Placa memorial à frente dos quartos dos atletas israelitas. Na inscrição, em alemão e hebraico, lê-se: A equipa do Estado de Israel permaneceu neste edifício durante os Jogos Olímpicos de Verão de 21 de Agosto a 5 Setembro de 1972. Em 5 de Setembro, teve uma morte violenta. Honra à sua memória.
O governo da
RFA, então liderado pelo primeiro-ministro
Willy Brandt, recusou-se a permitir a intervenção de uma equipe de operações especiais do
Tzahal, conforme proposta da primeira-ministra de Israel,
Golda Meir.
(...)
Como se viria a constatar depois, as forças policiais alemãs estavam muito mal preparadas e a situação fugiu do seu controle. Uma tentativa de libertação dos reféns levou à morte de todos os atletas, além de cinco terroristas e um agente da polícia alemã.
Os três terroristas que sobreviveram ao ataque foram encarcerados. O governo alemão federal ficou altamente embaraçado pelo fracasso e pela demonstração de incompetência da sua polícia. A operação foi mal planeada e foi executada por agentes sem qualquer preparação especial.
A ideia da operação era eliminar os terroristas num aeroporto próximo de
Munique, o
Fürstenfeldbruck. No entanto, os poucos polícias colocados nas torres do aeroporto não tinham capacidade de fogo suficiente para executar a tarefa, não dispunham de comunicações de rádio entre si para coordenar os disparos e foram surpreendidos por um número de terroristas superior ao esperado.
Após um tiroteio que durou 45 minutos, entre a polícia e os terroristas, um dos terroristas decidiu atirar uma granada contra o
helicóptero em que se encontravam os reféns, matando os últimos sobreviventes. A divulgação dos pormenores do atentado, seguida atentamente pela
media internacional, causou um forte abalo na imagem da Alemanha Federal no exterior. Os três prisioneiros não chegaram a ser julgados.
(...)
Os três terroristas sobreviventes passaram a ser perseguidos pela
Mossad e crê-se que dois deles foram assassinados. Esta operação chamou-se
Cólera de Deus. Mohammed Oudeh, o terceiro terrorista e líder do sequestro, conseguiu sobreviver a um atentado contra sua vida em 1981, na cidade de
Varsóvia, mas faleceu dia 3 de julho de 2010, em Damasco (capital da Síria), de falência renal.