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sábado, setembro 01, 2012

Vamos finalmente conhecer um planeta anão (daqui a dois anos e picos...)

Sistema solar
A sonda Dawn está a despedir-se de Vesta e a olhar para Ceres 

Depois de sair de Vesta, a sonda Dawn vai demorar mais de dois anos até chegar a Ceres

A sonda Dawn já está a afastar-se de Vesta. Depois de cerca de um ano a observar um dos corpos mais importantes da cintura de asteroides entre Marte e Júpiter, a sonda já começou a sua longa viagem rumo a Ceres, o único planeta-anão na parte interior do sistema solar e da cintura de asteroides. 

A sonda da agência espacial norte-americana NASA está lentamente a afastar-se do asteroide, num movimento em espiral, com a ajuda do seu sistema especial de propulsão iónica – um método que consiste em usar electricidade para ionizar o gás raro xénon, que dá o impulso propulsor à sonda.

Segundo a NASA, a Dawn só vai libertar-se totalmente de Vesta a 4 de setembro. "Já estamos com os propulsores ligados. Neste momento estamos a afastar-nos de Vesta com ajuda de uma coluna verde-azulada de iões de xénon", disse Marc Rayman, director da missão do Laboratório de Propulsão a Jacto da NASA, em Pasadena, na Califórnia. "Estamos algo melancólicos por estarmos a concluir a fantástica e produtiva exploração de Vesta, mas temos agora Ceres em vista", disse.

A Dawn já saiu da Terra há quase cinco anos (partiu a 27 de setembro de 2007) e chegou a Vesta a 15 de julho do ano passado. O objectivo da missão é olhar para dois corpos muito diferentes – Vesta e Ceres –, que estagnaram a sua evolução numa altura muito primordial do sistema solar.

Durante o último ano, a sonda tirou inúmeras fotografias ao asteroide de 572,6 quilómetros de comprimento. A acidentada superfície do asteróide, com as suas rugas, mostra duas enormes colisões sofridas nos últimos 2000 milhões de anos.

A missão revelou ainda que no início da sua formação, Vesta teve o seu material fundido e, por isso, tem hoje uma estrutura interna em camadas, que inclui um núcleo de ferro. "Podemos agora dizer com certeza que Vesta se parece mais com um pequeno planeta do que com um asteroide", explica Christopher Russel, o investigador principal do projecto, da Universidade de Los Angeles, na Califórnia.

Nos próximos tempos haverá menos notícias da Dawn. A sonda tem agora pela frente uma viagem de mais de dois anos até Ceres. A NASA espera que a nave aviste o planeta-anão no início de 2015. Ceres – o maior objecto da cintura, com 959 quilómetros de diâmetro – terá uma constituição mais parecida com os planetas gasosos, como Júpiter e Saturno. A Dawn vai perceber se o planeta-anão tem um processo hidrológico, que pode originar estações com camadas de gelo nos pólos. Além disso, poderá ter uma pequena atmosfera permanente. Se tudo correr bem, a missão termina em julho de 2015.

in Público - ler notícia


NOTA: o ano de 2015 será importante para conhecer finalmente os planetas anões - para além da sonda Down começar a estudar Vesta, a sonda New Horizons chegará a Plutão em julho desse mesmo ano (embora a fase ativa da missão deva iniciar-se cerca de seis meses antes da máxima aproximação; desta forma poderá observar-se metade da rotação entre Plutão e Caronte, que permitirá obter imagens laterais de ambos os corpos celestes, devendo passar a cerca de 10.000 km de Plutão e cerca de 27.000 km de Caronte).

sexta-feira, julho 13, 2012

Plutão, agora planeta anão, tem (pelo menos) cinco luas

Imagens do telescópio espacial Hubble
Descoberta mais uma lua (a quinta) à volta de Plutão

A nova lua de Plutão, P5, tem dez a 25 quilómetros de diâmetro

Plutão tem mais uma lua – e elas vão agora em cinco. A descoberta deste calhau de forma irregular, com apenas dez a 25 quilómetros de diâmetro, foi possível graças a imagens do telescópio espacial Hubble.

Durante muito tempo, só se conhecia uma lua à volta de Plutão, que já é pequeno, menor ainda do que a nossa Lua, e que foi descoberto em 1930. Essa lua é Caronte e foi encontrada em 1978. Tanto Plutão como Caronte, vistos com telescópios espaciais como o Hubble, não passam de pontinhos de luz.

Mas em 2006, o Hubble conseguiu localizar mais duas pequenas luas, Nix e Hidra. Em 2011, nos dados do Hubble percebeu-se que havia imagens de uma outra lua, designada por P4.

Agora, a agência espacial norte-americana NASA anunciou a detecção da quinta lua, em nove conjuntos de imagens obtidas em vários dias de Junho (26, 27 e 29) e Julho (7 e 9). A nova lua chama-se P5. A estimativa mais baixa do seu diâmetro (dez quilómetros) é a que também se aponta para o meteorito que caiu na Terra há 65 milhões de anos e matou os dinossauros e 60 a 75% de todas as formas de vida.

A equipa que fez a descoberta está admirada pelo planeta-anão como Plutão ter uma colecção tão complexa de satélites naturais, refere um comunicado da NASA. Como hipótese, a equipa, de Mark Showalter, do Instituto SETI, em Mountain View, nos EUA, avança que estas luas são relíquias da colisão com Plutão de um corpo rochoso, ocorrida há milhares de milhões de anos.

A caminho de Plutão e das suas cinco luas – haverá mais? – vai a sonda New Horizons. É a primeira que visitará este sistema, onde chegará em 2015, e permitirá ter imagens e informação como nunca antes foi possível.

in Público - ler notícia

sexta-feira, fevereiro 05, 2010

Plutão revisitado pelo Hubble

Novas imagens de planeta despromovido
Plutão revisitado pelo Telescópio Espacial Hubble

Platão está longe de ser uma rocha congelada despida de interesse (NASA)

Mesmo através de telescópios espaciais como o Hubble, sem a atmosfera da Terra a atrapalhar a visão, Plutão é um pontinho de luz. Nada de vermos um pormenor que seja da sua superfície: estará cravejado de crateras? Terá montanhas? Mas é esse ponto de luz longínquo, nas franjas do sistema solar, que o telescópio Hubble revela agora com maior nitidez. As imagens divulgadas pela agência espacial NASA deixaram os cientistas surpreendidos: o planeta (despromovido a anão) ficou mais avermelhado e o pólo norte tornou-se mais brilhante.

A equipa de Mike Brown, do Instituto de tecnologia da Califórnia (Estados Unidos), comparou imagens obtidas pelo Hubble em 1994 com um conjunto tirado entre 2000 e 2003. Resultado, no período entre 2000 e 2002 foi quando ocorreram as maiores mudanças.

O que está na origem destes fenómenos é um mistério, embora os cientistas tenham algumas hipóteses. Provavelmente, devem-se a mudanças na superfície gelada de Plutão, agora que, na sua órbita de 248 anos, começa a sair do ponto mais perto do Sol. Em relação ao brilho, a luz solar terá provocado o “descongelamento” da superfície no pólo norte e os gases resultantes terão voltado a congelar no outro pólo. Quanto ao aspecto avermelhado, pode estar relacionado com a presença de metano, já detectado na superfície do planeta.

Para a equipa, as novas imagens, as mais nítidas de Plutão obtidas pelo Hubble, confirmam que é um mundo bastante dinâmico, cuja atmosfera sofre mudanças assinaláveis ao longo da sua viagem em torno do Sol. Está longe de ser uma rocha congelada despida de interesse.

Mas se por ora teremos de nos contentar com as fotos do Hubble, por melhores que sejam, em 2015 esperam-se novas revelações do planeta-anão, nunca visitado por qualquer sonda. Tal lacuna mudará com a sonda New Horizons, em viagem neste momento pelo sistema solar, e que daqui a cinco anos chegará a Plutão e à sua lua Caronte.