Memorial ao Massacre de Katyn
O Massacre de Katyn (em polaco zbrodnia katyńska) foi uma execução em massa de cidadãos da Polónia ordenada por autoridades da União Soviética em 1940. Estima-se que mais de 22 mil pessoas tenham sido mortas.
Os prisioneiros polacos foram assassinados numa floresta nos arredores da vila de Katyn, em prisões e em diversos outros lugares. Cerca de oito mil vítimas eram militares polacos que tinham sido aprisionados na invasão soviética da Polónia em 1939, sendo os restante cidadãos polacos presos sob alegações de pertencerem a corpos de serviços de inteligência, espionagem, sabotagem, e também proprietários rurais, advogados, padres etc.
Após a invasão da Polónia, que teve início em 1 de setembro de 1939, a União Soviética declarou, em 17 de setembro de 1939,
que o governo polaco não estava mais no controle do seu país. Isto fez
com que qualquer acordo diplomático em vigor com o estado polaco fosse
cancelado.
Na mesma data (17/09/1939), o Exército Vermelho ocupou o leste da Polónia, conforme previsto no Pacto Molotov-Ribbentrop. A ação foi apontada como afronta pelos governos da Inglaterra e França, que afirmaram responder a ação do exército alemão conforme o Pacto Britânico-Polaco de Defesa e a Aliança Militar Franco-Polaco. Este episódio ficou conhecido como a "traição ocidental".
O Exército Soviético rapidamente avançou ao território polaco e
encontrou pouca resistência por parte dos militares locais. Entre
250.000 e 454.700 soldados e polícias polacos foram presos. Após isso,
cerca de 250 mil foram libertados e 125 mil foram encaminhados ao
Comissariado do Povo de Assuntos Internos soviética, o NKVD. O órgão, num segundo momento, libertou 42.400 soldados de etnia ucraniana e bielorrussa
que estavam ao serviço do Exército Polaco. Já os 43 mil soldados
detidos que residiam no oeste da Polónia foram entregues à Alemanha.
Em novembro de 1939, o NKVD tinha cerca de 40 mil polacos presos, sendo cerca de 8.500 oficiais e subtenentes, 6.500 polícias e 25 mil soldados e sargentos. Estes foram interrogados através de determinação do Comissário do Povo para Assuntos Internos da URSS, Lavrentiy Beria, que criou um órgão de gestão dos prisioneiros de guerra dentro do NKVD.
O NKVD organizou uma rede de campos de trabalho e pontos de transição
de presos polacos através de linhas ferroviárias para o Oeste da União Soviética. Os maiores campos estavam localizados em Kozelsk, Ostashkov e Starobelsk. Prisioneiros também foram encaminhados para Jukhnovo, Yuzhe, Tyotkino, Kozelshchyna, Oranki, Vologda e Gryazovets.
Kozelsk e Starobelsk foram utilizados principalmente para os oficiais
militares, enquanto Ostashkov foi utilizado principalmente para
guardas, policiais e agentes penitenciários. Também foram detidos
intelectuais polacos.
De outubro de 1939 a fevereiro de 1940,
os prisioneiros polacos foram submetidos a interrogatórios. O
processo de entrevistas determinou quais seriam libertados ou
condenados. Em 5 de março de 1940, Estaline e mais três membros do Politburo assinaram a ordem para executar 27.500 polacos, sob acusação de serem contra-revolucionários.
in Wikipédia
NOTA:
numa altura em que diversos serviços de inteligência referem que o
exército ao serviço de um ditador russo fez o mesmo aos ucranianos, era altura de o povo
russo recordar os erros do passado...
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