 18:41 (hora local = UTC-1) e teve magnitude 3,3 (Richter).

Vários sismos têm sido sentidos pela população. Desde as 22:00 do dia 23 de março às 10:00 do dia 24 de março, foram sentidos 11 sismos:
 

Dia

Hora local

Mag.

Localização

Int. (EMM)

Freguesia

23.03

22:23

1,6

3 km NNW Urzelina

III

Urzelina (Velas, S. Jorge)

23.03

22:37

2,1

3 km NNW Urzelina

III/IV

Urzelina e Velas (Velas, S. Jorge)

23.03

22:53

1,9

3 km NW Urzelina

III

Urzelina e Velas (Velas, S. Jorge)

23.03

22:59

2,3

1 km NNW Velas

III/IV

Urzelina, Santo Amaro, Velas e Rosais (Velas, S. Jorge)

23.03

23:11

1,6

3 km N Urzelina

III

Velas (Velas, S. Jorge)

23.03

23:40

2

3 km NNW Urzelina

III/IV

Santo Amaro, Urzelina e Velas (Velas, S. Jorge)

III

Rosais (Velas, S. Jorge)

24.03

00:01

2,2

3 km E Santo Amaro

III/IV

Velas, Rosais, Urzelina e Norte Grande (Velas, S. Jorge)

24.03

00:03

2,2

3 km NNW Urzelina

III/IV

Rosais, Urzelina e Velas (Velas, S. Jorge)

24.03

00:34

1,7

1 km ESSE Beira

III

Velas (Velas, S. Jorge)

24.03

04:10

2

0,5 km NNW de Santo Amaro

III/IV

Velas (Velas, S. Jorge)

24.03

06:39

3,2

2 km WNW Velas

IV/V

Velas e Santo Amaro (Velas, S. Jorge)

IV

Urzelina e Manadas (Velas, S. Jorge)

III/IV

Norte Grande e Rosais (Velas, S. Jorge)

III/IV

Ribeira Seca (Calheta, S. Jorge)

III

Bandeiras (Madalena, Pico)

III

Lajes do Pico (Lajes do Pico, Pico)

III

Santo António, São Roque e Prainha (S. Roque, Pico)

III

Luz (Santa Cruz, Graciosa)

 

O CIVISA continua a acompanhar o evoluir da situação.

Fonte: IVAR/CIVISA